Rosés, sem enrubescer


Joga pedra no rosé! Tidos como fúteis, frívolos, 'femininos', 'misturados', os vinhos rosados são discriminados. Mas eles podem casar bem com frutos do mar, aves, massas e até carnes, como provou a harmonização do Paladar

Por GUILHERME VELLOSO e E MARCEL MIWA

Vinhos rosés são como a Geni da canção de Chico Buarque, em quem todos atiram pedras. Para muita gente, beber rosé é prova de mau gosto e de pouco conhecimento de vinhos. Isso sem falar no comentário ainda frequente, embora politicamente incorreto, que rosés são vinhos para mulheres. "O rosé sofre por sua imagem fútil, frívola. Tipo de vinho a que nenhum bebedor sério, particularmente homem, gostaria de se associar." A sentença é da respeitada jornalista inglesa Fiona Beckett, no capítulo dedicado aos rosés de seu livro Wine by Style (Vinho por Estilo), publicado originalmente em 1988. Em grande parte, continua válida. O preconceito se explica. Embora hoje seja raro encontrar rosés feitos a partir da simples mistura de vinho tinto e vinho branco (pecado mortal), nem sempre os que estão à venda são de safras recentes (no caso desses vinhos, a regra é "quanto mais jovem, melhor"); ou seja, já perderam parte do viço. Outro problema é a falsa suposição de que vinho rosé é "pau para toda obra", de que combina com qualquer comida. Foi justamente com o objetivo de testar essa premissa que o Paladar promoveu a harmonização deste mês. A ideia era experimentar diversos tipos de prato - salada, carne, massa, peixes e frutos do mar - com rosés de diferentes estilos.A prova, que teve também a participação da sommelière Daniela Bravin e da editora do Paladar, Patrícia Ferraz, foi realizada na sexta-feira num almoço no restaurante A Figueira Rubaiyat, cenário perfeito para uma degustação de rosés num dia de sol. Vinhos rosés são produzidos basicamente de três formas (leia os detalhes ao lado). Quando se extrai rapidamente o suco de uvas tintas após leve prensagem, se produzem vinhos mais leves e frutados, com a característica cor de "casca de cebola" ou um rosé bem pálido a eles associada. Não por acaso, os americanos chamam esses vinhos de blush, que em inglês significa rubor ou enrubescer. A vocação desses vinhos é para o aperitivo, ou para acompanhar saladas e pratos mais leves de peixe. E o modelo clássico é o Rosé d'Anjou, feito no Loire, ou alguns exemplares da Provence, uma das poucas regiões onde os rosés predominam.Quando o suco é retirado dos tanques após um período maior de maceração das uvas, que pode chegar a até 48 horas, o método é chamado de "sangria" (saignée, em francês). Resultará em vinhos com um pouco mais de corpo e cor mais viva. São os rosés que podem encarar pratos à base de frango, carne de porco e, até mesmo, embora não haja unanimidade a esse respeito, carne vermelha grelhada. Em geral, os rosés produzidos em países do Novo Mundo, como os da Argentina e Chile, se enquadram nessa categoria. O método de produção determina o estilo, mais leve ou mais encorpado, mas não a qualidade intrínseca do vinho. Essa depende, sobretudo, do equilíbrio entre a acidez e o açúcar, pois muitos rosés apresentam um pequeno teor de açúcar residual. A acidez é qualidade fundamental para que os vinhos rosés não se tornem enjoativos - e aí, sim, as pessoas tenham motivos para querer jogar pedras nas garrafas.

Vinhos rosés são como a Geni da canção de Chico Buarque, em quem todos atiram pedras. Para muita gente, beber rosé é prova de mau gosto e de pouco conhecimento de vinhos. Isso sem falar no comentário ainda frequente, embora politicamente incorreto, que rosés são vinhos para mulheres. "O rosé sofre por sua imagem fútil, frívola. Tipo de vinho a que nenhum bebedor sério, particularmente homem, gostaria de se associar." A sentença é da respeitada jornalista inglesa Fiona Beckett, no capítulo dedicado aos rosés de seu livro Wine by Style (Vinho por Estilo), publicado originalmente em 1988. Em grande parte, continua válida. O preconceito se explica. Embora hoje seja raro encontrar rosés feitos a partir da simples mistura de vinho tinto e vinho branco (pecado mortal), nem sempre os que estão à venda são de safras recentes (no caso desses vinhos, a regra é "quanto mais jovem, melhor"); ou seja, já perderam parte do viço. Outro problema é a falsa suposição de que vinho rosé é "pau para toda obra", de que combina com qualquer comida. Foi justamente com o objetivo de testar essa premissa que o Paladar promoveu a harmonização deste mês. A ideia era experimentar diversos tipos de prato - salada, carne, massa, peixes e frutos do mar - com rosés de diferentes estilos.A prova, que teve também a participação da sommelière Daniela Bravin e da editora do Paladar, Patrícia Ferraz, foi realizada na sexta-feira num almoço no restaurante A Figueira Rubaiyat, cenário perfeito para uma degustação de rosés num dia de sol. Vinhos rosés são produzidos basicamente de três formas (leia os detalhes ao lado). Quando se extrai rapidamente o suco de uvas tintas após leve prensagem, se produzem vinhos mais leves e frutados, com a característica cor de "casca de cebola" ou um rosé bem pálido a eles associada. Não por acaso, os americanos chamam esses vinhos de blush, que em inglês significa rubor ou enrubescer. A vocação desses vinhos é para o aperitivo, ou para acompanhar saladas e pratos mais leves de peixe. E o modelo clássico é o Rosé d'Anjou, feito no Loire, ou alguns exemplares da Provence, uma das poucas regiões onde os rosés predominam.Quando o suco é retirado dos tanques após um período maior de maceração das uvas, que pode chegar a até 48 horas, o método é chamado de "sangria" (saignée, em francês). Resultará em vinhos com um pouco mais de corpo e cor mais viva. São os rosés que podem encarar pratos à base de frango, carne de porco e, até mesmo, embora não haja unanimidade a esse respeito, carne vermelha grelhada. Em geral, os rosés produzidos em países do Novo Mundo, como os da Argentina e Chile, se enquadram nessa categoria. O método de produção determina o estilo, mais leve ou mais encorpado, mas não a qualidade intrínseca do vinho. Essa depende, sobretudo, do equilíbrio entre a acidez e o açúcar, pois muitos rosés apresentam um pequeno teor de açúcar residual. A acidez é qualidade fundamental para que os vinhos rosés não se tornem enjoativos - e aí, sim, as pessoas tenham motivos para querer jogar pedras nas garrafas.

Vinhos rosés são como a Geni da canção de Chico Buarque, em quem todos atiram pedras. Para muita gente, beber rosé é prova de mau gosto e de pouco conhecimento de vinhos. Isso sem falar no comentário ainda frequente, embora politicamente incorreto, que rosés são vinhos para mulheres. "O rosé sofre por sua imagem fútil, frívola. Tipo de vinho a que nenhum bebedor sério, particularmente homem, gostaria de se associar." A sentença é da respeitada jornalista inglesa Fiona Beckett, no capítulo dedicado aos rosés de seu livro Wine by Style (Vinho por Estilo), publicado originalmente em 1988. Em grande parte, continua válida. O preconceito se explica. Embora hoje seja raro encontrar rosés feitos a partir da simples mistura de vinho tinto e vinho branco (pecado mortal), nem sempre os que estão à venda são de safras recentes (no caso desses vinhos, a regra é "quanto mais jovem, melhor"); ou seja, já perderam parte do viço. Outro problema é a falsa suposição de que vinho rosé é "pau para toda obra", de que combina com qualquer comida. Foi justamente com o objetivo de testar essa premissa que o Paladar promoveu a harmonização deste mês. A ideia era experimentar diversos tipos de prato - salada, carne, massa, peixes e frutos do mar - com rosés de diferentes estilos.A prova, que teve também a participação da sommelière Daniela Bravin e da editora do Paladar, Patrícia Ferraz, foi realizada na sexta-feira num almoço no restaurante A Figueira Rubaiyat, cenário perfeito para uma degustação de rosés num dia de sol. Vinhos rosés são produzidos basicamente de três formas (leia os detalhes ao lado). Quando se extrai rapidamente o suco de uvas tintas após leve prensagem, se produzem vinhos mais leves e frutados, com a característica cor de "casca de cebola" ou um rosé bem pálido a eles associada. Não por acaso, os americanos chamam esses vinhos de blush, que em inglês significa rubor ou enrubescer. A vocação desses vinhos é para o aperitivo, ou para acompanhar saladas e pratos mais leves de peixe. E o modelo clássico é o Rosé d'Anjou, feito no Loire, ou alguns exemplares da Provence, uma das poucas regiões onde os rosés predominam.Quando o suco é retirado dos tanques após um período maior de maceração das uvas, que pode chegar a até 48 horas, o método é chamado de "sangria" (saignée, em francês). Resultará em vinhos com um pouco mais de corpo e cor mais viva. São os rosés que podem encarar pratos à base de frango, carne de porco e, até mesmo, embora não haja unanimidade a esse respeito, carne vermelha grelhada. Em geral, os rosés produzidos em países do Novo Mundo, como os da Argentina e Chile, se enquadram nessa categoria. O método de produção determina o estilo, mais leve ou mais encorpado, mas não a qualidade intrínseca do vinho. Essa depende, sobretudo, do equilíbrio entre a acidez e o açúcar, pois muitos rosés apresentam um pequeno teor de açúcar residual. A acidez é qualidade fundamental para que os vinhos rosés não se tornem enjoativos - e aí, sim, as pessoas tenham motivos para querer jogar pedras nas garrafas.

Vinhos rosés são como a Geni da canção de Chico Buarque, em quem todos atiram pedras. Para muita gente, beber rosé é prova de mau gosto e de pouco conhecimento de vinhos. Isso sem falar no comentário ainda frequente, embora politicamente incorreto, que rosés são vinhos para mulheres. "O rosé sofre por sua imagem fútil, frívola. Tipo de vinho a que nenhum bebedor sério, particularmente homem, gostaria de se associar." A sentença é da respeitada jornalista inglesa Fiona Beckett, no capítulo dedicado aos rosés de seu livro Wine by Style (Vinho por Estilo), publicado originalmente em 1988. Em grande parte, continua válida. O preconceito se explica. Embora hoje seja raro encontrar rosés feitos a partir da simples mistura de vinho tinto e vinho branco (pecado mortal), nem sempre os que estão à venda são de safras recentes (no caso desses vinhos, a regra é "quanto mais jovem, melhor"); ou seja, já perderam parte do viço. Outro problema é a falsa suposição de que vinho rosé é "pau para toda obra", de que combina com qualquer comida. Foi justamente com o objetivo de testar essa premissa que o Paladar promoveu a harmonização deste mês. A ideia era experimentar diversos tipos de prato - salada, carne, massa, peixes e frutos do mar - com rosés de diferentes estilos.A prova, que teve também a participação da sommelière Daniela Bravin e da editora do Paladar, Patrícia Ferraz, foi realizada na sexta-feira num almoço no restaurante A Figueira Rubaiyat, cenário perfeito para uma degustação de rosés num dia de sol. Vinhos rosés são produzidos basicamente de três formas (leia os detalhes ao lado). Quando se extrai rapidamente o suco de uvas tintas após leve prensagem, se produzem vinhos mais leves e frutados, com a característica cor de "casca de cebola" ou um rosé bem pálido a eles associada. Não por acaso, os americanos chamam esses vinhos de blush, que em inglês significa rubor ou enrubescer. A vocação desses vinhos é para o aperitivo, ou para acompanhar saladas e pratos mais leves de peixe. E o modelo clássico é o Rosé d'Anjou, feito no Loire, ou alguns exemplares da Provence, uma das poucas regiões onde os rosés predominam.Quando o suco é retirado dos tanques após um período maior de maceração das uvas, que pode chegar a até 48 horas, o método é chamado de "sangria" (saignée, em francês). Resultará em vinhos com um pouco mais de corpo e cor mais viva. São os rosés que podem encarar pratos à base de frango, carne de porco e, até mesmo, embora não haja unanimidade a esse respeito, carne vermelha grelhada. Em geral, os rosés produzidos em países do Novo Mundo, como os da Argentina e Chile, se enquadram nessa categoria. O método de produção determina o estilo, mais leve ou mais encorpado, mas não a qualidade intrínseca do vinho. Essa depende, sobretudo, do equilíbrio entre a acidez e o açúcar, pois muitos rosés apresentam um pequeno teor de açúcar residual. A acidez é qualidade fundamental para que os vinhos rosés não se tornem enjoativos - e aí, sim, as pessoas tenham motivos para querer jogar pedras nas garrafas.

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