O melhor da gastronomia do Rio

Opinião|Conheça o Satyricon, o melhor restaurante de pescados do Rio


Fundado em Búzios, em 1982, e desde 1985 em Ipanema, o restaurante explora a pureza do mar em receitas simples com matéria-prima da mais alta qualidade: esse é o segredo!

Por Bruno Agostini
Atualização:
Talharim ao gambero rosso do Satyricon, novidade que já virou clássico da casa Foto: Bruno Agostini/Estadão

No post de apresentação deste blog eu mencionei alguns lugares que foram importantes na minha vida. O Baalbeck, uma lanchonete árabe de Copacabana, o Satyricon, um italiano especializado em pescados em Ipanema, o Antiquarius, um português histórico do Leblon, e a Dona Irene, um restaurante russo de Teresópolis que tem uma História épica, que começa em 1917 na Revolução Russa. Com o tempo pretendo falar um pouco dos quatro, considerando que, mesmo depois de fechado o Antiquarius continua existindo, em duas casas fundadas por ex-funcionários, os Gajos d'Ouro e o Entreamigos.

Nos próximos textos eu queria falar um pouco desses lugares que continuam muito importantes na gastronomia carioca, e que vão ajudar a me situar por aqui, apresentando primeiro um pouco de minhas preferências e idiossincrasias. Porque comida tem muito a ver com afeto e memória, dois elementos que gostaria de explorar por aqui, mesclando com as novidades, as listas de melhores que sempre me pedem e outras informações, de modo geral, que vim aqui para esta Seleção Carioca para compartilhar.

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Pra quase todo mundo, Satyricon é uma obra clássica romana, que fazia críticas à sociedade, uma sátira aos costumes do tempo de Nero.

Pra mim, a palavra também remete à Roma Clássica, aos seus costumes, mas através dos caminhos do mar, seguindo o sabor mais puro das águas.

O Satyricon é o porto mais seguro do Rio para se entregar aos pescados, para ancorar no receituário mediterrâneo que explora ao máximo o frescor e a pureza dos peixes e frutos do mar.

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Gran Piatti di Mare: paleta de sabores Foto: Bruno Agostini / Estadão

Ali, a cartilha da cozinha trabalha em três frentes bem definidas:

  • Crudos: são os pescados como vieram ao mundo, crus. Podem ser conchas, como ostras; crustáceos, como o gambero rosso servido em forma de tartare; ou carpaccio di tonno.
  • Conservas: entre elementos crus e outros curtidos, através de processos de cura ou de cozimento ligeiro, o Gran Piatto di Mare representa essa categoria, trazendo uma série de preparos retumbantes, marcados pelo frescor.
  • Grelhados: nesta categoria encontramos o churrasco de atum, os lagostins na chapa, o vermelho espalmado e outros itens que podemos até escolher no balcão refrigerado, se assim preferirmos.
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Eu poderia destacar, ainda, algumas massas com molhos de frutos do mar, sempre no mais alto nível.

Lagostins com manteiga de alho: um abuso Foto: Bruno Agostini/Estadão

Independente do que se peça depois, eu defendo a tese de que ali uma refeição deve começar com o Gran Piatto di Mare, uma composição que forma uma paleta de pratinhos com acepipes marinhos.

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Faz bem aos olhos chegar aquele grande círculo, uma rosácea de sabores marinhos, repleta de gelo. Ao centro, quatro ostras e pedaços de limões, Taihti e siciliano. Ao redor delas, são sete pratinhos diversos.

Temos tonno sott'olio, ovas de tainha, camarões ao molho de tomate, lulinhas cozidas, tellini, vinagrete de mexilhões e tentáculos de polvo, além de uma certinha de pães e outra com a melhor pizza bianca, fininha, muito crocante e tostadinha na medida exata.

Dependendo do que se vá pedir, é um antipasti completo para dois, e até para quatro.

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Tartare de centolla, em primeiro plano Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também vale ficar atento aos tartares para as entradas: o de centolla com abacate e ovas é fora-de-série.

Fantasia di Mare Grigliata: uma sinfonia do mar na chapa Foto: Bruno Agostini/Estadão
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Também pode virar petisco a porção de lagostins na chapa com molho de alho frito na manteiga queimada. Com guarnição, tipo um arroz de limão, pode virar prato - prefeito versão aperitivo. E a fantasia di Mare Grigliata, com gambero rosso, lagostins, cacavas e/ou lulas e outros pescados do dia, é um pedido mais de certeiro, chega às raias do abuso.

Clássicos da casa são o pargo ao sal grosso e o espaguete ao vôngole.

Mas, se tiver gambero rosso, se entregue a ele, na sua forma mais exuberante. As carcaças se transformam em aveludada bisque, que lambuza o talharim e vem forrando o prato onde a massa é disposta. Para coroar, o tartare do carabinero, como também é chamado esse grande crustáceo, com seu vermelho intenso característico.

Babà al rum, este clássico napolitano, como aponta corretamente o menu, é minha sugestão para encerrar.

O Paladar agradece: #vaipormim

Babà al rum, o famoso fecho de ouro Foto: Bruno Agostini/Estadão

SERVIÇO

Satyricon: Rua Barão da Torre 192, Ipanema. Tel. 2521-0627. satyricon.com.br Instagram: @restaurante_satyricon

Talharim ao gambero rosso do Satyricon, novidade que já virou clássico da casa Foto: Bruno Agostini/Estadão

No post de apresentação deste blog eu mencionei alguns lugares que foram importantes na minha vida. O Baalbeck, uma lanchonete árabe de Copacabana, o Satyricon, um italiano especializado em pescados em Ipanema, o Antiquarius, um português histórico do Leblon, e a Dona Irene, um restaurante russo de Teresópolis que tem uma História épica, que começa em 1917 na Revolução Russa. Com o tempo pretendo falar um pouco dos quatro, considerando que, mesmo depois de fechado o Antiquarius continua existindo, em duas casas fundadas por ex-funcionários, os Gajos d'Ouro e o Entreamigos.

Nos próximos textos eu queria falar um pouco desses lugares que continuam muito importantes na gastronomia carioca, e que vão ajudar a me situar por aqui, apresentando primeiro um pouco de minhas preferências e idiossincrasias. Porque comida tem muito a ver com afeto e memória, dois elementos que gostaria de explorar por aqui, mesclando com as novidades, as listas de melhores que sempre me pedem e outras informações, de modo geral, que vim aqui para esta Seleção Carioca para compartilhar.

Pra quase todo mundo, Satyricon é uma obra clássica romana, que fazia críticas à sociedade, uma sátira aos costumes do tempo de Nero.

Pra mim, a palavra também remete à Roma Clássica, aos seus costumes, mas através dos caminhos do mar, seguindo o sabor mais puro das águas.

O Satyricon é o porto mais seguro do Rio para se entregar aos pescados, para ancorar no receituário mediterrâneo que explora ao máximo o frescor e a pureza dos peixes e frutos do mar.

Gran Piatti di Mare: paleta de sabores Foto: Bruno Agostini / Estadão

Ali, a cartilha da cozinha trabalha em três frentes bem definidas:

  • Crudos: são os pescados como vieram ao mundo, crus. Podem ser conchas, como ostras; crustáceos, como o gambero rosso servido em forma de tartare; ou carpaccio di tonno.
  • Conservas: entre elementos crus e outros curtidos, através de processos de cura ou de cozimento ligeiro, o Gran Piatto di Mare representa essa categoria, trazendo uma série de preparos retumbantes, marcados pelo frescor.
  • Grelhados: nesta categoria encontramos o churrasco de atum, os lagostins na chapa, o vermelho espalmado e outros itens que podemos até escolher no balcão refrigerado, se assim preferirmos.

Eu poderia destacar, ainda, algumas massas com molhos de frutos do mar, sempre no mais alto nível.

Lagostins com manteiga de alho: um abuso Foto: Bruno Agostini/Estadão

Independente do que se peça depois, eu defendo a tese de que ali uma refeição deve começar com o Gran Piatto di Mare, uma composição que forma uma paleta de pratinhos com acepipes marinhos.

Faz bem aos olhos chegar aquele grande círculo, uma rosácea de sabores marinhos, repleta de gelo. Ao centro, quatro ostras e pedaços de limões, Taihti e siciliano. Ao redor delas, são sete pratinhos diversos.

Temos tonno sott'olio, ovas de tainha, camarões ao molho de tomate, lulinhas cozidas, tellini, vinagrete de mexilhões e tentáculos de polvo, além de uma certinha de pães e outra com a melhor pizza bianca, fininha, muito crocante e tostadinha na medida exata.

Dependendo do que se vá pedir, é um antipasti completo para dois, e até para quatro.

Tartare de centolla, em primeiro plano Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também vale ficar atento aos tartares para as entradas: o de centolla com abacate e ovas é fora-de-série.

Fantasia di Mare Grigliata: uma sinfonia do mar na chapa Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também pode virar petisco a porção de lagostins na chapa com molho de alho frito na manteiga queimada. Com guarnição, tipo um arroz de limão, pode virar prato - prefeito versão aperitivo. E a fantasia di Mare Grigliata, com gambero rosso, lagostins, cacavas e/ou lulas e outros pescados do dia, é um pedido mais de certeiro, chega às raias do abuso.

Clássicos da casa são o pargo ao sal grosso e o espaguete ao vôngole.

Mas, se tiver gambero rosso, se entregue a ele, na sua forma mais exuberante. As carcaças se transformam em aveludada bisque, que lambuza o talharim e vem forrando o prato onde a massa é disposta. Para coroar, o tartare do carabinero, como também é chamado esse grande crustáceo, com seu vermelho intenso característico.

Babà al rum, este clássico napolitano, como aponta corretamente o menu, é minha sugestão para encerrar.

O Paladar agradece: #vaipormim

Babà al rum, o famoso fecho de ouro Foto: Bruno Agostini/Estadão

SERVIÇO

Satyricon: Rua Barão da Torre 192, Ipanema. Tel. 2521-0627. satyricon.com.br Instagram: @restaurante_satyricon

Talharim ao gambero rosso do Satyricon, novidade que já virou clássico da casa Foto: Bruno Agostini/Estadão

No post de apresentação deste blog eu mencionei alguns lugares que foram importantes na minha vida. O Baalbeck, uma lanchonete árabe de Copacabana, o Satyricon, um italiano especializado em pescados em Ipanema, o Antiquarius, um português histórico do Leblon, e a Dona Irene, um restaurante russo de Teresópolis que tem uma História épica, que começa em 1917 na Revolução Russa. Com o tempo pretendo falar um pouco dos quatro, considerando que, mesmo depois de fechado o Antiquarius continua existindo, em duas casas fundadas por ex-funcionários, os Gajos d'Ouro e o Entreamigos.

Nos próximos textos eu queria falar um pouco desses lugares que continuam muito importantes na gastronomia carioca, e que vão ajudar a me situar por aqui, apresentando primeiro um pouco de minhas preferências e idiossincrasias. Porque comida tem muito a ver com afeto e memória, dois elementos que gostaria de explorar por aqui, mesclando com as novidades, as listas de melhores que sempre me pedem e outras informações, de modo geral, que vim aqui para esta Seleção Carioca para compartilhar.

Pra quase todo mundo, Satyricon é uma obra clássica romana, que fazia críticas à sociedade, uma sátira aos costumes do tempo de Nero.

Pra mim, a palavra também remete à Roma Clássica, aos seus costumes, mas através dos caminhos do mar, seguindo o sabor mais puro das águas.

O Satyricon é o porto mais seguro do Rio para se entregar aos pescados, para ancorar no receituário mediterrâneo que explora ao máximo o frescor e a pureza dos peixes e frutos do mar.

Gran Piatti di Mare: paleta de sabores Foto: Bruno Agostini / Estadão

Ali, a cartilha da cozinha trabalha em três frentes bem definidas:

  • Crudos: são os pescados como vieram ao mundo, crus. Podem ser conchas, como ostras; crustáceos, como o gambero rosso servido em forma de tartare; ou carpaccio di tonno.
  • Conservas: entre elementos crus e outros curtidos, através de processos de cura ou de cozimento ligeiro, o Gran Piatto di Mare representa essa categoria, trazendo uma série de preparos retumbantes, marcados pelo frescor.
  • Grelhados: nesta categoria encontramos o churrasco de atum, os lagostins na chapa, o vermelho espalmado e outros itens que podemos até escolher no balcão refrigerado, se assim preferirmos.

Eu poderia destacar, ainda, algumas massas com molhos de frutos do mar, sempre no mais alto nível.

Lagostins com manteiga de alho: um abuso Foto: Bruno Agostini/Estadão

Independente do que se peça depois, eu defendo a tese de que ali uma refeição deve começar com o Gran Piatto di Mare, uma composição que forma uma paleta de pratinhos com acepipes marinhos.

Faz bem aos olhos chegar aquele grande círculo, uma rosácea de sabores marinhos, repleta de gelo. Ao centro, quatro ostras e pedaços de limões, Taihti e siciliano. Ao redor delas, são sete pratinhos diversos.

Temos tonno sott'olio, ovas de tainha, camarões ao molho de tomate, lulinhas cozidas, tellini, vinagrete de mexilhões e tentáculos de polvo, além de uma certinha de pães e outra com a melhor pizza bianca, fininha, muito crocante e tostadinha na medida exata.

Dependendo do que se vá pedir, é um antipasti completo para dois, e até para quatro.

Tartare de centolla, em primeiro plano Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também vale ficar atento aos tartares para as entradas: o de centolla com abacate e ovas é fora-de-série.

Fantasia di Mare Grigliata: uma sinfonia do mar na chapa Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também pode virar petisco a porção de lagostins na chapa com molho de alho frito na manteiga queimada. Com guarnição, tipo um arroz de limão, pode virar prato - prefeito versão aperitivo. E a fantasia di Mare Grigliata, com gambero rosso, lagostins, cacavas e/ou lulas e outros pescados do dia, é um pedido mais de certeiro, chega às raias do abuso.

Clássicos da casa são o pargo ao sal grosso e o espaguete ao vôngole.

Mas, se tiver gambero rosso, se entregue a ele, na sua forma mais exuberante. As carcaças se transformam em aveludada bisque, que lambuza o talharim e vem forrando o prato onde a massa é disposta. Para coroar, o tartare do carabinero, como também é chamado esse grande crustáceo, com seu vermelho intenso característico.

Babà al rum, este clássico napolitano, como aponta corretamente o menu, é minha sugestão para encerrar.

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Babà al rum, o famoso fecho de ouro Foto: Bruno Agostini/Estadão

SERVIÇO

Satyricon: Rua Barão da Torre 192, Ipanema. Tel. 2521-0627. satyricon.com.br Instagram: @restaurante_satyricon

Talharim ao gambero rosso do Satyricon, novidade que já virou clássico da casa Foto: Bruno Agostini/Estadão

No post de apresentação deste blog eu mencionei alguns lugares que foram importantes na minha vida. O Baalbeck, uma lanchonete árabe de Copacabana, o Satyricon, um italiano especializado em pescados em Ipanema, o Antiquarius, um português histórico do Leblon, e a Dona Irene, um restaurante russo de Teresópolis que tem uma História épica, que começa em 1917 na Revolução Russa. Com o tempo pretendo falar um pouco dos quatro, considerando que, mesmo depois de fechado o Antiquarius continua existindo, em duas casas fundadas por ex-funcionários, os Gajos d'Ouro e o Entreamigos.

Nos próximos textos eu queria falar um pouco desses lugares que continuam muito importantes na gastronomia carioca, e que vão ajudar a me situar por aqui, apresentando primeiro um pouco de minhas preferências e idiossincrasias. Porque comida tem muito a ver com afeto e memória, dois elementos que gostaria de explorar por aqui, mesclando com as novidades, as listas de melhores que sempre me pedem e outras informações, de modo geral, que vim aqui para esta Seleção Carioca para compartilhar.

Pra quase todo mundo, Satyricon é uma obra clássica romana, que fazia críticas à sociedade, uma sátira aos costumes do tempo de Nero.

Pra mim, a palavra também remete à Roma Clássica, aos seus costumes, mas através dos caminhos do mar, seguindo o sabor mais puro das águas.

O Satyricon é o porto mais seguro do Rio para se entregar aos pescados, para ancorar no receituário mediterrâneo que explora ao máximo o frescor e a pureza dos peixes e frutos do mar.

Gran Piatti di Mare: paleta de sabores Foto: Bruno Agostini / Estadão

Ali, a cartilha da cozinha trabalha em três frentes bem definidas:

  • Crudos: são os pescados como vieram ao mundo, crus. Podem ser conchas, como ostras; crustáceos, como o gambero rosso servido em forma de tartare; ou carpaccio di tonno.
  • Conservas: entre elementos crus e outros curtidos, através de processos de cura ou de cozimento ligeiro, o Gran Piatto di Mare representa essa categoria, trazendo uma série de preparos retumbantes, marcados pelo frescor.
  • Grelhados: nesta categoria encontramos o churrasco de atum, os lagostins na chapa, o vermelho espalmado e outros itens que podemos até escolher no balcão refrigerado, se assim preferirmos.

Eu poderia destacar, ainda, algumas massas com molhos de frutos do mar, sempre no mais alto nível.

Lagostins com manteiga de alho: um abuso Foto: Bruno Agostini/Estadão

Independente do que se peça depois, eu defendo a tese de que ali uma refeição deve começar com o Gran Piatto di Mare, uma composição que forma uma paleta de pratinhos com acepipes marinhos.

Faz bem aos olhos chegar aquele grande círculo, uma rosácea de sabores marinhos, repleta de gelo. Ao centro, quatro ostras e pedaços de limões, Taihti e siciliano. Ao redor delas, são sete pratinhos diversos.

Temos tonno sott'olio, ovas de tainha, camarões ao molho de tomate, lulinhas cozidas, tellini, vinagrete de mexilhões e tentáculos de polvo, além de uma certinha de pães e outra com a melhor pizza bianca, fininha, muito crocante e tostadinha na medida exata.

Dependendo do que se vá pedir, é um antipasti completo para dois, e até para quatro.

Tartare de centolla, em primeiro plano Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também vale ficar atento aos tartares para as entradas: o de centolla com abacate e ovas é fora-de-série.

Fantasia di Mare Grigliata: uma sinfonia do mar na chapa Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também pode virar petisco a porção de lagostins na chapa com molho de alho frito na manteiga queimada. Com guarnição, tipo um arroz de limão, pode virar prato - prefeito versão aperitivo. E a fantasia di Mare Grigliata, com gambero rosso, lagostins, cacavas e/ou lulas e outros pescados do dia, é um pedido mais de certeiro, chega às raias do abuso.

Clássicos da casa são o pargo ao sal grosso e o espaguete ao vôngole.

Mas, se tiver gambero rosso, se entregue a ele, na sua forma mais exuberante. As carcaças se transformam em aveludada bisque, que lambuza o talharim e vem forrando o prato onde a massa é disposta. Para coroar, o tartare do carabinero, como também é chamado esse grande crustáceo, com seu vermelho intenso característico.

Babà al rum, este clássico napolitano, como aponta corretamente o menu, é minha sugestão para encerrar.

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Babà al rum, o famoso fecho de ouro Foto: Bruno Agostini/Estadão

SERVIÇO

Satyricon: Rua Barão da Torre 192, Ipanema. Tel. 2521-0627. satyricon.com.br Instagram: @restaurante_satyricon

Talharim ao gambero rosso do Satyricon, novidade que já virou clássico da casa Foto: Bruno Agostini/Estadão

No post de apresentação deste blog eu mencionei alguns lugares que foram importantes na minha vida. O Baalbeck, uma lanchonete árabe de Copacabana, o Satyricon, um italiano especializado em pescados em Ipanema, o Antiquarius, um português histórico do Leblon, e a Dona Irene, um restaurante russo de Teresópolis que tem uma História épica, que começa em 1917 na Revolução Russa. Com o tempo pretendo falar um pouco dos quatro, considerando que, mesmo depois de fechado o Antiquarius continua existindo, em duas casas fundadas por ex-funcionários, os Gajos d'Ouro e o Entreamigos.

Nos próximos textos eu queria falar um pouco desses lugares que continuam muito importantes na gastronomia carioca, e que vão ajudar a me situar por aqui, apresentando primeiro um pouco de minhas preferências e idiossincrasias. Porque comida tem muito a ver com afeto e memória, dois elementos que gostaria de explorar por aqui, mesclando com as novidades, as listas de melhores que sempre me pedem e outras informações, de modo geral, que vim aqui para esta Seleção Carioca para compartilhar.

Pra quase todo mundo, Satyricon é uma obra clássica romana, que fazia críticas à sociedade, uma sátira aos costumes do tempo de Nero.

Pra mim, a palavra também remete à Roma Clássica, aos seus costumes, mas através dos caminhos do mar, seguindo o sabor mais puro das águas.

O Satyricon é o porto mais seguro do Rio para se entregar aos pescados, para ancorar no receituário mediterrâneo que explora ao máximo o frescor e a pureza dos peixes e frutos do mar.

Gran Piatti di Mare: paleta de sabores Foto: Bruno Agostini / Estadão

Ali, a cartilha da cozinha trabalha em três frentes bem definidas:

  • Crudos: são os pescados como vieram ao mundo, crus. Podem ser conchas, como ostras; crustáceos, como o gambero rosso servido em forma de tartare; ou carpaccio di tonno.
  • Conservas: entre elementos crus e outros curtidos, através de processos de cura ou de cozimento ligeiro, o Gran Piatto di Mare representa essa categoria, trazendo uma série de preparos retumbantes, marcados pelo frescor.
  • Grelhados: nesta categoria encontramos o churrasco de atum, os lagostins na chapa, o vermelho espalmado e outros itens que podemos até escolher no balcão refrigerado, se assim preferirmos.

Eu poderia destacar, ainda, algumas massas com molhos de frutos do mar, sempre no mais alto nível.

Lagostins com manteiga de alho: um abuso Foto: Bruno Agostini/Estadão

Independente do que se peça depois, eu defendo a tese de que ali uma refeição deve começar com o Gran Piatto di Mare, uma composição que forma uma paleta de pratinhos com acepipes marinhos.

Faz bem aos olhos chegar aquele grande círculo, uma rosácea de sabores marinhos, repleta de gelo. Ao centro, quatro ostras e pedaços de limões, Taihti e siciliano. Ao redor delas, são sete pratinhos diversos.

Temos tonno sott'olio, ovas de tainha, camarões ao molho de tomate, lulinhas cozidas, tellini, vinagrete de mexilhões e tentáculos de polvo, além de uma certinha de pães e outra com a melhor pizza bianca, fininha, muito crocante e tostadinha na medida exata.

Dependendo do que se vá pedir, é um antipasti completo para dois, e até para quatro.

Tartare de centolla, em primeiro plano Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também vale ficar atento aos tartares para as entradas: o de centolla com abacate e ovas é fora-de-série.

Fantasia di Mare Grigliata: uma sinfonia do mar na chapa Foto: Bruno Agostini/Estadão

Também pode virar petisco a porção de lagostins na chapa com molho de alho frito na manteiga queimada. Com guarnição, tipo um arroz de limão, pode virar prato - prefeito versão aperitivo. E a fantasia di Mare Grigliata, com gambero rosso, lagostins, cacavas e/ou lulas e outros pescados do dia, é um pedido mais de certeiro, chega às raias do abuso.

Clássicos da casa são o pargo ao sal grosso e o espaguete ao vôngole.

Mas, se tiver gambero rosso, se entregue a ele, na sua forma mais exuberante. As carcaças se transformam em aveludada bisque, que lambuza o talharim e vem forrando o prato onde a massa é disposta. Para coroar, o tartare do carabinero, como também é chamado esse grande crustáceo, com seu vermelho intenso característico.

Babà al rum, este clássico napolitano, como aponta corretamente o menu, é minha sugestão para encerrar.

O Paladar agradece: #vaipormim

Babà al rum, o famoso fecho de ouro Foto: Bruno Agostini/Estadão

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Satyricon: Rua Barão da Torre 192, Ipanema. Tel. 2521-0627. satyricon.com.br Instagram: @restaurante_satyricon

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