Notícias do mundo dos vinhos

Ex-jogador de futebol importa vinhos ícones da Borgonha


Jussiê se apaixonou por vinhos quando viveu em Bordeaux e jogou do no clube Girondins; em março, lança sua nova importadora que começa com 42 rótulos, sendo a maioria borgonheses

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Imagine o susto de Jussiê, jogador de futebol brasileiro baseado na França, ao chegar em Bordeaux e, em sua primeira concentração do clube Girondins, ser servido de uma taça de vinho, às vésperas de um jogo importante, em 2005. No dia seguinte, o vinho estava lá de novo apenas quatro horas antes da partida. Era demais, não resistiu e perguntou aos organizadores como permitiam que o álcool entrasse na concentração. A resposta foi rápida e cortante: “Álcool? Álcool não, alimento”. Pareceu coisa de louco, mas logo Jussiê entendeu – a cultura do vinho estava em todos os lugares, até o presidente do clube era produtor. E, mais que isso, se apaixonou.

Do campo à taça. Jussiê, jogador convertido em importador; Foto: Juss Milllesime

Rapidamente, transformou o vinho em seu plano de aposentadoria, que para um jogador de futebol pode chegar cedo. Com isso em mente, aproveitou as benesses que seu métier oferece e passou a aceitar todos os convites para visitar châteaux em Bordeaux e conhecer outras regiões e produtores de perfis distintos. Começava assim uma relação de amor que culminaria na Juss Millesimes (juss-millesimes.com.br), importadora que estreia em março, quando chegam as primeiras garrafas (preços ainda não divulgados). 

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O portfólio, Jussiê conta, veio pronto, montado pela distribuidora Diva, uma das maiores do mundo. São 42 rótulos de 16 produtores. A maior parte delas, paradoxalmente, vem da Borgonha. A escolha por eles em detrimento de Bordeaux se deu pela facilidade de negócios (“Lá falamos direto com o produtor e os preços são melhores”) e também por achar que o Brasil tinha espaço para receber rótulos como os do célebre Domaine Armand Rousseau, proprietários de vinhedos grand cru nas denominações de Gevrey-Chambertin e Morey-Saint-Denis. Mas há ainda vinhos de Vale do Loire, Provence, Champagne, Côtes du Marmandais (sudoeste) e um Rioja feito por um francês.

Embora convertido em importador, Jussiê não deixará Bordeaux. No Brasil, quem toca a importadora é o diretor Raphael Malago, que é experiente no que diz respeito à burocracia de importação. 

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Conheça alguns dos borgonheses que vêm aí

A escalação: Atrás, da esq para a direita: Jussie Vieira, Thierry Pillot, Jean Dominique Vacheron, Olivier Riviere, Elian da Ros, Jean Claude Ramonet. Na frente: Isabelle Raveneau, Charles Van Canneyt, Celine Fontaine, Alec Seysses Foto: Raphael Malago

Domaine Armand Rousseau  Um dos mais reconhecidos produtores da Borgonha (e relativamente recente, fundado no início do século 20), produz 65 mil garrafas por ano em Gevrey-Chambertin, Charmes-Chambertin, Clos de La Roche, Mazis-Chambertin, Mazoyeres-Chambertin, Clos Saint Jacques, Clos de Bèze, Clos de la Roche e Clos des Ruchottes.Domaine Ramonet Fundada em 1920, a vinícola é uma das grandes de Chassagne, que produz brancos de todos os níveis, desde os village até o célebre Montrachet. Uvas de vinhedos de até 18 anos não entram nas garrafas mais nobres e os rendimentos são controladíssimos.Domaine Dujac  Produtor “novo” (desde 1967), tem longa lista de premier cru que inclui Gevrey-Chambertin e Vosne-Romanée Aux Malconsorts.Domaine François Raveneau  Festejada casa de Chablis, cujos vinhedos estão localizados em grand crus e premier crus, faz vinhos com uvas colhidas à mão e usa apenas leveduras nativas.

Imagine o susto de Jussiê, jogador de futebol brasileiro baseado na França, ao chegar em Bordeaux e, em sua primeira concentração do clube Girondins, ser servido de uma taça de vinho, às vésperas de um jogo importante, em 2005. No dia seguinte, o vinho estava lá de novo apenas quatro horas antes da partida. Era demais, não resistiu e perguntou aos organizadores como permitiam que o álcool entrasse na concentração. A resposta foi rápida e cortante: “Álcool? Álcool não, alimento”. Pareceu coisa de louco, mas logo Jussiê entendeu – a cultura do vinho estava em todos os lugares, até o presidente do clube era produtor. E, mais que isso, se apaixonou.

Do campo à taça. Jussiê, jogador convertido em importador; Foto: Juss Milllesime

Rapidamente, transformou o vinho em seu plano de aposentadoria, que para um jogador de futebol pode chegar cedo. Com isso em mente, aproveitou as benesses que seu métier oferece e passou a aceitar todos os convites para visitar châteaux em Bordeaux e conhecer outras regiões e produtores de perfis distintos. Começava assim uma relação de amor que culminaria na Juss Millesimes (juss-millesimes.com.br), importadora que estreia em março, quando chegam as primeiras garrafas (preços ainda não divulgados). 

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O portfólio, Jussiê conta, veio pronto, montado pela distribuidora Diva, uma das maiores do mundo. São 42 rótulos de 16 produtores. A maior parte delas, paradoxalmente, vem da Borgonha. A escolha por eles em detrimento de Bordeaux se deu pela facilidade de negócios (“Lá falamos direto com o produtor e os preços são melhores”) e também por achar que o Brasil tinha espaço para receber rótulos como os do célebre Domaine Armand Rousseau, proprietários de vinhedos grand cru nas denominações de Gevrey-Chambertin e Morey-Saint-Denis. Mas há ainda vinhos de Vale do Loire, Provence, Champagne, Côtes du Marmandais (sudoeste) e um Rioja feito por um francês.

Embora convertido em importador, Jussiê não deixará Bordeaux. No Brasil, quem toca a importadora é o diretor Raphael Malago, que é experiente no que diz respeito à burocracia de importação. 

Conheça alguns dos borgonheses que vêm aí

A escalação: Atrás, da esq para a direita: Jussie Vieira, Thierry Pillot, Jean Dominique Vacheron, Olivier Riviere, Elian da Ros, Jean Claude Ramonet. Na frente: Isabelle Raveneau, Charles Van Canneyt, Celine Fontaine, Alec Seysses Foto: Raphael Malago

Domaine Armand Rousseau  Um dos mais reconhecidos produtores da Borgonha (e relativamente recente, fundado no início do século 20), produz 65 mil garrafas por ano em Gevrey-Chambertin, Charmes-Chambertin, Clos de La Roche, Mazis-Chambertin, Mazoyeres-Chambertin, Clos Saint Jacques, Clos de Bèze, Clos de la Roche e Clos des Ruchottes.Domaine Ramonet Fundada em 1920, a vinícola é uma das grandes de Chassagne, que produz brancos de todos os níveis, desde os village até o célebre Montrachet. Uvas de vinhedos de até 18 anos não entram nas garrafas mais nobres e os rendimentos são controladíssimos.Domaine Dujac  Produtor “novo” (desde 1967), tem longa lista de premier cru que inclui Gevrey-Chambertin e Vosne-Romanée Aux Malconsorts.Domaine François Raveneau  Festejada casa de Chablis, cujos vinhedos estão localizados em grand crus e premier crus, faz vinhos com uvas colhidas à mão e usa apenas leveduras nativas.

Imagine o susto de Jussiê, jogador de futebol brasileiro baseado na França, ao chegar em Bordeaux e, em sua primeira concentração do clube Girondins, ser servido de uma taça de vinho, às vésperas de um jogo importante, em 2005. No dia seguinte, o vinho estava lá de novo apenas quatro horas antes da partida. Era demais, não resistiu e perguntou aos organizadores como permitiam que o álcool entrasse na concentração. A resposta foi rápida e cortante: “Álcool? Álcool não, alimento”. Pareceu coisa de louco, mas logo Jussiê entendeu – a cultura do vinho estava em todos os lugares, até o presidente do clube era produtor. E, mais que isso, se apaixonou.

Do campo à taça. Jussiê, jogador convertido em importador; Foto: Juss Milllesime

Rapidamente, transformou o vinho em seu plano de aposentadoria, que para um jogador de futebol pode chegar cedo. Com isso em mente, aproveitou as benesses que seu métier oferece e passou a aceitar todos os convites para visitar châteaux em Bordeaux e conhecer outras regiões e produtores de perfis distintos. Começava assim uma relação de amor que culminaria na Juss Millesimes (juss-millesimes.com.br), importadora que estreia em março, quando chegam as primeiras garrafas (preços ainda não divulgados). 

+ Alta fidelidade: top 10 de vinhos mais instigantes de 2017+ Novo bar de vinhos no centro vende taça pelo preço de chope

O portfólio, Jussiê conta, veio pronto, montado pela distribuidora Diva, uma das maiores do mundo. São 42 rótulos de 16 produtores. A maior parte delas, paradoxalmente, vem da Borgonha. A escolha por eles em detrimento de Bordeaux se deu pela facilidade de negócios (“Lá falamos direto com o produtor e os preços são melhores”) e também por achar que o Brasil tinha espaço para receber rótulos como os do célebre Domaine Armand Rousseau, proprietários de vinhedos grand cru nas denominações de Gevrey-Chambertin e Morey-Saint-Denis. Mas há ainda vinhos de Vale do Loire, Provence, Champagne, Côtes du Marmandais (sudoeste) e um Rioja feito por um francês.

Embora convertido em importador, Jussiê não deixará Bordeaux. No Brasil, quem toca a importadora é o diretor Raphael Malago, que é experiente no que diz respeito à burocracia de importação. 

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A escalação: Atrás, da esq para a direita: Jussie Vieira, Thierry Pillot, Jean Dominique Vacheron, Olivier Riviere, Elian da Ros, Jean Claude Ramonet. Na frente: Isabelle Raveneau, Charles Van Canneyt, Celine Fontaine, Alec Seysses Foto: Raphael Malago

Domaine Armand Rousseau  Um dos mais reconhecidos produtores da Borgonha (e relativamente recente, fundado no início do século 20), produz 65 mil garrafas por ano em Gevrey-Chambertin, Charmes-Chambertin, Clos de La Roche, Mazis-Chambertin, Mazoyeres-Chambertin, Clos Saint Jacques, Clos de Bèze, Clos de la Roche e Clos des Ruchottes.Domaine Ramonet Fundada em 1920, a vinícola é uma das grandes de Chassagne, que produz brancos de todos os níveis, desde os village até o célebre Montrachet. Uvas de vinhedos de até 18 anos não entram nas garrafas mais nobres e os rendimentos são controladíssimos.Domaine Dujac  Produtor “novo” (desde 1967), tem longa lista de premier cru que inclui Gevrey-Chambertin e Vosne-Romanée Aux Malconsorts.Domaine François Raveneau  Festejada casa de Chablis, cujos vinhedos estão localizados em grand crus e premier crus, faz vinhos com uvas colhidas à mão e usa apenas leveduras nativas.

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