Aventuras lácteas entre o Brasil e a França

Opinião|A saga da queijista Marina Cavechia no Mundial do Queijo da França


Dona do Teta Cheese Bar de Brasília é a primeira brasileira a concorrer ao título de Meilleur Fromager du Monde (melhor queijista do mundo)

Por Débora Pereira
Atualização:

“Foram os momentos mais difíceis da minha vida,” disse Marina, logo depois que gravou o video abaixo, quando terminou o concurso de Melhor Queijista do Mundo. Queijista é a palavra inventada no Brasil para a profissão de quem tem loja especializada em queijos. Ele não só vende, mas sabe explicar, contas historia e aconselhar o consumidor final sobre o maravilhoso mundo queijeiro.

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Depois do anúncio dos vencedores, Marina desabou a chorar, sentadinha ao lado do palco. Foi consolada pelo inglês Nick Baynes, que ganhou medalha de bronze e pelas duas candidatas japonesas, que também se embalaram na choradeira. Todos os candidatos se abraçaram muito, com exceção da russa e da ucraniana, claro.

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

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"O mais legal para mim foi ver a interação entre nós, rolou muita amizade e solidariedade. Foi pura emoção tudo que vivemos. Vi que preciso me preparar mais e vou tentar de novo em 2025. Fiquei um mês na França sendo orientada por Laurent Mons, da escola Mons Formation, e por Laurent Dubois, MOF e queijeiro em Paris, foi muito aprendizado, mas é normal ser tão difícil, afinal é o titulo de melhor queijista do mundo."

Conheço Marina desde 2017, quando ela fez um primeiro curso de cura e analise sensorial de queijos comigo em Belo Horizonte. Ela deixou uma carreira de jornalista de tv e sommelier de cerveja para entrar de cabeça no queijo e abrir o Teta Cheese Bar de Brasília em 2018. Ganhou o direito de concorrer na França por ter ganhado o título de melhor queijista brasileira em 2022, no Mundial do Queijo do Brasil.

Comecei a ser jurada desse concurso em 2019 e também acho super emocionante ver o empenho e garra dos candidatos, a torcida eufórica e os jurados super concentrados. A regra mais severa do presidente do concurso nesta edição, o MOF Rodolphe Le Meunier, foi que nós jurados não podíamos dar nem um pio, para nenhum influenciar o outro. Para julgar as provas de tábuas e preparações queijeiras, recebemos tudo de forma anônima em uma sala fechada, no maior calor, para não saber quem fez o quê.

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Os jurados do concurso, vindos do Canadá, EUA, Japão, Itália, Holanda, Dinamarca, França e Brasil Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

A prova que mais gosto é a apresentação oral do queijo preferido, quando o candidato tem 5 minutos para seduzir o júri. A russa, que não teve a bandeira do seu país representada na dolma, por conta da guerra, começou cantando uma canção que me arrepiou dos pés à cabeça. Ela serviu um queijo duro bem curado com notas de caramelo e chá preto, uma maravilha. Uma oportunidade única para nós jurados é poder comer queijos de todos os países representados.

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Juízes reunidos na sala confidencial Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Na vez de Marina, ela apresentou em inglês e francês o queijo mandala da fazenda Pardinho Artesanal, de leite cru de vacas Girsey (mistura da zebuína Gir e da europeia Jersey), curado 12 meses. Mostrou as fotos das vacas tão exóticas para os europeus, elas não comem silagem nem nada fermentado e a fazenda preza pela preservação ambiental.

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"Saber tudo de leite e queijo"

Os candidatos passaram por todas essas provas:

  • um teste de múltipla escolha de 20 questões (30?),
  • degustação às cegas (10? para provar e identificar 4 queijos de denominação de origem,
  • teste de corte (5? para cortar 4 pedaços de 250 g de queijos diferentes dados pela organização),
  • prova oral (5? para apresentar seu queijo preferido),
  • tábua de queijos,
  • combinação de sabores (com o queijo suíço DOP tête-de-moine),
  • uma preparação fria de camembert com outros alimentos,
  • uma grande obra final, com o tema "queijo nas estrelas".
  • Por fim, escultura artística de queijo.
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Tábua de queijos para serviço em restaurante Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Resultado bem masculino

Após dois dias de competição, foi o francês Vincent Philippe (Fromagerie Maison Bordier (Ille-et-Vilaine, França) quem conquistou o troféu. A medalha de prata foi para o americano Sam Rollins (Fromagerie Cow Bell Fine Cheese, Portland, EUA), seguido do inglês Nick Bayne (Fromagerie The Fine Cheese Co., Bath, Reino Unido), que ganhou bronze.

No podium: Sam Rollins (2°), Vincent Philippe (1°) e Nick Baynes (3°)  


Os bravos queijistas

Concorreram ao título:

  • Austrália: Stéphanie Stevenson
  • Bélgica: David Marrant
  • Brasil: Marina Cavechia
  • Espanha Mauro -Garcia
  • França: Vincent Philippe, Dorian Prat
  • Israel: Yedidya Stein
  • Itália: Roberto Guermandi
  • Japão: Sachiko Chikuma, Miyabi Kobayashi
  • Peru: Lee Salas Rosell
  • Rússia: Olga Shevchuk
  • Ucrânia: Oksana Chernova
  • Reino Unido: Nick Bayne
  • EUA: Sam Rollins, Courtney Johnson

“Foram os momentos mais difíceis da minha vida,” disse Marina, logo depois que gravou o video abaixo, quando terminou o concurso de Melhor Queijista do Mundo. Queijista é a palavra inventada no Brasil para a profissão de quem tem loja especializada em queijos. Ele não só vende, mas sabe explicar, contas historia e aconselhar o consumidor final sobre o maravilhoso mundo queijeiro.

Depois do anúncio dos vencedores, Marina desabou a chorar, sentadinha ao lado do palco. Foi consolada pelo inglês Nick Baynes, que ganhou medalha de bronze e pelas duas candidatas japonesas, que também se embalaram na choradeira. Todos os candidatos se abraçaram muito, com exceção da russa e da ucraniana, claro.

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

"O mais legal para mim foi ver a interação entre nós, rolou muita amizade e solidariedade. Foi pura emoção tudo que vivemos. Vi que preciso me preparar mais e vou tentar de novo em 2025. Fiquei um mês na França sendo orientada por Laurent Mons, da escola Mons Formation, e por Laurent Dubois, MOF e queijeiro em Paris, foi muito aprendizado, mas é normal ser tão difícil, afinal é o titulo de melhor queijista do mundo."

Conheço Marina desde 2017, quando ela fez um primeiro curso de cura e analise sensorial de queijos comigo em Belo Horizonte. Ela deixou uma carreira de jornalista de tv e sommelier de cerveja para entrar de cabeça no queijo e abrir o Teta Cheese Bar de Brasília em 2018. Ganhou o direito de concorrer na França por ter ganhado o título de melhor queijista brasileira em 2022, no Mundial do Queijo do Brasil.

Comecei a ser jurada desse concurso em 2019 e também acho super emocionante ver o empenho e garra dos candidatos, a torcida eufórica e os jurados super concentrados. A regra mais severa do presidente do concurso nesta edição, o MOF Rodolphe Le Meunier, foi que nós jurados não podíamos dar nem um pio, para nenhum influenciar o outro. Para julgar as provas de tábuas e preparações queijeiras, recebemos tudo de forma anônima em uma sala fechada, no maior calor, para não saber quem fez o quê.

Os jurados do concurso, vindos do Canadá, EUA, Japão, Itália, Holanda, Dinamarca, França e Brasil Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

A prova que mais gosto é a apresentação oral do queijo preferido, quando o candidato tem 5 minutos para seduzir o júri. A russa, que não teve a bandeira do seu país representada na dolma, por conta da guerra, começou cantando uma canção que me arrepiou dos pés à cabeça. Ela serviu um queijo duro bem curado com notas de caramelo e chá preto, uma maravilha. Uma oportunidade única para nós jurados é poder comer queijos de todos os países representados.

Juízes reunidos na sala confidencial Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Na vez de Marina, ela apresentou em inglês e francês o queijo mandala da fazenda Pardinho Artesanal, de leite cru de vacas Girsey (mistura da zebuína Gir e da europeia Jersey), curado 12 meses. Mostrou as fotos das vacas tão exóticas para os europeus, elas não comem silagem nem nada fermentado e a fazenda preza pela preservação ambiental.

"Saber tudo de leite e queijo"

Os candidatos passaram por todas essas provas:

  • um teste de múltipla escolha de 20 questões (30?),
  • degustação às cegas (10? para provar e identificar 4 queijos de denominação de origem,
  • teste de corte (5? para cortar 4 pedaços de 250 g de queijos diferentes dados pela organização),
  • prova oral (5? para apresentar seu queijo preferido),
  • tábua de queijos,
  • combinação de sabores (com o queijo suíço DOP tête-de-moine),
  • uma preparação fria de camembert com outros alimentos,
  • uma grande obra final, com o tema "queijo nas estrelas".
  • Por fim, escultura artística de queijo.
Tábua de queijos para serviço em restaurante Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Resultado bem masculino

Após dois dias de competição, foi o francês Vincent Philippe (Fromagerie Maison Bordier (Ille-et-Vilaine, França) quem conquistou o troféu. A medalha de prata foi para o americano Sam Rollins (Fromagerie Cow Bell Fine Cheese, Portland, EUA), seguido do inglês Nick Bayne (Fromagerie The Fine Cheese Co., Bath, Reino Unido), que ganhou bronze.

No podium: Sam Rollins (2°), Vincent Philippe (1°) e Nick Baynes (3°)  


Os bravos queijistas

Concorreram ao título:

  • Austrália: Stéphanie Stevenson
  • Bélgica: David Marrant
  • Brasil: Marina Cavechia
  • Espanha Mauro -Garcia
  • França: Vincent Philippe, Dorian Prat
  • Israel: Yedidya Stein
  • Itália: Roberto Guermandi
  • Japão: Sachiko Chikuma, Miyabi Kobayashi
  • Peru: Lee Salas Rosell
  • Rússia: Olga Shevchuk
  • Ucrânia: Oksana Chernova
  • Reino Unido: Nick Bayne
  • EUA: Sam Rollins, Courtney Johnson

“Foram os momentos mais difíceis da minha vida,” disse Marina, logo depois que gravou o video abaixo, quando terminou o concurso de Melhor Queijista do Mundo. Queijista é a palavra inventada no Brasil para a profissão de quem tem loja especializada em queijos. Ele não só vende, mas sabe explicar, contas historia e aconselhar o consumidor final sobre o maravilhoso mundo queijeiro.

Depois do anúncio dos vencedores, Marina desabou a chorar, sentadinha ao lado do palco. Foi consolada pelo inglês Nick Baynes, que ganhou medalha de bronze e pelas duas candidatas japonesas, que também se embalaram na choradeira. Todos os candidatos se abraçaram muito, com exceção da russa e da ucraniana, claro.

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

"O mais legal para mim foi ver a interação entre nós, rolou muita amizade e solidariedade. Foi pura emoção tudo que vivemos. Vi que preciso me preparar mais e vou tentar de novo em 2025. Fiquei um mês na França sendo orientada por Laurent Mons, da escola Mons Formation, e por Laurent Dubois, MOF e queijeiro em Paris, foi muito aprendizado, mas é normal ser tão difícil, afinal é o titulo de melhor queijista do mundo."

Conheço Marina desde 2017, quando ela fez um primeiro curso de cura e analise sensorial de queijos comigo em Belo Horizonte. Ela deixou uma carreira de jornalista de tv e sommelier de cerveja para entrar de cabeça no queijo e abrir o Teta Cheese Bar de Brasília em 2018. Ganhou o direito de concorrer na França por ter ganhado o título de melhor queijista brasileira em 2022, no Mundial do Queijo do Brasil.

Comecei a ser jurada desse concurso em 2019 e também acho super emocionante ver o empenho e garra dos candidatos, a torcida eufórica e os jurados super concentrados. A regra mais severa do presidente do concurso nesta edição, o MOF Rodolphe Le Meunier, foi que nós jurados não podíamos dar nem um pio, para nenhum influenciar o outro. Para julgar as provas de tábuas e preparações queijeiras, recebemos tudo de forma anônima em uma sala fechada, no maior calor, para não saber quem fez o quê.

Os jurados do concurso, vindos do Canadá, EUA, Japão, Itália, Holanda, Dinamarca, França e Brasil Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

A prova que mais gosto é a apresentação oral do queijo preferido, quando o candidato tem 5 minutos para seduzir o júri. A russa, que não teve a bandeira do seu país representada na dolma, por conta da guerra, começou cantando uma canção que me arrepiou dos pés à cabeça. Ela serviu um queijo duro bem curado com notas de caramelo e chá preto, uma maravilha. Uma oportunidade única para nós jurados é poder comer queijos de todos os países representados.

Juízes reunidos na sala confidencial Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Na vez de Marina, ela apresentou em inglês e francês o queijo mandala da fazenda Pardinho Artesanal, de leite cru de vacas Girsey (mistura da zebuína Gir e da europeia Jersey), curado 12 meses. Mostrou as fotos das vacas tão exóticas para os europeus, elas não comem silagem nem nada fermentado e a fazenda preza pela preservação ambiental.

"Saber tudo de leite e queijo"

Os candidatos passaram por todas essas provas:

  • um teste de múltipla escolha de 20 questões (30?),
  • degustação às cegas (10? para provar e identificar 4 queijos de denominação de origem,
  • teste de corte (5? para cortar 4 pedaços de 250 g de queijos diferentes dados pela organização),
  • prova oral (5? para apresentar seu queijo preferido),
  • tábua de queijos,
  • combinação de sabores (com o queijo suíço DOP tête-de-moine),
  • uma preparação fria de camembert com outros alimentos,
  • uma grande obra final, com o tema "queijo nas estrelas".
  • Por fim, escultura artística de queijo.
Tábua de queijos para serviço em restaurante Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Resultado bem masculino

Após dois dias de competição, foi o francês Vincent Philippe (Fromagerie Maison Bordier (Ille-et-Vilaine, França) quem conquistou o troféu. A medalha de prata foi para o americano Sam Rollins (Fromagerie Cow Bell Fine Cheese, Portland, EUA), seguido do inglês Nick Bayne (Fromagerie The Fine Cheese Co., Bath, Reino Unido), que ganhou bronze.

No podium: Sam Rollins (2°), Vincent Philippe (1°) e Nick Baynes (3°)  


Os bravos queijistas

Concorreram ao título:

  • Austrália: Stéphanie Stevenson
  • Bélgica: David Marrant
  • Brasil: Marina Cavechia
  • Espanha Mauro -Garcia
  • França: Vincent Philippe, Dorian Prat
  • Israel: Yedidya Stein
  • Itália: Roberto Guermandi
  • Japão: Sachiko Chikuma, Miyabi Kobayashi
  • Peru: Lee Salas Rosell
  • Rússia: Olga Shevchuk
  • Ucrânia: Oksana Chernova
  • Reino Unido: Nick Bayne
  • EUA: Sam Rollins, Courtney Johnson

“Foram os momentos mais difíceis da minha vida,” disse Marina, logo depois que gravou o video abaixo, quando terminou o concurso de Melhor Queijista do Mundo. Queijista é a palavra inventada no Brasil para a profissão de quem tem loja especializada em queijos. Ele não só vende, mas sabe explicar, contas historia e aconselhar o consumidor final sobre o maravilhoso mundo queijeiro.

Depois do anúncio dos vencedores, Marina desabou a chorar, sentadinha ao lado do palco. Foi consolada pelo inglês Nick Baynes, que ganhou medalha de bronze e pelas duas candidatas japonesas, que também se embalaram na choradeira. Todos os candidatos se abraçaram muito, com exceção da russa e da ucraniana, claro.

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

"O mais legal para mim foi ver a interação entre nós, rolou muita amizade e solidariedade. Foi pura emoção tudo que vivemos. Vi que preciso me preparar mais e vou tentar de novo em 2025. Fiquei um mês na França sendo orientada por Laurent Mons, da escola Mons Formation, e por Laurent Dubois, MOF e queijeiro em Paris, foi muito aprendizado, mas é normal ser tão difícil, afinal é o titulo de melhor queijista do mundo."

Conheço Marina desde 2017, quando ela fez um primeiro curso de cura e analise sensorial de queijos comigo em Belo Horizonte. Ela deixou uma carreira de jornalista de tv e sommelier de cerveja para entrar de cabeça no queijo e abrir o Teta Cheese Bar de Brasília em 2018. Ganhou o direito de concorrer na França por ter ganhado o título de melhor queijista brasileira em 2022, no Mundial do Queijo do Brasil.

Comecei a ser jurada desse concurso em 2019 e também acho super emocionante ver o empenho e garra dos candidatos, a torcida eufórica e os jurados super concentrados. A regra mais severa do presidente do concurso nesta edição, o MOF Rodolphe Le Meunier, foi que nós jurados não podíamos dar nem um pio, para nenhum influenciar o outro. Para julgar as provas de tábuas e preparações queijeiras, recebemos tudo de forma anônima em uma sala fechada, no maior calor, para não saber quem fez o quê.

Os jurados do concurso, vindos do Canadá, EUA, Japão, Itália, Holanda, Dinamarca, França e Brasil Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

A prova que mais gosto é a apresentação oral do queijo preferido, quando o candidato tem 5 minutos para seduzir o júri. A russa, que não teve a bandeira do seu país representada na dolma, por conta da guerra, começou cantando uma canção que me arrepiou dos pés à cabeça. Ela serviu um queijo duro bem curado com notas de caramelo e chá preto, uma maravilha. Uma oportunidade única para nós jurados é poder comer queijos de todos os países representados.

Juízes reunidos na sala confidencial Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Na vez de Marina, ela apresentou em inglês e francês o queijo mandala da fazenda Pardinho Artesanal, de leite cru de vacas Girsey (mistura da zebuína Gir e da europeia Jersey), curado 12 meses. Mostrou as fotos das vacas tão exóticas para os europeus, elas não comem silagem nem nada fermentado e a fazenda preza pela preservação ambiental.

"Saber tudo de leite e queijo"

Os candidatos passaram por todas essas provas:

  • um teste de múltipla escolha de 20 questões (30?),
  • degustação às cegas (10? para provar e identificar 4 queijos de denominação de origem,
  • teste de corte (5? para cortar 4 pedaços de 250 g de queijos diferentes dados pela organização),
  • prova oral (5? para apresentar seu queijo preferido),
  • tábua de queijos,
  • combinação de sabores (com o queijo suíço DOP tête-de-moine),
  • uma preparação fria de camembert com outros alimentos,
  • uma grande obra final, com o tema "queijo nas estrelas".
  • Por fim, escultura artística de queijo.
Tábua de queijos para serviço em restaurante Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Resultado bem masculino

Após dois dias de competição, foi o francês Vincent Philippe (Fromagerie Maison Bordier (Ille-et-Vilaine, França) quem conquistou o troféu. A medalha de prata foi para o americano Sam Rollins (Fromagerie Cow Bell Fine Cheese, Portland, EUA), seguido do inglês Nick Bayne (Fromagerie The Fine Cheese Co., Bath, Reino Unido), que ganhou bronze.

No podium: Sam Rollins (2°), Vincent Philippe (1°) e Nick Baynes (3°)  


Os bravos queijistas

Concorreram ao título:

  • Austrália: Stéphanie Stevenson
  • Bélgica: David Marrant
  • Brasil: Marina Cavechia
  • Espanha Mauro -Garcia
  • França: Vincent Philippe, Dorian Prat
  • Israel: Yedidya Stein
  • Itália: Roberto Guermandi
  • Japão: Sachiko Chikuma, Miyabi Kobayashi
  • Peru: Lee Salas Rosell
  • Rússia: Olga Shevchuk
  • Ucrânia: Oksana Chernova
  • Reino Unido: Nick Bayne
  • EUA: Sam Rollins, Courtney Johnson
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