Notícias do mundo dos vinhos

Pequeno (e absurdo) dicionário dos termos usados para descrever vinhos


Um vinho pode ser musculoso, ossudo, cremoso, crocante, elétrico, flácido. Saiba o que significam os termos mais enigmáticos das notas de degustação

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Já faz um tempo que as notas de degustação passaram de descrições diretas e enciclopédicas para textos poéticos, em que os adjetivos parecem descrever objetos de design em vez de sabores e aromas. Além da natureza das palavras, o número de adjetivos que descrevem um vinho mais que dobrou de uns anos para cá – o crítico norte-americano James Suckling, por exemplo, usou sete adjetivos para descrever um Château Haut-Brion em uma edição de 1992 da revista Wine Spectator; em 2009, foram sete frases para o mesmo vinho, mesma safra. Hoje, um rótulo pode ser vertical ou até crocante. 

  Foto: Ilustração Marcos Müller|Estadão

Se você se sente intimidado ao ouvir esses termos, pode se tranquilizar, não está sozinho: para muitos, eles não fazem o menor sentido. Fiz uma lista dos adjetivos que ouvi repetidamente e que não constam nos dicionários de vinho, e consultei dois educadores, a sommelière Alexandra Corvo, que fundou a escola e livraria especializada Ciclo das Vinhas, e Bruno Xavier, responsável pelos cursos da Grand Cru. Eles explicaram muitos dos termos, mas outros, concluímos, são fruto da engenhosidade de enochatos. (E nada impede que você adote os termos que fazem sentido e se divirta com eles.)

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Um vinho vertical, por exemplo, tem acidez alta e final bem seco. É também chamado de objetivo, elétrico, vivaz, brilhante. Um vinho flácido e chato é o oposto disso, aquele que peca pela falta de acidez. Se tem muito álcool, ele é cremoso ou gordo. Mas um gordo pode ser também uma bebida que estagiou por muito tempo em barrica. Já cremoso é um termo usado para espumantes que têm características ligadas às leveduras, como aromas de brioche.

Um vinho musculoso tem muito corpo e taninos rústicos. Já um magrinho tem pouco álcool. Se ele tem pouco álcool e muita acidez, é ossudo

E vinho crocante, já ouviu essa? Trata-se da tradução de crispy, termo inglês usado para vinhos brancos bem secos e de alta acidez. Fino é um vinho elegante, de clima frio ou marítimo, que é sutil e delicado. 

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Um vinho redondo é uma bebida em que todos os elementos – acidez, corpo, taninos, álcool – estão em sintonia, sejam eles altos, moderados ou baixos. Arisco é aquele que tem muitas arestas, acidez alta e taninos bem rústicos e que deixa a sua boca pinicando.  Por fim, há o vinho infantil, que não tem muita estrutura, mas é rico em fruta, parece quase doce, com paladar de bala.

Já faz um tempo que as notas de degustação passaram de descrições diretas e enciclopédicas para textos poéticos, em que os adjetivos parecem descrever objetos de design em vez de sabores e aromas. Além da natureza das palavras, o número de adjetivos que descrevem um vinho mais que dobrou de uns anos para cá – o crítico norte-americano James Suckling, por exemplo, usou sete adjetivos para descrever um Château Haut-Brion em uma edição de 1992 da revista Wine Spectator; em 2009, foram sete frases para o mesmo vinho, mesma safra. Hoje, um rótulo pode ser vertical ou até crocante. 

  Foto: Ilustração Marcos Müller|Estadão

Se você se sente intimidado ao ouvir esses termos, pode se tranquilizar, não está sozinho: para muitos, eles não fazem o menor sentido. Fiz uma lista dos adjetivos que ouvi repetidamente e que não constam nos dicionários de vinho, e consultei dois educadores, a sommelière Alexandra Corvo, que fundou a escola e livraria especializada Ciclo das Vinhas, e Bruno Xavier, responsável pelos cursos da Grand Cru. Eles explicaram muitos dos termos, mas outros, concluímos, são fruto da engenhosidade de enochatos. (E nada impede que você adote os termos que fazem sentido e se divirta com eles.)

Um vinho vertical, por exemplo, tem acidez alta e final bem seco. É também chamado de objetivo, elétrico, vivaz, brilhante. Um vinho flácido e chato é o oposto disso, aquele que peca pela falta de acidez. Se tem muito álcool, ele é cremoso ou gordo. Mas um gordo pode ser também uma bebida que estagiou por muito tempo em barrica. Já cremoso é um termo usado para espumantes que têm características ligadas às leveduras, como aromas de brioche.

Um vinho musculoso tem muito corpo e taninos rústicos. Já um magrinho tem pouco álcool. Se ele tem pouco álcool e muita acidez, é ossudo

E vinho crocante, já ouviu essa? Trata-se da tradução de crispy, termo inglês usado para vinhos brancos bem secos e de alta acidez. Fino é um vinho elegante, de clima frio ou marítimo, que é sutil e delicado. 

Um vinho redondo é uma bebida em que todos os elementos – acidez, corpo, taninos, álcool – estão em sintonia, sejam eles altos, moderados ou baixos. Arisco é aquele que tem muitas arestas, acidez alta e taninos bem rústicos e que deixa a sua boca pinicando.  Por fim, há o vinho infantil, que não tem muita estrutura, mas é rico em fruta, parece quase doce, com paladar de bala.

Já faz um tempo que as notas de degustação passaram de descrições diretas e enciclopédicas para textos poéticos, em que os adjetivos parecem descrever objetos de design em vez de sabores e aromas. Além da natureza das palavras, o número de adjetivos que descrevem um vinho mais que dobrou de uns anos para cá – o crítico norte-americano James Suckling, por exemplo, usou sete adjetivos para descrever um Château Haut-Brion em uma edição de 1992 da revista Wine Spectator; em 2009, foram sete frases para o mesmo vinho, mesma safra. Hoje, um rótulo pode ser vertical ou até crocante. 

  Foto: Ilustração Marcos Müller|Estadão

Se você se sente intimidado ao ouvir esses termos, pode se tranquilizar, não está sozinho: para muitos, eles não fazem o menor sentido. Fiz uma lista dos adjetivos que ouvi repetidamente e que não constam nos dicionários de vinho, e consultei dois educadores, a sommelière Alexandra Corvo, que fundou a escola e livraria especializada Ciclo das Vinhas, e Bruno Xavier, responsável pelos cursos da Grand Cru. Eles explicaram muitos dos termos, mas outros, concluímos, são fruto da engenhosidade de enochatos. (E nada impede que você adote os termos que fazem sentido e se divirta com eles.)

Um vinho vertical, por exemplo, tem acidez alta e final bem seco. É também chamado de objetivo, elétrico, vivaz, brilhante. Um vinho flácido e chato é o oposto disso, aquele que peca pela falta de acidez. Se tem muito álcool, ele é cremoso ou gordo. Mas um gordo pode ser também uma bebida que estagiou por muito tempo em barrica. Já cremoso é um termo usado para espumantes que têm características ligadas às leveduras, como aromas de brioche.

Um vinho musculoso tem muito corpo e taninos rústicos. Já um magrinho tem pouco álcool. Se ele tem pouco álcool e muita acidez, é ossudo

E vinho crocante, já ouviu essa? Trata-se da tradução de crispy, termo inglês usado para vinhos brancos bem secos e de alta acidez. Fino é um vinho elegante, de clima frio ou marítimo, que é sutil e delicado. 

Um vinho redondo é uma bebida em que todos os elementos – acidez, corpo, taninos, álcool – estão em sintonia, sejam eles altos, moderados ou baixos. Arisco é aquele que tem muitas arestas, acidez alta e taninos bem rústicos e que deixa a sua boca pinicando.  Por fim, há o vinho infantil, que não tem muita estrutura, mas é rico em fruta, parece quase doce, com paladar de bala.

Já faz um tempo que as notas de degustação passaram de descrições diretas e enciclopédicas para textos poéticos, em que os adjetivos parecem descrever objetos de design em vez de sabores e aromas. Além da natureza das palavras, o número de adjetivos que descrevem um vinho mais que dobrou de uns anos para cá – o crítico norte-americano James Suckling, por exemplo, usou sete adjetivos para descrever um Château Haut-Brion em uma edição de 1992 da revista Wine Spectator; em 2009, foram sete frases para o mesmo vinho, mesma safra. Hoje, um rótulo pode ser vertical ou até crocante. 

  Foto: Ilustração Marcos Müller|Estadão

Se você se sente intimidado ao ouvir esses termos, pode se tranquilizar, não está sozinho: para muitos, eles não fazem o menor sentido. Fiz uma lista dos adjetivos que ouvi repetidamente e que não constam nos dicionários de vinho, e consultei dois educadores, a sommelière Alexandra Corvo, que fundou a escola e livraria especializada Ciclo das Vinhas, e Bruno Xavier, responsável pelos cursos da Grand Cru. Eles explicaram muitos dos termos, mas outros, concluímos, são fruto da engenhosidade de enochatos. (E nada impede que você adote os termos que fazem sentido e se divirta com eles.)

Um vinho vertical, por exemplo, tem acidez alta e final bem seco. É também chamado de objetivo, elétrico, vivaz, brilhante. Um vinho flácido e chato é o oposto disso, aquele que peca pela falta de acidez. Se tem muito álcool, ele é cremoso ou gordo. Mas um gordo pode ser também uma bebida que estagiou por muito tempo em barrica. Já cremoso é um termo usado para espumantes que têm características ligadas às leveduras, como aromas de brioche.

Um vinho musculoso tem muito corpo e taninos rústicos. Já um magrinho tem pouco álcool. Se ele tem pouco álcool e muita acidez, é ossudo

E vinho crocante, já ouviu essa? Trata-se da tradução de crispy, termo inglês usado para vinhos brancos bem secos e de alta acidez. Fino é um vinho elegante, de clima frio ou marítimo, que é sutil e delicado. 

Um vinho redondo é uma bebida em que todos os elementos – acidez, corpo, taninos, álcool – estão em sintonia, sejam eles altos, moderados ou baixos. Arisco é aquele que tem muitas arestas, acidez alta e taninos bem rústicos e que deixa a sua boca pinicando.  Por fim, há o vinho infantil, que não tem muita estrutura, mas é rico em fruta, parece quase doce, com paladar de bala.

Já faz um tempo que as notas de degustação passaram de descrições diretas e enciclopédicas para textos poéticos, em que os adjetivos parecem descrever objetos de design em vez de sabores e aromas. Além da natureza das palavras, o número de adjetivos que descrevem um vinho mais que dobrou de uns anos para cá – o crítico norte-americano James Suckling, por exemplo, usou sete adjetivos para descrever um Château Haut-Brion em uma edição de 1992 da revista Wine Spectator; em 2009, foram sete frases para o mesmo vinho, mesma safra. Hoje, um rótulo pode ser vertical ou até crocante. 

  Foto: Ilustração Marcos Müller|Estadão

Se você se sente intimidado ao ouvir esses termos, pode se tranquilizar, não está sozinho: para muitos, eles não fazem o menor sentido. Fiz uma lista dos adjetivos que ouvi repetidamente e que não constam nos dicionários de vinho, e consultei dois educadores, a sommelière Alexandra Corvo, que fundou a escola e livraria especializada Ciclo das Vinhas, e Bruno Xavier, responsável pelos cursos da Grand Cru. Eles explicaram muitos dos termos, mas outros, concluímos, são fruto da engenhosidade de enochatos. (E nada impede que você adote os termos que fazem sentido e se divirta com eles.)

Um vinho vertical, por exemplo, tem acidez alta e final bem seco. É também chamado de objetivo, elétrico, vivaz, brilhante. Um vinho flácido e chato é o oposto disso, aquele que peca pela falta de acidez. Se tem muito álcool, ele é cremoso ou gordo. Mas um gordo pode ser também uma bebida que estagiou por muito tempo em barrica. Já cremoso é um termo usado para espumantes que têm características ligadas às leveduras, como aromas de brioche.

Um vinho musculoso tem muito corpo e taninos rústicos. Já um magrinho tem pouco álcool. Se ele tem pouco álcool e muita acidez, é ossudo

E vinho crocante, já ouviu essa? Trata-se da tradução de crispy, termo inglês usado para vinhos brancos bem secos e de alta acidez. Fino é um vinho elegante, de clima frio ou marítimo, que é sutil e delicado. 

Um vinho redondo é uma bebida em que todos os elementos – acidez, corpo, taninos, álcool – estão em sintonia, sejam eles altos, moderados ou baixos. Arisco é aquele que tem muitas arestas, acidez alta e taninos bem rústicos e que deixa a sua boca pinicando.  Por fim, há o vinho infantil, que não tem muita estrutura, mas é rico em fruta, parece quase doce, com paladar de bala.

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