Aventuras lácteas entre o Brasil e a França

Opinião|Retrospectiva queijeira 2023


Meus melhores momentos e aventuras lácteas em 2023, para abrir o apetite para o ano que começa

Por Débora Pereira
Atualização:

Queridos leitores, estou um pouco em falta com esse blog, desconectei para recarregar forças no mês de janeiro, mas hoje tirei o domingo para matar a saudade de escrever sobre queijos para vocês. Na França, você pode desejar feliz ano novo até o último dia de janeiro, então começo meu primeiro post do ano com a boa retrospectiva de 2023, desejando a todos um 2024 com muitas sensações delirantes de tão deliciosas, experimentando autênticos queijos com sabores, aromas e texturas autênticos.

Algo bem no estilo do meu primeiro post de 2023, a visita do melhor restaurante self service da França, Les grands Buffets de Narbonne, o maior buffet de queijos do mundo, com direito a pato prensado no seu sangue, lagostas, fois gras e uma centena de sobremesas da gastronomia francesa. A dica é reservar com antecedência, o local é super concorrido.

continua após a publicidade

Em fevereiro de 2023, em visita ao Salão da Agricultura de Paris, fiquei feliz de conhecer dois queijos estranhos e estrangeiros na cerimônia da Guilde Internationale des Fromagers. Um primeiro da Argélia, enrolado em palha como um vudu.

O queijo argeliano djben lakfes nas mãos do MOF Michel Fouchereau Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira
continua após a publicidade

E outro do Japão, delicioso, parecendo um caramelinho, com notas agrumes e cítricas, ema espécie de puxa feito de soro de leite.

Miura com cristais de yuzu Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira
continua após a publicidade

Em março descobri na Bretanha um conceito único de loja de flores e queijos, veja a visita no vídeo abaixo, uma antiga farmácia restaurada por um casal de queijista e florista.

continua após a publicidade

Em abril, viajei em missão queijeira da SerTãoBras para o Brasil, com o queijeiro francês Pierre Coulon. Um percurso qie me deu a oportunidade de transmitir conhecimento e também aprender muito. Revisitamos o queijo minas artesanal em Coronel Xavier Chaves, na região mineira do Campo das Vertentes, criando pelo menos dez cascas e texturas diferentes com a colaboração da Carol Vilhena da Belafazenda, para inspirar os queridos produtores mineiros a criarem novas receitas.

Pierre em momento paixão com cabra da raça Saanen do Rancho das Vertentes Foto: Carolina Vilhena/Belafazenda
continua após a publicidade

Em Brasília, participamos do Taste, de um curso na Cabríssima e de degustação com Marina, no Teta Cheese Bar, onde escolhemos seis vinhos brasileiros para tomar com seis queijos brasileiros e estrangeiros.

Marina Cavechia, eu (Débora Pereira), Mara Flora e Pierre Coulon : provamos tudinho para validar  degustação Foto: Débora Pereira/SerTãoBras
continua após a publicidade

Depois que o Pierre foi embora para a França, ainda fiquei mais uma semana no Brasil para o 1º concurso nacional de Melhor Fondue. Foi uma agradável manhã na casa do cônsul suíço em São Paulo, na companhia de jornalistas e influenciadores das boas comidas. Ganhou a fondue da Clara Gaehwiler, da Queijaria Alpina de Pirinópolis-GO.

Rosa Morais, jurada do concurso de fondue Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

De volta para a França, pé na estrada em junho. Um diário de viagem que passou pela região do camembert, na Normandia, pelas cabras da costa atlântica francesa, pelos Pirineus para finalmente chegar no gorgonzola italiano, na região de Milão. Foram 4 mil km de aventuras em 20 dias. ,

Annie Moreau, 60 anos, e Fréderic Albert, 70 anos, produtores de mothais certificado orgânico Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Arnaud em ação nos Pirineus Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Gorgonzola na colher Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Em julho continuamos viagem na Suíça, visitando a única queijaria DOP que faz gruyère que é dirigida por uma mulher, Daniela, de apenas 27 anos.

Sabrina, Dominique e Daniela, as responsáveis pela fabricação  

Em agosto, grande alegria de descobrir as novas caves da maison Mons que cura a  fourme de Montbrison, da cidadezinha de mesmo nome no centro da França. No vídeo dá para ver o ambiente cinematográfico desse queijo azul DOP suave, curado com a umidade da água que desce da montanha.

A casca da fourme é levemente alaranjada FOTO: Débora Pereira/Profissão Queijeira  

Em setembro foi uma apoteose de eventos queijeiros: realizamos uma missão técnica com 35 brasileiros, percorrendo de norte a sul da França, a queijista brasileira Marina Cavechia  representou o Brasil no concurso internacional de meilleur fromager (melhor queijeiro do mundo).

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

No concurso de queijos do Mondial du Fromage de Tours, batemos o recorde de medalhas de queijos brasileiros: 88 queijos campeões! Sendo que o queijo carioca caprinus do lago, de Valença, ficou em 7º lugar geral

Os queijos avaliados são mostrados em uma grande peça antes de serem fatiados Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em outubro meu coração ficou dividido entre o concurso de queijos nordestinos do Enel , realizado pelo Sebrae da Paraína e o World Cheese Awards, na Noruega, onde dez produtores de queijos campeões brasileiros conquistaram medalhas, sendo o morro azul eleito o melhor da América do Sul.

Queijo morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

Em novembro foi a vez de receber em Paris o secretário de agricultura de São Paulo Guilherme Piai, super interessado em levar boas novidades para o mundo artesanal e agrícola paulista.

Guilherme Piai e seu assessor Ricardo Rosário em visita a uma leiteria urbana em Paris Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em dezembro, voltei ao Brasil, dessa vez a convite do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG). Realizamos o seminário Políticas Públicas para os queijos de leite cru, em Brasília, para destacar seus benefícios, com a presença de produtores e pesquisadores da França e Brasil.

Fechamos o ano trabalhando para que o queijo caipira, artesanal, autêntico, natural, autoral e de leite cru brasileiro tenha todos os caminhos abertos. E que toda a comunidade do queijo, de artesanais a industriais, possa estar presente especialmente no Mundial do Queijo do Brasil, que acontece mais uma vez no Teatro B32 em São Paulo em abril de 2024!

Queridos leitores, estou um pouco em falta com esse blog, desconectei para recarregar forças no mês de janeiro, mas hoje tirei o domingo para matar a saudade de escrever sobre queijos para vocês. Na França, você pode desejar feliz ano novo até o último dia de janeiro, então começo meu primeiro post do ano com a boa retrospectiva de 2023, desejando a todos um 2024 com muitas sensações delirantes de tão deliciosas, experimentando autênticos queijos com sabores, aromas e texturas autênticos.

Algo bem no estilo do meu primeiro post de 2023, a visita do melhor restaurante self service da França, Les grands Buffets de Narbonne, o maior buffet de queijos do mundo, com direito a pato prensado no seu sangue, lagostas, fois gras e uma centena de sobremesas da gastronomia francesa. A dica é reservar com antecedência, o local é super concorrido.

Em fevereiro de 2023, em visita ao Salão da Agricultura de Paris, fiquei feliz de conhecer dois queijos estranhos e estrangeiros na cerimônia da Guilde Internationale des Fromagers. Um primeiro da Argélia, enrolado em palha como um vudu.

O queijo argeliano djben lakfes nas mãos do MOF Michel Fouchereau Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

E outro do Japão, delicioso, parecendo um caramelinho, com notas agrumes e cítricas, ema espécie de puxa feito de soro de leite.

Miura com cristais de yuzu Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Em março descobri na Bretanha um conceito único de loja de flores e queijos, veja a visita no vídeo abaixo, uma antiga farmácia restaurada por um casal de queijista e florista.

Em abril, viajei em missão queijeira da SerTãoBras para o Brasil, com o queijeiro francês Pierre Coulon. Um percurso qie me deu a oportunidade de transmitir conhecimento e também aprender muito. Revisitamos o queijo minas artesanal em Coronel Xavier Chaves, na região mineira do Campo das Vertentes, criando pelo menos dez cascas e texturas diferentes com a colaboração da Carol Vilhena da Belafazenda, para inspirar os queridos produtores mineiros a criarem novas receitas.

Pierre em momento paixão com cabra da raça Saanen do Rancho das Vertentes Foto: Carolina Vilhena/Belafazenda

Em Brasília, participamos do Taste, de um curso na Cabríssima e de degustação com Marina, no Teta Cheese Bar, onde escolhemos seis vinhos brasileiros para tomar com seis queijos brasileiros e estrangeiros.

Marina Cavechia, eu (Débora Pereira), Mara Flora e Pierre Coulon : provamos tudinho para validar  degustação Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Depois que o Pierre foi embora para a França, ainda fiquei mais uma semana no Brasil para o 1º concurso nacional de Melhor Fondue. Foi uma agradável manhã na casa do cônsul suíço em São Paulo, na companhia de jornalistas e influenciadores das boas comidas. Ganhou a fondue da Clara Gaehwiler, da Queijaria Alpina de Pirinópolis-GO.

Rosa Morais, jurada do concurso de fondue Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

De volta para a França, pé na estrada em junho. Um diário de viagem que passou pela região do camembert, na Normandia, pelas cabras da costa atlântica francesa, pelos Pirineus para finalmente chegar no gorgonzola italiano, na região de Milão. Foram 4 mil km de aventuras em 20 dias. ,

Annie Moreau, 60 anos, e Fréderic Albert, 70 anos, produtores de mothais certificado orgânico Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Arnaud em ação nos Pirineus Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Gorgonzola na colher Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Em julho continuamos viagem na Suíça, visitando a única queijaria DOP que faz gruyère que é dirigida por uma mulher, Daniela, de apenas 27 anos.

Sabrina, Dominique e Daniela, as responsáveis pela fabricação  

Em agosto, grande alegria de descobrir as novas caves da maison Mons que cura a  fourme de Montbrison, da cidadezinha de mesmo nome no centro da França. No vídeo dá para ver o ambiente cinematográfico desse queijo azul DOP suave, curado com a umidade da água que desce da montanha.

A casca da fourme é levemente alaranjada FOTO: Débora Pereira/Profissão Queijeira  

Em setembro foi uma apoteose de eventos queijeiros: realizamos uma missão técnica com 35 brasileiros, percorrendo de norte a sul da França, a queijista brasileira Marina Cavechia  representou o Brasil no concurso internacional de meilleur fromager (melhor queijeiro do mundo).

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

No concurso de queijos do Mondial du Fromage de Tours, batemos o recorde de medalhas de queijos brasileiros: 88 queijos campeões! Sendo que o queijo carioca caprinus do lago, de Valença, ficou em 7º lugar geral

Os queijos avaliados são mostrados em uma grande peça antes de serem fatiados Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em outubro meu coração ficou dividido entre o concurso de queijos nordestinos do Enel , realizado pelo Sebrae da Paraína e o World Cheese Awards, na Noruega, onde dez produtores de queijos campeões brasileiros conquistaram medalhas, sendo o morro azul eleito o melhor da América do Sul.

Queijo morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

Em novembro foi a vez de receber em Paris o secretário de agricultura de São Paulo Guilherme Piai, super interessado em levar boas novidades para o mundo artesanal e agrícola paulista.

Guilherme Piai e seu assessor Ricardo Rosário em visita a uma leiteria urbana em Paris Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em dezembro, voltei ao Brasil, dessa vez a convite do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG). Realizamos o seminário Políticas Públicas para os queijos de leite cru, em Brasília, para destacar seus benefícios, com a presença de produtores e pesquisadores da França e Brasil.

Fechamos o ano trabalhando para que o queijo caipira, artesanal, autêntico, natural, autoral e de leite cru brasileiro tenha todos os caminhos abertos. E que toda a comunidade do queijo, de artesanais a industriais, possa estar presente especialmente no Mundial do Queijo do Brasil, que acontece mais uma vez no Teatro B32 em São Paulo em abril de 2024!

Queridos leitores, estou um pouco em falta com esse blog, desconectei para recarregar forças no mês de janeiro, mas hoje tirei o domingo para matar a saudade de escrever sobre queijos para vocês. Na França, você pode desejar feliz ano novo até o último dia de janeiro, então começo meu primeiro post do ano com a boa retrospectiva de 2023, desejando a todos um 2024 com muitas sensações delirantes de tão deliciosas, experimentando autênticos queijos com sabores, aromas e texturas autênticos.

Algo bem no estilo do meu primeiro post de 2023, a visita do melhor restaurante self service da França, Les grands Buffets de Narbonne, o maior buffet de queijos do mundo, com direito a pato prensado no seu sangue, lagostas, fois gras e uma centena de sobremesas da gastronomia francesa. A dica é reservar com antecedência, o local é super concorrido.

Em fevereiro de 2023, em visita ao Salão da Agricultura de Paris, fiquei feliz de conhecer dois queijos estranhos e estrangeiros na cerimônia da Guilde Internationale des Fromagers. Um primeiro da Argélia, enrolado em palha como um vudu.

O queijo argeliano djben lakfes nas mãos do MOF Michel Fouchereau Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

E outro do Japão, delicioso, parecendo um caramelinho, com notas agrumes e cítricas, ema espécie de puxa feito de soro de leite.

Miura com cristais de yuzu Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Em março descobri na Bretanha um conceito único de loja de flores e queijos, veja a visita no vídeo abaixo, uma antiga farmácia restaurada por um casal de queijista e florista.

Em abril, viajei em missão queijeira da SerTãoBras para o Brasil, com o queijeiro francês Pierre Coulon. Um percurso qie me deu a oportunidade de transmitir conhecimento e também aprender muito. Revisitamos o queijo minas artesanal em Coronel Xavier Chaves, na região mineira do Campo das Vertentes, criando pelo menos dez cascas e texturas diferentes com a colaboração da Carol Vilhena da Belafazenda, para inspirar os queridos produtores mineiros a criarem novas receitas.

Pierre em momento paixão com cabra da raça Saanen do Rancho das Vertentes Foto: Carolina Vilhena/Belafazenda

Em Brasília, participamos do Taste, de um curso na Cabríssima e de degustação com Marina, no Teta Cheese Bar, onde escolhemos seis vinhos brasileiros para tomar com seis queijos brasileiros e estrangeiros.

Marina Cavechia, eu (Débora Pereira), Mara Flora e Pierre Coulon : provamos tudinho para validar  degustação Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Depois que o Pierre foi embora para a França, ainda fiquei mais uma semana no Brasil para o 1º concurso nacional de Melhor Fondue. Foi uma agradável manhã na casa do cônsul suíço em São Paulo, na companhia de jornalistas e influenciadores das boas comidas. Ganhou a fondue da Clara Gaehwiler, da Queijaria Alpina de Pirinópolis-GO.

Rosa Morais, jurada do concurso de fondue Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

De volta para a França, pé na estrada em junho. Um diário de viagem que passou pela região do camembert, na Normandia, pelas cabras da costa atlântica francesa, pelos Pirineus para finalmente chegar no gorgonzola italiano, na região de Milão. Foram 4 mil km de aventuras em 20 dias. ,

Annie Moreau, 60 anos, e Fréderic Albert, 70 anos, produtores de mothais certificado orgânico Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Arnaud em ação nos Pirineus Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Gorgonzola na colher Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Em julho continuamos viagem na Suíça, visitando a única queijaria DOP que faz gruyère que é dirigida por uma mulher, Daniela, de apenas 27 anos.

Sabrina, Dominique e Daniela, as responsáveis pela fabricação  

Em agosto, grande alegria de descobrir as novas caves da maison Mons que cura a  fourme de Montbrison, da cidadezinha de mesmo nome no centro da França. No vídeo dá para ver o ambiente cinematográfico desse queijo azul DOP suave, curado com a umidade da água que desce da montanha.

A casca da fourme é levemente alaranjada FOTO: Débora Pereira/Profissão Queijeira  

Em setembro foi uma apoteose de eventos queijeiros: realizamos uma missão técnica com 35 brasileiros, percorrendo de norte a sul da França, a queijista brasileira Marina Cavechia  representou o Brasil no concurso internacional de meilleur fromager (melhor queijeiro do mundo).

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

No concurso de queijos do Mondial du Fromage de Tours, batemos o recorde de medalhas de queijos brasileiros: 88 queijos campeões! Sendo que o queijo carioca caprinus do lago, de Valença, ficou em 7º lugar geral

Os queijos avaliados são mostrados em uma grande peça antes de serem fatiados Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em outubro meu coração ficou dividido entre o concurso de queijos nordestinos do Enel , realizado pelo Sebrae da Paraína e o World Cheese Awards, na Noruega, onde dez produtores de queijos campeões brasileiros conquistaram medalhas, sendo o morro azul eleito o melhor da América do Sul.

Queijo morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

Em novembro foi a vez de receber em Paris o secretário de agricultura de São Paulo Guilherme Piai, super interessado em levar boas novidades para o mundo artesanal e agrícola paulista.

Guilherme Piai e seu assessor Ricardo Rosário em visita a uma leiteria urbana em Paris Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em dezembro, voltei ao Brasil, dessa vez a convite do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG). Realizamos o seminário Políticas Públicas para os queijos de leite cru, em Brasília, para destacar seus benefícios, com a presença de produtores e pesquisadores da França e Brasil.

Fechamos o ano trabalhando para que o queijo caipira, artesanal, autêntico, natural, autoral e de leite cru brasileiro tenha todos os caminhos abertos. E que toda a comunidade do queijo, de artesanais a industriais, possa estar presente especialmente no Mundial do Queijo do Brasil, que acontece mais uma vez no Teatro B32 em São Paulo em abril de 2024!

Queridos leitores, estou um pouco em falta com esse blog, desconectei para recarregar forças no mês de janeiro, mas hoje tirei o domingo para matar a saudade de escrever sobre queijos para vocês. Na França, você pode desejar feliz ano novo até o último dia de janeiro, então começo meu primeiro post do ano com a boa retrospectiva de 2023, desejando a todos um 2024 com muitas sensações delirantes de tão deliciosas, experimentando autênticos queijos com sabores, aromas e texturas autênticos.

Algo bem no estilo do meu primeiro post de 2023, a visita do melhor restaurante self service da França, Les grands Buffets de Narbonne, o maior buffet de queijos do mundo, com direito a pato prensado no seu sangue, lagostas, fois gras e uma centena de sobremesas da gastronomia francesa. A dica é reservar com antecedência, o local é super concorrido.

Em fevereiro de 2023, em visita ao Salão da Agricultura de Paris, fiquei feliz de conhecer dois queijos estranhos e estrangeiros na cerimônia da Guilde Internationale des Fromagers. Um primeiro da Argélia, enrolado em palha como um vudu.

O queijo argeliano djben lakfes nas mãos do MOF Michel Fouchereau Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

E outro do Japão, delicioso, parecendo um caramelinho, com notas agrumes e cítricas, ema espécie de puxa feito de soro de leite.

Miura com cristais de yuzu Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

Em março descobri na Bretanha um conceito único de loja de flores e queijos, veja a visita no vídeo abaixo, uma antiga farmácia restaurada por um casal de queijista e florista.

Em abril, viajei em missão queijeira da SerTãoBras para o Brasil, com o queijeiro francês Pierre Coulon. Um percurso qie me deu a oportunidade de transmitir conhecimento e também aprender muito. Revisitamos o queijo minas artesanal em Coronel Xavier Chaves, na região mineira do Campo das Vertentes, criando pelo menos dez cascas e texturas diferentes com a colaboração da Carol Vilhena da Belafazenda, para inspirar os queridos produtores mineiros a criarem novas receitas.

Pierre em momento paixão com cabra da raça Saanen do Rancho das Vertentes Foto: Carolina Vilhena/Belafazenda

Em Brasília, participamos do Taste, de um curso na Cabríssima e de degustação com Marina, no Teta Cheese Bar, onde escolhemos seis vinhos brasileiros para tomar com seis queijos brasileiros e estrangeiros.

Marina Cavechia, eu (Débora Pereira), Mara Flora e Pierre Coulon : provamos tudinho para validar  degustação Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Depois que o Pierre foi embora para a França, ainda fiquei mais uma semana no Brasil para o 1º concurso nacional de Melhor Fondue. Foi uma agradável manhã na casa do cônsul suíço em São Paulo, na companhia de jornalistas e influenciadores das boas comidas. Ganhou a fondue da Clara Gaehwiler, da Queijaria Alpina de Pirinópolis-GO.

Rosa Morais, jurada do concurso de fondue Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

De volta para a França, pé na estrada em junho. Um diário de viagem que passou pela região do camembert, na Normandia, pelas cabras da costa atlântica francesa, pelos Pirineus para finalmente chegar no gorgonzola italiano, na região de Milão. Foram 4 mil km de aventuras em 20 dias. ,

Annie Moreau, 60 anos, e Fréderic Albert, 70 anos, produtores de mothais certificado orgânico Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Arnaud em ação nos Pirineus Foto: Débora Pereira/Profissão Queijeira

Gorgonzola na colher Foto: Débora Pereira/Profession Fromager

Em julho continuamos viagem na Suíça, visitando a única queijaria DOP que faz gruyère que é dirigida por uma mulher, Daniela, de apenas 27 anos.

Sabrina, Dominique e Daniela, as responsáveis pela fabricação  

Em agosto, grande alegria de descobrir as novas caves da maison Mons que cura a  fourme de Montbrison, da cidadezinha de mesmo nome no centro da França. No vídeo dá para ver o ambiente cinematográfico desse queijo azul DOP suave, curado com a umidade da água que desce da montanha.

A casca da fourme é levemente alaranjada FOTO: Débora Pereira/Profissão Queijeira  

Em setembro foi uma apoteose de eventos queijeiros: realizamos uma missão técnica com 35 brasileiros, percorrendo de norte a sul da França, a queijista brasileira Marina Cavechia  representou o Brasil no concurso internacional de meilleur fromager (melhor queijeiro do mundo).

Marina entre a candidata russa Olga Shevchuk, à esquerda, e a americana Courtney Johnson à direita Foto: Débora Pereira/Revista Profissão Queijeira

No concurso de queijos do Mondial du Fromage de Tours, batemos o recorde de medalhas de queijos brasileiros: 88 queijos campeões! Sendo que o queijo carioca caprinus do lago, de Valença, ficou em 7º lugar geral

Os queijos avaliados são mostrados em uma grande peça antes de serem fatiados Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em outubro meu coração ficou dividido entre o concurso de queijos nordestinos do Enel , realizado pelo Sebrae da Paraína e o World Cheese Awards, na Noruega, onde dez produtores de queijos campeões brasileiros conquistaram medalhas, sendo o morro azul eleito o melhor da América do Sul.

Queijo morro azul Foto: Juliano Mendes/Pomerode

Em novembro foi a vez de receber em Paris o secretário de agricultura de São Paulo Guilherme Piai, super interessado em levar boas novidades para o mundo artesanal e agrícola paulista.

Guilherme Piai e seu assessor Ricardo Rosário em visita a uma leiteria urbana em Paris Foto: Débora Pereira/SerTãoBras

Em dezembro, voltei ao Brasil, dessa vez a convite do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG). Realizamos o seminário Políticas Públicas para os queijos de leite cru, em Brasília, para destacar seus benefícios, com a presença de produtores e pesquisadores da França e Brasil.

Fechamos o ano trabalhando para que o queijo caipira, artesanal, autêntico, natural, autoral e de leite cru brasileiro tenha todos os caminhos abertos. E que toda a comunidade do queijo, de artesanais a industriais, possa estar presente especialmente no Mundial do Queijo do Brasil, que acontece mais uma vez no Teatro B32 em São Paulo em abril de 2024!

Tudo Sobre
Opinião por Débora Pereira

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.