Aventuras lácteas entre o Brasil e a França

Opinião|Morro azul ganha o título de melhor queijo brasileiro no World Cheese Awards


Um queijinho de leite de vaca de 125 g de massa mole e casca mofada, enrolado em uma casca de árvore, virou o novo queridinho do mundo do queijo gourmet brasileiro

Por Débora Pereira

Ele foi eleito o melhor queijo do Brasil no World Cheese Awards, ganhando medalha super ouro, à frente de dez produtores brasileiros premiados. Envolvido em uma tira de casca de carvalho, o que ajuda a reter a umidade e dá sutis sabores amadeirados, sua casca tem mofo branco. Ao longo da cura, os fungos  transformam a textura em algo ultra super cremoso e amanteigado. Os sabores primários do leite vão se sublimando em notas umami, alho, cebola, caldo de carne. Não chega a ser super fedido como as cascas lavadas francesas, o que o brasileiro teria talvez mais dificuldade. É um fedido bem elegante e gentil.

Queijo morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

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O morro azul é feito pelos irmãos Juliano e Bruno Mendes, da queijaria Vermont, na cidade de Pomerode, em Santa Catarina.  Sempre produzindo queijos tradicionais franceses e suíços, resolveram ousar e criar uma receita autoral. "A gente fica feliz com o prêmio. Porque é um produto muito diferente do comum, tem cheiro forte, isso ajuda a abrir a cabeça," disse Juliano. O concurso vai aumentar as vendas. "Deu um salto no interesse. É incrível. Os próprios consumidores finais enchem nossas caixas de entrada querendo saber aonde encontrar. Tem pra todo mundo. É um queijo de maturação relativamente curta, é fácil aumentar a produção e em 20 dias somente já temos produtos à disposição." Eles lançaram o queijo em 2019 e a produção nunca parou de aumentar, no último ano foi de 12 toneladas, virou o carro chefe da leiteria.

Para espalhar no pão Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

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Ele começa a ser vendido com 20 dias de cura, mas vai ganhando complexidade rapidamente e aos 50 dias, quando chega a data de validade, fica bem mais intenso. Na verdade para queijo data de validade não deveria existir, como acontece na França, onde eles aconselham uma melhor data de consumo dos queijos, mas não é proibido de vender se o queijo passa dessa data. É só avisar ao cliente que ele vai estar bem mais forte. E tem quem adore!

O que eu mais gosto no morro azul, depois do prazer no paladar, é que é um queijo especial mais barato em relação a outros queijos gourmets. É vendido por queijistas e em supermercados. "A gente tem trabalhado pra ele não passar de R$ 29 para o consumidor final," disse Juliano.

 

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Gráfico sensorial do morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

O queijo recebeu o nome do Morro Azul, um dos pontos de maior altitude da cidade. "Para nós é muito importante ter um queijo autoral, criado em Pomerode, no Brasil, com receita própria e nome local, vendendo mais que queijos já tão renomados como o brie e camembert," disse Juliano.

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Ele foi eleito o melhor queijo do Brasil no World Cheese Awards, ganhando medalha super ouro, à frente de dez produtores brasileiros premiados. Envolvido em uma tira de casca de carvalho, o que ajuda a reter a umidade e dá sutis sabores amadeirados, sua casca tem mofo branco. Ao longo da cura, os fungos  transformam a textura em algo ultra super cremoso e amanteigado. Os sabores primários do leite vão se sublimando em notas umami, alho, cebola, caldo de carne. Não chega a ser super fedido como as cascas lavadas francesas, o que o brasileiro teria talvez mais dificuldade. É um fedido bem elegante e gentil.

Queijo morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

O morro azul é feito pelos irmãos Juliano e Bruno Mendes, da queijaria Vermont, na cidade de Pomerode, em Santa Catarina.  Sempre produzindo queijos tradicionais franceses e suíços, resolveram ousar e criar uma receita autoral. "A gente fica feliz com o prêmio. Porque é um produto muito diferente do comum, tem cheiro forte, isso ajuda a abrir a cabeça," disse Juliano. O concurso vai aumentar as vendas. "Deu um salto no interesse. É incrível. Os próprios consumidores finais enchem nossas caixas de entrada querendo saber aonde encontrar. Tem pra todo mundo. É um queijo de maturação relativamente curta, é fácil aumentar a produção e em 20 dias somente já temos produtos à disposição." Eles lançaram o queijo em 2019 e a produção nunca parou de aumentar, no último ano foi de 12 toneladas, virou o carro chefe da leiteria.

Para espalhar no pão Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

Ele começa a ser vendido com 20 dias de cura, mas vai ganhando complexidade rapidamente e aos 50 dias, quando chega a data de validade, fica bem mais intenso. Na verdade para queijo data de validade não deveria existir, como acontece na França, onde eles aconselham uma melhor data de consumo dos queijos, mas não é proibido de vender se o queijo passa dessa data. É só avisar ao cliente que ele vai estar bem mais forte. E tem quem adore!

O que eu mais gosto no morro azul, depois do prazer no paladar, é que é um queijo especial mais barato em relação a outros queijos gourmets. É vendido por queijistas e em supermercados. "A gente tem trabalhado pra ele não passar de R$ 29 para o consumidor final," disse Juliano.

 

Gráfico sensorial do morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

O queijo recebeu o nome do Morro Azul, um dos pontos de maior altitude da cidade. "Para nós é muito importante ter um queijo autoral, criado em Pomerode, no Brasil, com receita própria e nome local, vendendo mais que queijos já tão renomados como o brie e camembert," disse Juliano.

 

Ele foi eleito o melhor queijo do Brasil no World Cheese Awards, ganhando medalha super ouro, à frente de dez produtores brasileiros premiados. Envolvido em uma tira de casca de carvalho, o que ajuda a reter a umidade e dá sutis sabores amadeirados, sua casca tem mofo branco. Ao longo da cura, os fungos  transformam a textura em algo ultra super cremoso e amanteigado. Os sabores primários do leite vão se sublimando em notas umami, alho, cebola, caldo de carne. Não chega a ser super fedido como as cascas lavadas francesas, o que o brasileiro teria talvez mais dificuldade. É um fedido bem elegante e gentil.

Queijo morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

O morro azul é feito pelos irmãos Juliano e Bruno Mendes, da queijaria Vermont, na cidade de Pomerode, em Santa Catarina.  Sempre produzindo queijos tradicionais franceses e suíços, resolveram ousar e criar uma receita autoral. "A gente fica feliz com o prêmio. Porque é um produto muito diferente do comum, tem cheiro forte, isso ajuda a abrir a cabeça," disse Juliano. O concurso vai aumentar as vendas. "Deu um salto no interesse. É incrível. Os próprios consumidores finais enchem nossas caixas de entrada querendo saber aonde encontrar. Tem pra todo mundo. É um queijo de maturação relativamente curta, é fácil aumentar a produção e em 20 dias somente já temos produtos à disposição." Eles lançaram o queijo em 2019 e a produção nunca parou de aumentar, no último ano foi de 12 toneladas, virou o carro chefe da leiteria.

Para espalhar no pão Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

Ele começa a ser vendido com 20 dias de cura, mas vai ganhando complexidade rapidamente e aos 50 dias, quando chega a data de validade, fica bem mais intenso. Na verdade para queijo data de validade não deveria existir, como acontece na França, onde eles aconselham uma melhor data de consumo dos queijos, mas não é proibido de vender se o queijo passa dessa data. É só avisar ao cliente que ele vai estar bem mais forte. E tem quem adore!

O que eu mais gosto no morro azul, depois do prazer no paladar, é que é um queijo especial mais barato em relação a outros queijos gourmets. É vendido por queijistas e em supermercados. "A gente tem trabalhado pra ele não passar de R$ 29 para o consumidor final," disse Juliano.

 

Gráfico sensorial do morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

 

O queijo recebeu o nome do Morro Azul, um dos pontos de maior altitude da cidade. "Para nós é muito importante ter um queijo autoral, criado em Pomerode, no Brasil, com receita própria e nome local, vendendo mais que queijos já tão renomados como o brie e camembert," disse Juliano.

 

Opinião por Débora Pereira

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