Vamos beber e falar sobre cerveja

Beatriz Ruiz é a primeira brasileira a receber certificado mundial de serviço de cerveja


Beatriz é gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev, gerente de marca da Goose Island no Brasil e portadora do título de Certified Cicerone

Por Heloisa Lupinacci
Atualização:

“Cervejeira. Feminista. Curintcha.” É assim que Beatriz Ruiz se descreve no Instagram (onde é @biertriz e tem mais de 5 mil seguidores). Conversei com Beatriz em meados de julho no Goose Island Brewhouse. Nas três horas de papo fiquei com a impressão de que a quaquer momento ela ia sacar um skate e sair dando piruetas e gargalhadas pelo Largo da Batata. Mas o estilo descolex é só um lado. A mulher é séria. É a primeira brasileira a receber o título de Certified Cicerone, um certificado para poucos, que atesta conhecimento do serviço de cerveja (é um certificado para sommeliers). É gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev, gerente de marca da Goose Island no Brasil e criadora da Goose Island Sisterhood, uma confraria de mulheres que produz cervejas em homenagem a mulheres e doa o lucro para instituições que trabalhem na luta feminista.

Cicerone. Beatriz Ruiz, gerente da Ambev, é a 1ª brasileira a receber título mundial Foto: Renata Monteiro

O certificado de Cicerone. Para Beatriz, tirar o certificado teve três efeitos práticos. 1. O processo de preparação para a prova, de intenso estudo, funcionou como uma grande revisão, um aprendizado. “Vira mais conhecimento. Olhei de novo para coisas que tinha esquecido ou não tinha absorvido em minha formação”. 2. O conhecimento, consolidado e certificado, ela quer aplicar nos treinamentos que faz com as equipes da Ambev. 3. O fato de ela ser a primeira brasileira a ter o certificado chamou a atenção para o título no Brasil. 

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De fato, o certificado de Cicerone é super valorizado no exterior, especialmente nos Estados Unidos, onde foi criado por Ray Daniels, conhecida figura do meio cervejeiro, autor de dúzias de livros. E era pouco conhecido por aqui, até Beatriz chamar atenção para o título. O programa de certificação tem quatro níveis: Certified Beer Server, Certified Cicerone, Advanced Cicerone e Master Cicerone.O mais alto tem apenas 16 representantes. Para quem viu o documentário Somm (2012, disponível no Netflix), é mais ou menos a mesma coisa, mas com cerveja. Se ela pretende seguir o programa. “Talvez, mas não agora. É um desgaste grande, precisa dar um intervalo”. 

Como é a prova. A primeira etapa é fazer um curso e uma prova online para obter o título de Certified Beer Server. São 30 minutos para responder 60 questões sobre serviço de cerveja, estilos e leis (americanas). Essa prova pode ser feita em português – em janeiro deste ano o programa anunciou o lançamento de uma página em português, do material de estudo para o primeiro nível e a da primeira prova.

Só com esse título você pode partir para a prova de Certified Beer Cicerone, que tem três etapas. A primeira é formada por 178 questões, sendo 174 de resposta curta e 4 redações, uma sobre harmonização, uma sobre estilos de cerveja, uma sobre análise sensorial e uma sobre processos de produção. O tempo de prova é de 3 horas. Quem não é falante nativo de inglês ou espanhol – idiomas em que a prova está disponível – precisa avisar para ter direito a uma hora a mais de prova e ao uso de um dicionário. 

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A segunda etapa é uma prova de degustação, um teste cego com 12 amostras, quatro com off-flavors (sabores que indicam defeitos na cerveja), quatro para você dizer qual o estilo da cerveja, quatro como base de perguntas. Tempo: 45 minutos.

E a última etapa, que dura quinze minutos, é assim: você entra em uma sala que tem uma câmera de vídeo e uma torneira de chope. Você tem três minutos para explicar para a câmera como desmontar e limpar essa torneira.

Da primeira vez que tentou, Beatriz não passou. “Só uma em cada três pessoas passa de primeira.” Da segunda vez, se preparou melhor. Seu estudo foi baseado no guia de estilos do BJCP (instituição que certifica juízes de campeonatos cervejeiros), no guia do serviço de chope da Brewers Association, e nos livros Tasting Beer, de Randy Mosher, e The Oxford Companion to Beer, de Garrett Oliver. “Eu estudei até o último segundo.”

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A confraria. “Existem muitas confrarias de mulheres, mas em geral para as que já estão dentro desse mundo”, diz Beatriz, sobre a criação da Sisterhood, uma confraria realmente acolhedora. A confraria produz, no Goose Island Brewhouse, quatro cervejas por ano. A mais recente, brassada na semana passada, é uma Califórnia Commons em homenagem a Giuliana Ricomini, precursora do movimento skate no Brasil, no fim dos anos 1980. No dia da brassagem, muitas membras da confraria acompanham a produção da cerveja e a festa de lançamento é o grande momento em que todas se encontram. “É demais, você chega aqui e tem aquele monte de mulher, tomando uma cerveja feita por mulheres em homenagem a uma mulher”. O anúncio das novas brassagens e dos lançamentos é feito na página da confraria no Facebook.

Prova de Cicerone no Brasil em novembro

Daqui três meses, nos dias 11 e 17 de novembro, vai ter prova de Certified Beer Cicerone em Porto Alegre. É a primeira vez que a prova acontece no Brasil. A inscrição custa US$ 395 e pode ser feita pelo site www.cicerone.org. Lembre-se de que para tentar o certificado é preciso antes ter o de Certified Beer Server, que custa US$ 69 e pode ser feito online.

“Cervejeira. Feminista. Curintcha.” É assim que Beatriz Ruiz se descreve no Instagram (onde é @biertriz e tem mais de 5 mil seguidores). Conversei com Beatriz em meados de julho no Goose Island Brewhouse. Nas três horas de papo fiquei com a impressão de que a quaquer momento ela ia sacar um skate e sair dando piruetas e gargalhadas pelo Largo da Batata. Mas o estilo descolex é só um lado. A mulher é séria. É a primeira brasileira a receber o título de Certified Cicerone, um certificado para poucos, que atesta conhecimento do serviço de cerveja (é um certificado para sommeliers). É gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev, gerente de marca da Goose Island no Brasil e criadora da Goose Island Sisterhood, uma confraria de mulheres que produz cervejas em homenagem a mulheres e doa o lucro para instituições que trabalhem na luta feminista.

Cicerone. Beatriz Ruiz, gerente da Ambev, é a 1ª brasileira a receber título mundial Foto: Renata Monteiro

O certificado de Cicerone. Para Beatriz, tirar o certificado teve três efeitos práticos. 1. O processo de preparação para a prova, de intenso estudo, funcionou como uma grande revisão, um aprendizado. “Vira mais conhecimento. Olhei de novo para coisas que tinha esquecido ou não tinha absorvido em minha formação”. 2. O conhecimento, consolidado e certificado, ela quer aplicar nos treinamentos que faz com as equipes da Ambev. 3. O fato de ela ser a primeira brasileira a ter o certificado chamou a atenção para o título no Brasil. 

De fato, o certificado de Cicerone é super valorizado no exterior, especialmente nos Estados Unidos, onde foi criado por Ray Daniels, conhecida figura do meio cervejeiro, autor de dúzias de livros. E era pouco conhecido por aqui, até Beatriz chamar atenção para o título. O programa de certificação tem quatro níveis: Certified Beer Server, Certified Cicerone, Advanced Cicerone e Master Cicerone.O mais alto tem apenas 16 representantes. Para quem viu o documentário Somm (2012, disponível no Netflix), é mais ou menos a mesma coisa, mas com cerveja. Se ela pretende seguir o programa. “Talvez, mas não agora. É um desgaste grande, precisa dar um intervalo”. 

Como é a prova. A primeira etapa é fazer um curso e uma prova online para obter o título de Certified Beer Server. São 30 minutos para responder 60 questões sobre serviço de cerveja, estilos e leis (americanas). Essa prova pode ser feita em português – em janeiro deste ano o programa anunciou o lançamento de uma página em português, do material de estudo para o primeiro nível e a da primeira prova.

Só com esse título você pode partir para a prova de Certified Beer Cicerone, que tem três etapas. A primeira é formada por 178 questões, sendo 174 de resposta curta e 4 redações, uma sobre harmonização, uma sobre estilos de cerveja, uma sobre análise sensorial e uma sobre processos de produção. O tempo de prova é de 3 horas. Quem não é falante nativo de inglês ou espanhol – idiomas em que a prova está disponível – precisa avisar para ter direito a uma hora a mais de prova e ao uso de um dicionário. 

A segunda etapa é uma prova de degustação, um teste cego com 12 amostras, quatro com off-flavors (sabores que indicam defeitos na cerveja), quatro para você dizer qual o estilo da cerveja, quatro como base de perguntas. Tempo: 45 minutos.

E a última etapa, que dura quinze minutos, é assim: você entra em uma sala que tem uma câmera de vídeo e uma torneira de chope. Você tem três minutos para explicar para a câmera como desmontar e limpar essa torneira.

Da primeira vez que tentou, Beatriz não passou. “Só uma em cada três pessoas passa de primeira.” Da segunda vez, se preparou melhor. Seu estudo foi baseado no guia de estilos do BJCP (instituição que certifica juízes de campeonatos cervejeiros), no guia do serviço de chope da Brewers Association, e nos livros Tasting Beer, de Randy Mosher, e The Oxford Companion to Beer, de Garrett Oliver. “Eu estudei até o último segundo.”

A confraria. “Existem muitas confrarias de mulheres, mas em geral para as que já estão dentro desse mundo”, diz Beatriz, sobre a criação da Sisterhood, uma confraria realmente acolhedora. A confraria produz, no Goose Island Brewhouse, quatro cervejas por ano. A mais recente, brassada na semana passada, é uma Califórnia Commons em homenagem a Giuliana Ricomini, precursora do movimento skate no Brasil, no fim dos anos 1980. No dia da brassagem, muitas membras da confraria acompanham a produção da cerveja e a festa de lançamento é o grande momento em que todas se encontram. “É demais, você chega aqui e tem aquele monte de mulher, tomando uma cerveja feita por mulheres em homenagem a uma mulher”. O anúncio das novas brassagens e dos lançamentos é feito na página da confraria no Facebook.

Prova de Cicerone no Brasil em novembro

Daqui três meses, nos dias 11 e 17 de novembro, vai ter prova de Certified Beer Cicerone em Porto Alegre. É a primeira vez que a prova acontece no Brasil. A inscrição custa US$ 395 e pode ser feita pelo site www.cicerone.org. Lembre-se de que para tentar o certificado é preciso antes ter o de Certified Beer Server, que custa US$ 69 e pode ser feito online.

“Cervejeira. Feminista. Curintcha.” É assim que Beatriz Ruiz se descreve no Instagram (onde é @biertriz e tem mais de 5 mil seguidores). Conversei com Beatriz em meados de julho no Goose Island Brewhouse. Nas três horas de papo fiquei com a impressão de que a quaquer momento ela ia sacar um skate e sair dando piruetas e gargalhadas pelo Largo da Batata. Mas o estilo descolex é só um lado. A mulher é séria. É a primeira brasileira a receber o título de Certified Cicerone, um certificado para poucos, que atesta conhecimento do serviço de cerveja (é um certificado para sommeliers). É gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev, gerente de marca da Goose Island no Brasil e criadora da Goose Island Sisterhood, uma confraria de mulheres que produz cervejas em homenagem a mulheres e doa o lucro para instituições que trabalhem na luta feminista.

Cicerone. Beatriz Ruiz, gerente da Ambev, é a 1ª brasileira a receber título mundial Foto: Renata Monteiro

O certificado de Cicerone. Para Beatriz, tirar o certificado teve três efeitos práticos. 1. O processo de preparação para a prova, de intenso estudo, funcionou como uma grande revisão, um aprendizado. “Vira mais conhecimento. Olhei de novo para coisas que tinha esquecido ou não tinha absorvido em minha formação”. 2. O conhecimento, consolidado e certificado, ela quer aplicar nos treinamentos que faz com as equipes da Ambev. 3. O fato de ela ser a primeira brasileira a ter o certificado chamou a atenção para o título no Brasil. 

De fato, o certificado de Cicerone é super valorizado no exterior, especialmente nos Estados Unidos, onde foi criado por Ray Daniels, conhecida figura do meio cervejeiro, autor de dúzias de livros. E era pouco conhecido por aqui, até Beatriz chamar atenção para o título. O programa de certificação tem quatro níveis: Certified Beer Server, Certified Cicerone, Advanced Cicerone e Master Cicerone.O mais alto tem apenas 16 representantes. Para quem viu o documentário Somm (2012, disponível no Netflix), é mais ou menos a mesma coisa, mas com cerveja. Se ela pretende seguir o programa. “Talvez, mas não agora. É um desgaste grande, precisa dar um intervalo”. 

Como é a prova. A primeira etapa é fazer um curso e uma prova online para obter o título de Certified Beer Server. São 30 minutos para responder 60 questões sobre serviço de cerveja, estilos e leis (americanas). Essa prova pode ser feita em português – em janeiro deste ano o programa anunciou o lançamento de uma página em português, do material de estudo para o primeiro nível e a da primeira prova.

Só com esse título você pode partir para a prova de Certified Beer Cicerone, que tem três etapas. A primeira é formada por 178 questões, sendo 174 de resposta curta e 4 redações, uma sobre harmonização, uma sobre estilos de cerveja, uma sobre análise sensorial e uma sobre processos de produção. O tempo de prova é de 3 horas. Quem não é falante nativo de inglês ou espanhol – idiomas em que a prova está disponível – precisa avisar para ter direito a uma hora a mais de prova e ao uso de um dicionário. 

A segunda etapa é uma prova de degustação, um teste cego com 12 amostras, quatro com off-flavors (sabores que indicam defeitos na cerveja), quatro para você dizer qual o estilo da cerveja, quatro como base de perguntas. Tempo: 45 minutos.

E a última etapa, que dura quinze minutos, é assim: você entra em uma sala que tem uma câmera de vídeo e uma torneira de chope. Você tem três minutos para explicar para a câmera como desmontar e limpar essa torneira.

Da primeira vez que tentou, Beatriz não passou. “Só uma em cada três pessoas passa de primeira.” Da segunda vez, se preparou melhor. Seu estudo foi baseado no guia de estilos do BJCP (instituição que certifica juízes de campeonatos cervejeiros), no guia do serviço de chope da Brewers Association, e nos livros Tasting Beer, de Randy Mosher, e The Oxford Companion to Beer, de Garrett Oliver. “Eu estudei até o último segundo.”

A confraria. “Existem muitas confrarias de mulheres, mas em geral para as que já estão dentro desse mundo”, diz Beatriz, sobre a criação da Sisterhood, uma confraria realmente acolhedora. A confraria produz, no Goose Island Brewhouse, quatro cervejas por ano. A mais recente, brassada na semana passada, é uma Califórnia Commons em homenagem a Giuliana Ricomini, precursora do movimento skate no Brasil, no fim dos anos 1980. No dia da brassagem, muitas membras da confraria acompanham a produção da cerveja e a festa de lançamento é o grande momento em que todas se encontram. “É demais, você chega aqui e tem aquele monte de mulher, tomando uma cerveja feita por mulheres em homenagem a uma mulher”. O anúncio das novas brassagens e dos lançamentos é feito na página da confraria no Facebook.

Prova de Cicerone no Brasil em novembro

Daqui três meses, nos dias 11 e 17 de novembro, vai ter prova de Certified Beer Cicerone em Porto Alegre. É a primeira vez que a prova acontece no Brasil. A inscrição custa US$ 395 e pode ser feita pelo site www.cicerone.org. Lembre-se de que para tentar o certificado é preciso antes ter o de Certified Beer Server, que custa US$ 69 e pode ser feito online.

“Cervejeira. Feminista. Curintcha.” É assim que Beatriz Ruiz se descreve no Instagram (onde é @biertriz e tem mais de 5 mil seguidores). Conversei com Beatriz em meados de julho no Goose Island Brewhouse. Nas três horas de papo fiquei com a impressão de que a quaquer momento ela ia sacar um skate e sair dando piruetas e gargalhadas pelo Largo da Batata. Mas o estilo descolex é só um lado. A mulher é séria. É a primeira brasileira a receber o título de Certified Cicerone, um certificado para poucos, que atesta conhecimento do serviço de cerveja (é um certificado para sommeliers). É gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev, gerente de marca da Goose Island no Brasil e criadora da Goose Island Sisterhood, uma confraria de mulheres que produz cervejas em homenagem a mulheres e doa o lucro para instituições que trabalhem na luta feminista.

Cicerone. Beatriz Ruiz, gerente da Ambev, é a 1ª brasileira a receber título mundial Foto: Renata Monteiro

O certificado de Cicerone. Para Beatriz, tirar o certificado teve três efeitos práticos. 1. O processo de preparação para a prova, de intenso estudo, funcionou como uma grande revisão, um aprendizado. “Vira mais conhecimento. Olhei de novo para coisas que tinha esquecido ou não tinha absorvido em minha formação”. 2. O conhecimento, consolidado e certificado, ela quer aplicar nos treinamentos que faz com as equipes da Ambev. 3. O fato de ela ser a primeira brasileira a ter o certificado chamou a atenção para o título no Brasil. 

De fato, o certificado de Cicerone é super valorizado no exterior, especialmente nos Estados Unidos, onde foi criado por Ray Daniels, conhecida figura do meio cervejeiro, autor de dúzias de livros. E era pouco conhecido por aqui, até Beatriz chamar atenção para o título. O programa de certificação tem quatro níveis: Certified Beer Server, Certified Cicerone, Advanced Cicerone e Master Cicerone.O mais alto tem apenas 16 representantes. Para quem viu o documentário Somm (2012, disponível no Netflix), é mais ou menos a mesma coisa, mas com cerveja. Se ela pretende seguir o programa. “Talvez, mas não agora. É um desgaste grande, precisa dar um intervalo”. 

Como é a prova. A primeira etapa é fazer um curso e uma prova online para obter o título de Certified Beer Server. São 30 minutos para responder 60 questões sobre serviço de cerveja, estilos e leis (americanas). Essa prova pode ser feita em português – em janeiro deste ano o programa anunciou o lançamento de uma página em português, do material de estudo para o primeiro nível e a da primeira prova.

Só com esse título você pode partir para a prova de Certified Beer Cicerone, que tem três etapas. A primeira é formada por 178 questões, sendo 174 de resposta curta e 4 redações, uma sobre harmonização, uma sobre estilos de cerveja, uma sobre análise sensorial e uma sobre processos de produção. O tempo de prova é de 3 horas. Quem não é falante nativo de inglês ou espanhol – idiomas em que a prova está disponível – precisa avisar para ter direito a uma hora a mais de prova e ao uso de um dicionário. 

A segunda etapa é uma prova de degustação, um teste cego com 12 amostras, quatro com off-flavors (sabores que indicam defeitos na cerveja), quatro para você dizer qual o estilo da cerveja, quatro como base de perguntas. Tempo: 45 minutos.

E a última etapa, que dura quinze minutos, é assim: você entra em uma sala que tem uma câmera de vídeo e uma torneira de chope. Você tem três minutos para explicar para a câmera como desmontar e limpar essa torneira.

Da primeira vez que tentou, Beatriz não passou. “Só uma em cada três pessoas passa de primeira.” Da segunda vez, se preparou melhor. Seu estudo foi baseado no guia de estilos do BJCP (instituição que certifica juízes de campeonatos cervejeiros), no guia do serviço de chope da Brewers Association, e nos livros Tasting Beer, de Randy Mosher, e The Oxford Companion to Beer, de Garrett Oliver. “Eu estudei até o último segundo.”

A confraria. “Existem muitas confrarias de mulheres, mas em geral para as que já estão dentro desse mundo”, diz Beatriz, sobre a criação da Sisterhood, uma confraria realmente acolhedora. A confraria produz, no Goose Island Brewhouse, quatro cervejas por ano. A mais recente, brassada na semana passada, é uma Califórnia Commons em homenagem a Giuliana Ricomini, precursora do movimento skate no Brasil, no fim dos anos 1980. No dia da brassagem, muitas membras da confraria acompanham a produção da cerveja e a festa de lançamento é o grande momento em que todas se encontram. “É demais, você chega aqui e tem aquele monte de mulher, tomando uma cerveja feita por mulheres em homenagem a uma mulher”. O anúncio das novas brassagens e dos lançamentos é feito na página da confraria no Facebook.

Prova de Cicerone no Brasil em novembro

Daqui três meses, nos dias 11 e 17 de novembro, vai ter prova de Certified Beer Cicerone em Porto Alegre. É a primeira vez que a prova acontece no Brasil. A inscrição custa US$ 395 e pode ser feita pelo site www.cicerone.org. Lembre-se de que para tentar o certificado é preciso antes ter o de Certified Beer Server, que custa US$ 69 e pode ser feito online.

“Cervejeira. Feminista. Curintcha.” É assim que Beatriz Ruiz se descreve no Instagram (onde é @biertriz e tem mais de 5 mil seguidores). Conversei com Beatriz em meados de julho no Goose Island Brewhouse. Nas três horas de papo fiquei com a impressão de que a quaquer momento ela ia sacar um skate e sair dando piruetas e gargalhadas pelo Largo da Batata. Mas o estilo descolex é só um lado. A mulher é séria. É a primeira brasileira a receber o título de Certified Cicerone, um certificado para poucos, que atesta conhecimento do serviço de cerveja (é um certificado para sommeliers). É gerente de conhecimento cervejeiro da Ambev, gerente de marca da Goose Island no Brasil e criadora da Goose Island Sisterhood, uma confraria de mulheres que produz cervejas em homenagem a mulheres e doa o lucro para instituições que trabalhem na luta feminista.

Cicerone. Beatriz Ruiz, gerente da Ambev, é a 1ª brasileira a receber título mundial Foto: Renata Monteiro

O certificado de Cicerone. Para Beatriz, tirar o certificado teve três efeitos práticos. 1. O processo de preparação para a prova, de intenso estudo, funcionou como uma grande revisão, um aprendizado. “Vira mais conhecimento. Olhei de novo para coisas que tinha esquecido ou não tinha absorvido em minha formação”. 2. O conhecimento, consolidado e certificado, ela quer aplicar nos treinamentos que faz com as equipes da Ambev. 3. O fato de ela ser a primeira brasileira a ter o certificado chamou a atenção para o título no Brasil. 

De fato, o certificado de Cicerone é super valorizado no exterior, especialmente nos Estados Unidos, onde foi criado por Ray Daniels, conhecida figura do meio cervejeiro, autor de dúzias de livros. E era pouco conhecido por aqui, até Beatriz chamar atenção para o título. O programa de certificação tem quatro níveis: Certified Beer Server, Certified Cicerone, Advanced Cicerone e Master Cicerone.O mais alto tem apenas 16 representantes. Para quem viu o documentário Somm (2012, disponível no Netflix), é mais ou menos a mesma coisa, mas com cerveja. Se ela pretende seguir o programa. “Talvez, mas não agora. É um desgaste grande, precisa dar um intervalo”. 

Como é a prova. A primeira etapa é fazer um curso e uma prova online para obter o título de Certified Beer Server. São 30 minutos para responder 60 questões sobre serviço de cerveja, estilos e leis (americanas). Essa prova pode ser feita em português – em janeiro deste ano o programa anunciou o lançamento de uma página em português, do material de estudo para o primeiro nível e a da primeira prova.

Só com esse título você pode partir para a prova de Certified Beer Cicerone, que tem três etapas. A primeira é formada por 178 questões, sendo 174 de resposta curta e 4 redações, uma sobre harmonização, uma sobre estilos de cerveja, uma sobre análise sensorial e uma sobre processos de produção. O tempo de prova é de 3 horas. Quem não é falante nativo de inglês ou espanhol – idiomas em que a prova está disponível – precisa avisar para ter direito a uma hora a mais de prova e ao uso de um dicionário. 

A segunda etapa é uma prova de degustação, um teste cego com 12 amostras, quatro com off-flavors (sabores que indicam defeitos na cerveja), quatro para você dizer qual o estilo da cerveja, quatro como base de perguntas. Tempo: 45 minutos.

E a última etapa, que dura quinze minutos, é assim: você entra em uma sala que tem uma câmera de vídeo e uma torneira de chope. Você tem três minutos para explicar para a câmera como desmontar e limpar essa torneira.

Da primeira vez que tentou, Beatriz não passou. “Só uma em cada três pessoas passa de primeira.” Da segunda vez, se preparou melhor. Seu estudo foi baseado no guia de estilos do BJCP (instituição que certifica juízes de campeonatos cervejeiros), no guia do serviço de chope da Brewers Association, e nos livros Tasting Beer, de Randy Mosher, e The Oxford Companion to Beer, de Garrett Oliver. “Eu estudei até o último segundo.”

A confraria. “Existem muitas confrarias de mulheres, mas em geral para as que já estão dentro desse mundo”, diz Beatriz, sobre a criação da Sisterhood, uma confraria realmente acolhedora. A confraria produz, no Goose Island Brewhouse, quatro cervejas por ano. A mais recente, brassada na semana passada, é uma Califórnia Commons em homenagem a Giuliana Ricomini, precursora do movimento skate no Brasil, no fim dos anos 1980. No dia da brassagem, muitas membras da confraria acompanham a produção da cerveja e a festa de lançamento é o grande momento em que todas se encontram. “É demais, você chega aqui e tem aquele monte de mulher, tomando uma cerveja feita por mulheres em homenagem a uma mulher”. O anúncio das novas brassagens e dos lançamentos é feito na página da confraria no Facebook.

Prova de Cicerone no Brasil em novembro

Daqui três meses, nos dias 11 e 17 de novembro, vai ter prova de Certified Beer Cicerone em Porto Alegre. É a primeira vez que a prova acontece no Brasil. A inscrição custa US$ 395 e pode ser feita pelo site www.cicerone.org. Lembre-se de que para tentar o certificado é preciso antes ter o de Certified Beer Server, que custa US$ 69 e pode ser feito online.

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