Notícias do mundo dos vinhos

Aprenda a identificar, pelo rótulo, bons vinhos alemães de Riesling


Desenho estampado na garrafa distingue cerca de 200 vinícolas que seguem uma série de regras para assegurar a qualidade dos vinhos

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Não deixe a dificuldade de entender um rótulo de vinho alemão afastar você de joias como as lapidadas pela família zu Knyphausen, produtora dos vinhos Baron Knyphausen desde 1818 em Rheingau, às margens do rio Reno. Na última semana, o diretor da vinícola, Frederik zu Knyphausen esteve no Brasil para participar da Semana Riesling, promovida por sua importadora, a Vind’Ame.

Ele ensina que uma boa maneira de encontrar um vinho interessante e vencer as muitas consoantes estampadas nas etiquetas é procurar um desenho: uma águia com cachos de uva na garrafa. Ela representa a VDP, associação de 200 vinícolas que seguem uma série de regras para garantir a qualidade da bebida e que organiza seus vinhedos (e rótulos) como a Borgonha. Imagine uma pirâmide: no topo estão os vinhos Grosse Lague (ou GG, no caso dos secos), que são os melhores vinhedos alemães. Depois vêm aqueles com características únicas e de alta qualidade, os Erste Lague; os Orstewein, que são como os village franceses; e, a base da pirâmide, os Gutswein, que apesar de serem vinhos de entrada têm qualidade surpreendente. 

Frederik zu Knyphausen, produtor alemão Foto: Baron Knyphausen
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No Brasil, estão à venda 12 rótulos da Baron K, todos à base de Riesling, casta que é plantada na propriedade desde sua fundação por monges em 1141. Há dois Gutswein, o Baron K Riesling Rheingau Gutswein Trocken (R$ 179), seco e fresco na boca, com notas de fruta tropical (maracujá), além da célebre e típica pedra de isqueiro; e o Riesling Rheingau Gutswein 2014 (R$ 179), com as mesmas características, mas com um fundo levemente doce na boca – que pode fazer maravilhas ao lado do arroz adocicado do sushi. Do topo da pirâmide, com mais complexidade aromática e final longo, há um Riesling Erbacher Steinmorgen Erste Lage 2011 (R$ 469), que tem status de premier cru; e um grand cru, o Riesling Wisselbrunnen GG 2012 (R$ 599). 

Se você se espantou com a idade das safras à venda, fique tranquilo. O produtor afirma que mesmo os vinhos mais simples feitos com Riesling podem resistir bem ao tempo. Os Gutswein, por exemplo, resistem bem a uma década inteira. Os GG ultrapassam os 40 anos. “Com o tempo, a fruta fica menos evidente e a mineralidade aparece. O vinho fica mais redondo”, afirma Frederik. Segundo ele, a safra de 2010, por exemplo, difícil pela acidez altíssima, hoje é uma das mais interessantes. 

“A acidez é o grande trunfo e também desafio da Riesling. Ela é essencial e explica seu poder de longevidade, mas o perigo é que seja muito agressiva”, diz. Segundo ele, o que se faz é brincar com o açúcar residual. E justamente por isso os vinhos alemães também são classificados de acordo com sua doçura, desde os secos Trocken até os superdoces süß ou Süss, que tem mais de 45 gramas de açúcar por litro. 

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Riesling Rheingau Gutswein 2014 Foto: Vind’Ame

Outra dica interessante é que uma vinícola associada à VDP pode fazer vinhos de qualidade, mas que estejam fora da classificação da associação. É o caso do Riesling Baron K Kabinett 2013 (R$ 109), supercítrico e mineral, que segue um terceiro sistema de classificação, a dos Pradikatswein. A lógica aqui é o açúcar presente na uva na hora da colheita. Os Kabinett estão no espectro mais leve.

Frederik explica como reconhecer na taça um bom Riesling. “É mineral e pode ter um toque de fruta cítrica ou maracujá. Na boca, tem que ser vivo, redondo e ter estrutura.” Por fim, o produtor pede, quase suplica, que apaguemos da memória a garrafa azul, popular em todo o mundo nos anos 1970 e 1980, mas que até hoje causa danos à reputação da casta. “Esqueçam isso. Naquele vinho, muitas vezes, nem Riesling havia.” E sugere: “Deem uma chance aos Gutswein.”

Não deixe a dificuldade de entender um rótulo de vinho alemão afastar você de joias como as lapidadas pela família zu Knyphausen, produtora dos vinhos Baron Knyphausen desde 1818 em Rheingau, às margens do rio Reno. Na última semana, o diretor da vinícola, Frederik zu Knyphausen esteve no Brasil para participar da Semana Riesling, promovida por sua importadora, a Vind’Ame.

Ele ensina que uma boa maneira de encontrar um vinho interessante e vencer as muitas consoantes estampadas nas etiquetas é procurar um desenho: uma águia com cachos de uva na garrafa. Ela representa a VDP, associação de 200 vinícolas que seguem uma série de regras para garantir a qualidade da bebida e que organiza seus vinhedos (e rótulos) como a Borgonha. Imagine uma pirâmide: no topo estão os vinhos Grosse Lague (ou GG, no caso dos secos), que são os melhores vinhedos alemães. Depois vêm aqueles com características únicas e de alta qualidade, os Erste Lague; os Orstewein, que são como os village franceses; e, a base da pirâmide, os Gutswein, que apesar de serem vinhos de entrada têm qualidade surpreendente. 

Frederik zu Knyphausen, produtor alemão Foto: Baron Knyphausen

No Brasil, estão à venda 12 rótulos da Baron K, todos à base de Riesling, casta que é plantada na propriedade desde sua fundação por monges em 1141. Há dois Gutswein, o Baron K Riesling Rheingau Gutswein Trocken (R$ 179), seco e fresco na boca, com notas de fruta tropical (maracujá), além da célebre e típica pedra de isqueiro; e o Riesling Rheingau Gutswein 2014 (R$ 179), com as mesmas características, mas com um fundo levemente doce na boca – que pode fazer maravilhas ao lado do arroz adocicado do sushi. Do topo da pirâmide, com mais complexidade aromática e final longo, há um Riesling Erbacher Steinmorgen Erste Lage 2011 (R$ 469), que tem status de premier cru; e um grand cru, o Riesling Wisselbrunnen GG 2012 (R$ 599). 

Se você se espantou com a idade das safras à venda, fique tranquilo. O produtor afirma que mesmo os vinhos mais simples feitos com Riesling podem resistir bem ao tempo. Os Gutswein, por exemplo, resistem bem a uma década inteira. Os GG ultrapassam os 40 anos. “Com o tempo, a fruta fica menos evidente e a mineralidade aparece. O vinho fica mais redondo”, afirma Frederik. Segundo ele, a safra de 2010, por exemplo, difícil pela acidez altíssima, hoje é uma das mais interessantes. 

“A acidez é o grande trunfo e também desafio da Riesling. Ela é essencial e explica seu poder de longevidade, mas o perigo é que seja muito agressiva”, diz. Segundo ele, o que se faz é brincar com o açúcar residual. E justamente por isso os vinhos alemães também são classificados de acordo com sua doçura, desde os secos Trocken até os superdoces süß ou Süss, que tem mais de 45 gramas de açúcar por litro. 

Riesling Rheingau Gutswein 2014 Foto: Vind’Ame

Outra dica interessante é que uma vinícola associada à VDP pode fazer vinhos de qualidade, mas que estejam fora da classificação da associação. É o caso do Riesling Baron K Kabinett 2013 (R$ 109), supercítrico e mineral, que segue um terceiro sistema de classificação, a dos Pradikatswein. A lógica aqui é o açúcar presente na uva na hora da colheita. Os Kabinett estão no espectro mais leve.

Frederik explica como reconhecer na taça um bom Riesling. “É mineral e pode ter um toque de fruta cítrica ou maracujá. Na boca, tem que ser vivo, redondo e ter estrutura.” Por fim, o produtor pede, quase suplica, que apaguemos da memória a garrafa azul, popular em todo o mundo nos anos 1970 e 1980, mas que até hoje causa danos à reputação da casta. “Esqueçam isso. Naquele vinho, muitas vezes, nem Riesling havia.” E sugere: “Deem uma chance aos Gutswein.”

Não deixe a dificuldade de entender um rótulo de vinho alemão afastar você de joias como as lapidadas pela família zu Knyphausen, produtora dos vinhos Baron Knyphausen desde 1818 em Rheingau, às margens do rio Reno. Na última semana, o diretor da vinícola, Frederik zu Knyphausen esteve no Brasil para participar da Semana Riesling, promovida por sua importadora, a Vind’Ame.

Ele ensina que uma boa maneira de encontrar um vinho interessante e vencer as muitas consoantes estampadas nas etiquetas é procurar um desenho: uma águia com cachos de uva na garrafa. Ela representa a VDP, associação de 200 vinícolas que seguem uma série de regras para garantir a qualidade da bebida e que organiza seus vinhedos (e rótulos) como a Borgonha. Imagine uma pirâmide: no topo estão os vinhos Grosse Lague (ou GG, no caso dos secos), que são os melhores vinhedos alemães. Depois vêm aqueles com características únicas e de alta qualidade, os Erste Lague; os Orstewein, que são como os village franceses; e, a base da pirâmide, os Gutswein, que apesar de serem vinhos de entrada têm qualidade surpreendente. 

Frederik zu Knyphausen, produtor alemão Foto: Baron Knyphausen

No Brasil, estão à venda 12 rótulos da Baron K, todos à base de Riesling, casta que é plantada na propriedade desde sua fundação por monges em 1141. Há dois Gutswein, o Baron K Riesling Rheingau Gutswein Trocken (R$ 179), seco e fresco na boca, com notas de fruta tropical (maracujá), além da célebre e típica pedra de isqueiro; e o Riesling Rheingau Gutswein 2014 (R$ 179), com as mesmas características, mas com um fundo levemente doce na boca – que pode fazer maravilhas ao lado do arroz adocicado do sushi. Do topo da pirâmide, com mais complexidade aromática e final longo, há um Riesling Erbacher Steinmorgen Erste Lage 2011 (R$ 469), que tem status de premier cru; e um grand cru, o Riesling Wisselbrunnen GG 2012 (R$ 599). 

Se você se espantou com a idade das safras à venda, fique tranquilo. O produtor afirma que mesmo os vinhos mais simples feitos com Riesling podem resistir bem ao tempo. Os Gutswein, por exemplo, resistem bem a uma década inteira. Os GG ultrapassam os 40 anos. “Com o tempo, a fruta fica menos evidente e a mineralidade aparece. O vinho fica mais redondo”, afirma Frederik. Segundo ele, a safra de 2010, por exemplo, difícil pela acidez altíssima, hoje é uma das mais interessantes. 

“A acidez é o grande trunfo e também desafio da Riesling. Ela é essencial e explica seu poder de longevidade, mas o perigo é que seja muito agressiva”, diz. Segundo ele, o que se faz é brincar com o açúcar residual. E justamente por isso os vinhos alemães também são classificados de acordo com sua doçura, desde os secos Trocken até os superdoces süß ou Süss, que tem mais de 45 gramas de açúcar por litro. 

Riesling Rheingau Gutswein 2014 Foto: Vind’Ame

Outra dica interessante é que uma vinícola associada à VDP pode fazer vinhos de qualidade, mas que estejam fora da classificação da associação. É o caso do Riesling Baron K Kabinett 2013 (R$ 109), supercítrico e mineral, que segue um terceiro sistema de classificação, a dos Pradikatswein. A lógica aqui é o açúcar presente na uva na hora da colheita. Os Kabinett estão no espectro mais leve.

Frederik explica como reconhecer na taça um bom Riesling. “É mineral e pode ter um toque de fruta cítrica ou maracujá. Na boca, tem que ser vivo, redondo e ter estrutura.” Por fim, o produtor pede, quase suplica, que apaguemos da memória a garrafa azul, popular em todo o mundo nos anos 1970 e 1980, mas que até hoje causa danos à reputação da casta. “Esqueçam isso. Naquele vinho, muitas vezes, nem Riesling havia.” E sugere: “Deem uma chance aos Gutswein.”

Não deixe a dificuldade de entender um rótulo de vinho alemão afastar você de joias como as lapidadas pela família zu Knyphausen, produtora dos vinhos Baron Knyphausen desde 1818 em Rheingau, às margens do rio Reno. Na última semana, o diretor da vinícola, Frederik zu Knyphausen esteve no Brasil para participar da Semana Riesling, promovida por sua importadora, a Vind’Ame.

Ele ensina que uma boa maneira de encontrar um vinho interessante e vencer as muitas consoantes estampadas nas etiquetas é procurar um desenho: uma águia com cachos de uva na garrafa. Ela representa a VDP, associação de 200 vinícolas que seguem uma série de regras para garantir a qualidade da bebida e que organiza seus vinhedos (e rótulos) como a Borgonha. Imagine uma pirâmide: no topo estão os vinhos Grosse Lague (ou GG, no caso dos secos), que são os melhores vinhedos alemães. Depois vêm aqueles com características únicas e de alta qualidade, os Erste Lague; os Orstewein, que são como os village franceses; e, a base da pirâmide, os Gutswein, que apesar de serem vinhos de entrada têm qualidade surpreendente. 

Frederik zu Knyphausen, produtor alemão Foto: Baron Knyphausen

No Brasil, estão à venda 12 rótulos da Baron K, todos à base de Riesling, casta que é plantada na propriedade desde sua fundação por monges em 1141. Há dois Gutswein, o Baron K Riesling Rheingau Gutswein Trocken (R$ 179), seco e fresco na boca, com notas de fruta tropical (maracujá), além da célebre e típica pedra de isqueiro; e o Riesling Rheingau Gutswein 2014 (R$ 179), com as mesmas características, mas com um fundo levemente doce na boca – que pode fazer maravilhas ao lado do arroz adocicado do sushi. Do topo da pirâmide, com mais complexidade aromática e final longo, há um Riesling Erbacher Steinmorgen Erste Lage 2011 (R$ 469), que tem status de premier cru; e um grand cru, o Riesling Wisselbrunnen GG 2012 (R$ 599). 

Se você se espantou com a idade das safras à venda, fique tranquilo. O produtor afirma que mesmo os vinhos mais simples feitos com Riesling podem resistir bem ao tempo. Os Gutswein, por exemplo, resistem bem a uma década inteira. Os GG ultrapassam os 40 anos. “Com o tempo, a fruta fica menos evidente e a mineralidade aparece. O vinho fica mais redondo”, afirma Frederik. Segundo ele, a safra de 2010, por exemplo, difícil pela acidez altíssima, hoje é uma das mais interessantes. 

“A acidez é o grande trunfo e também desafio da Riesling. Ela é essencial e explica seu poder de longevidade, mas o perigo é que seja muito agressiva”, diz. Segundo ele, o que se faz é brincar com o açúcar residual. E justamente por isso os vinhos alemães também são classificados de acordo com sua doçura, desde os secos Trocken até os superdoces süß ou Süss, que tem mais de 45 gramas de açúcar por litro. 

Riesling Rheingau Gutswein 2014 Foto: Vind’Ame

Outra dica interessante é que uma vinícola associada à VDP pode fazer vinhos de qualidade, mas que estejam fora da classificação da associação. É o caso do Riesling Baron K Kabinett 2013 (R$ 109), supercítrico e mineral, que segue um terceiro sistema de classificação, a dos Pradikatswein. A lógica aqui é o açúcar presente na uva na hora da colheita. Os Kabinett estão no espectro mais leve.

Frederik explica como reconhecer na taça um bom Riesling. “É mineral e pode ter um toque de fruta cítrica ou maracujá. Na boca, tem que ser vivo, redondo e ter estrutura.” Por fim, o produtor pede, quase suplica, que apaguemos da memória a garrafa azul, popular em todo o mundo nos anos 1970 e 1980, mas que até hoje causa danos à reputação da casta. “Esqueçam isso. Naquele vinho, muitas vezes, nem Riesling havia.” E sugere: “Deem uma chance aos Gutswein.”

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