Restaurante Morena é uma das grandes surpresas de Cuzco, no Peru


Cidade turística é uma das paradas para quem quer ir até Machu Picchu e mostra que há vida gastronômica fora de Lima

Por Matheus Mans

Nem sempre é fácil encontrar comida de qualidade em cidades muito turísticas, como Nova York e Veneza -- afinal, muitos bares e restaurantes estão mais focados em enganar turistas ao invés de oferecer boa comida. Cuzco, no Peru, é uma cidade que traz essa desconfiança. Enquanto Lima é um dos templos contemporâneos da gastronomia, a cidade interiorana não é conhecida por seus restaurantes. E é por isso que Morena surpreende.

Localizado em uma das praças mais movimentadas de Cuzco, o Morena é um restaurante relativamente escondido: uma escadaria que dá acesso ao salão fica em uma rua bem estreita, sem nada de muito diferente do que encontramos nas várias charmosas ruas da cidade. No entanto, logo que subimos para o salão, a surpresa: um ambiente aconchegante, ornado com muitos artesanatos do interior peruano, que dão o tom da gastronomia da casa.

Enquanto muitos restaurantes de Cusco são mais focados em uma culinária peruana típica, como o porquinho-da-índia assado, o restaurante traz uma comida mais contemporânea e conceitual, mas bastante fincada nos ingredientes tradicionais peruanos. “O Peru sempre foi uma fonte de inspiração infinita. A ligação que cada sabor, aroma e textura dos ingredientes da região têm com o trabalho da nossa equipe permitem-nos viver uma experiência gastronómica tão diversa e rica como a nossa cultura”, explica Jerry Bustamante, chef executivo do Grupo Morena, dono de três restaurantes em Cuzco.

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Vale a pena comer no Morena Restaurante?

A experiência começa com uma cestinha de pães da região, feitos com grãos e milho, e que já vale por si só -- chega quentinho na mesa, dentro daqueles saquinhos que geralmente são usados para servir tortillas. Mas há um bom complemento com uma pastinha de ervas.

Já de entrada, são várias as opções para quem quer mergulhar nas particularidades do Peru. Tem bruschetta de chorizo (25 soles, que lembra mais um prato argentino) e uma porção de guacamole (32 soles). Mas a melhor escolha é uma deliciosa croqueta, feita com milho, queijo andino, molho de batata e cebola (32 soles, com três unidades). Ela traz um sabor marcante do milho da região, bem diferente daquilo que encontramos no Brasil.

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Entrada de croquetas do Morena Restaurante Foto: Matheus Mans/Estadão

Depois, chega a hora de escolher o prato principal -- o maior dilema da noite. Afinal, no menu da casa, são várias as opções que saltam aos olhos. Para os que gostam de comer uma carne diferente, tem alpaca com risoto (62 soles) e um ossobuco da casa, preparado ao longo de oito horas, e que acompanha ainda purê de batatas e vegetais (58 soles). Quer experimentar o porquinho-da-índia? Tem uma boa opção temperada com ervas (69 soles).

No entanto, ainda que não esteja nas opções principais do Morena, é o ceviche que é a grande pedida. Esse prato, que é a maior estrela da gastronomia peruana e que fica ali na parte das entradas, tem a potência de um carro-chefe. O peixe, uma truta, é fresquíssimo. E é bem temperado: o leite de tigre é ácido sem incomodar no paladar, enquanto a batata-doce na borda do prato vai complementando a complexidade de sabores do peixe.

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Lindo e saboroso: este é o ceviche do Morena Foto: Matheus Mans/Estadão

É de comer até a última gota, até o último pedaço de peixe, até o último milho. Só fique de olho na pimenta dedo-de-moça que acompanha o prato, que pode ser demais para aqueles mais sensíveis. Se for seu caso, melhor jogar de canto no prato e aproveitar o resto.

Pra fechar, nenhuma sobremesa é realmente surpreendente -- é, sem dúvidas, o ponto mais fraco do cardápio. Tem crème brûlée (25 soles), pannacotta (25 soles) e um affogato com churros (25 soles). Nada chega perto de tudo o que o restaurante consegue apresentar nos passos anteriores. O que chega mais perto é o Cacao, que é um sorvete de chocolate servido com brownie em um grão de cacau (25 soles). Lindíssimo, mas banal no paladar.

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Apesar do visual espetacular, sobremesa do Morena é o ponto fraco do cardápio Foto: Matheus Mans/Estadão

Ainda assim, difícil não sair feliz do Morena: um restaurante escondido em uma das cidades mais vibrantes do mundo, cheio de charme, boa comida e um serviço impecável.

Nem sempre é fácil encontrar comida de qualidade em cidades muito turísticas, como Nova York e Veneza -- afinal, muitos bares e restaurantes estão mais focados em enganar turistas ao invés de oferecer boa comida. Cuzco, no Peru, é uma cidade que traz essa desconfiança. Enquanto Lima é um dos templos contemporâneos da gastronomia, a cidade interiorana não é conhecida por seus restaurantes. E é por isso que Morena surpreende.

Localizado em uma das praças mais movimentadas de Cuzco, o Morena é um restaurante relativamente escondido: uma escadaria que dá acesso ao salão fica em uma rua bem estreita, sem nada de muito diferente do que encontramos nas várias charmosas ruas da cidade. No entanto, logo que subimos para o salão, a surpresa: um ambiente aconchegante, ornado com muitos artesanatos do interior peruano, que dão o tom da gastronomia da casa.

Enquanto muitos restaurantes de Cusco são mais focados em uma culinária peruana típica, como o porquinho-da-índia assado, o restaurante traz uma comida mais contemporânea e conceitual, mas bastante fincada nos ingredientes tradicionais peruanos. “O Peru sempre foi uma fonte de inspiração infinita. A ligação que cada sabor, aroma e textura dos ingredientes da região têm com o trabalho da nossa equipe permitem-nos viver uma experiência gastronómica tão diversa e rica como a nossa cultura”, explica Jerry Bustamante, chef executivo do Grupo Morena, dono de três restaurantes em Cuzco.

Vale a pena comer no Morena Restaurante?

A experiência começa com uma cestinha de pães da região, feitos com grãos e milho, e que já vale por si só -- chega quentinho na mesa, dentro daqueles saquinhos que geralmente são usados para servir tortillas. Mas há um bom complemento com uma pastinha de ervas.

Já de entrada, são várias as opções para quem quer mergulhar nas particularidades do Peru. Tem bruschetta de chorizo (25 soles, que lembra mais um prato argentino) e uma porção de guacamole (32 soles). Mas a melhor escolha é uma deliciosa croqueta, feita com milho, queijo andino, molho de batata e cebola (32 soles, com três unidades). Ela traz um sabor marcante do milho da região, bem diferente daquilo que encontramos no Brasil.

Entrada de croquetas do Morena Restaurante Foto: Matheus Mans/Estadão

Depois, chega a hora de escolher o prato principal -- o maior dilema da noite. Afinal, no menu da casa, são várias as opções que saltam aos olhos. Para os que gostam de comer uma carne diferente, tem alpaca com risoto (62 soles) e um ossobuco da casa, preparado ao longo de oito horas, e que acompanha ainda purê de batatas e vegetais (58 soles). Quer experimentar o porquinho-da-índia? Tem uma boa opção temperada com ervas (69 soles).

No entanto, ainda que não esteja nas opções principais do Morena, é o ceviche que é a grande pedida. Esse prato, que é a maior estrela da gastronomia peruana e que fica ali na parte das entradas, tem a potência de um carro-chefe. O peixe, uma truta, é fresquíssimo. E é bem temperado: o leite de tigre é ácido sem incomodar no paladar, enquanto a batata-doce na borda do prato vai complementando a complexidade de sabores do peixe.

Lindo e saboroso: este é o ceviche do Morena Foto: Matheus Mans/Estadão

É de comer até a última gota, até o último pedaço de peixe, até o último milho. Só fique de olho na pimenta dedo-de-moça que acompanha o prato, que pode ser demais para aqueles mais sensíveis. Se for seu caso, melhor jogar de canto no prato e aproveitar o resto.

Pra fechar, nenhuma sobremesa é realmente surpreendente -- é, sem dúvidas, o ponto mais fraco do cardápio. Tem crème brûlée (25 soles), pannacotta (25 soles) e um affogato com churros (25 soles). Nada chega perto de tudo o que o restaurante consegue apresentar nos passos anteriores. O que chega mais perto é o Cacao, que é um sorvete de chocolate servido com brownie em um grão de cacau (25 soles). Lindíssimo, mas banal no paladar.

Apesar do visual espetacular, sobremesa do Morena é o ponto fraco do cardápio Foto: Matheus Mans/Estadão

Ainda assim, difícil não sair feliz do Morena: um restaurante escondido em uma das cidades mais vibrantes do mundo, cheio de charme, boa comida e um serviço impecável.

Nem sempre é fácil encontrar comida de qualidade em cidades muito turísticas, como Nova York e Veneza -- afinal, muitos bares e restaurantes estão mais focados em enganar turistas ao invés de oferecer boa comida. Cuzco, no Peru, é uma cidade que traz essa desconfiança. Enquanto Lima é um dos templos contemporâneos da gastronomia, a cidade interiorana não é conhecida por seus restaurantes. E é por isso que Morena surpreende.

Localizado em uma das praças mais movimentadas de Cuzco, o Morena é um restaurante relativamente escondido: uma escadaria que dá acesso ao salão fica em uma rua bem estreita, sem nada de muito diferente do que encontramos nas várias charmosas ruas da cidade. No entanto, logo que subimos para o salão, a surpresa: um ambiente aconchegante, ornado com muitos artesanatos do interior peruano, que dão o tom da gastronomia da casa.

Enquanto muitos restaurantes de Cusco são mais focados em uma culinária peruana típica, como o porquinho-da-índia assado, o restaurante traz uma comida mais contemporânea e conceitual, mas bastante fincada nos ingredientes tradicionais peruanos. “O Peru sempre foi uma fonte de inspiração infinita. A ligação que cada sabor, aroma e textura dos ingredientes da região têm com o trabalho da nossa equipe permitem-nos viver uma experiência gastronómica tão diversa e rica como a nossa cultura”, explica Jerry Bustamante, chef executivo do Grupo Morena, dono de três restaurantes em Cuzco.

Vale a pena comer no Morena Restaurante?

A experiência começa com uma cestinha de pães da região, feitos com grãos e milho, e que já vale por si só -- chega quentinho na mesa, dentro daqueles saquinhos que geralmente são usados para servir tortillas. Mas há um bom complemento com uma pastinha de ervas.

Já de entrada, são várias as opções para quem quer mergulhar nas particularidades do Peru. Tem bruschetta de chorizo (25 soles, que lembra mais um prato argentino) e uma porção de guacamole (32 soles). Mas a melhor escolha é uma deliciosa croqueta, feita com milho, queijo andino, molho de batata e cebola (32 soles, com três unidades). Ela traz um sabor marcante do milho da região, bem diferente daquilo que encontramos no Brasil.

Entrada de croquetas do Morena Restaurante Foto: Matheus Mans/Estadão

Depois, chega a hora de escolher o prato principal -- o maior dilema da noite. Afinal, no menu da casa, são várias as opções que saltam aos olhos. Para os que gostam de comer uma carne diferente, tem alpaca com risoto (62 soles) e um ossobuco da casa, preparado ao longo de oito horas, e que acompanha ainda purê de batatas e vegetais (58 soles). Quer experimentar o porquinho-da-índia? Tem uma boa opção temperada com ervas (69 soles).

No entanto, ainda que não esteja nas opções principais do Morena, é o ceviche que é a grande pedida. Esse prato, que é a maior estrela da gastronomia peruana e que fica ali na parte das entradas, tem a potência de um carro-chefe. O peixe, uma truta, é fresquíssimo. E é bem temperado: o leite de tigre é ácido sem incomodar no paladar, enquanto a batata-doce na borda do prato vai complementando a complexidade de sabores do peixe.

Lindo e saboroso: este é o ceviche do Morena Foto: Matheus Mans/Estadão

É de comer até a última gota, até o último pedaço de peixe, até o último milho. Só fique de olho na pimenta dedo-de-moça que acompanha o prato, que pode ser demais para aqueles mais sensíveis. Se for seu caso, melhor jogar de canto no prato e aproveitar o resto.

Pra fechar, nenhuma sobremesa é realmente surpreendente -- é, sem dúvidas, o ponto mais fraco do cardápio. Tem crème brûlée (25 soles), pannacotta (25 soles) e um affogato com churros (25 soles). Nada chega perto de tudo o que o restaurante consegue apresentar nos passos anteriores. O que chega mais perto é o Cacao, que é um sorvete de chocolate servido com brownie em um grão de cacau (25 soles). Lindíssimo, mas banal no paladar.

Apesar do visual espetacular, sobremesa do Morena é o ponto fraco do cardápio Foto: Matheus Mans/Estadão

Ainda assim, difícil não sair feliz do Morena: um restaurante escondido em uma das cidades mais vibrantes do mundo, cheio de charme, boa comida e um serviço impecável.

Nem sempre é fácil encontrar comida de qualidade em cidades muito turísticas, como Nova York e Veneza -- afinal, muitos bares e restaurantes estão mais focados em enganar turistas ao invés de oferecer boa comida. Cuzco, no Peru, é uma cidade que traz essa desconfiança. Enquanto Lima é um dos templos contemporâneos da gastronomia, a cidade interiorana não é conhecida por seus restaurantes. E é por isso que Morena surpreende.

Localizado em uma das praças mais movimentadas de Cuzco, o Morena é um restaurante relativamente escondido: uma escadaria que dá acesso ao salão fica em uma rua bem estreita, sem nada de muito diferente do que encontramos nas várias charmosas ruas da cidade. No entanto, logo que subimos para o salão, a surpresa: um ambiente aconchegante, ornado com muitos artesanatos do interior peruano, que dão o tom da gastronomia da casa.

Enquanto muitos restaurantes de Cusco são mais focados em uma culinária peruana típica, como o porquinho-da-índia assado, o restaurante traz uma comida mais contemporânea e conceitual, mas bastante fincada nos ingredientes tradicionais peruanos. “O Peru sempre foi uma fonte de inspiração infinita. A ligação que cada sabor, aroma e textura dos ingredientes da região têm com o trabalho da nossa equipe permitem-nos viver uma experiência gastronómica tão diversa e rica como a nossa cultura”, explica Jerry Bustamante, chef executivo do Grupo Morena, dono de três restaurantes em Cuzco.

Vale a pena comer no Morena Restaurante?

A experiência começa com uma cestinha de pães da região, feitos com grãos e milho, e que já vale por si só -- chega quentinho na mesa, dentro daqueles saquinhos que geralmente são usados para servir tortillas. Mas há um bom complemento com uma pastinha de ervas.

Já de entrada, são várias as opções para quem quer mergulhar nas particularidades do Peru. Tem bruschetta de chorizo (25 soles, que lembra mais um prato argentino) e uma porção de guacamole (32 soles). Mas a melhor escolha é uma deliciosa croqueta, feita com milho, queijo andino, molho de batata e cebola (32 soles, com três unidades). Ela traz um sabor marcante do milho da região, bem diferente daquilo que encontramos no Brasil.

Entrada de croquetas do Morena Restaurante Foto: Matheus Mans/Estadão

Depois, chega a hora de escolher o prato principal -- o maior dilema da noite. Afinal, no menu da casa, são várias as opções que saltam aos olhos. Para os que gostam de comer uma carne diferente, tem alpaca com risoto (62 soles) e um ossobuco da casa, preparado ao longo de oito horas, e que acompanha ainda purê de batatas e vegetais (58 soles). Quer experimentar o porquinho-da-índia? Tem uma boa opção temperada com ervas (69 soles).

No entanto, ainda que não esteja nas opções principais do Morena, é o ceviche que é a grande pedida. Esse prato, que é a maior estrela da gastronomia peruana e que fica ali na parte das entradas, tem a potência de um carro-chefe. O peixe, uma truta, é fresquíssimo. E é bem temperado: o leite de tigre é ácido sem incomodar no paladar, enquanto a batata-doce na borda do prato vai complementando a complexidade de sabores do peixe.

Lindo e saboroso: este é o ceviche do Morena Foto: Matheus Mans/Estadão

É de comer até a última gota, até o último pedaço de peixe, até o último milho. Só fique de olho na pimenta dedo-de-moça que acompanha o prato, que pode ser demais para aqueles mais sensíveis. Se for seu caso, melhor jogar de canto no prato e aproveitar o resto.

Pra fechar, nenhuma sobremesa é realmente surpreendente -- é, sem dúvidas, o ponto mais fraco do cardápio. Tem crème brûlée (25 soles), pannacotta (25 soles) e um affogato com churros (25 soles). Nada chega perto de tudo o que o restaurante consegue apresentar nos passos anteriores. O que chega mais perto é o Cacao, que é um sorvete de chocolate servido com brownie em um grão de cacau (25 soles). Lindíssimo, mas banal no paladar.

Apesar do visual espetacular, sobremesa do Morena é o ponto fraco do cardápio Foto: Matheus Mans/Estadão

Ainda assim, difícil não sair feliz do Morena: um restaurante escondido em uma das cidades mais vibrantes do mundo, cheio de charme, boa comida e um serviço impecável.

Nem sempre é fácil encontrar comida de qualidade em cidades muito turísticas, como Nova York e Veneza -- afinal, muitos bares e restaurantes estão mais focados em enganar turistas ao invés de oferecer boa comida. Cuzco, no Peru, é uma cidade que traz essa desconfiança. Enquanto Lima é um dos templos contemporâneos da gastronomia, a cidade interiorana não é conhecida por seus restaurantes. E é por isso que Morena surpreende.

Localizado em uma das praças mais movimentadas de Cuzco, o Morena é um restaurante relativamente escondido: uma escadaria que dá acesso ao salão fica em uma rua bem estreita, sem nada de muito diferente do que encontramos nas várias charmosas ruas da cidade. No entanto, logo que subimos para o salão, a surpresa: um ambiente aconchegante, ornado com muitos artesanatos do interior peruano, que dão o tom da gastronomia da casa.

Enquanto muitos restaurantes de Cusco são mais focados em uma culinária peruana típica, como o porquinho-da-índia assado, o restaurante traz uma comida mais contemporânea e conceitual, mas bastante fincada nos ingredientes tradicionais peruanos. “O Peru sempre foi uma fonte de inspiração infinita. A ligação que cada sabor, aroma e textura dos ingredientes da região têm com o trabalho da nossa equipe permitem-nos viver uma experiência gastronómica tão diversa e rica como a nossa cultura”, explica Jerry Bustamante, chef executivo do Grupo Morena, dono de três restaurantes em Cuzco.

Vale a pena comer no Morena Restaurante?

A experiência começa com uma cestinha de pães da região, feitos com grãos e milho, e que já vale por si só -- chega quentinho na mesa, dentro daqueles saquinhos que geralmente são usados para servir tortillas. Mas há um bom complemento com uma pastinha de ervas.

Já de entrada, são várias as opções para quem quer mergulhar nas particularidades do Peru. Tem bruschetta de chorizo (25 soles, que lembra mais um prato argentino) e uma porção de guacamole (32 soles). Mas a melhor escolha é uma deliciosa croqueta, feita com milho, queijo andino, molho de batata e cebola (32 soles, com três unidades). Ela traz um sabor marcante do milho da região, bem diferente daquilo que encontramos no Brasil.

Entrada de croquetas do Morena Restaurante Foto: Matheus Mans/Estadão

Depois, chega a hora de escolher o prato principal -- o maior dilema da noite. Afinal, no menu da casa, são várias as opções que saltam aos olhos. Para os que gostam de comer uma carne diferente, tem alpaca com risoto (62 soles) e um ossobuco da casa, preparado ao longo de oito horas, e que acompanha ainda purê de batatas e vegetais (58 soles). Quer experimentar o porquinho-da-índia? Tem uma boa opção temperada com ervas (69 soles).

No entanto, ainda que não esteja nas opções principais do Morena, é o ceviche que é a grande pedida. Esse prato, que é a maior estrela da gastronomia peruana e que fica ali na parte das entradas, tem a potência de um carro-chefe. O peixe, uma truta, é fresquíssimo. E é bem temperado: o leite de tigre é ácido sem incomodar no paladar, enquanto a batata-doce na borda do prato vai complementando a complexidade de sabores do peixe.

Lindo e saboroso: este é o ceviche do Morena Foto: Matheus Mans/Estadão

É de comer até a última gota, até o último pedaço de peixe, até o último milho. Só fique de olho na pimenta dedo-de-moça que acompanha o prato, que pode ser demais para aqueles mais sensíveis. Se for seu caso, melhor jogar de canto no prato e aproveitar o resto.

Pra fechar, nenhuma sobremesa é realmente surpreendente -- é, sem dúvidas, o ponto mais fraco do cardápio. Tem crème brûlée (25 soles), pannacotta (25 soles) e um affogato com churros (25 soles). Nada chega perto de tudo o que o restaurante consegue apresentar nos passos anteriores. O que chega mais perto é o Cacao, que é um sorvete de chocolate servido com brownie em um grão de cacau (25 soles). Lindíssimo, mas banal no paladar.

Apesar do visual espetacular, sobremesa do Morena é o ponto fraco do cardápio Foto: Matheus Mans/Estadão

Ainda assim, difícil não sair feliz do Morena: um restaurante escondido em uma das cidades mais vibrantes do mundo, cheio de charme, boa comida e um serviço impecável.

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