Notícias do mundo dos vinhos

Uva típica do Jura, a Savagnin Blanc não mudou em 900 anos


Estudo publicado na revista 'Nature Plants' mostra que a genética da cepa continua intacta, quer dizer: não fosse o processo de vinificação contemporâneo, o vinho seria o mesmo que os romanos bebiam

Por Isabelle Moreira Lima
Atualização:

Uma região vitivinícola caiu no gosto dos enófilos mais nerds e hipsters do mundo: o Jura, a pequena região francesa localizada entre a Borgonha e a Suíça.

E, como se não bastasse, um estudo descobriu que sua uva mais emblemática, a Savagnin Blanc, está intacta como era há 900 anos e vem se reproduzindo da mesma maneira, com o mesmo código genético, desde então. Isso significa que se você prova um Savagnin Blanc hoje ele vai ser diferente do que os romanos bebiam apenas porque o processo de vinificação será contemporâneo.

Na França. Vinhedos do Champ Divin, no Jura, que cultiva a quase milenária Savagnin Foto: Champ Divin
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A descoberta foi anunciada nesta semana e publicada em um artigo científico na revista Nature Plants. Segundo o arqueólogo da Universidade de York, na Inglaterra, que é o principal autor da pesquisa, Nathan Wales, é como se o DNA da variedade tivesse ficado “congelado pelos séculos”. O estudo aponta ainda para o fato de que quando descobre-se que uma cepa é boa e adequada a um sítio, ela é capaz de se perpetuar por séculos, como é o caso desta que vem sendo cultivada a partir de pelo menos o século I.  Foram analisadas 28 amostras de sementes encontradas em poços e latrinas de sítios arqueológicos na cidade francesa de Orleans e, posteriormente, comparadas a outras encontradas em um banco genético moderno de cepas. 

Além da Savagnin, outras amostras chamaram atenção: uma delas parecia ser uma parente próxima da Pinot Noir e outra, da Syrah, separadas apenas por um ou dois ciclos reprodutivos. A Savagnin é uma variedade meio difícil de ser confundida com outra: é pequena e tem aroma característico, além de ter alto potencial de envelhecimento. Ela é responsável por um dos vinhos mais diferentões em voga hoje, o adorado vin jaune (vinho amarelo, em francês).

Ele é um primo francês do Jerez, uma vez que seu processo de amadurecimento ocorre em barricas porosas e o líquido fica em contato com uma flor de leveduras. Por trazer notas de amêndoas e até mel no nariz – na boca é seco e quase salino –, forma um conjunto instigante.  Mas nem só de vin jaune vive a Savagnin: ela pode ser vinificada como varietal ou compor cortes de vinhos brancos tranquilos e até de espumantes. E a boa notícia é que todas essas opções estão à venda no mercado brasileiro.

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Apesar de ser bem única e até então muito local da fronteira França-Suíça, esta cepa chegou a ser confundida com a Albariño no começo dos anos 2000 na Austrália e largamente plantada por lá. É também conhecida como Traminer (afinal é uma prima da Gewurztraminer), ou como Haiden e Heida na Suíça.

Explore as diferentes vertentes da Savagnin Blanc

Seleção de rótulos deSavagnin Blanc Foto: Reprodução
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Domaine Rolet Arbois Blanc Nature Savagnin Ouille 2016

(R$ 286,80 na Decanter), que é muito mineral e com bom corpo, brilhará ao lado de uma lagosta com creme e páprica ou com curry;

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Do Domaine de La Pinte, há o branco

Arbois Blanc Savagnin 2011

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(R$ 250 na VinhoMix), um biodinâmico ideal para a cozinha tailandesa; o laranja

Sav’Or Orange 2017

(R$ 244), que fica com as cascas na vinificação por 12 dias o que resulta em ainda mais corpo; o

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Vin Jaune 2008

(R$ 380), que amadurece por seis anos sob a camada de levedura e é capaz de melhorar muito sua experiência com comida asiática apimentada; 

Henri Maire Vin Jaune A.O.C. Arbois Blanc 2009

(R$ 359 na Wine.com.br), com aromas riquíssimos de especiarias, mel e amêndoas, é encorpado e alcoólico. Experimente com escargot e queijos de mofo azul; 

Domaine Tissot Arbois Savagnin 2015

(R$ 317 na De la Croix) é um vin jaune biodinâmico que amadurece por 32 meses em barrica de carvalho sob a flor de levedura. Combina perfeitamente com queijos, fondue e ostras; 

Domaine Rijckaert ArboisGrande Élevage Savagnin 2016

(R$ 349 na Belle Cave) tem aromas supercomplexos, muita acidez e um bônus: estimativa de 12 anos de potencial de guarda;

E, por fim, há os rótulos da Champ Divin, que também adota a agricultura biodinâmica, como o

Vin Jaune 2010

(R$ 1.125,63 a garrafa de 620 ml, na Premium Wines) e um

Crémant du Jura Brut Nature Zero Dosage 2015

(R$ 319,50), que tem 85% Chardonnay e 15% Savagnin.

 

Uma região vitivinícola caiu no gosto dos enófilos mais nerds e hipsters do mundo: o Jura, a pequena região francesa localizada entre a Borgonha e a Suíça.

E, como se não bastasse, um estudo descobriu que sua uva mais emblemática, a Savagnin Blanc, está intacta como era há 900 anos e vem se reproduzindo da mesma maneira, com o mesmo código genético, desde então. Isso significa que se você prova um Savagnin Blanc hoje ele vai ser diferente do que os romanos bebiam apenas porque o processo de vinificação será contemporâneo.

Na França. Vinhedos do Champ Divin, no Jura, que cultiva a quase milenária Savagnin Foto: Champ Divin

A descoberta foi anunciada nesta semana e publicada em um artigo científico na revista Nature Plants. Segundo o arqueólogo da Universidade de York, na Inglaterra, que é o principal autor da pesquisa, Nathan Wales, é como se o DNA da variedade tivesse ficado “congelado pelos séculos”. O estudo aponta ainda para o fato de que quando descobre-se que uma cepa é boa e adequada a um sítio, ela é capaz de se perpetuar por séculos, como é o caso desta que vem sendo cultivada a partir de pelo menos o século I.  Foram analisadas 28 amostras de sementes encontradas em poços e latrinas de sítios arqueológicos na cidade francesa de Orleans e, posteriormente, comparadas a outras encontradas em um banco genético moderno de cepas. 

Além da Savagnin, outras amostras chamaram atenção: uma delas parecia ser uma parente próxima da Pinot Noir e outra, da Syrah, separadas apenas por um ou dois ciclos reprodutivos. A Savagnin é uma variedade meio difícil de ser confundida com outra: é pequena e tem aroma característico, além de ter alto potencial de envelhecimento. Ela é responsável por um dos vinhos mais diferentões em voga hoje, o adorado vin jaune (vinho amarelo, em francês).

Ele é um primo francês do Jerez, uma vez que seu processo de amadurecimento ocorre em barricas porosas e o líquido fica em contato com uma flor de leveduras. Por trazer notas de amêndoas e até mel no nariz – na boca é seco e quase salino –, forma um conjunto instigante.  Mas nem só de vin jaune vive a Savagnin: ela pode ser vinificada como varietal ou compor cortes de vinhos brancos tranquilos e até de espumantes. E a boa notícia é que todas essas opções estão à venda no mercado brasileiro.

Apesar de ser bem única e até então muito local da fronteira França-Suíça, esta cepa chegou a ser confundida com a Albariño no começo dos anos 2000 na Austrália e largamente plantada por lá. É também conhecida como Traminer (afinal é uma prima da Gewurztraminer), ou como Haiden e Heida na Suíça.

Explore as diferentes vertentes da Savagnin Blanc

Seleção de rótulos deSavagnin Blanc Foto: Reprodução

Domaine Rolet Arbois Blanc Nature Savagnin Ouille 2016

(R$ 286,80 na Decanter), que é muito mineral e com bom corpo, brilhará ao lado de uma lagosta com creme e páprica ou com curry;

Do Domaine de La Pinte, há o branco

Arbois Blanc Savagnin 2011

(R$ 250 na VinhoMix), um biodinâmico ideal para a cozinha tailandesa; o laranja

Sav’Or Orange 2017

(R$ 244), que fica com as cascas na vinificação por 12 dias o que resulta em ainda mais corpo; o

Vin Jaune 2008

(R$ 380), que amadurece por seis anos sob a camada de levedura e é capaz de melhorar muito sua experiência com comida asiática apimentada; 

Henri Maire Vin Jaune A.O.C. Arbois Blanc 2009

(R$ 359 na Wine.com.br), com aromas riquíssimos de especiarias, mel e amêndoas, é encorpado e alcoólico. Experimente com escargot e queijos de mofo azul; 

Domaine Tissot Arbois Savagnin 2015

(R$ 317 na De la Croix) é um vin jaune biodinâmico que amadurece por 32 meses em barrica de carvalho sob a flor de levedura. Combina perfeitamente com queijos, fondue e ostras; 

Domaine Rijckaert ArboisGrande Élevage Savagnin 2016

(R$ 349 na Belle Cave) tem aromas supercomplexos, muita acidez e um bônus: estimativa de 12 anos de potencial de guarda;

E, por fim, há os rótulos da Champ Divin, que também adota a agricultura biodinâmica, como o

Vin Jaune 2010

(R$ 1.125,63 a garrafa de 620 ml, na Premium Wines) e um

Crémant du Jura Brut Nature Zero Dosage 2015

(R$ 319,50), que tem 85% Chardonnay e 15% Savagnin.

 

Uma região vitivinícola caiu no gosto dos enófilos mais nerds e hipsters do mundo: o Jura, a pequena região francesa localizada entre a Borgonha e a Suíça.

E, como se não bastasse, um estudo descobriu que sua uva mais emblemática, a Savagnin Blanc, está intacta como era há 900 anos e vem se reproduzindo da mesma maneira, com o mesmo código genético, desde então. Isso significa que se você prova um Savagnin Blanc hoje ele vai ser diferente do que os romanos bebiam apenas porque o processo de vinificação será contemporâneo.

Na França. Vinhedos do Champ Divin, no Jura, que cultiva a quase milenária Savagnin Foto: Champ Divin

A descoberta foi anunciada nesta semana e publicada em um artigo científico na revista Nature Plants. Segundo o arqueólogo da Universidade de York, na Inglaterra, que é o principal autor da pesquisa, Nathan Wales, é como se o DNA da variedade tivesse ficado “congelado pelos séculos”. O estudo aponta ainda para o fato de que quando descobre-se que uma cepa é boa e adequada a um sítio, ela é capaz de se perpetuar por séculos, como é o caso desta que vem sendo cultivada a partir de pelo menos o século I.  Foram analisadas 28 amostras de sementes encontradas em poços e latrinas de sítios arqueológicos na cidade francesa de Orleans e, posteriormente, comparadas a outras encontradas em um banco genético moderno de cepas. 

Além da Savagnin, outras amostras chamaram atenção: uma delas parecia ser uma parente próxima da Pinot Noir e outra, da Syrah, separadas apenas por um ou dois ciclos reprodutivos. A Savagnin é uma variedade meio difícil de ser confundida com outra: é pequena e tem aroma característico, além de ter alto potencial de envelhecimento. Ela é responsável por um dos vinhos mais diferentões em voga hoje, o adorado vin jaune (vinho amarelo, em francês).

Ele é um primo francês do Jerez, uma vez que seu processo de amadurecimento ocorre em barricas porosas e o líquido fica em contato com uma flor de leveduras. Por trazer notas de amêndoas e até mel no nariz – na boca é seco e quase salino –, forma um conjunto instigante.  Mas nem só de vin jaune vive a Savagnin: ela pode ser vinificada como varietal ou compor cortes de vinhos brancos tranquilos e até de espumantes. E a boa notícia é que todas essas opções estão à venda no mercado brasileiro.

Apesar de ser bem única e até então muito local da fronteira França-Suíça, esta cepa chegou a ser confundida com a Albariño no começo dos anos 2000 na Austrália e largamente plantada por lá. É também conhecida como Traminer (afinal é uma prima da Gewurztraminer), ou como Haiden e Heida na Suíça.

Explore as diferentes vertentes da Savagnin Blanc

Seleção de rótulos deSavagnin Blanc Foto: Reprodução

Domaine Rolet Arbois Blanc Nature Savagnin Ouille 2016

(R$ 286,80 na Decanter), que é muito mineral e com bom corpo, brilhará ao lado de uma lagosta com creme e páprica ou com curry;

Do Domaine de La Pinte, há o branco

Arbois Blanc Savagnin 2011

(R$ 250 na VinhoMix), um biodinâmico ideal para a cozinha tailandesa; o laranja

Sav’Or Orange 2017

(R$ 244), que fica com as cascas na vinificação por 12 dias o que resulta em ainda mais corpo; o

Vin Jaune 2008

(R$ 380), que amadurece por seis anos sob a camada de levedura e é capaz de melhorar muito sua experiência com comida asiática apimentada; 

Henri Maire Vin Jaune A.O.C. Arbois Blanc 2009

(R$ 359 na Wine.com.br), com aromas riquíssimos de especiarias, mel e amêndoas, é encorpado e alcoólico. Experimente com escargot e queijos de mofo azul; 

Domaine Tissot Arbois Savagnin 2015

(R$ 317 na De la Croix) é um vin jaune biodinâmico que amadurece por 32 meses em barrica de carvalho sob a flor de levedura. Combina perfeitamente com queijos, fondue e ostras; 

Domaine Rijckaert ArboisGrande Élevage Savagnin 2016

(R$ 349 na Belle Cave) tem aromas supercomplexos, muita acidez e um bônus: estimativa de 12 anos de potencial de guarda;

E, por fim, há os rótulos da Champ Divin, que também adota a agricultura biodinâmica, como o

Vin Jaune 2010

(R$ 1.125,63 a garrafa de 620 ml, na Premium Wines) e um

Crémant du Jura Brut Nature Zero Dosage 2015

(R$ 319,50), que tem 85% Chardonnay e 15% Savagnin.

 

Uma região vitivinícola caiu no gosto dos enófilos mais nerds e hipsters do mundo: o Jura, a pequena região francesa localizada entre a Borgonha e a Suíça.

E, como se não bastasse, um estudo descobriu que sua uva mais emblemática, a Savagnin Blanc, está intacta como era há 900 anos e vem se reproduzindo da mesma maneira, com o mesmo código genético, desde então. Isso significa que se você prova um Savagnin Blanc hoje ele vai ser diferente do que os romanos bebiam apenas porque o processo de vinificação será contemporâneo.

Na França. Vinhedos do Champ Divin, no Jura, que cultiva a quase milenária Savagnin Foto: Champ Divin

A descoberta foi anunciada nesta semana e publicada em um artigo científico na revista Nature Plants. Segundo o arqueólogo da Universidade de York, na Inglaterra, que é o principal autor da pesquisa, Nathan Wales, é como se o DNA da variedade tivesse ficado “congelado pelos séculos”. O estudo aponta ainda para o fato de que quando descobre-se que uma cepa é boa e adequada a um sítio, ela é capaz de se perpetuar por séculos, como é o caso desta que vem sendo cultivada a partir de pelo menos o século I.  Foram analisadas 28 amostras de sementes encontradas em poços e latrinas de sítios arqueológicos na cidade francesa de Orleans e, posteriormente, comparadas a outras encontradas em um banco genético moderno de cepas. 

Além da Savagnin, outras amostras chamaram atenção: uma delas parecia ser uma parente próxima da Pinot Noir e outra, da Syrah, separadas apenas por um ou dois ciclos reprodutivos. A Savagnin é uma variedade meio difícil de ser confundida com outra: é pequena e tem aroma característico, além de ter alto potencial de envelhecimento. Ela é responsável por um dos vinhos mais diferentões em voga hoje, o adorado vin jaune (vinho amarelo, em francês).

Ele é um primo francês do Jerez, uma vez que seu processo de amadurecimento ocorre em barricas porosas e o líquido fica em contato com uma flor de leveduras. Por trazer notas de amêndoas e até mel no nariz – na boca é seco e quase salino –, forma um conjunto instigante.  Mas nem só de vin jaune vive a Savagnin: ela pode ser vinificada como varietal ou compor cortes de vinhos brancos tranquilos e até de espumantes. E a boa notícia é que todas essas opções estão à venda no mercado brasileiro.

Apesar de ser bem única e até então muito local da fronteira França-Suíça, esta cepa chegou a ser confundida com a Albariño no começo dos anos 2000 na Austrália e largamente plantada por lá. É também conhecida como Traminer (afinal é uma prima da Gewurztraminer), ou como Haiden e Heida na Suíça.

Explore as diferentes vertentes da Savagnin Blanc

Seleção de rótulos deSavagnin Blanc Foto: Reprodução

Domaine Rolet Arbois Blanc Nature Savagnin Ouille 2016

(R$ 286,80 na Decanter), que é muito mineral e com bom corpo, brilhará ao lado de uma lagosta com creme e páprica ou com curry;

Do Domaine de La Pinte, há o branco

Arbois Blanc Savagnin 2011

(R$ 250 na VinhoMix), um biodinâmico ideal para a cozinha tailandesa; o laranja

Sav’Or Orange 2017

(R$ 244), que fica com as cascas na vinificação por 12 dias o que resulta em ainda mais corpo; o

Vin Jaune 2008

(R$ 380), que amadurece por seis anos sob a camada de levedura e é capaz de melhorar muito sua experiência com comida asiática apimentada; 

Henri Maire Vin Jaune A.O.C. Arbois Blanc 2009

(R$ 359 na Wine.com.br), com aromas riquíssimos de especiarias, mel e amêndoas, é encorpado e alcoólico. Experimente com escargot e queijos de mofo azul; 

Domaine Tissot Arbois Savagnin 2015

(R$ 317 na De la Croix) é um vin jaune biodinâmico que amadurece por 32 meses em barrica de carvalho sob a flor de levedura. Combina perfeitamente com queijos, fondue e ostras; 

Domaine Rijckaert ArboisGrande Élevage Savagnin 2016

(R$ 349 na Belle Cave) tem aromas supercomplexos, muita acidez e um bônus: estimativa de 12 anos de potencial de guarda;

E, por fim, há os rótulos da Champ Divin, que também adota a agricultura biodinâmica, como o

Vin Jaune 2010

(R$ 1.125,63 a garrafa de 620 ml, na Premium Wines) e um

Crémant du Jura Brut Nature Zero Dosage 2015

(R$ 319,50), que tem 85% Chardonnay e 15% Savagnin.

 

Uma região vitivinícola caiu no gosto dos enófilos mais nerds e hipsters do mundo: o Jura, a pequena região francesa localizada entre a Borgonha e a Suíça.

E, como se não bastasse, um estudo descobriu que sua uva mais emblemática, a Savagnin Blanc, está intacta como era há 900 anos e vem se reproduzindo da mesma maneira, com o mesmo código genético, desde então. Isso significa que se você prova um Savagnin Blanc hoje ele vai ser diferente do que os romanos bebiam apenas porque o processo de vinificação será contemporâneo.

Na França. Vinhedos do Champ Divin, no Jura, que cultiva a quase milenária Savagnin Foto: Champ Divin

A descoberta foi anunciada nesta semana e publicada em um artigo científico na revista Nature Plants. Segundo o arqueólogo da Universidade de York, na Inglaterra, que é o principal autor da pesquisa, Nathan Wales, é como se o DNA da variedade tivesse ficado “congelado pelos séculos”. O estudo aponta ainda para o fato de que quando descobre-se que uma cepa é boa e adequada a um sítio, ela é capaz de se perpetuar por séculos, como é o caso desta que vem sendo cultivada a partir de pelo menos o século I.  Foram analisadas 28 amostras de sementes encontradas em poços e latrinas de sítios arqueológicos na cidade francesa de Orleans e, posteriormente, comparadas a outras encontradas em um banco genético moderno de cepas. 

Além da Savagnin, outras amostras chamaram atenção: uma delas parecia ser uma parente próxima da Pinot Noir e outra, da Syrah, separadas apenas por um ou dois ciclos reprodutivos. A Savagnin é uma variedade meio difícil de ser confundida com outra: é pequena e tem aroma característico, além de ter alto potencial de envelhecimento. Ela é responsável por um dos vinhos mais diferentões em voga hoje, o adorado vin jaune (vinho amarelo, em francês).

Ele é um primo francês do Jerez, uma vez que seu processo de amadurecimento ocorre em barricas porosas e o líquido fica em contato com uma flor de leveduras. Por trazer notas de amêndoas e até mel no nariz – na boca é seco e quase salino –, forma um conjunto instigante.  Mas nem só de vin jaune vive a Savagnin: ela pode ser vinificada como varietal ou compor cortes de vinhos brancos tranquilos e até de espumantes. E a boa notícia é que todas essas opções estão à venda no mercado brasileiro.

Apesar de ser bem única e até então muito local da fronteira França-Suíça, esta cepa chegou a ser confundida com a Albariño no começo dos anos 2000 na Austrália e largamente plantada por lá. É também conhecida como Traminer (afinal é uma prima da Gewurztraminer), ou como Haiden e Heida na Suíça.

Explore as diferentes vertentes da Savagnin Blanc

Seleção de rótulos deSavagnin Blanc Foto: Reprodução

Domaine Rolet Arbois Blanc Nature Savagnin Ouille 2016

(R$ 286,80 na Decanter), que é muito mineral e com bom corpo, brilhará ao lado de uma lagosta com creme e páprica ou com curry;

Do Domaine de La Pinte, há o branco

Arbois Blanc Savagnin 2011

(R$ 250 na VinhoMix), um biodinâmico ideal para a cozinha tailandesa; o laranja

Sav’Or Orange 2017

(R$ 244), que fica com as cascas na vinificação por 12 dias o que resulta em ainda mais corpo; o

Vin Jaune 2008

(R$ 380), que amadurece por seis anos sob a camada de levedura e é capaz de melhorar muito sua experiência com comida asiática apimentada; 

Henri Maire Vin Jaune A.O.C. Arbois Blanc 2009

(R$ 359 na Wine.com.br), com aromas riquíssimos de especiarias, mel e amêndoas, é encorpado e alcoólico. Experimente com escargot e queijos de mofo azul; 

Domaine Tissot Arbois Savagnin 2015

(R$ 317 na De la Croix) é um vin jaune biodinâmico que amadurece por 32 meses em barrica de carvalho sob a flor de levedura. Combina perfeitamente com queijos, fondue e ostras; 

Domaine Rijckaert ArboisGrande Élevage Savagnin 2016

(R$ 349 na Belle Cave) tem aromas supercomplexos, muita acidez e um bônus: estimativa de 12 anos de potencial de guarda;

E, por fim, há os rótulos da Champ Divin, que também adota a agricultura biodinâmica, como o

Vin Jaune 2010

(R$ 1.125,63 a garrafa de 620 ml, na Premium Wines) e um

Crémant du Jura Brut Nature Zero Dosage 2015

(R$ 319,50), que tem 85% Chardonnay e 15% Savagnin.

 

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