Deveria ser instituído o dia anual do cassoulet, clássico dos clássicos da cozinha francesa, com a obrigatoriedade de sua degustação, pelo menos uma vez, durante o inverno.
Natural da região do Languedoc-Roussillon, este prato de camponeses reúne em uma panela de barro (a cassole, de onde vem o nome) feijão branco, tomates, ervas e carnes variadas (que podem ser confit de pato, costelas suínas, barriga de porco e diferentes linguiças, a depender da região).
Os termômetros marcavam 14°C no dia em que provamos o delicioso cassoulet do Bistrot de Paris, do chef Alain Poletto – a versão de Toulouse, com confit de pato e barriga de porco (veja receita aqui). Segundo os participantes deste painel, os diretores da ABS São Paulo Guilherme Velloso e Mário Telles Jr., trata-se de um preparo “civilizado” com menos gordura.
O prato pede vinhos encorpados, com boa presença de taninos e acidez para equilibrar a gordura. E oferece certa dificuldade, uma vez que tem muitos ingredientes distintos. Velloso elegeu os vinhos. Disse que automaticamente pensou na Carignan e na Tannat. Esta última, conhecida pela adstringência, foi a campeã.