Atire a primeira casquinha quem nunca se rendeu a um sorvete de máquina durante os dias mais quentes do verão. Popularizado pelas lanchonetes fast-food, o soft, como é oficialmente chamado esse tipo de sorvete, caiu de vez nas graças dos chefs e confeiteiros.
Mas não sem dar a ele um tratamento especial – produzido com ingredientes frescos, sem corantes, nem aromatizantes artificiais. Combinado a outros produtos (como especiarias brasileiras e até bacon) e servido das mais diferentes formas, transformou-se em sobremesa digna de restaurante.
A principal diferença do sorvete soft está na sua textura, mais densa, porque tem mais ar – ao menos 50% da sua composição – que o sorvete “comum”. E ele fica pronto na hora do consumo, ou seja, no momento em que sai da máquina. E repare, da próxima vez que tomar uma casquinha, ele não é tão gelado quanto o sorvete tradicional, questão de estilo mesmo, que o deixa com textura ainda mais macia.
Na cidade já é possível provar o soft nas mais diferentes versões, confira:
Sorveteria do Centro
Sempre a frente do tempo, o casal Rueda inaugurou a portinha dedicada ao soft em 2018, ao lado do Hot Pork, lanchonete de hot-dogs, produzidos ali do começo ao fim. Não diferente, os sorvetes da Sorveteria são todos produzidos com ingredientes naturais e sem bases prontas, assim como as casquinhas em diferentes cores. Algumas versões ganham status de sobremesa (e assim são indicadas no cardápio).
Os sabores mudam ao longo do ano, mas o atual hit é o floresta negra (R$ 19), releitura na casquinha do bolo alemão, com sorvete de leite, cereja fresca, calda e raspas de chocolate, cereja marrasquino e chantilly. E como não poderia faltar o porco, outra criação que vale encarar as longas filas que se formam nos fins de semana, é a sobremesa de bacon (R$ 15) com sorvete de leite, caramelo, chocolate, porcopoca e chips de bacon. Tem também sabores mais “tradicionais”, como morango, chocolate e limão (R$ 9).Onde: R. Epitácio Pessoa, 94, República, 3129-8735. 12h/23h.
Fat Cow
A hamburgueria do chef Luiz Filipe Souza, do italiano Evvai, tem tudo que um fast-food oferece, mas feito de modo artesanal. Então, naturalmente, a casquinha e o sundae não podiam ficar de fora, com direito a quiosque para atender quem passa na rua. O sorvete de creme é perfumado com cumaru – especiaria brasileira com sabor que lembra baunilha. Você pode prová-lo em diferentes versões, na casquinha (simples ou mista; R$ 7) no copinho com calda à sua escolha e farofa, opção de sundae da casa (R$ 12), ou entre dois cookies de chocolate, que eles chamam de Fat Cow Oreo (R$ 7). Uma versão mais elaborada, servida na taça, o Banoffe Split (R$ 19) combina o sorvete com doce de leite, banana e biscoito de canela.Onde: R. Iaiá, 173, Itaim, 3078-8098. 11h30/14h30 e 19h/oh (sáb. e dom., 13h/23h45; 2ª, 19h/0h)
Coffee Lab
Sacada da barista Isabela Raposeiras, proprietária do misto de café, escola e laboratório de torra, o sorvete soft de café produzido na casa entra na xícara (literalmente) para compor o affogato (R$ 13). No lugar do sorvete de creme, entra o soft de café, que você pode escolher com o que afogar: leite da vovó (leite cremoso infusionado com baunilha e especiarias) ou calda de chocolate quente. Mas também vale pedir apenas o sorvete na casquinha (R$ 11).Onde: R. Fradique Coutinho, 1340, V. Madalena, 3375-7400. 9h/18h (sáb.e dom., até 19h
Nino, Da Marino e Peppino
Em vez do gelato, que seria o esperado, o chef italiano Rodolfo De Santis decidiu incluir o sorvete soft no menu de sobremesas das suas casas. Servido na casquinha (feita diariamente na casa), ele chamou de Gelato Artigianale (R$ 18). Feito do zero com ingredientes de qualidade, muitos deles importados, os sabores variam a cada semana. Já apareceram de nocciola, pistache e gianduia.
Onde: R. Jerônimo da Veiga, 30, Itaim, 3368-6863. 12h/15h e 19h/0h (sáb., 12h/17h e 19h/1h; dom., 12h/21h)