Aventuras lácteas entre o Brasil e a França

Opinião|Noivinho dos Pirineus, um queijo francês que atravessou décadas


Le petit fiancé des Pyrénées é fruto de uma história de amor intensa e apaixonante como seus sabores e aromas...

Por Débora Pereira

Um queijinho de 400 gramas de leite de cabra cru, alaranjado, de casca pegajosa e sabores marcantes. "Finesse, finesse, finesse... é o que procuro " dizia seu autor, Philippe Garros, um criador de cabras que o inventou para marcar o evento mais importante da sua vida pessoal: o encontro com sua esposa Marie-Suzanne.

O casal Garros antes da aposentadoria Foto: Arnaud Sperat Czar/SerTãoBras

 

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A história virou uma lenda na França. Ela cantora e dançarina de Opéra canadense na década de 1990,  uma noite no seu quarto no Québec acordou sobressaltada porque teve um sonho, onde encontrava um produtor de queijo e se casava com ele.

O petit fiancé é um dos queijos da gama da queijaria Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

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Anos depois, rodando o mundo para fazer apresentações, um dia estava em Toulouse, no sul da França, nos Pirineus. Ele, na plateia, se apaixonou imediatamente mas não teve coragem de chegar perto. Nunca mais esqueceu.

A casca é lavada para eliminar o mofo mucor e dar novos sabores Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

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Um ano depois, ele soube que o espetáculo voltaria para a cidade e deu um jeito de encontra-la e declarar seu amor. Ela se lembrou do sonho, abandonou a trupe e se mudou para uma fazenda nos Pirineus, bem isolada. A primeira vez que ouvi falar deles foi lendo o livro "Os queijos de leite cru" publicado no Brasil pela SerTãoBras em 2012.

A cor alaranjada vai se intensificando com as lavagens Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

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Os queijos de casca lavada

Os dois ficaram conhecidos por fazer somente queijos de casca lavada com urucum e Brevibacterium linens natural, um microrganismo que muda a textura para bem mais macia, a cor para laranja avermelhado e o cheiro para algo absolutamente fedido e pornô!

No Brasil, esse tipo de queijo encontra bastante resistência, mas temos bons exemplos como o queijo bello e o queijo reverendo, em Minas Gerais, e os queijos da Martina, em São Paulo. Vão super bem com cerveja, derretidos emcima da carne ou simplesmente puro.

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Noivinho dos Pirineus, segunda temporada

Em 2018, ja idosos e sem filhos para seguir a carreira do queijo, o casal Garros vendeu a fazenda e os clientes ficaram um pouco apreensivos. Foi Christophe Godel, engenheiro aposentado, que comprou a queijaria e prometeu manter tudo igual, aliviando os queijistas franceses.

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Christophe Godel na frente das cabras da fazenda com todos seus queijos autorais Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Ele manteve tudo do mesmo jeito, mas mais organizado. "O casal anotava as vendas e o estoque em cadernos, eu automatizei tudo. Também aumentei em 30 % a produção, mantendo todos os quatro empregados e contratando mais dois." Dessa forma, os odores intensos vão continuar, "sempre tudo de leite cru", promete o novo dono.

Um queijinho de 400 gramas de leite de cabra cru, alaranjado, de casca pegajosa e sabores marcantes. "Finesse, finesse, finesse... é o que procuro " dizia seu autor, Philippe Garros, um criador de cabras que o inventou para marcar o evento mais importante da sua vida pessoal: o encontro com sua esposa Marie-Suzanne.

O casal Garros antes da aposentadoria Foto: Arnaud Sperat Czar/SerTãoBras

 

A história virou uma lenda na França. Ela cantora e dançarina de Opéra canadense na década de 1990,  uma noite no seu quarto no Québec acordou sobressaltada porque teve um sonho, onde encontrava um produtor de queijo e se casava com ele.

O petit fiancé é um dos queijos da gama da queijaria Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Anos depois, rodando o mundo para fazer apresentações, um dia estava em Toulouse, no sul da França, nos Pirineus. Ele, na plateia, se apaixonou imediatamente mas não teve coragem de chegar perto. Nunca mais esqueceu.

A casca é lavada para eliminar o mofo mucor e dar novos sabores Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Um ano depois, ele soube que o espetáculo voltaria para a cidade e deu um jeito de encontra-la e declarar seu amor. Ela se lembrou do sonho, abandonou a trupe e se mudou para uma fazenda nos Pirineus, bem isolada. A primeira vez que ouvi falar deles foi lendo o livro "Os queijos de leite cru" publicado no Brasil pela SerTãoBras em 2012.

A cor alaranjada vai se intensificando com as lavagens Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Os queijos de casca lavada

Os dois ficaram conhecidos por fazer somente queijos de casca lavada com urucum e Brevibacterium linens natural, um microrganismo que muda a textura para bem mais macia, a cor para laranja avermelhado e o cheiro para algo absolutamente fedido e pornô!

No Brasil, esse tipo de queijo encontra bastante resistência, mas temos bons exemplos como o queijo bello e o queijo reverendo, em Minas Gerais, e os queijos da Martina, em São Paulo. Vão super bem com cerveja, derretidos emcima da carne ou simplesmente puro.

 

Noivinho dos Pirineus, segunda temporada

Em 2018, ja idosos e sem filhos para seguir a carreira do queijo, o casal Garros vendeu a fazenda e os clientes ficaram um pouco apreensivos. Foi Christophe Godel, engenheiro aposentado, que comprou a queijaria e prometeu manter tudo igual, aliviando os queijistas franceses.

Christophe Godel na frente das cabras da fazenda com todos seus queijos autorais Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Ele manteve tudo do mesmo jeito, mas mais organizado. "O casal anotava as vendas e o estoque em cadernos, eu automatizei tudo. Também aumentei em 30 % a produção, mantendo todos os quatro empregados e contratando mais dois." Dessa forma, os odores intensos vão continuar, "sempre tudo de leite cru", promete o novo dono.

Um queijinho de 400 gramas de leite de cabra cru, alaranjado, de casca pegajosa e sabores marcantes. "Finesse, finesse, finesse... é o que procuro " dizia seu autor, Philippe Garros, um criador de cabras que o inventou para marcar o evento mais importante da sua vida pessoal: o encontro com sua esposa Marie-Suzanne.

O casal Garros antes da aposentadoria Foto: Arnaud Sperat Czar/SerTãoBras

 

A história virou uma lenda na França. Ela cantora e dançarina de Opéra canadense na década de 1990,  uma noite no seu quarto no Québec acordou sobressaltada porque teve um sonho, onde encontrava um produtor de queijo e se casava com ele.

O petit fiancé é um dos queijos da gama da queijaria Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Anos depois, rodando o mundo para fazer apresentações, um dia estava em Toulouse, no sul da França, nos Pirineus. Ele, na plateia, se apaixonou imediatamente mas não teve coragem de chegar perto. Nunca mais esqueceu.

A casca é lavada para eliminar o mofo mucor e dar novos sabores Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Um ano depois, ele soube que o espetáculo voltaria para a cidade e deu um jeito de encontra-la e declarar seu amor. Ela se lembrou do sonho, abandonou a trupe e se mudou para uma fazenda nos Pirineus, bem isolada. A primeira vez que ouvi falar deles foi lendo o livro "Os queijos de leite cru" publicado no Brasil pela SerTãoBras em 2012.

A cor alaranjada vai se intensificando com as lavagens Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Os queijos de casca lavada

Os dois ficaram conhecidos por fazer somente queijos de casca lavada com urucum e Brevibacterium linens natural, um microrganismo que muda a textura para bem mais macia, a cor para laranja avermelhado e o cheiro para algo absolutamente fedido e pornô!

No Brasil, esse tipo de queijo encontra bastante resistência, mas temos bons exemplos como o queijo bello e o queijo reverendo, em Minas Gerais, e os queijos da Martina, em São Paulo. Vão super bem com cerveja, derretidos emcima da carne ou simplesmente puro.

 

Noivinho dos Pirineus, segunda temporada

Em 2018, ja idosos e sem filhos para seguir a carreira do queijo, o casal Garros vendeu a fazenda e os clientes ficaram um pouco apreensivos. Foi Christophe Godel, engenheiro aposentado, que comprou a queijaria e prometeu manter tudo igual, aliviando os queijistas franceses.

Christophe Godel na frente das cabras da fazenda com todos seus queijos autorais Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Ele manteve tudo do mesmo jeito, mas mais organizado. "O casal anotava as vendas e o estoque em cadernos, eu automatizei tudo. Também aumentei em 30 % a produção, mantendo todos os quatro empregados e contratando mais dois." Dessa forma, os odores intensos vão continuar, "sempre tudo de leite cru", promete o novo dono.

Um queijinho de 400 gramas de leite de cabra cru, alaranjado, de casca pegajosa e sabores marcantes. "Finesse, finesse, finesse... é o que procuro " dizia seu autor, Philippe Garros, um criador de cabras que o inventou para marcar o evento mais importante da sua vida pessoal: o encontro com sua esposa Marie-Suzanne.

O casal Garros antes da aposentadoria Foto: Arnaud Sperat Czar/SerTãoBras

 

A história virou uma lenda na França. Ela cantora e dançarina de Opéra canadense na década de 1990,  uma noite no seu quarto no Québec acordou sobressaltada porque teve um sonho, onde encontrava um produtor de queijo e se casava com ele.

O petit fiancé é um dos queijos da gama da queijaria Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Anos depois, rodando o mundo para fazer apresentações, um dia estava em Toulouse, no sul da França, nos Pirineus. Ele, na plateia, se apaixonou imediatamente mas não teve coragem de chegar perto. Nunca mais esqueceu.

A casca é lavada para eliminar o mofo mucor e dar novos sabores Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Um ano depois, ele soube que o espetáculo voltaria para a cidade e deu um jeito de encontra-la e declarar seu amor. Ela se lembrou do sonho, abandonou a trupe e se mudou para uma fazenda nos Pirineus, bem isolada. A primeira vez que ouvi falar deles foi lendo o livro "Os queijos de leite cru" publicado no Brasil pela SerTãoBras em 2012.

A cor alaranjada vai se intensificando com as lavagens Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

 

Os queijos de casca lavada

Os dois ficaram conhecidos por fazer somente queijos de casca lavada com urucum e Brevibacterium linens natural, um microrganismo que muda a textura para bem mais macia, a cor para laranja avermelhado e o cheiro para algo absolutamente fedido e pornô!

No Brasil, esse tipo de queijo encontra bastante resistência, mas temos bons exemplos como o queijo bello e o queijo reverendo, em Minas Gerais, e os queijos da Martina, em São Paulo. Vão super bem com cerveja, derretidos emcima da carne ou simplesmente puro.

 

Noivinho dos Pirineus, segunda temporada

Em 2018, ja idosos e sem filhos para seguir a carreira do queijo, o casal Garros vendeu a fazenda e os clientes ficaram um pouco apreensivos. Foi Christophe Godel, engenheiro aposentado, que comprou a queijaria e prometeu manter tudo igual, aliviando os queijistas franceses.

Christophe Godel na frente das cabras da fazenda com todos seus queijos autorais Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Ele manteve tudo do mesmo jeito, mas mais organizado. "O casal anotava as vendas e o estoque em cadernos, eu automatizei tudo. Também aumentei em 30 % a produção, mantendo todos os quatro empregados e contratando mais dois." Dessa forma, os odores intensos vão continuar, "sempre tudo de leite cru", promete o novo dono.

Opinião por Débora Pereira

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