Aventuras lácteas entre o Brasil e a França

Opinião|Quem será o melhor queijeiro do Brasil?


Seis equipes estão disputando o título do concurso que vai premiar os conhecimentos técnicos e capacidade de improvisação na arte queijeira

Por Débora Pereira
Atualização:

No mundo inteiro não faltam concurso de queijos, mas competição de melhor produtor de queijo só tem no Brasil! Em sua 2ª edição, o concurso teve sua primeira etapa na cidade de Nova Erechim-SC no sábado dia 20 de janeiro, com apoio da Global Food. A final será no 3° Mundial do Queijo do Brasil, que acontece no Teatro B32, na Faria Lima em São Paulo, de 11 a 14 de abril.

Grãos da massa da receita da equipe do Biopark, coloridas com urucum e aromatizada com especiarias Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Ajoelhou tem que rezar

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A primeira etapa é para ver quem cumpre sua promessa. Cada candidato ganhou 50 litros de leite cru para fazer o queijo que quiser. O desafio é que ele deve anunciar o queijo que vai fazer, descrevendo qual casca, textura e sabores a iguaria vai ter daqui a três meses, quando será apresentado aos jurados para degustação em São Paulo dia 13 de abril.

Da esquerda para direita: o presidente do concurso Antonio Fernandes (UFV e SertãoBras) e os jurados Patrícia Schons (IFSC), Andressa Bianchi (casa Bianchi), Elisandra Rigo (UDESC) e Juan Balestrino (Global Foods) Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras
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"Mesmo que o queijo fique maravilhoso em textura, sabores e aromas, para ganhar nota boa nesta prova ele deve corresponder ao que foi prometido," explica Antonio Fernandes, presidente do concurso junto com o francês Arnaud Sperat Czar.

Todos os queijos foram marcados com a etiqueta de caseína da SerTãoBras Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras
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A matéria prima de excelente qualidade foi o leite cru de vacas Jersey criadas a pasto da região de Nova Erechim, conhecida por ser um pólo queijeiro em Santa Catarina. Todos tiveram o mesmo tanque e mesa de apoio para trabalhar, feito especialmente pela Suck Milk para o concurso, com capacidade de esquentar e suporte para cortar e mexer a massa.

Os candidatos trabalharam na mesma sala Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras
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A arte de sublimar o queijo pela cura

A segunda prova, uma novidade em relação à primeira edição do concurso, é a arte de curar dois queijos frescos, de leite cru, feitos pela Pardinho Artesanal de São Paulo, agregando valor nos aromas, sabores e texturas, com foco na originalidade. Junto com os queijos, que são de leite de vaca e massa prensada crua, os candidatos receberam todas as informações, sua ficha de fabricação e qualidades físico-químicas e microbianas do leite.

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Equipe do sítio Esperança Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A terceira prova vai ser revelada em 1º de fevereiro. "Os candidatos vão receber as instruções sobre um queijo que devem apresentar, como um caderno de regras que define tamanho, espessura da casca e outros detalhes. Eles têm liberdade para fazer o queijo no conforto da sua queijaria", contou Arnaud.

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Depois da manhã suada em cima dos tanques, os candidatos e jurados se confraternizaram em um saboroso churrasco, acompanhado de tábuas feitos com os queijos de todas as queijarias concorrentes...

Tábua degustada no churrasco Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Por fim, todos os candidatos têm encontro marcado em São Paulo no dia 13 de abril para a grande final. Que vença o melhor!

Conheça os candidatos e suas promessas

Alan Irineu, Ultracheese

Alan, 30 anos, fez quatro pequenos queijos de massa semi cozida. "A massa vai ter pequenas olhadoras mecânicas, pouco ácida, com sabor marcante, mas sem ser picante. Queremos algo levemente adocicado e amanteigado, com textura fundente" prometeu o queijeiro, assessorado por Caio Oliveira e Welington da Silva.

Equipe da Ultra Chesse Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Cleiton Wantz, Latpassos

Vindo de Três Passos, no Rio Grande do Sul, Cleiton fez um queijo inspirado nas receitas suíças de olhaduras, uma única peça de 5 kg, em tecnologia de massa prensada cozida. "Ele vai ter olhaduras não muito grandes, entre 2 e 4 cm, regulares. Os aromas serão frutados, com sabor adocicado que lembra macadâmia. A textura vai ser fundente na boca, desmanchando. A casca vai ser de aparência lisa" prometeu o candidato, que foi ajudado por Janthan Eberhardt e Cleberton Wantz.

 Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Diego Perosa, Queijos Perosa

De Iraceminha, Santa Catarina, o engenheiro de alimentos Diego, 36 anos, prometeu um queijo de casca florida natural, rústica. "Queremos como resultado uma massa levemente ácida, lática no final, com notas e aromas terrosos, amanteigados e de cogumelos, uma textura cremosa e muito sabor".

Ele prometeu revisitar a receita do colonial, mas com uma textura mais macia. "Ele não será picante, mas sim mais suave." O resultados foram dois queijos de 2,5 kg. Ele fez dupla com Rodrigo Grosmam.

Equipe da Queijos Perosa Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Henrique Herbert, Flor da Terra - Biopark

De Toledo, no Paraná, Henrique, 27 anos, prometeu um queijo suave de sabor intenso que ele já batizou de "entardecer do Oeste".  "É uma massa prensada semi cozida, textura levemente elástica, mas com uma massa firme e fechada. Os sabores serão ácidos, frescos, láticos, de creme de leite, de carne maturada, complexos, com um visual diferenciado". Ele foi ajudado por Kennidy de Bortoli, também queijeiro do Biopark.

Equipe do Biopark Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Sandra Piovesan, Sítio Esperança

Da cidade de Barão de Cotegipe, Rio Grande do Sul, a veterinária e produtora rural Sandra, 34 anos, faz queijos autorais com leite do próprio rebanho. Com sua equipe Martina Sgarbi e Beth Tonel, a promessa feita foi de um queijo de casca lavada. Elas fizeram dois queijos do mesmo tamanho. "Vai ser um queijo macio,  com aromas de especiarias, adocicado, sem acidez e massa elástica, fundente na boca. A maturação vai ser feita com lavagens da casca em cachaça envelhecida em tonéis de amburana, com aromas de cravo e canela,  notas mais indianas. É um queijo autoral, inédito, criado por nós três", disse o trio.

Equipe do sítio Esperança Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Tayllanny Araújo, Cabana da Tatá

Equipe Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A única candidata de fora do eixo Sul-Sudeste, Tayllanny, conhecida como Tatá, 36 anos, veio de São Geraldo do Araguaia-Pará e atravessou o país para disputar o concurso. Ela prometeu um queijo de massa fechada, textura cremosa, casca lavada, aroma e sabor amendoado. "Ele vai ser macio ao partir, bem cremoso, do tipo que suja a faca," disse ela, que representa a Comunidade do Queijo, com a colaboração de Dinha Capanema e Valéria Ramos.

No mundo inteiro não faltam concurso de queijos, mas competição de melhor produtor de queijo só tem no Brasil! Em sua 2ª edição, o concurso teve sua primeira etapa na cidade de Nova Erechim-SC no sábado dia 20 de janeiro, com apoio da Global Food. A final será no 3° Mundial do Queijo do Brasil, que acontece no Teatro B32, na Faria Lima em São Paulo, de 11 a 14 de abril.

Grãos da massa da receita da equipe do Biopark, coloridas com urucum e aromatizada com especiarias Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Ajoelhou tem que rezar

A primeira etapa é para ver quem cumpre sua promessa. Cada candidato ganhou 50 litros de leite cru para fazer o queijo que quiser. O desafio é que ele deve anunciar o queijo que vai fazer, descrevendo qual casca, textura e sabores a iguaria vai ter daqui a três meses, quando será apresentado aos jurados para degustação em São Paulo dia 13 de abril.

Da esquerda para direita: o presidente do concurso Antonio Fernandes (UFV e SertãoBras) e os jurados Patrícia Schons (IFSC), Andressa Bianchi (casa Bianchi), Elisandra Rigo (UDESC) e Juan Balestrino (Global Foods) Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

"Mesmo que o queijo fique maravilhoso em textura, sabores e aromas, para ganhar nota boa nesta prova ele deve corresponder ao que foi prometido," explica Antonio Fernandes, presidente do concurso junto com o francês Arnaud Sperat Czar.

Todos os queijos foram marcados com a etiqueta de caseína da SerTãoBras Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A matéria prima de excelente qualidade foi o leite cru de vacas Jersey criadas a pasto da região de Nova Erechim, conhecida por ser um pólo queijeiro em Santa Catarina. Todos tiveram o mesmo tanque e mesa de apoio para trabalhar, feito especialmente pela Suck Milk para o concurso, com capacidade de esquentar e suporte para cortar e mexer a massa.

Os candidatos trabalharam na mesma sala Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras


A arte de sublimar o queijo pela cura

A segunda prova, uma novidade em relação à primeira edição do concurso, é a arte de curar dois queijos frescos, de leite cru, feitos pela Pardinho Artesanal de São Paulo, agregando valor nos aromas, sabores e texturas, com foco na originalidade. Junto com os queijos, que são de leite de vaca e massa prensada crua, os candidatos receberam todas as informações, sua ficha de fabricação e qualidades físico-químicas e microbianas do leite.

Equipe do sítio Esperança Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A terceira prova vai ser revelada em 1º de fevereiro. "Os candidatos vão receber as instruções sobre um queijo que devem apresentar, como um caderno de regras que define tamanho, espessura da casca e outros detalhes. Eles têm liberdade para fazer o queijo no conforto da sua queijaria", contou Arnaud.

Depois da manhã suada em cima dos tanques, os candidatos e jurados se confraternizaram em um saboroso churrasco, acompanhado de tábuas feitos com os queijos de todas as queijarias concorrentes...

Tábua degustada no churrasco Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Por fim, todos os candidatos têm encontro marcado em São Paulo no dia 13 de abril para a grande final. Que vença o melhor!

Conheça os candidatos e suas promessas

Alan Irineu, Ultracheese

Alan, 30 anos, fez quatro pequenos queijos de massa semi cozida. "A massa vai ter pequenas olhadoras mecânicas, pouco ácida, com sabor marcante, mas sem ser picante. Queremos algo levemente adocicado e amanteigado, com textura fundente" prometeu o queijeiro, assessorado por Caio Oliveira e Welington da Silva.

Equipe da Ultra Chesse Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Cleiton Wantz, Latpassos

Vindo de Três Passos, no Rio Grande do Sul, Cleiton fez um queijo inspirado nas receitas suíças de olhaduras, uma única peça de 5 kg, em tecnologia de massa prensada cozida. "Ele vai ter olhaduras não muito grandes, entre 2 e 4 cm, regulares. Os aromas serão frutados, com sabor adocicado que lembra macadâmia. A textura vai ser fundente na boca, desmanchando. A casca vai ser de aparência lisa" prometeu o candidato, que foi ajudado por Janthan Eberhardt e Cleberton Wantz.

 Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Diego Perosa, Queijos Perosa

De Iraceminha, Santa Catarina, o engenheiro de alimentos Diego, 36 anos, prometeu um queijo de casca florida natural, rústica. "Queremos como resultado uma massa levemente ácida, lática no final, com notas e aromas terrosos, amanteigados e de cogumelos, uma textura cremosa e muito sabor".

Ele prometeu revisitar a receita do colonial, mas com uma textura mais macia. "Ele não será picante, mas sim mais suave." O resultados foram dois queijos de 2,5 kg. Ele fez dupla com Rodrigo Grosmam.

Equipe da Queijos Perosa Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Henrique Herbert, Flor da Terra - Biopark

De Toledo, no Paraná, Henrique, 27 anos, prometeu um queijo suave de sabor intenso que ele já batizou de "entardecer do Oeste".  "É uma massa prensada semi cozida, textura levemente elástica, mas com uma massa firme e fechada. Os sabores serão ácidos, frescos, láticos, de creme de leite, de carne maturada, complexos, com um visual diferenciado". Ele foi ajudado por Kennidy de Bortoli, também queijeiro do Biopark.

Equipe do Biopark Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Sandra Piovesan, Sítio Esperança

Da cidade de Barão de Cotegipe, Rio Grande do Sul, a veterinária e produtora rural Sandra, 34 anos, faz queijos autorais com leite do próprio rebanho. Com sua equipe Martina Sgarbi e Beth Tonel, a promessa feita foi de um queijo de casca lavada. Elas fizeram dois queijos do mesmo tamanho. "Vai ser um queijo macio,  com aromas de especiarias, adocicado, sem acidez e massa elástica, fundente na boca. A maturação vai ser feita com lavagens da casca em cachaça envelhecida em tonéis de amburana, com aromas de cravo e canela,  notas mais indianas. É um queijo autoral, inédito, criado por nós três", disse o trio.

Equipe do sítio Esperança Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Tayllanny Araújo, Cabana da Tatá

Equipe Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A única candidata de fora do eixo Sul-Sudeste, Tayllanny, conhecida como Tatá, 36 anos, veio de São Geraldo do Araguaia-Pará e atravessou o país para disputar o concurso. Ela prometeu um queijo de massa fechada, textura cremosa, casca lavada, aroma e sabor amendoado. "Ele vai ser macio ao partir, bem cremoso, do tipo que suja a faca," disse ela, que representa a Comunidade do Queijo, com a colaboração de Dinha Capanema e Valéria Ramos.

No mundo inteiro não faltam concurso de queijos, mas competição de melhor produtor de queijo só tem no Brasil! Em sua 2ª edição, o concurso teve sua primeira etapa na cidade de Nova Erechim-SC no sábado dia 20 de janeiro, com apoio da Global Food. A final será no 3° Mundial do Queijo do Brasil, que acontece no Teatro B32, na Faria Lima em São Paulo, de 11 a 14 de abril.

Grãos da massa da receita da equipe do Biopark, coloridas com urucum e aromatizada com especiarias Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Ajoelhou tem que rezar

A primeira etapa é para ver quem cumpre sua promessa. Cada candidato ganhou 50 litros de leite cru para fazer o queijo que quiser. O desafio é que ele deve anunciar o queijo que vai fazer, descrevendo qual casca, textura e sabores a iguaria vai ter daqui a três meses, quando será apresentado aos jurados para degustação em São Paulo dia 13 de abril.

Da esquerda para direita: o presidente do concurso Antonio Fernandes (UFV e SertãoBras) e os jurados Patrícia Schons (IFSC), Andressa Bianchi (casa Bianchi), Elisandra Rigo (UDESC) e Juan Balestrino (Global Foods) Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

"Mesmo que o queijo fique maravilhoso em textura, sabores e aromas, para ganhar nota boa nesta prova ele deve corresponder ao que foi prometido," explica Antonio Fernandes, presidente do concurso junto com o francês Arnaud Sperat Czar.

Todos os queijos foram marcados com a etiqueta de caseína da SerTãoBras Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A matéria prima de excelente qualidade foi o leite cru de vacas Jersey criadas a pasto da região de Nova Erechim, conhecida por ser um pólo queijeiro em Santa Catarina. Todos tiveram o mesmo tanque e mesa de apoio para trabalhar, feito especialmente pela Suck Milk para o concurso, com capacidade de esquentar e suporte para cortar e mexer a massa.

Os candidatos trabalharam na mesma sala Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras


A arte de sublimar o queijo pela cura

A segunda prova, uma novidade em relação à primeira edição do concurso, é a arte de curar dois queijos frescos, de leite cru, feitos pela Pardinho Artesanal de São Paulo, agregando valor nos aromas, sabores e texturas, com foco na originalidade. Junto com os queijos, que são de leite de vaca e massa prensada crua, os candidatos receberam todas as informações, sua ficha de fabricação e qualidades físico-químicas e microbianas do leite.

Equipe do sítio Esperança Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A terceira prova vai ser revelada em 1º de fevereiro. "Os candidatos vão receber as instruções sobre um queijo que devem apresentar, como um caderno de regras que define tamanho, espessura da casca e outros detalhes. Eles têm liberdade para fazer o queijo no conforto da sua queijaria", contou Arnaud.

Depois da manhã suada em cima dos tanques, os candidatos e jurados se confraternizaram em um saboroso churrasco, acompanhado de tábuas feitos com os queijos de todas as queijarias concorrentes...

Tábua degustada no churrasco Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Por fim, todos os candidatos têm encontro marcado em São Paulo no dia 13 de abril para a grande final. Que vença o melhor!

Conheça os candidatos e suas promessas

Alan Irineu, Ultracheese

Alan, 30 anos, fez quatro pequenos queijos de massa semi cozida. "A massa vai ter pequenas olhadoras mecânicas, pouco ácida, com sabor marcante, mas sem ser picante. Queremos algo levemente adocicado e amanteigado, com textura fundente" prometeu o queijeiro, assessorado por Caio Oliveira e Welington da Silva.

Equipe da Ultra Chesse Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Cleiton Wantz, Latpassos

Vindo de Três Passos, no Rio Grande do Sul, Cleiton fez um queijo inspirado nas receitas suíças de olhaduras, uma única peça de 5 kg, em tecnologia de massa prensada cozida. "Ele vai ter olhaduras não muito grandes, entre 2 e 4 cm, regulares. Os aromas serão frutados, com sabor adocicado que lembra macadâmia. A textura vai ser fundente na boca, desmanchando. A casca vai ser de aparência lisa" prometeu o candidato, que foi ajudado por Janthan Eberhardt e Cleberton Wantz.

 Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Diego Perosa, Queijos Perosa

De Iraceminha, Santa Catarina, o engenheiro de alimentos Diego, 36 anos, prometeu um queijo de casca florida natural, rústica. "Queremos como resultado uma massa levemente ácida, lática no final, com notas e aromas terrosos, amanteigados e de cogumelos, uma textura cremosa e muito sabor".

Ele prometeu revisitar a receita do colonial, mas com uma textura mais macia. "Ele não será picante, mas sim mais suave." O resultados foram dois queijos de 2,5 kg. Ele fez dupla com Rodrigo Grosmam.

Equipe da Queijos Perosa Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Henrique Herbert, Flor da Terra - Biopark

De Toledo, no Paraná, Henrique, 27 anos, prometeu um queijo suave de sabor intenso que ele já batizou de "entardecer do Oeste".  "É uma massa prensada semi cozida, textura levemente elástica, mas com uma massa firme e fechada. Os sabores serão ácidos, frescos, láticos, de creme de leite, de carne maturada, complexos, com um visual diferenciado". Ele foi ajudado por Kennidy de Bortoli, também queijeiro do Biopark.

Equipe do Biopark Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Sandra Piovesan, Sítio Esperança

Da cidade de Barão de Cotegipe, Rio Grande do Sul, a veterinária e produtora rural Sandra, 34 anos, faz queijos autorais com leite do próprio rebanho. Com sua equipe Martina Sgarbi e Beth Tonel, a promessa feita foi de um queijo de casca lavada. Elas fizeram dois queijos do mesmo tamanho. "Vai ser um queijo macio,  com aromas de especiarias, adocicado, sem acidez e massa elástica, fundente na boca. A maturação vai ser feita com lavagens da casca em cachaça envelhecida em tonéis de amburana, com aromas de cravo e canela,  notas mais indianas. É um queijo autoral, inédito, criado por nós três", disse o trio.

Equipe do sítio Esperança Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Tayllanny Araújo, Cabana da Tatá

Equipe Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A única candidata de fora do eixo Sul-Sudeste, Tayllanny, conhecida como Tatá, 36 anos, veio de São Geraldo do Araguaia-Pará e atravessou o país para disputar o concurso. Ela prometeu um queijo de massa fechada, textura cremosa, casca lavada, aroma e sabor amendoado. "Ele vai ser macio ao partir, bem cremoso, do tipo que suja a faca," disse ela, que representa a Comunidade do Queijo, com a colaboração de Dinha Capanema e Valéria Ramos.

No mundo inteiro não faltam concurso de queijos, mas competição de melhor produtor de queijo só tem no Brasil! Em sua 2ª edição, o concurso teve sua primeira etapa na cidade de Nova Erechim-SC no sábado dia 20 de janeiro, com apoio da Global Food. A final será no 3° Mundial do Queijo do Brasil, que acontece no Teatro B32, na Faria Lima em São Paulo, de 11 a 14 de abril.

Grãos da massa da receita da equipe do Biopark, coloridas com urucum e aromatizada com especiarias Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Ajoelhou tem que rezar

A primeira etapa é para ver quem cumpre sua promessa. Cada candidato ganhou 50 litros de leite cru para fazer o queijo que quiser. O desafio é que ele deve anunciar o queijo que vai fazer, descrevendo qual casca, textura e sabores a iguaria vai ter daqui a três meses, quando será apresentado aos jurados para degustação em São Paulo dia 13 de abril.

Da esquerda para direita: o presidente do concurso Antonio Fernandes (UFV e SertãoBras) e os jurados Patrícia Schons (IFSC), Andressa Bianchi (casa Bianchi), Elisandra Rigo (UDESC) e Juan Balestrino (Global Foods) Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

"Mesmo que o queijo fique maravilhoso em textura, sabores e aromas, para ganhar nota boa nesta prova ele deve corresponder ao que foi prometido," explica Antonio Fernandes, presidente do concurso junto com o francês Arnaud Sperat Czar.

Todos os queijos foram marcados com a etiqueta de caseína da SerTãoBras Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A matéria prima de excelente qualidade foi o leite cru de vacas Jersey criadas a pasto da região de Nova Erechim, conhecida por ser um pólo queijeiro em Santa Catarina. Todos tiveram o mesmo tanque e mesa de apoio para trabalhar, feito especialmente pela Suck Milk para o concurso, com capacidade de esquentar e suporte para cortar e mexer a massa.

Os candidatos trabalharam na mesma sala Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras


A arte de sublimar o queijo pela cura

A segunda prova, uma novidade em relação à primeira edição do concurso, é a arte de curar dois queijos frescos, de leite cru, feitos pela Pardinho Artesanal de São Paulo, agregando valor nos aromas, sabores e texturas, com foco na originalidade. Junto com os queijos, que são de leite de vaca e massa prensada crua, os candidatos receberam todas as informações, sua ficha de fabricação e qualidades físico-químicas e microbianas do leite.

Equipe do sítio Esperança Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A terceira prova vai ser revelada em 1º de fevereiro. "Os candidatos vão receber as instruções sobre um queijo que devem apresentar, como um caderno de regras que define tamanho, espessura da casca e outros detalhes. Eles têm liberdade para fazer o queijo no conforto da sua queijaria", contou Arnaud.

Depois da manhã suada em cima dos tanques, os candidatos e jurados se confraternizaram em um saboroso churrasco, acompanhado de tábuas feitos com os queijos de todas as queijarias concorrentes...

Tábua degustada no churrasco Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Por fim, todos os candidatos têm encontro marcado em São Paulo no dia 13 de abril para a grande final. Que vença o melhor!

Conheça os candidatos e suas promessas

Alan Irineu, Ultracheese

Alan, 30 anos, fez quatro pequenos queijos de massa semi cozida. "A massa vai ter pequenas olhadoras mecânicas, pouco ácida, com sabor marcante, mas sem ser picante. Queremos algo levemente adocicado e amanteigado, com textura fundente" prometeu o queijeiro, assessorado por Caio Oliveira e Welington da Silva.

Equipe da Ultra Chesse Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Cleiton Wantz, Latpassos

Vindo de Três Passos, no Rio Grande do Sul, Cleiton fez um queijo inspirado nas receitas suíças de olhaduras, uma única peça de 5 kg, em tecnologia de massa prensada cozida. "Ele vai ter olhaduras não muito grandes, entre 2 e 4 cm, regulares. Os aromas serão frutados, com sabor adocicado que lembra macadâmia. A textura vai ser fundente na boca, desmanchando. A casca vai ser de aparência lisa" prometeu o candidato, que foi ajudado por Janthan Eberhardt e Cleberton Wantz.

 Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Diego Perosa, Queijos Perosa

De Iraceminha, Santa Catarina, o engenheiro de alimentos Diego, 36 anos, prometeu um queijo de casca florida natural, rústica. "Queremos como resultado uma massa levemente ácida, lática no final, com notas e aromas terrosos, amanteigados e de cogumelos, uma textura cremosa e muito sabor".

Ele prometeu revisitar a receita do colonial, mas com uma textura mais macia. "Ele não será picante, mas sim mais suave." O resultados foram dois queijos de 2,5 kg. Ele fez dupla com Rodrigo Grosmam.

Equipe da Queijos Perosa Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Henrique Herbert, Flor da Terra - Biopark

De Toledo, no Paraná, Henrique, 27 anos, prometeu um queijo suave de sabor intenso que ele já batizou de "entardecer do Oeste".  "É uma massa prensada semi cozida, textura levemente elástica, mas com uma massa firme e fechada. Os sabores serão ácidos, frescos, láticos, de creme de leite, de carne maturada, complexos, com um visual diferenciado". Ele foi ajudado por Kennidy de Bortoli, também queijeiro do Biopark.

Equipe do Biopark Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

Sandra Piovesan, Sítio Esperança

Da cidade de Barão de Cotegipe, Rio Grande do Sul, a veterinária e produtora rural Sandra, 34 anos, faz queijos autorais com leite do próprio rebanho. Com sua equipe Martina Sgarbi e Beth Tonel, a promessa feita foi de um queijo de casca lavada. Elas fizeram dois queijos do mesmo tamanho. "Vai ser um queijo macio,  com aromas de especiarias, adocicado, sem acidez e massa elástica, fundente na boca. A maturação vai ser feita com lavagens da casca em cachaça envelhecida em tonéis de amburana, com aromas de cravo e canela,  notas mais indianas. É um queijo autoral, inédito, criado por nós três", disse o trio.

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Tayllanny Araújo, Cabana da Tatá

Equipe Foto: Andressa Fusieger/SerTãoBras

A única candidata de fora do eixo Sul-Sudeste, Tayllanny, conhecida como Tatá, 36 anos, veio de São Geraldo do Araguaia-Pará e atravessou o país para disputar o concurso. Ela prometeu um queijo de massa fechada, textura cremosa, casca lavada, aroma e sabor amendoado. "Ele vai ser macio ao partir, bem cremoso, do tipo que suja a faca," disse ela, que representa a Comunidade do Queijo, com a colaboração de Dinha Capanema e Valéria Ramos.

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