Notícias do mundo dos vinhos

Aquecimento global faz França mexer no blend dos vinhos de Bordeaux


Última onda de calor no país europeu secou o solo e as vinhas e mudou, principalmente, a rotina dos trabalhadores locais

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Com o aquecimento global, não há mais quem se sinta seguro na produção de vinhos, principalmente se o terroir – que envolve clima, solo, relevo e tudo o que é da natureza, além da presença humana – é a estrutura central do seu negócio. 

A última canicule, como são chamadas as ondas de calor na França, foi inclemente em regiões como Bordeaux e Borgonha, secando o solo e as vinhas, mas especialmente mudando a rotina dos trabalhadores. Para sobreviver às condições extremas de mais de 40°C (e sobreviver aqui não é exagero, considerando que em 2003 milhares de pessoas morreram na França vítimas das altas temperaturas), foi recomendado que o trabalho nos vinhedos ocorresse a partir do nascer do sol até antes do meio-dia. A recomendação foi adotada até mesmo em Champagne, região mais fria e mais ao norte.

Vinhas queimadas em Restinclieres, perto de Montpellier, na França Foto: Sylvain Thomas/AFP
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Mas a situação funciona mais como alerta futuro do que como perigo para essa safra específica, uma vez que a previsão é de que o calor dure pouco e, como ocorreu cedo, é um período menos crítico para as vinhas – em agosto, por exemplo, o estresse hídrico prejudicaria a qualidade da uva.

A preocupação para o futuro, no entanto, fica. E algumas regiões começam a se mexer. Bordeaux, por exemplo, aprovou em primeira instância a inclusão de sete novas variedades estrangeiras em seus vinhedos com a ideia de incluir castas que sobrevivem melhor a temperaturas altas. Entre as tintas estão Marselan, Touriga Nacional e Arinarnoa, além da menos popular Castets. As brancas são Alvarinho, Petit Manseng e Liliorila, um cruzamento entre Baroque e Chardonnay. A decisão ainda tem que ser aprovada pela agência governamental de origem e qualidade da França, a INAO, mas já representa uma imensa mudança de cultura, segundo a avaliação da especialista na região Jane Anson, da revista britânica Decanter. “Eu esperava que a burocracia de Bordeaux fosse mais lenta na tomada de decisões, mas claramente viram que é importante ter agilidade para reagir”, afirma Anson.

Agora, é claro que há muitas regras: as novas castas só podem representar até 10% do corte final e 5% da área dos vinhedos de um produtor. Se a medida for aprovada em última instância, o plantio começa entre 2020 e 2021 nas denominações de Bordeaux e Bordeaux Supérieur, que representam 55% da área de vinhedos da região e produzem 384 milhões de garrafas por ano de acordo com a denominação. 

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Ao sudeste, em Châteauneuf-du-Pape, a saída que vem sendo estudada para o problema é a que adiciona castas brancas a cortes tintos, tudo para equilibrar álcool e acidez. Isso porque com o aquecimento do planeta, as uvas ficam mais doces, logo mais alcoólicas, e o resultado pode ser um vinho mais pesado, quente e chato (sem frescor). Com novos níveis de 16% de álcool em cortes tintos, os produtores se assustaram e lançaram mão de cepas como Bourboulenc, Picpoul, Picardin e Clairette, que ganharam mais área de vinhedos. 

Clima afeta até vinho grego

Outro efeito da mudança climática foi sentido neste ano na ilha de Santorini, na Grécia. Famosa por seus brancos com acidez vivaz de Assyrtiko, cultivadas em condições semidesérticas durante quase todo o ano, ela nunca foi tão fecunda ao receber uma quantidade inédita de chuva.

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E, para o vinho, isso não é necessariamente bom. Nos três primeiros meses do ano, em vez dos habituais 300 mm de chuva, a ilha recebeu 550 mm. Na tradição local, as vinhas são plantadas em vaso numa estrutura que se chama kouloura, que serve para proteger as uvas dos ventos fortes e da umidade noturna que vem do mar.

Com a chuva, elas viraram uma armadilha ao reter água. O risco agora é de míldio, doença causada por um fungo, além de ventos fortíssimos subsequentes da chuva. 

Com o aquecimento global, não há mais quem se sinta seguro na produção de vinhos, principalmente se o terroir – que envolve clima, solo, relevo e tudo o que é da natureza, além da presença humana – é a estrutura central do seu negócio. 

A última canicule, como são chamadas as ondas de calor na França, foi inclemente em regiões como Bordeaux e Borgonha, secando o solo e as vinhas, mas especialmente mudando a rotina dos trabalhadores. Para sobreviver às condições extremas de mais de 40°C (e sobreviver aqui não é exagero, considerando que em 2003 milhares de pessoas morreram na França vítimas das altas temperaturas), foi recomendado que o trabalho nos vinhedos ocorresse a partir do nascer do sol até antes do meio-dia. A recomendação foi adotada até mesmo em Champagne, região mais fria e mais ao norte.

Vinhas queimadas em Restinclieres, perto de Montpellier, na França Foto: Sylvain Thomas/AFP

Mas a situação funciona mais como alerta futuro do que como perigo para essa safra específica, uma vez que a previsão é de que o calor dure pouco e, como ocorreu cedo, é um período menos crítico para as vinhas – em agosto, por exemplo, o estresse hídrico prejudicaria a qualidade da uva.

A preocupação para o futuro, no entanto, fica. E algumas regiões começam a se mexer. Bordeaux, por exemplo, aprovou em primeira instância a inclusão de sete novas variedades estrangeiras em seus vinhedos com a ideia de incluir castas que sobrevivem melhor a temperaturas altas. Entre as tintas estão Marselan, Touriga Nacional e Arinarnoa, além da menos popular Castets. As brancas são Alvarinho, Petit Manseng e Liliorila, um cruzamento entre Baroque e Chardonnay. A decisão ainda tem que ser aprovada pela agência governamental de origem e qualidade da França, a INAO, mas já representa uma imensa mudança de cultura, segundo a avaliação da especialista na região Jane Anson, da revista britânica Decanter. “Eu esperava que a burocracia de Bordeaux fosse mais lenta na tomada de decisões, mas claramente viram que é importante ter agilidade para reagir”, afirma Anson.

Agora, é claro que há muitas regras: as novas castas só podem representar até 10% do corte final e 5% da área dos vinhedos de um produtor. Se a medida for aprovada em última instância, o plantio começa entre 2020 e 2021 nas denominações de Bordeaux e Bordeaux Supérieur, que representam 55% da área de vinhedos da região e produzem 384 milhões de garrafas por ano de acordo com a denominação. 

Ao sudeste, em Châteauneuf-du-Pape, a saída que vem sendo estudada para o problema é a que adiciona castas brancas a cortes tintos, tudo para equilibrar álcool e acidez. Isso porque com o aquecimento do planeta, as uvas ficam mais doces, logo mais alcoólicas, e o resultado pode ser um vinho mais pesado, quente e chato (sem frescor). Com novos níveis de 16% de álcool em cortes tintos, os produtores se assustaram e lançaram mão de cepas como Bourboulenc, Picpoul, Picardin e Clairette, que ganharam mais área de vinhedos. 

Clima afeta até vinho grego

Outro efeito da mudança climática foi sentido neste ano na ilha de Santorini, na Grécia. Famosa por seus brancos com acidez vivaz de Assyrtiko, cultivadas em condições semidesérticas durante quase todo o ano, ela nunca foi tão fecunda ao receber uma quantidade inédita de chuva.

E, para o vinho, isso não é necessariamente bom. Nos três primeiros meses do ano, em vez dos habituais 300 mm de chuva, a ilha recebeu 550 mm. Na tradição local, as vinhas são plantadas em vaso numa estrutura que se chama kouloura, que serve para proteger as uvas dos ventos fortes e da umidade noturna que vem do mar.

Com a chuva, elas viraram uma armadilha ao reter água. O risco agora é de míldio, doença causada por um fungo, além de ventos fortíssimos subsequentes da chuva. 

Com o aquecimento global, não há mais quem se sinta seguro na produção de vinhos, principalmente se o terroir – que envolve clima, solo, relevo e tudo o que é da natureza, além da presença humana – é a estrutura central do seu negócio. 

A última canicule, como são chamadas as ondas de calor na França, foi inclemente em regiões como Bordeaux e Borgonha, secando o solo e as vinhas, mas especialmente mudando a rotina dos trabalhadores. Para sobreviver às condições extremas de mais de 40°C (e sobreviver aqui não é exagero, considerando que em 2003 milhares de pessoas morreram na França vítimas das altas temperaturas), foi recomendado que o trabalho nos vinhedos ocorresse a partir do nascer do sol até antes do meio-dia. A recomendação foi adotada até mesmo em Champagne, região mais fria e mais ao norte.

Vinhas queimadas em Restinclieres, perto de Montpellier, na França Foto: Sylvain Thomas/AFP

Mas a situação funciona mais como alerta futuro do que como perigo para essa safra específica, uma vez que a previsão é de que o calor dure pouco e, como ocorreu cedo, é um período menos crítico para as vinhas – em agosto, por exemplo, o estresse hídrico prejudicaria a qualidade da uva.

A preocupação para o futuro, no entanto, fica. E algumas regiões começam a se mexer. Bordeaux, por exemplo, aprovou em primeira instância a inclusão de sete novas variedades estrangeiras em seus vinhedos com a ideia de incluir castas que sobrevivem melhor a temperaturas altas. Entre as tintas estão Marselan, Touriga Nacional e Arinarnoa, além da menos popular Castets. As brancas são Alvarinho, Petit Manseng e Liliorila, um cruzamento entre Baroque e Chardonnay. A decisão ainda tem que ser aprovada pela agência governamental de origem e qualidade da França, a INAO, mas já representa uma imensa mudança de cultura, segundo a avaliação da especialista na região Jane Anson, da revista britânica Decanter. “Eu esperava que a burocracia de Bordeaux fosse mais lenta na tomada de decisões, mas claramente viram que é importante ter agilidade para reagir”, afirma Anson.

Agora, é claro que há muitas regras: as novas castas só podem representar até 10% do corte final e 5% da área dos vinhedos de um produtor. Se a medida for aprovada em última instância, o plantio começa entre 2020 e 2021 nas denominações de Bordeaux e Bordeaux Supérieur, que representam 55% da área de vinhedos da região e produzem 384 milhões de garrafas por ano de acordo com a denominação. 

Ao sudeste, em Châteauneuf-du-Pape, a saída que vem sendo estudada para o problema é a que adiciona castas brancas a cortes tintos, tudo para equilibrar álcool e acidez. Isso porque com o aquecimento do planeta, as uvas ficam mais doces, logo mais alcoólicas, e o resultado pode ser um vinho mais pesado, quente e chato (sem frescor). Com novos níveis de 16% de álcool em cortes tintos, os produtores se assustaram e lançaram mão de cepas como Bourboulenc, Picpoul, Picardin e Clairette, que ganharam mais área de vinhedos. 

Clima afeta até vinho grego

Outro efeito da mudança climática foi sentido neste ano na ilha de Santorini, na Grécia. Famosa por seus brancos com acidez vivaz de Assyrtiko, cultivadas em condições semidesérticas durante quase todo o ano, ela nunca foi tão fecunda ao receber uma quantidade inédita de chuva.

E, para o vinho, isso não é necessariamente bom. Nos três primeiros meses do ano, em vez dos habituais 300 mm de chuva, a ilha recebeu 550 mm. Na tradição local, as vinhas são plantadas em vaso numa estrutura que se chama kouloura, que serve para proteger as uvas dos ventos fortes e da umidade noturna que vem do mar.

Com a chuva, elas viraram uma armadilha ao reter água. O risco agora é de míldio, doença causada por um fungo, além de ventos fortíssimos subsequentes da chuva. 

Com o aquecimento global, não há mais quem se sinta seguro na produção de vinhos, principalmente se o terroir – que envolve clima, solo, relevo e tudo o que é da natureza, além da presença humana – é a estrutura central do seu negócio. 

A última canicule, como são chamadas as ondas de calor na França, foi inclemente em regiões como Bordeaux e Borgonha, secando o solo e as vinhas, mas especialmente mudando a rotina dos trabalhadores. Para sobreviver às condições extremas de mais de 40°C (e sobreviver aqui não é exagero, considerando que em 2003 milhares de pessoas morreram na França vítimas das altas temperaturas), foi recomendado que o trabalho nos vinhedos ocorresse a partir do nascer do sol até antes do meio-dia. A recomendação foi adotada até mesmo em Champagne, região mais fria e mais ao norte.

Vinhas queimadas em Restinclieres, perto de Montpellier, na França Foto: Sylvain Thomas/AFP

Mas a situação funciona mais como alerta futuro do que como perigo para essa safra específica, uma vez que a previsão é de que o calor dure pouco e, como ocorreu cedo, é um período menos crítico para as vinhas – em agosto, por exemplo, o estresse hídrico prejudicaria a qualidade da uva.

A preocupação para o futuro, no entanto, fica. E algumas regiões começam a se mexer. Bordeaux, por exemplo, aprovou em primeira instância a inclusão de sete novas variedades estrangeiras em seus vinhedos com a ideia de incluir castas que sobrevivem melhor a temperaturas altas. Entre as tintas estão Marselan, Touriga Nacional e Arinarnoa, além da menos popular Castets. As brancas são Alvarinho, Petit Manseng e Liliorila, um cruzamento entre Baroque e Chardonnay. A decisão ainda tem que ser aprovada pela agência governamental de origem e qualidade da França, a INAO, mas já representa uma imensa mudança de cultura, segundo a avaliação da especialista na região Jane Anson, da revista britânica Decanter. “Eu esperava que a burocracia de Bordeaux fosse mais lenta na tomada de decisões, mas claramente viram que é importante ter agilidade para reagir”, afirma Anson.

Agora, é claro que há muitas regras: as novas castas só podem representar até 10% do corte final e 5% da área dos vinhedos de um produtor. Se a medida for aprovada em última instância, o plantio começa entre 2020 e 2021 nas denominações de Bordeaux e Bordeaux Supérieur, que representam 55% da área de vinhedos da região e produzem 384 milhões de garrafas por ano de acordo com a denominação. 

Ao sudeste, em Châteauneuf-du-Pape, a saída que vem sendo estudada para o problema é a que adiciona castas brancas a cortes tintos, tudo para equilibrar álcool e acidez. Isso porque com o aquecimento do planeta, as uvas ficam mais doces, logo mais alcoólicas, e o resultado pode ser um vinho mais pesado, quente e chato (sem frescor). Com novos níveis de 16% de álcool em cortes tintos, os produtores se assustaram e lançaram mão de cepas como Bourboulenc, Picpoul, Picardin e Clairette, que ganharam mais área de vinhedos. 

Clima afeta até vinho grego

Outro efeito da mudança climática foi sentido neste ano na ilha de Santorini, na Grécia. Famosa por seus brancos com acidez vivaz de Assyrtiko, cultivadas em condições semidesérticas durante quase todo o ano, ela nunca foi tão fecunda ao receber uma quantidade inédita de chuva.

E, para o vinho, isso não é necessariamente bom. Nos três primeiros meses do ano, em vez dos habituais 300 mm de chuva, a ilha recebeu 550 mm. Na tradição local, as vinhas são plantadas em vaso numa estrutura que se chama kouloura, que serve para proteger as uvas dos ventos fortes e da umidade noturna que vem do mar.

Com a chuva, elas viraram uma armadilha ao reter água. O risco agora é de míldio, doença causada por um fungo, além de ventos fortíssimos subsequentes da chuva. 

Com o aquecimento global, não há mais quem se sinta seguro na produção de vinhos, principalmente se o terroir – que envolve clima, solo, relevo e tudo o que é da natureza, além da presença humana – é a estrutura central do seu negócio. 

A última canicule, como são chamadas as ondas de calor na França, foi inclemente em regiões como Bordeaux e Borgonha, secando o solo e as vinhas, mas especialmente mudando a rotina dos trabalhadores. Para sobreviver às condições extremas de mais de 40°C (e sobreviver aqui não é exagero, considerando que em 2003 milhares de pessoas morreram na França vítimas das altas temperaturas), foi recomendado que o trabalho nos vinhedos ocorresse a partir do nascer do sol até antes do meio-dia. A recomendação foi adotada até mesmo em Champagne, região mais fria e mais ao norte.

Vinhas queimadas em Restinclieres, perto de Montpellier, na França Foto: Sylvain Thomas/AFP

Mas a situação funciona mais como alerta futuro do que como perigo para essa safra específica, uma vez que a previsão é de que o calor dure pouco e, como ocorreu cedo, é um período menos crítico para as vinhas – em agosto, por exemplo, o estresse hídrico prejudicaria a qualidade da uva.

A preocupação para o futuro, no entanto, fica. E algumas regiões começam a se mexer. Bordeaux, por exemplo, aprovou em primeira instância a inclusão de sete novas variedades estrangeiras em seus vinhedos com a ideia de incluir castas que sobrevivem melhor a temperaturas altas. Entre as tintas estão Marselan, Touriga Nacional e Arinarnoa, além da menos popular Castets. As brancas são Alvarinho, Petit Manseng e Liliorila, um cruzamento entre Baroque e Chardonnay. A decisão ainda tem que ser aprovada pela agência governamental de origem e qualidade da França, a INAO, mas já representa uma imensa mudança de cultura, segundo a avaliação da especialista na região Jane Anson, da revista britânica Decanter. “Eu esperava que a burocracia de Bordeaux fosse mais lenta na tomada de decisões, mas claramente viram que é importante ter agilidade para reagir”, afirma Anson.

Agora, é claro que há muitas regras: as novas castas só podem representar até 10% do corte final e 5% da área dos vinhedos de um produtor. Se a medida for aprovada em última instância, o plantio começa entre 2020 e 2021 nas denominações de Bordeaux e Bordeaux Supérieur, que representam 55% da área de vinhedos da região e produzem 384 milhões de garrafas por ano de acordo com a denominação. 

Ao sudeste, em Châteauneuf-du-Pape, a saída que vem sendo estudada para o problema é a que adiciona castas brancas a cortes tintos, tudo para equilibrar álcool e acidez. Isso porque com o aquecimento do planeta, as uvas ficam mais doces, logo mais alcoólicas, e o resultado pode ser um vinho mais pesado, quente e chato (sem frescor). Com novos níveis de 16% de álcool em cortes tintos, os produtores se assustaram e lançaram mão de cepas como Bourboulenc, Picpoul, Picardin e Clairette, que ganharam mais área de vinhedos. 

Clima afeta até vinho grego

Outro efeito da mudança climática foi sentido neste ano na ilha de Santorini, na Grécia. Famosa por seus brancos com acidez vivaz de Assyrtiko, cultivadas em condições semidesérticas durante quase todo o ano, ela nunca foi tão fecunda ao receber uma quantidade inédita de chuva.

E, para o vinho, isso não é necessariamente bom. Nos três primeiros meses do ano, em vez dos habituais 300 mm de chuva, a ilha recebeu 550 mm. Na tradição local, as vinhas são plantadas em vaso numa estrutura que se chama kouloura, que serve para proteger as uvas dos ventos fortes e da umidade noturna que vem do mar.

Com a chuva, elas viraram uma armadilha ao reter água. O risco agora é de míldio, doença causada por um fungo, além de ventos fortíssimos subsequentes da chuva. 

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