Pequi, piranha e caracu: novo Urus aposta na cozinha do Mato Grosso


Despensa do restaurante é abastecida por três biomas riquíssimos em produtos e tradições: Pantanal, Cerrado e Amazônia; confira a crítica

Por Patrícia Ferraz
O brodo de piranha, que envolve o capeletti,é cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso. Foto: Felipe Rau/Estadão

Do capeletti in brodo de piranha aos cortes de caracu, passando pelo tartar de pintado com crocante de arroz, o cardápio do Urus oferece uma combinação ímpar de produtos de território, culinária sofisticada e releitura de pratos regionais com toques contemporâneos. O restaurante tem foco na cozinha do Mato Grosso, abastecida por três biomas riquíssimos em produtos e tradições – Pantanal, Cerrado e Amazônia – e pouco representada em São Paulo. Fazia tempo que não se via na cidade a inauguração de uma casa com uma proposta tão interessante.

Ingredientes e receitas foram selecionados pela dupla de chefs, o consultor italiano Massimo Battaglini e o mineiro Victor Naddeu, durante uma imersão na região. Os produtos chegam em van climatizada. O lambari selvagem é empanado em fubá e servido com mandioca frita e maionese de pequi (R$ 54). Acanjinjin, bebida de escravos feita à base de ervas e especiarias, vira caramelo para acompanhar a barriga de porco assada lentamente (R$ 59). A farinha de uarini faz escolta para o pintado assado na brasa (R$ 109). As escamas de piraputanga empanam o camarão servido com chutney de manga (R$ 79).

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A melhor pedida é o brodo de piranha, cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso, servido com capeletti recheado com carne de piranha. Notável releitura do caldo popular entre os pescadores da região (R$ 69).

Filé-mignon de caracucom molho roti e purê de banana da terra. Foto: Felipe Rau/Estadão

A grande atração do cardápio, entretanto, são os cortes de caracu, gado taurino criado solto, alimentado com pastagem e abatido “velho”, cuja carne tem incrível maciez, suculência – e preços assustadores. Confesso que quando bati os olhos no preço do Tomahawk, R$ 790, meu impulso foi levantar e ir embora. Só me acalmei ao constatar que se trata de uma peça de 2kg, suficiente para 5 porções. Ainda assim, está longe de ser barato. Os pratos de carne de caracu começam com preço de R$ 199, o assado de tira com 350g. Provei o filé-mignon com molho roti e purê de banana da terra (R$ 119), muito macio, suculento e saboroso (teria ficado melhor com um pouco mais de sal).

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Trata-se de um restaurante muito bem montado, com o privilégio de ter mesas espalhadas pela praça Vaticano. O serviço é o ponto fraco do lugar e, apesar de simpático, requer treinamento urgente. O tratamento para a clientela, que varia de “doutora” à “menina”, poderia ser um detalhe – à exemplo da repetição da pergunta “está tudo maravilhoso?”, a cada prato servido, ou do posicionamento invertido dos talheres. Mas realmente atrapalha a falta de conhecimento dos pratos. Tomara que esses deslizes sejam corrigidos rapidamente.

Serviço

Urus

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Onde: Pça. do Vaticano, 321, Jardim Europa.Funcionamento: 12h/15h e 19h/23h (sex. e sáb. 12h/0h; dom. 12h/17h)

O brodo de piranha, que envolve o capeletti,é cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso. Foto: Felipe Rau/Estadão

Do capeletti in brodo de piranha aos cortes de caracu, passando pelo tartar de pintado com crocante de arroz, o cardápio do Urus oferece uma combinação ímpar de produtos de território, culinária sofisticada e releitura de pratos regionais com toques contemporâneos. O restaurante tem foco na cozinha do Mato Grosso, abastecida por três biomas riquíssimos em produtos e tradições – Pantanal, Cerrado e Amazônia – e pouco representada em São Paulo. Fazia tempo que não se via na cidade a inauguração de uma casa com uma proposta tão interessante.

Ingredientes e receitas foram selecionados pela dupla de chefs, o consultor italiano Massimo Battaglini e o mineiro Victor Naddeu, durante uma imersão na região. Os produtos chegam em van climatizada. O lambari selvagem é empanado em fubá e servido com mandioca frita e maionese de pequi (R$ 54). Acanjinjin, bebida de escravos feita à base de ervas e especiarias, vira caramelo para acompanhar a barriga de porco assada lentamente (R$ 59). A farinha de uarini faz escolta para o pintado assado na brasa (R$ 109). As escamas de piraputanga empanam o camarão servido com chutney de manga (R$ 79).

A melhor pedida é o brodo de piranha, cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso, servido com capeletti recheado com carne de piranha. Notável releitura do caldo popular entre os pescadores da região (R$ 69).

Filé-mignon de caracucom molho roti e purê de banana da terra. Foto: Felipe Rau/Estadão

A grande atração do cardápio, entretanto, são os cortes de caracu, gado taurino criado solto, alimentado com pastagem e abatido “velho”, cuja carne tem incrível maciez, suculência – e preços assustadores. Confesso que quando bati os olhos no preço do Tomahawk, R$ 790, meu impulso foi levantar e ir embora. Só me acalmei ao constatar que se trata de uma peça de 2kg, suficiente para 5 porções. Ainda assim, está longe de ser barato. Os pratos de carne de caracu começam com preço de R$ 199, o assado de tira com 350g. Provei o filé-mignon com molho roti e purê de banana da terra (R$ 119), muito macio, suculento e saboroso (teria ficado melhor com um pouco mais de sal).

Trata-se de um restaurante muito bem montado, com o privilégio de ter mesas espalhadas pela praça Vaticano. O serviço é o ponto fraco do lugar e, apesar de simpático, requer treinamento urgente. O tratamento para a clientela, que varia de “doutora” à “menina”, poderia ser um detalhe – à exemplo da repetição da pergunta “está tudo maravilhoso?”, a cada prato servido, ou do posicionamento invertido dos talheres. Mas realmente atrapalha a falta de conhecimento dos pratos. Tomara que esses deslizes sejam corrigidos rapidamente.

Serviço

Urus

Onde: Pça. do Vaticano, 321, Jardim Europa.Funcionamento: 12h/15h e 19h/23h (sex. e sáb. 12h/0h; dom. 12h/17h)

O brodo de piranha, que envolve o capeletti,é cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso. Foto: Felipe Rau/Estadão

Do capeletti in brodo de piranha aos cortes de caracu, passando pelo tartar de pintado com crocante de arroz, o cardápio do Urus oferece uma combinação ímpar de produtos de território, culinária sofisticada e releitura de pratos regionais com toques contemporâneos. O restaurante tem foco na cozinha do Mato Grosso, abastecida por três biomas riquíssimos em produtos e tradições – Pantanal, Cerrado e Amazônia – e pouco representada em São Paulo. Fazia tempo que não se via na cidade a inauguração de uma casa com uma proposta tão interessante.

Ingredientes e receitas foram selecionados pela dupla de chefs, o consultor italiano Massimo Battaglini e o mineiro Victor Naddeu, durante uma imersão na região. Os produtos chegam em van climatizada. O lambari selvagem é empanado em fubá e servido com mandioca frita e maionese de pequi (R$ 54). Acanjinjin, bebida de escravos feita à base de ervas e especiarias, vira caramelo para acompanhar a barriga de porco assada lentamente (R$ 59). A farinha de uarini faz escolta para o pintado assado na brasa (R$ 109). As escamas de piraputanga empanam o camarão servido com chutney de manga (R$ 79).

A melhor pedida é o brodo de piranha, cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso, servido com capeletti recheado com carne de piranha. Notável releitura do caldo popular entre os pescadores da região (R$ 69).

Filé-mignon de caracucom molho roti e purê de banana da terra. Foto: Felipe Rau/Estadão

A grande atração do cardápio, entretanto, são os cortes de caracu, gado taurino criado solto, alimentado com pastagem e abatido “velho”, cuja carne tem incrível maciez, suculência – e preços assustadores. Confesso que quando bati os olhos no preço do Tomahawk, R$ 790, meu impulso foi levantar e ir embora. Só me acalmei ao constatar que se trata de uma peça de 2kg, suficiente para 5 porções. Ainda assim, está longe de ser barato. Os pratos de carne de caracu começam com preço de R$ 199, o assado de tira com 350g. Provei o filé-mignon com molho roti e purê de banana da terra (R$ 119), muito macio, suculento e saboroso (teria ficado melhor com um pouco mais de sal).

Trata-se de um restaurante muito bem montado, com o privilégio de ter mesas espalhadas pela praça Vaticano. O serviço é o ponto fraco do lugar e, apesar de simpático, requer treinamento urgente. O tratamento para a clientela, que varia de “doutora” à “menina”, poderia ser um detalhe – à exemplo da repetição da pergunta “está tudo maravilhoso?”, a cada prato servido, ou do posicionamento invertido dos talheres. Mas realmente atrapalha a falta de conhecimento dos pratos. Tomara que esses deslizes sejam corrigidos rapidamente.

Serviço

Urus

Onde: Pça. do Vaticano, 321, Jardim Europa.Funcionamento: 12h/15h e 19h/23h (sex. e sáb. 12h/0h; dom. 12h/17h)

O brodo de piranha, que envolve o capeletti,é cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso. Foto: Felipe Rau/Estadão

Do capeletti in brodo de piranha aos cortes de caracu, passando pelo tartar de pintado com crocante de arroz, o cardápio do Urus oferece uma combinação ímpar de produtos de território, culinária sofisticada e releitura de pratos regionais com toques contemporâneos. O restaurante tem foco na cozinha do Mato Grosso, abastecida por três biomas riquíssimos em produtos e tradições – Pantanal, Cerrado e Amazônia – e pouco representada em São Paulo. Fazia tempo que não se via na cidade a inauguração de uma casa com uma proposta tão interessante.

Ingredientes e receitas foram selecionados pela dupla de chefs, o consultor italiano Massimo Battaglini e o mineiro Victor Naddeu, durante uma imersão na região. Os produtos chegam em van climatizada. O lambari selvagem é empanado em fubá e servido com mandioca frita e maionese de pequi (R$ 54). Acanjinjin, bebida de escravos feita à base de ervas e especiarias, vira caramelo para acompanhar a barriga de porco assada lentamente (R$ 59). A farinha de uarini faz escolta para o pintado assado na brasa (R$ 109). As escamas de piraputanga empanam o camarão servido com chutney de manga (R$ 79).

A melhor pedida é o brodo de piranha, cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso, servido com capeletti recheado com carne de piranha. Notável releitura do caldo popular entre os pescadores da região (R$ 69).

Filé-mignon de caracucom molho roti e purê de banana da terra. Foto: Felipe Rau/Estadão

A grande atração do cardápio, entretanto, são os cortes de caracu, gado taurino criado solto, alimentado com pastagem e abatido “velho”, cuja carne tem incrível maciez, suculência – e preços assustadores. Confesso que quando bati os olhos no preço do Tomahawk, R$ 790, meu impulso foi levantar e ir embora. Só me acalmei ao constatar que se trata de uma peça de 2kg, suficiente para 5 porções. Ainda assim, está longe de ser barato. Os pratos de carne de caracu começam com preço de R$ 199, o assado de tira com 350g. Provei o filé-mignon com molho roti e purê de banana da terra (R$ 119), muito macio, suculento e saboroso (teria ficado melhor com um pouco mais de sal).

Trata-se de um restaurante muito bem montado, com o privilégio de ter mesas espalhadas pela praça Vaticano. O serviço é o ponto fraco do lugar e, apesar de simpático, requer treinamento urgente. O tratamento para a clientela, que varia de “doutora” à “menina”, poderia ser um detalhe – à exemplo da repetição da pergunta “está tudo maravilhoso?”, a cada prato servido, ou do posicionamento invertido dos talheres. Mas realmente atrapalha a falta de conhecimento dos pratos. Tomara que esses deslizes sejam corrigidos rapidamente.

Serviço

Urus

Onde: Pça. do Vaticano, 321, Jardim Europa.Funcionamento: 12h/15h e 19h/23h (sex. e sáb. 12h/0h; dom. 12h/17h)

O brodo de piranha, que envolve o capeletti,é cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso. Foto: Felipe Rau/Estadão

Do capeletti in brodo de piranha aos cortes de caracu, passando pelo tartar de pintado com crocante de arroz, o cardápio do Urus oferece uma combinação ímpar de produtos de território, culinária sofisticada e releitura de pratos regionais com toques contemporâneos. O restaurante tem foco na cozinha do Mato Grosso, abastecida por três biomas riquíssimos em produtos e tradições – Pantanal, Cerrado e Amazônia – e pouco representada em São Paulo. Fazia tempo que não se via na cidade a inauguração de uma casa com uma proposta tão interessante.

Ingredientes e receitas foram selecionados pela dupla de chefs, o consultor italiano Massimo Battaglini e o mineiro Victor Naddeu, durante uma imersão na região. Os produtos chegam em van climatizada. O lambari selvagem é empanado em fubá e servido com mandioca frita e maionese de pequi (R$ 54). Acanjinjin, bebida de escravos feita à base de ervas e especiarias, vira caramelo para acompanhar a barriga de porco assada lentamente (R$ 59). A farinha de uarini faz escolta para o pintado assado na brasa (R$ 109). As escamas de piraputanga empanam o camarão servido com chutney de manga (R$ 79).

A melhor pedida é o brodo de piranha, cozido por três dias até se transformar num caldo muito aromático e espesso, servido com capeletti recheado com carne de piranha. Notável releitura do caldo popular entre os pescadores da região (R$ 69).

Filé-mignon de caracucom molho roti e purê de banana da terra. Foto: Felipe Rau/Estadão

A grande atração do cardápio, entretanto, são os cortes de caracu, gado taurino criado solto, alimentado com pastagem e abatido “velho”, cuja carne tem incrível maciez, suculência – e preços assustadores. Confesso que quando bati os olhos no preço do Tomahawk, R$ 790, meu impulso foi levantar e ir embora. Só me acalmei ao constatar que se trata de uma peça de 2kg, suficiente para 5 porções. Ainda assim, está longe de ser barato. Os pratos de carne de caracu começam com preço de R$ 199, o assado de tira com 350g. Provei o filé-mignon com molho roti e purê de banana da terra (R$ 119), muito macio, suculento e saboroso (teria ficado melhor com um pouco mais de sal).

Trata-se de um restaurante muito bem montado, com o privilégio de ter mesas espalhadas pela praça Vaticano. O serviço é o ponto fraco do lugar e, apesar de simpático, requer treinamento urgente. O tratamento para a clientela, que varia de “doutora” à “menina”, poderia ser um detalhe – à exemplo da repetição da pergunta “está tudo maravilhoso?”, a cada prato servido, ou do posicionamento invertido dos talheres. Mas realmente atrapalha a falta de conhecimento dos pratos. Tomara que esses deslizes sejam corrigidos rapidamente.

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