Sorvete libanês: provamos a sobremesa com pistache da Bachir Ice Cream


Com longas filas mesmo durante a semana, franquia libanesa faz sucesso com visual sob medida para o Instagram

Por Matheus Mans
Casquinha do Bachir Ice Cream Foto: Matheus Mans/Estadão

Mesmo em uma quinta-feira à tarde, com ameaça de chuva no horizonte, a sorveteria Bachir Ice Cream não conseguia dar conta da quantidade de clientes. Em um imóvel de esquina em Moema, entre a avenida Hélio Pellegrino e a Rua Diogo Jacome, a casa especializada em servir sorvete libanês tinha uma fila com quase uma dúzia de clientes. Os que eram atendidos, enquanto isso, logo sacavam o celular para fazer a foto da iguaria.

Não é pra menos: desde a abertura das portas em dezembro de 2021, a sorveteria se tornou febre nas redes sociais. Sorvetes bonitos, ornados com pistaches, deixam a foto saborosa e despertam curiosidade. Além disso, a casa não é uma desbravadora de primeira viagem: a Bachir foi fundada em 1936 pelos irmãos Maurice e Edward Bachir. Atualmente, tem mais de 50 lojas no Líbano, duas em Paris e, agora, uma em São Paulo.

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Experiência na Bachir

No ambiente lotado da Bachir, em que as poucas mesas internas eram rapidamente ocupadas, percebe-se que a casa ainda está ligada às suas raízes árabes. Na visita, foi possível ver uma quantidade considerável de pessoas com ascendência ou de origem árabe em busca do sorvete natural do Líbano. 

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No entanto, apesar de todo esse frenesi ao redor do sorvete, pode-se dizer que seus diferenciais são mais “instagramáveis” do que realmente apetitosos. O pistache que envolve o sorvete, tal qual um granulado, não traz muita diferença no paladar e, principalmente, não é fácil de comer. Sem uma mesa e com lugar apenas em bancos do lado de fora, foi difícil não fazer sujeira e deixar um rastro de pistaches pelo caminho com pingos de sorvete.

A casquinha também não é das melhores. Industrializada, ela lembra o produto oferecido em redes de fast-food. Não comporta a generosidade da bola de sorvete e o pistache.

Mas a visita ao local ainda vale a pena para quem gosta de experimentar sabores diferentes de sorvete. Lembrando as experiências da sorveteria Damp com sabores inusitados, a Bachir oferece sorvetes de pistache iraniano e ashta, que é uma mistura de leite com água de flor de laranjeira. O destaque, porém, fica com os sorvetes de tâmara e damasco. Cremosos, ele concentram os sabores da fruta com suavidade e sem agredir o paladar.

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Além disso, o sorvete é bem servido e o preço está dentro do mercado. Uma casquinha com pistache e apenas uma bola de sorvete sai por R$ 16. Nessa única bola, porém, é possível misturar até quatro sabores. A casa ainda permite que o cliente coma em um potinho convencional ou, ainda, em uma daquelas casquinhas em formato de copo – e que também é industrializada. De novo, fica o aviso: o copinho facilita para quem quer pistache.

No final, fica a impressão de que a Bachir tem um espaço e um produto feitos sob medida para as redes sociais, com penduricalhos que não necessariamente trazem algo de diferente ou explosivo no paladar. O melhor, na visita ao local, é apostar nos sabores dos sorvetes e aproveitar a experiência de uma maneira mais simples. Afinal, é um sinal quando o sorvete fica mais gostoso no fundo da casquinha do que no topo ornado com pistaches.

Serviço 

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Bachir Ice Cream

Rua Diogo Jacome, 686, Moema. Todos os dias da semana, das 10h às 22.

Casquinha do Bachir Ice Cream Foto: Matheus Mans/Estadão

Mesmo em uma quinta-feira à tarde, com ameaça de chuva no horizonte, a sorveteria Bachir Ice Cream não conseguia dar conta da quantidade de clientes. Em um imóvel de esquina em Moema, entre a avenida Hélio Pellegrino e a Rua Diogo Jacome, a casa especializada em servir sorvete libanês tinha uma fila com quase uma dúzia de clientes. Os que eram atendidos, enquanto isso, logo sacavam o celular para fazer a foto da iguaria.

Não é pra menos: desde a abertura das portas em dezembro de 2021, a sorveteria se tornou febre nas redes sociais. Sorvetes bonitos, ornados com pistaches, deixam a foto saborosa e despertam curiosidade. Além disso, a casa não é uma desbravadora de primeira viagem: a Bachir foi fundada em 1936 pelos irmãos Maurice e Edward Bachir. Atualmente, tem mais de 50 lojas no Líbano, duas em Paris e, agora, uma em São Paulo.

Experiência na Bachir

No ambiente lotado da Bachir, em que as poucas mesas internas eram rapidamente ocupadas, percebe-se que a casa ainda está ligada às suas raízes árabes. Na visita, foi possível ver uma quantidade considerável de pessoas com ascendência ou de origem árabe em busca do sorvete natural do Líbano. 

No entanto, apesar de todo esse frenesi ao redor do sorvete, pode-se dizer que seus diferenciais são mais “instagramáveis” do que realmente apetitosos. O pistache que envolve o sorvete, tal qual um granulado, não traz muita diferença no paladar e, principalmente, não é fácil de comer. Sem uma mesa e com lugar apenas em bancos do lado de fora, foi difícil não fazer sujeira e deixar um rastro de pistaches pelo caminho com pingos de sorvete.

A casquinha também não é das melhores. Industrializada, ela lembra o produto oferecido em redes de fast-food. Não comporta a generosidade da bola de sorvete e o pistache.

Mas a visita ao local ainda vale a pena para quem gosta de experimentar sabores diferentes de sorvete. Lembrando as experiências da sorveteria Damp com sabores inusitados, a Bachir oferece sorvetes de pistache iraniano e ashta, que é uma mistura de leite com água de flor de laranjeira. O destaque, porém, fica com os sorvetes de tâmara e damasco. Cremosos, ele concentram os sabores da fruta com suavidade e sem agredir o paladar.

Além disso, o sorvete é bem servido e o preço está dentro do mercado. Uma casquinha com pistache e apenas uma bola de sorvete sai por R$ 16. Nessa única bola, porém, é possível misturar até quatro sabores. A casa ainda permite que o cliente coma em um potinho convencional ou, ainda, em uma daquelas casquinhas em formato de copo – e que também é industrializada. De novo, fica o aviso: o copinho facilita para quem quer pistache.

No final, fica a impressão de que a Bachir tem um espaço e um produto feitos sob medida para as redes sociais, com penduricalhos que não necessariamente trazem algo de diferente ou explosivo no paladar. O melhor, na visita ao local, é apostar nos sabores dos sorvetes e aproveitar a experiência de uma maneira mais simples. Afinal, é um sinal quando o sorvete fica mais gostoso no fundo da casquinha do que no topo ornado com pistaches.

Serviço 

Bachir Ice Cream

Rua Diogo Jacome, 686, Moema. Todos os dias da semana, das 10h às 22.

Casquinha do Bachir Ice Cream Foto: Matheus Mans/Estadão

Mesmo em uma quinta-feira à tarde, com ameaça de chuva no horizonte, a sorveteria Bachir Ice Cream não conseguia dar conta da quantidade de clientes. Em um imóvel de esquina em Moema, entre a avenida Hélio Pellegrino e a Rua Diogo Jacome, a casa especializada em servir sorvete libanês tinha uma fila com quase uma dúzia de clientes. Os que eram atendidos, enquanto isso, logo sacavam o celular para fazer a foto da iguaria.

Não é pra menos: desde a abertura das portas em dezembro de 2021, a sorveteria se tornou febre nas redes sociais. Sorvetes bonitos, ornados com pistaches, deixam a foto saborosa e despertam curiosidade. Além disso, a casa não é uma desbravadora de primeira viagem: a Bachir foi fundada em 1936 pelos irmãos Maurice e Edward Bachir. Atualmente, tem mais de 50 lojas no Líbano, duas em Paris e, agora, uma em São Paulo.

Experiência na Bachir

No ambiente lotado da Bachir, em que as poucas mesas internas eram rapidamente ocupadas, percebe-se que a casa ainda está ligada às suas raízes árabes. Na visita, foi possível ver uma quantidade considerável de pessoas com ascendência ou de origem árabe em busca do sorvete natural do Líbano. 

No entanto, apesar de todo esse frenesi ao redor do sorvete, pode-se dizer que seus diferenciais são mais “instagramáveis” do que realmente apetitosos. O pistache que envolve o sorvete, tal qual um granulado, não traz muita diferença no paladar e, principalmente, não é fácil de comer. Sem uma mesa e com lugar apenas em bancos do lado de fora, foi difícil não fazer sujeira e deixar um rastro de pistaches pelo caminho com pingos de sorvete.

A casquinha também não é das melhores. Industrializada, ela lembra o produto oferecido em redes de fast-food. Não comporta a generosidade da bola de sorvete e o pistache.

Mas a visita ao local ainda vale a pena para quem gosta de experimentar sabores diferentes de sorvete. Lembrando as experiências da sorveteria Damp com sabores inusitados, a Bachir oferece sorvetes de pistache iraniano e ashta, que é uma mistura de leite com água de flor de laranjeira. O destaque, porém, fica com os sorvetes de tâmara e damasco. Cremosos, ele concentram os sabores da fruta com suavidade e sem agredir o paladar.

Além disso, o sorvete é bem servido e o preço está dentro do mercado. Uma casquinha com pistache e apenas uma bola de sorvete sai por R$ 16. Nessa única bola, porém, é possível misturar até quatro sabores. A casa ainda permite que o cliente coma em um potinho convencional ou, ainda, em uma daquelas casquinhas em formato de copo – e que também é industrializada. De novo, fica o aviso: o copinho facilita para quem quer pistache.

No final, fica a impressão de que a Bachir tem um espaço e um produto feitos sob medida para as redes sociais, com penduricalhos que não necessariamente trazem algo de diferente ou explosivo no paladar. O melhor, na visita ao local, é apostar nos sabores dos sorvetes e aproveitar a experiência de uma maneira mais simples. Afinal, é um sinal quando o sorvete fica mais gostoso no fundo da casquinha do que no topo ornado com pistaches.

Serviço 

Bachir Ice Cream

Rua Diogo Jacome, 686, Moema. Todos os dias da semana, das 10h às 22.

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