O melhor da gastronomia do Rio

Opinião|Seleção Carioca: escalamos 11 endereços tradicionais do Rio com mais de 50 anos


Sugerimos um roteiro afetivo por bares e restaurantes históricos do Rio, do Centro à Zona Norte

Por Bruno Agostini

 

Esfirra da Bassil Foto: Bruno Agostini / Estadão

Com uma profusão de guias gastronômicos, eu lamento que muitos dos que visitam o Rio acabem se rendendo à mesmice imposta pelo circuito de bares e restaurantes da Zona Sul.

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Para poder começar a compreender a alma da cidade é preciso ir ao encontro de lugares que representam isso de verdade.

Grande parte dessa identidade está dispersa pelos bairros do Centro, da Zona Norte e dos subúrbios cariocas.

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É preciso se embrenhar pelas vielas do Saara para apreciar uma esfirra assada na lenha no forno centenário da Padaria Bassil (1913), ou se aconchegar no salão Art-Déco do El Gebal (1958) e percorrer seu rodízio libanês.

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Casa Paladino: desde 1906 Foto: Bruno Agostini / Estadão

Seguir em direção à Casa Paladino (1906) pra poder uma omelete de sardinha, e caminhar até o Fim de Tarde (1973), que não é uma hora bonita do dia, mas um lugar tradicional do Rio. Lugar pra não se olhar o menu, e pedir os especiais do dia, que fazem jus ao adjetivo.

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Empada de camarão do Salete Foto: Bruno Agostini / Estadão

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O metrô pode levar até a Tijuca, com parada na São Francisco Xavier para exercer o direito universal de comer umas empadas de camarão no Salete (1957).

Ser carioca é partir pro abraço que é se sentar no Bar Varnhagem (1944) e olhar pro ambiente viajando no tempo, resgatando memórias que lembram botequins de antigamente.

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É comer a "barrinha de cereal" do Bar do Bode Cheiroso (1945), birosca cujo nome me faz lembrar os nomes irreverente dos pubs britânicos.

Polvo do Adonis: renascido Foto: Bruno Agostini / Estadão

Neste roteiro de lembranças, estaciono os neurônios nas mesas do Adonis (1952), o bar que morreu e renasceu melhor do que nunca. Sábado tem angu à baiana, mas acaba cedo, não chegue muito depois do meio-dia.

Ramos me chama. Pixinguinha na calçada em forma de estátua dá o carinhoso boas-vindas aos que chegam ao Bar da Portuguesa (1968), com seu repertório de quitutes lusófonos com base em bacalhau, sardinha e muito torresmo, caldo de mocotó e dobradinhas da Dondom.

Opa: Vicente de Carvalho está logo ali, que tal uma saideira na Adega Duas Nações (1967)? Outro traço de união Brasil-Portugal. E tome bacalhau. Na brasa, no bolinho.

Dezenas de acepipes na Adega Pérola Foto: Bruno Agostini / Estadão

Na volta pra casa, já que moro em frente, faço uma parada na Adega Pérola (1957) pra saideira.

Neste dia hipotético, trilhei o Rio que eu amo, mas que pouco frequento.

Nenhuma dessas dicas é segredo, são todos lugares conhecidos. Que merecem ser visitados. Porque conseguem representar o espírito da sociedade carioca, onde o bar é também sala de estar.

Esses dez lugares têm alma de verdade. Escrevi poucas linhas sobre cada um, mas cada um desses lugares daria um livro.

#vaipormim

Tenho 48 anos. Só falei de lugares mais antigos do que eu. Há de se respeitar os mais velhos...

 

Esfirra da Bassil Foto: Bruno Agostini / Estadão

Com uma profusão de guias gastronômicos, eu lamento que muitos dos que visitam o Rio acabem se rendendo à mesmice imposta pelo circuito de bares e restaurantes da Zona Sul.

Para poder começar a compreender a alma da cidade é preciso ir ao encontro de lugares que representam isso de verdade.

Grande parte dessa identidade está dispersa pelos bairros do Centro, da Zona Norte e dos subúrbios cariocas.

É preciso se embrenhar pelas vielas do Saara para apreciar uma esfirra assada na lenha no forno centenário da Padaria Bassil (1913), ou se aconchegar no salão Art-Déco do El Gebal (1958) e percorrer seu rodízio libanês.

Casa Paladino: desde 1906 Foto: Bruno Agostini / Estadão

Seguir em direção à Casa Paladino (1906) pra poder uma omelete de sardinha, e caminhar até o Fim de Tarde (1973), que não é uma hora bonita do dia, mas um lugar tradicional do Rio. Lugar pra não se olhar o menu, e pedir os especiais do dia, que fazem jus ao adjetivo.

Empada de camarão do Salete Foto: Bruno Agostini / Estadão

O metrô pode levar até a Tijuca, com parada na São Francisco Xavier para exercer o direito universal de comer umas empadas de camarão no Salete (1957).

Ser carioca é partir pro abraço que é se sentar no Bar Varnhagem (1944) e olhar pro ambiente viajando no tempo, resgatando memórias que lembram botequins de antigamente.

É comer a "barrinha de cereal" do Bar do Bode Cheiroso (1945), birosca cujo nome me faz lembrar os nomes irreverente dos pubs britânicos.

Polvo do Adonis: renascido Foto: Bruno Agostini / Estadão

Neste roteiro de lembranças, estaciono os neurônios nas mesas do Adonis (1952), o bar que morreu e renasceu melhor do que nunca. Sábado tem angu à baiana, mas acaba cedo, não chegue muito depois do meio-dia.

Ramos me chama. Pixinguinha na calçada em forma de estátua dá o carinhoso boas-vindas aos que chegam ao Bar da Portuguesa (1968), com seu repertório de quitutes lusófonos com base em bacalhau, sardinha e muito torresmo, caldo de mocotó e dobradinhas da Dondom.

Opa: Vicente de Carvalho está logo ali, que tal uma saideira na Adega Duas Nações (1967)? Outro traço de união Brasil-Portugal. E tome bacalhau. Na brasa, no bolinho.

Dezenas de acepipes na Adega Pérola Foto: Bruno Agostini / Estadão

Na volta pra casa, já que moro em frente, faço uma parada na Adega Pérola (1957) pra saideira.

Neste dia hipotético, trilhei o Rio que eu amo, mas que pouco frequento.

Nenhuma dessas dicas é segredo, são todos lugares conhecidos. Que merecem ser visitados. Porque conseguem representar o espírito da sociedade carioca, onde o bar é também sala de estar.

Esses dez lugares têm alma de verdade. Escrevi poucas linhas sobre cada um, mas cada um desses lugares daria um livro.

#vaipormim

Tenho 48 anos. Só falei de lugares mais antigos do que eu. Há de se respeitar os mais velhos...

 

Esfirra da Bassil Foto: Bruno Agostini / Estadão

Com uma profusão de guias gastronômicos, eu lamento que muitos dos que visitam o Rio acabem se rendendo à mesmice imposta pelo circuito de bares e restaurantes da Zona Sul.

Para poder começar a compreender a alma da cidade é preciso ir ao encontro de lugares que representam isso de verdade.

Grande parte dessa identidade está dispersa pelos bairros do Centro, da Zona Norte e dos subúrbios cariocas.

É preciso se embrenhar pelas vielas do Saara para apreciar uma esfirra assada na lenha no forno centenário da Padaria Bassil (1913), ou se aconchegar no salão Art-Déco do El Gebal (1958) e percorrer seu rodízio libanês.

Casa Paladino: desde 1906 Foto: Bruno Agostini / Estadão

Seguir em direção à Casa Paladino (1906) pra poder uma omelete de sardinha, e caminhar até o Fim de Tarde (1973), que não é uma hora bonita do dia, mas um lugar tradicional do Rio. Lugar pra não se olhar o menu, e pedir os especiais do dia, que fazem jus ao adjetivo.

Empada de camarão do Salete Foto: Bruno Agostini / Estadão

O metrô pode levar até a Tijuca, com parada na São Francisco Xavier para exercer o direito universal de comer umas empadas de camarão no Salete (1957).

Ser carioca é partir pro abraço que é se sentar no Bar Varnhagem (1944) e olhar pro ambiente viajando no tempo, resgatando memórias que lembram botequins de antigamente.

É comer a "barrinha de cereal" do Bar do Bode Cheiroso (1945), birosca cujo nome me faz lembrar os nomes irreverente dos pubs britânicos.

Polvo do Adonis: renascido Foto: Bruno Agostini / Estadão

Neste roteiro de lembranças, estaciono os neurônios nas mesas do Adonis (1952), o bar que morreu e renasceu melhor do que nunca. Sábado tem angu à baiana, mas acaba cedo, não chegue muito depois do meio-dia.

Ramos me chama. Pixinguinha na calçada em forma de estátua dá o carinhoso boas-vindas aos que chegam ao Bar da Portuguesa (1968), com seu repertório de quitutes lusófonos com base em bacalhau, sardinha e muito torresmo, caldo de mocotó e dobradinhas da Dondom.

Opa: Vicente de Carvalho está logo ali, que tal uma saideira na Adega Duas Nações (1967)? Outro traço de união Brasil-Portugal. E tome bacalhau. Na brasa, no bolinho.

Dezenas de acepipes na Adega Pérola Foto: Bruno Agostini / Estadão

Na volta pra casa, já que moro em frente, faço uma parada na Adega Pérola (1957) pra saideira.

Neste dia hipotético, trilhei o Rio que eu amo, mas que pouco frequento.

Nenhuma dessas dicas é segredo, são todos lugares conhecidos. Que merecem ser visitados. Porque conseguem representar o espírito da sociedade carioca, onde o bar é também sala de estar.

Esses dez lugares têm alma de verdade. Escrevi poucas linhas sobre cada um, mas cada um desses lugares daria um livro.

#vaipormim

Tenho 48 anos. Só falei de lugares mais antigos do que eu. Há de se respeitar os mais velhos...

 

Esfirra da Bassil Foto: Bruno Agostini / Estadão

Com uma profusão de guias gastronômicos, eu lamento que muitos dos que visitam o Rio acabem se rendendo à mesmice imposta pelo circuito de bares e restaurantes da Zona Sul.

Para poder começar a compreender a alma da cidade é preciso ir ao encontro de lugares que representam isso de verdade.

Grande parte dessa identidade está dispersa pelos bairros do Centro, da Zona Norte e dos subúrbios cariocas.

É preciso se embrenhar pelas vielas do Saara para apreciar uma esfirra assada na lenha no forno centenário da Padaria Bassil (1913), ou se aconchegar no salão Art-Déco do El Gebal (1958) e percorrer seu rodízio libanês.

Casa Paladino: desde 1906 Foto: Bruno Agostini / Estadão

Seguir em direção à Casa Paladino (1906) pra poder uma omelete de sardinha, e caminhar até o Fim de Tarde (1973), que não é uma hora bonita do dia, mas um lugar tradicional do Rio. Lugar pra não se olhar o menu, e pedir os especiais do dia, que fazem jus ao adjetivo.

Empada de camarão do Salete Foto: Bruno Agostini / Estadão

O metrô pode levar até a Tijuca, com parada na São Francisco Xavier para exercer o direito universal de comer umas empadas de camarão no Salete (1957).

Ser carioca é partir pro abraço que é se sentar no Bar Varnhagem (1944) e olhar pro ambiente viajando no tempo, resgatando memórias que lembram botequins de antigamente.

É comer a "barrinha de cereal" do Bar do Bode Cheiroso (1945), birosca cujo nome me faz lembrar os nomes irreverente dos pubs britânicos.

Polvo do Adonis: renascido Foto: Bruno Agostini / Estadão

Neste roteiro de lembranças, estaciono os neurônios nas mesas do Adonis (1952), o bar que morreu e renasceu melhor do que nunca. Sábado tem angu à baiana, mas acaba cedo, não chegue muito depois do meio-dia.

Ramos me chama. Pixinguinha na calçada em forma de estátua dá o carinhoso boas-vindas aos que chegam ao Bar da Portuguesa (1968), com seu repertório de quitutes lusófonos com base em bacalhau, sardinha e muito torresmo, caldo de mocotó e dobradinhas da Dondom.

Opa: Vicente de Carvalho está logo ali, que tal uma saideira na Adega Duas Nações (1967)? Outro traço de união Brasil-Portugal. E tome bacalhau. Na brasa, no bolinho.

Dezenas de acepipes na Adega Pérola Foto: Bruno Agostini / Estadão

Na volta pra casa, já que moro em frente, faço uma parada na Adega Pérola (1957) pra saideira.

Neste dia hipotético, trilhei o Rio que eu amo, mas que pouco frequento.

Nenhuma dessas dicas é segredo, são todos lugares conhecidos. Que merecem ser visitados. Porque conseguem representar o espírito da sociedade carioca, onde o bar é também sala de estar.

Esses dez lugares têm alma de verdade. Escrevi poucas linhas sobre cada um, mas cada um desses lugares daria um livro.

#vaipormim

Tenho 48 anos. Só falei de lugares mais antigos do que eu. Há de se respeitar os mais velhos...

 

Esfirra da Bassil Foto: Bruno Agostini / Estadão

Com uma profusão de guias gastronômicos, eu lamento que muitos dos que visitam o Rio acabem se rendendo à mesmice imposta pelo circuito de bares e restaurantes da Zona Sul.

Para poder começar a compreender a alma da cidade é preciso ir ao encontro de lugares que representam isso de verdade.

Grande parte dessa identidade está dispersa pelos bairros do Centro, da Zona Norte e dos subúrbios cariocas.

É preciso se embrenhar pelas vielas do Saara para apreciar uma esfirra assada na lenha no forno centenário da Padaria Bassil (1913), ou se aconchegar no salão Art-Déco do El Gebal (1958) e percorrer seu rodízio libanês.

Casa Paladino: desde 1906 Foto: Bruno Agostini / Estadão

Seguir em direção à Casa Paladino (1906) pra poder uma omelete de sardinha, e caminhar até o Fim de Tarde (1973), que não é uma hora bonita do dia, mas um lugar tradicional do Rio. Lugar pra não se olhar o menu, e pedir os especiais do dia, que fazem jus ao adjetivo.

Empada de camarão do Salete Foto: Bruno Agostini / Estadão

O metrô pode levar até a Tijuca, com parada na São Francisco Xavier para exercer o direito universal de comer umas empadas de camarão no Salete (1957).

Ser carioca é partir pro abraço que é se sentar no Bar Varnhagem (1944) e olhar pro ambiente viajando no tempo, resgatando memórias que lembram botequins de antigamente.

É comer a "barrinha de cereal" do Bar do Bode Cheiroso (1945), birosca cujo nome me faz lembrar os nomes irreverente dos pubs britânicos.

Polvo do Adonis: renascido Foto: Bruno Agostini / Estadão

Neste roteiro de lembranças, estaciono os neurônios nas mesas do Adonis (1952), o bar que morreu e renasceu melhor do que nunca. Sábado tem angu à baiana, mas acaba cedo, não chegue muito depois do meio-dia.

Ramos me chama. Pixinguinha na calçada em forma de estátua dá o carinhoso boas-vindas aos que chegam ao Bar da Portuguesa (1968), com seu repertório de quitutes lusófonos com base em bacalhau, sardinha e muito torresmo, caldo de mocotó e dobradinhas da Dondom.

Opa: Vicente de Carvalho está logo ali, que tal uma saideira na Adega Duas Nações (1967)? Outro traço de união Brasil-Portugal. E tome bacalhau. Na brasa, no bolinho.

Dezenas de acepipes na Adega Pérola Foto: Bruno Agostini / Estadão

Na volta pra casa, já que moro em frente, faço uma parada na Adega Pérola (1957) pra saideira.

Neste dia hipotético, trilhei o Rio que eu amo, mas que pouco frequento.

Nenhuma dessas dicas é segredo, são todos lugares conhecidos. Que merecem ser visitados. Porque conseguem representar o espírito da sociedade carioca, onde o bar é também sala de estar.

Esses dez lugares têm alma de verdade. Escrevi poucas linhas sobre cada um, mas cada um desses lugares daria um livro.

#vaipormim

Tenho 48 anos. Só falei de lugares mais antigos do que eu. Há de se respeitar os mais velhos...

Opinião por Bruno Agostini

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