Notícias do mundo dos vinhos

Champagne tem nova geração de pequenos produtores cheios de personalidade


Viticultores que sempre abasteceram as grandes maisons com uvas decidiram vinificar e vender bebida com sua marca. Conheça o caso da Louise Brison, que faz apenas Champagne safrado

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Embora Champagne seja uma região ligada às grandes marcas como Moët & Chandon, Mumm, Perrier Jouët, Veuve Clicquot, 90% das uvas que crescem lá são cultivadas por 19 mil pequenos produtores. E a maioria vende sua produção para as grandes casas ou cooperativas, afinal, apesar de parecer non-sense, com o valor que se paga pela uva de Champagne, lucra-se mais com a venda da fruta do que com a produção do vinho. 

Mas há uma nova geração cheia de orgulho que tem agido de modo diferente e quer dar seu nome aos rótulos. Eles têm uma cabeça meio borgonhesa e levam terroir muito em conta, usam carvalho e privilegiam a safra ao corte.

+ Primitivo é a uva da vez e faz um vinho fácil de beber, macio e encorpado+ Produção mundial de vinho cai e pode chegar ao nível dos anos 1960 

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A pequena e artesanal cave Louise Brison, em Noé Les Mallets, é um excelente exemplo desse movimento. Foi fundada em 1991 por Francis Brulez, um funcionário de cooperativa que sonhava em exportar. Cursou enologia aos 38 e lançou a marca de olho no mercado exterior. Mas, como Champagne depende mais da economia mundial do que da local, levou sustos que o obrigaram a definir padrões – como produzir só vinhos safrados, marca da casa mas contrassenso na região onde as casas tradicionalmente misturam vinhos de terroirs diferentes da própria região de Champagne e de safras distintas. 

Hoje, sua filha Delphine, que estudou enologia e viticultura, comanda a operação na maison. Ela passa 80% do ano no campo. Cada parcela de vinhedo é vinificada separadamente em barricas e depois a bebida fica sur lie (em contato com as borras) por cinco anos.

Só safrados. Delphine, a enóloga, não mistura safras Foto: Louise Brison
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Como caviste, assim como o pai, também já sentiu na pele que o peso da economia mundial . Como viticultora, outro desafio: tem uma relação de amor e ódio com o clima. O aquecimento global trouxe uma melhor maturação às frutas e mais complexidade aos vinhos; por outro lado, tem causado quebras de safra terríveis. 

No Brasil, é possível provar dois rótulos da Louise Brison, ambos importados pela Belle Cave (www.bellecave.com.br) e muito gastronômicos. O Champagne Louise Brison Brut 2008 (R$ 325), um corte de Chardonnay e Pinot Noir, é elegante e traz, além da acidez característica da região, as marcas de seu passado de estágio com as leveduras – panificação fina. O L’Impertinente Rosé 2010 (R$ 336) é curioso: um safrado não safrado, uma vez que a cave decide não expor o ano no rótulo para atender a lei de que pelo menos 10% dos vinhos de Champagne não podem ser safrados. Mais rosado do que se espera de um francês (“Nós acreditamos na nossa cor”, defende Francis), na taça deve ir muito além do brinde, da entrada à sobremesa. 

  Foto: Divulgação
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Outros dois expoentes do movimento dos pequenos (e caros!) de Champagne são Pierre Gimonnet – prove o Champagne Cuis 1er Cru Brut NS (R$ 466,17 na Premium Wines); e Pierre Peters, importado pela Vinci – seu Extra Brut Grand Cru sai a R$ 481,68.

Embora Champagne seja uma região ligada às grandes marcas como Moët & Chandon, Mumm, Perrier Jouët, Veuve Clicquot, 90% das uvas que crescem lá são cultivadas por 19 mil pequenos produtores. E a maioria vende sua produção para as grandes casas ou cooperativas, afinal, apesar de parecer non-sense, com o valor que se paga pela uva de Champagne, lucra-se mais com a venda da fruta do que com a produção do vinho. 

Mas há uma nova geração cheia de orgulho que tem agido de modo diferente e quer dar seu nome aos rótulos. Eles têm uma cabeça meio borgonhesa e levam terroir muito em conta, usam carvalho e privilegiam a safra ao corte.

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A pequena e artesanal cave Louise Brison, em Noé Les Mallets, é um excelente exemplo desse movimento. Foi fundada em 1991 por Francis Brulez, um funcionário de cooperativa que sonhava em exportar. Cursou enologia aos 38 e lançou a marca de olho no mercado exterior. Mas, como Champagne depende mais da economia mundial do que da local, levou sustos que o obrigaram a definir padrões – como produzir só vinhos safrados, marca da casa mas contrassenso na região onde as casas tradicionalmente misturam vinhos de terroirs diferentes da própria região de Champagne e de safras distintas. 

Hoje, sua filha Delphine, que estudou enologia e viticultura, comanda a operação na maison. Ela passa 80% do ano no campo. Cada parcela de vinhedo é vinificada separadamente em barricas e depois a bebida fica sur lie (em contato com as borras) por cinco anos.

Só safrados. Delphine, a enóloga, não mistura safras Foto: Louise Brison

Como caviste, assim como o pai, também já sentiu na pele que o peso da economia mundial . Como viticultora, outro desafio: tem uma relação de amor e ódio com o clima. O aquecimento global trouxe uma melhor maturação às frutas e mais complexidade aos vinhos; por outro lado, tem causado quebras de safra terríveis. 

No Brasil, é possível provar dois rótulos da Louise Brison, ambos importados pela Belle Cave (www.bellecave.com.br) e muito gastronômicos. O Champagne Louise Brison Brut 2008 (R$ 325), um corte de Chardonnay e Pinot Noir, é elegante e traz, além da acidez característica da região, as marcas de seu passado de estágio com as leveduras – panificação fina. O L’Impertinente Rosé 2010 (R$ 336) é curioso: um safrado não safrado, uma vez que a cave decide não expor o ano no rótulo para atender a lei de que pelo menos 10% dos vinhos de Champagne não podem ser safrados. Mais rosado do que se espera de um francês (“Nós acreditamos na nossa cor”, defende Francis), na taça deve ir muito além do brinde, da entrada à sobremesa. 

  Foto: Divulgação

Outros dois expoentes do movimento dos pequenos (e caros!) de Champagne são Pierre Gimonnet – prove o Champagne Cuis 1er Cru Brut NS (R$ 466,17 na Premium Wines); e Pierre Peters, importado pela Vinci – seu Extra Brut Grand Cru sai a R$ 481,68.

Embora Champagne seja uma região ligada às grandes marcas como Moët & Chandon, Mumm, Perrier Jouët, Veuve Clicquot, 90% das uvas que crescem lá são cultivadas por 19 mil pequenos produtores. E a maioria vende sua produção para as grandes casas ou cooperativas, afinal, apesar de parecer non-sense, com o valor que se paga pela uva de Champagne, lucra-se mais com a venda da fruta do que com a produção do vinho. 

Mas há uma nova geração cheia de orgulho que tem agido de modo diferente e quer dar seu nome aos rótulos. Eles têm uma cabeça meio borgonhesa e levam terroir muito em conta, usam carvalho e privilegiam a safra ao corte.

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A pequena e artesanal cave Louise Brison, em Noé Les Mallets, é um excelente exemplo desse movimento. Foi fundada em 1991 por Francis Brulez, um funcionário de cooperativa que sonhava em exportar. Cursou enologia aos 38 e lançou a marca de olho no mercado exterior. Mas, como Champagne depende mais da economia mundial do que da local, levou sustos que o obrigaram a definir padrões – como produzir só vinhos safrados, marca da casa mas contrassenso na região onde as casas tradicionalmente misturam vinhos de terroirs diferentes da própria região de Champagne e de safras distintas. 

Hoje, sua filha Delphine, que estudou enologia e viticultura, comanda a operação na maison. Ela passa 80% do ano no campo. Cada parcela de vinhedo é vinificada separadamente em barricas e depois a bebida fica sur lie (em contato com as borras) por cinco anos.

Só safrados. Delphine, a enóloga, não mistura safras Foto: Louise Brison

Como caviste, assim como o pai, também já sentiu na pele que o peso da economia mundial . Como viticultora, outro desafio: tem uma relação de amor e ódio com o clima. O aquecimento global trouxe uma melhor maturação às frutas e mais complexidade aos vinhos; por outro lado, tem causado quebras de safra terríveis. 

No Brasil, é possível provar dois rótulos da Louise Brison, ambos importados pela Belle Cave (www.bellecave.com.br) e muito gastronômicos. O Champagne Louise Brison Brut 2008 (R$ 325), um corte de Chardonnay e Pinot Noir, é elegante e traz, além da acidez característica da região, as marcas de seu passado de estágio com as leveduras – panificação fina. O L’Impertinente Rosé 2010 (R$ 336) é curioso: um safrado não safrado, uma vez que a cave decide não expor o ano no rótulo para atender a lei de que pelo menos 10% dos vinhos de Champagne não podem ser safrados. Mais rosado do que se espera de um francês (“Nós acreditamos na nossa cor”, defende Francis), na taça deve ir muito além do brinde, da entrada à sobremesa. 

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Outros dois expoentes do movimento dos pequenos (e caros!) de Champagne são Pierre Gimonnet – prove o Champagne Cuis 1er Cru Brut NS (R$ 466,17 na Premium Wines); e Pierre Peters, importado pela Vinci – seu Extra Brut Grand Cru sai a R$ 481,68.

Embora Champagne seja uma região ligada às grandes marcas como Moët & Chandon, Mumm, Perrier Jouët, Veuve Clicquot, 90% das uvas que crescem lá são cultivadas por 19 mil pequenos produtores. E a maioria vende sua produção para as grandes casas ou cooperativas, afinal, apesar de parecer non-sense, com o valor que se paga pela uva de Champagne, lucra-se mais com a venda da fruta do que com a produção do vinho. 

Mas há uma nova geração cheia de orgulho que tem agido de modo diferente e quer dar seu nome aos rótulos. Eles têm uma cabeça meio borgonhesa e levam terroir muito em conta, usam carvalho e privilegiam a safra ao corte.

+ Primitivo é a uva da vez e faz um vinho fácil de beber, macio e encorpado+ Produção mundial de vinho cai e pode chegar ao nível dos anos 1960 

A pequena e artesanal cave Louise Brison, em Noé Les Mallets, é um excelente exemplo desse movimento. Foi fundada em 1991 por Francis Brulez, um funcionário de cooperativa que sonhava em exportar. Cursou enologia aos 38 e lançou a marca de olho no mercado exterior. Mas, como Champagne depende mais da economia mundial do que da local, levou sustos que o obrigaram a definir padrões – como produzir só vinhos safrados, marca da casa mas contrassenso na região onde as casas tradicionalmente misturam vinhos de terroirs diferentes da própria região de Champagne e de safras distintas. 

Hoje, sua filha Delphine, que estudou enologia e viticultura, comanda a operação na maison. Ela passa 80% do ano no campo. Cada parcela de vinhedo é vinificada separadamente em barricas e depois a bebida fica sur lie (em contato com as borras) por cinco anos.

Só safrados. Delphine, a enóloga, não mistura safras Foto: Louise Brison

Como caviste, assim como o pai, também já sentiu na pele que o peso da economia mundial . Como viticultora, outro desafio: tem uma relação de amor e ódio com o clima. O aquecimento global trouxe uma melhor maturação às frutas e mais complexidade aos vinhos; por outro lado, tem causado quebras de safra terríveis. 

No Brasil, é possível provar dois rótulos da Louise Brison, ambos importados pela Belle Cave (www.bellecave.com.br) e muito gastronômicos. O Champagne Louise Brison Brut 2008 (R$ 325), um corte de Chardonnay e Pinot Noir, é elegante e traz, além da acidez característica da região, as marcas de seu passado de estágio com as leveduras – panificação fina. O L’Impertinente Rosé 2010 (R$ 336) é curioso: um safrado não safrado, uma vez que a cave decide não expor o ano no rótulo para atender a lei de que pelo menos 10% dos vinhos de Champagne não podem ser safrados. Mais rosado do que se espera de um francês (“Nós acreditamos na nossa cor”, defende Francis), na taça deve ir muito além do brinde, da entrada à sobremesa. 

  Foto: Divulgação

Outros dois expoentes do movimento dos pequenos (e caros!) de Champagne são Pierre Gimonnet – prove o Champagne Cuis 1er Cru Brut NS (R$ 466,17 na Premium Wines); e Pierre Peters, importado pela Vinci – seu Extra Brut Grand Cru sai a R$ 481,68.

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