Notícias do mundo dos vinhos

Não caia em frias ao comprar vinhos nas liquidações de janeiro


Antes de comprar vinhos na promoção, pesquise e prove. Na loja, fique atento aos sinais da garrafa

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Janeiro é também conhecido como o mês internacional da promoção. No vinho, é a hora em que importadoras e lojas especializadas escolhem que rótulos vão “queimar” – como é comum em quase toda área do varejo. E, claro, todo mundo quer aproveitar. Mas, no caso do vinho, é preciso ficar esperto para não levar gato por lebre. Afinal, muitas vezes o que as lojas querem é se livrar do estoque parado, e vinho, embora o rótulo não informe, tem prazo de validade. (E a depender da natureza da bebida, é melhor bebê-la jovem.) Para fugir de roubadas, ouvi dois experts em vinho, os sommeliers Eliana Araújo (Wine Soul) e Diego Arrebola, que deram algumas ideias de como evitar danos ao bolso. 

Dicas para evitar rótulos ruins Foto: CHINA DAILY|REUTERS

Eliana sugere se informar. Se você não tem um profissional a quem possa recorrer, use bem a internet e prefira sites como Wine Searcher, que reúnem dados precisos sobre rótulos, em vez dos aplicativos colaborativos como Vivino, que muitas vezes têm opiniões de amadores. “Prefira as safras jovens para os vinhos do dia a dia, que custem até R$ 70. E, de preferência, com pouca ou nenhuma passagem por carvalho”, afirma.

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No caso dos brancos, dois anos de idade para os vinhos simples são o limite. “É claro que há vinhos que aguentam mais, os Rieslings podem ficar mais complexos, mas no geral a maioria perde acidez”, afirma Eliana. E a última coisa que se quer na vida é beber um vinho “chato”, sem graça. Agora, se quiser muito comprar algum vinho antigo, mais caro, e apostar em seu potencial de guarda, peça ajuda, não decida sozinho. Diego Arrebola lembra que é fundamental saber a procedência. “Uma coisa é comprar em uma importadora ou loja séria. Outra é ir no açougue do seu Zé”, brinca. Ele lembra os sinais que a garrafa pode dar: o rótulo não pode ter manchas de vinho, que podem indicar vazamento; a rolha deve estar bem posicionada e não estufada; e a cápsula deve estar intacta. Certos termos no rótulo podem ser apenas jogada de marketing e não dizer nada. Palavras como “premium” e “reservado” não garantem qualidade. “Por isso é bom conhecer a legislação de cada lugar. Reserva em um país pode ter um sentido totalmente diferente que em outro”, diz Eliana.

Finalmente, aproveite as promoções para sair do comum e comprar cepas que ainda não provou. É hora de ir além do Chardonnay e do Cabernet Sauvignon.

É tempo de dividir

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Uma ótima maneira de aproveitar as promoções é reunir um grupo de amigos para fazer um exercício de prova. A ideia é que juntos façam um fundo: cada um dá um montante e o total angariado é usado para comprar uma variedade de rótulos. O grupo prova essas garrafas juntos e cada um decide o que vale a pena e o que não vale, reduzindo riscos e danos maiores. No final, cada um compra o que gostou mais.

Janeiro é também conhecido como o mês internacional da promoção. No vinho, é a hora em que importadoras e lojas especializadas escolhem que rótulos vão “queimar” – como é comum em quase toda área do varejo. E, claro, todo mundo quer aproveitar. Mas, no caso do vinho, é preciso ficar esperto para não levar gato por lebre. Afinal, muitas vezes o que as lojas querem é se livrar do estoque parado, e vinho, embora o rótulo não informe, tem prazo de validade. (E a depender da natureza da bebida, é melhor bebê-la jovem.) Para fugir de roubadas, ouvi dois experts em vinho, os sommeliers Eliana Araújo (Wine Soul) e Diego Arrebola, que deram algumas ideias de como evitar danos ao bolso. 

Dicas para evitar rótulos ruins Foto: CHINA DAILY|REUTERS

Eliana sugere se informar. Se você não tem um profissional a quem possa recorrer, use bem a internet e prefira sites como Wine Searcher, que reúnem dados precisos sobre rótulos, em vez dos aplicativos colaborativos como Vivino, que muitas vezes têm opiniões de amadores. “Prefira as safras jovens para os vinhos do dia a dia, que custem até R$ 70. E, de preferência, com pouca ou nenhuma passagem por carvalho”, afirma.

No caso dos brancos, dois anos de idade para os vinhos simples são o limite. “É claro que há vinhos que aguentam mais, os Rieslings podem ficar mais complexos, mas no geral a maioria perde acidez”, afirma Eliana. E a última coisa que se quer na vida é beber um vinho “chato”, sem graça. Agora, se quiser muito comprar algum vinho antigo, mais caro, e apostar em seu potencial de guarda, peça ajuda, não decida sozinho. Diego Arrebola lembra que é fundamental saber a procedência. “Uma coisa é comprar em uma importadora ou loja séria. Outra é ir no açougue do seu Zé”, brinca. Ele lembra os sinais que a garrafa pode dar: o rótulo não pode ter manchas de vinho, que podem indicar vazamento; a rolha deve estar bem posicionada e não estufada; e a cápsula deve estar intacta. Certos termos no rótulo podem ser apenas jogada de marketing e não dizer nada. Palavras como “premium” e “reservado” não garantem qualidade. “Por isso é bom conhecer a legislação de cada lugar. Reserva em um país pode ter um sentido totalmente diferente que em outro”, diz Eliana.

Finalmente, aproveite as promoções para sair do comum e comprar cepas que ainda não provou. É hora de ir além do Chardonnay e do Cabernet Sauvignon.

É tempo de dividir

Uma ótima maneira de aproveitar as promoções é reunir um grupo de amigos para fazer um exercício de prova. A ideia é que juntos façam um fundo: cada um dá um montante e o total angariado é usado para comprar uma variedade de rótulos. O grupo prova essas garrafas juntos e cada um decide o que vale a pena e o que não vale, reduzindo riscos e danos maiores. No final, cada um compra o que gostou mais.

Janeiro é também conhecido como o mês internacional da promoção. No vinho, é a hora em que importadoras e lojas especializadas escolhem que rótulos vão “queimar” – como é comum em quase toda área do varejo. E, claro, todo mundo quer aproveitar. Mas, no caso do vinho, é preciso ficar esperto para não levar gato por lebre. Afinal, muitas vezes o que as lojas querem é se livrar do estoque parado, e vinho, embora o rótulo não informe, tem prazo de validade. (E a depender da natureza da bebida, é melhor bebê-la jovem.) Para fugir de roubadas, ouvi dois experts em vinho, os sommeliers Eliana Araújo (Wine Soul) e Diego Arrebola, que deram algumas ideias de como evitar danos ao bolso. 

Dicas para evitar rótulos ruins Foto: CHINA DAILY|REUTERS

Eliana sugere se informar. Se você não tem um profissional a quem possa recorrer, use bem a internet e prefira sites como Wine Searcher, que reúnem dados precisos sobre rótulos, em vez dos aplicativos colaborativos como Vivino, que muitas vezes têm opiniões de amadores. “Prefira as safras jovens para os vinhos do dia a dia, que custem até R$ 70. E, de preferência, com pouca ou nenhuma passagem por carvalho”, afirma.

No caso dos brancos, dois anos de idade para os vinhos simples são o limite. “É claro que há vinhos que aguentam mais, os Rieslings podem ficar mais complexos, mas no geral a maioria perde acidez”, afirma Eliana. E a última coisa que se quer na vida é beber um vinho “chato”, sem graça. Agora, se quiser muito comprar algum vinho antigo, mais caro, e apostar em seu potencial de guarda, peça ajuda, não decida sozinho. Diego Arrebola lembra que é fundamental saber a procedência. “Uma coisa é comprar em uma importadora ou loja séria. Outra é ir no açougue do seu Zé”, brinca. Ele lembra os sinais que a garrafa pode dar: o rótulo não pode ter manchas de vinho, que podem indicar vazamento; a rolha deve estar bem posicionada e não estufada; e a cápsula deve estar intacta. Certos termos no rótulo podem ser apenas jogada de marketing e não dizer nada. Palavras como “premium” e “reservado” não garantem qualidade. “Por isso é bom conhecer a legislação de cada lugar. Reserva em um país pode ter um sentido totalmente diferente que em outro”, diz Eliana.

Finalmente, aproveite as promoções para sair do comum e comprar cepas que ainda não provou. É hora de ir além do Chardonnay e do Cabernet Sauvignon.

É tempo de dividir

Uma ótima maneira de aproveitar as promoções é reunir um grupo de amigos para fazer um exercício de prova. A ideia é que juntos façam um fundo: cada um dá um montante e o total angariado é usado para comprar uma variedade de rótulos. O grupo prova essas garrafas juntos e cada um decide o que vale a pena e o que não vale, reduzindo riscos e danos maiores. No final, cada um compra o que gostou mais.

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