Histórias e experiências sobre o café

Opinião|A incrível jornada do café exportado por veleiro


Num resgate da Era das Grandes Navegações, começam exportações ao sabor dos ventos.

Por Ensei Neto

A Era das Grandes Navegações, a partir do Século XV, foi um período de grande avanço da exploração européia pelos mares em busca de novas rotas comerciais, com predomínio de portugueses e espanhóis, inicialmente. O comércio com o Oriente, origem de mercadorias valiosas como a seda e as especiarias, era dominado naquele momento pelas cidades-Estado de Gênova e Veneza.

Veleiro Artemis. Foto: Divulgação.

Coube aos portugueses o aperfeiçoamento das caravelas, navios dotados de velas triangulares de grande agilidade de manobra e rapidez, que compuseram a esquadra de Pedro Álvares Cabral quando chegou à costa brasileira em 1.500.

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Um dos maiores desafios atuais é o da logística marítima, estruturada em imensas embarcações movidas a combustível fóssil bastante poluente, levando mercadorias pelos oceanos aos diferentes continentes . O que ocorre hoje, principalmente para produtores que se empenham em empregar técnicas ecológicas e regenerativas é a ruptura de todo o processo durante a exportação feita por transporte de grande emissão de carbono. É como nadar e morrer na praia...

Para tentar mitigar esse problema, uma busca por alternativas eficientes iniciada em 2021 por Alexandre Bellangé, diretor da importadora francesa de café e cacau, a Belco, com sede em Bordeaux, o fez chegar ao operador naval TOWT, de Le Havre.

reference
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A TOWT - TransOceanic Wind Transport foi fundada com o objetivo de oferecer logística marítima descarbonizada, empregando basicamente embarcações a vela. Possui, atualmente, 2 embarcações com capacidade de 1.000 toneladas de carga, pretendendo chegar a 8 unidades até 2027, que são 90% menos poluidoras que as embarcações convencionais.

No Brasil, o principal parceiro fornecedor de café da Belco é a FAF - Fazenda Ambiental Fortaleza, que tem à frente Felipe Croce, que trabalha com café orgânico e mantém projeto com pequenos produtores de cafés especiais de Minas Gerais e Espírito Santo, e aceitou o desafio de realizar a primeira exportação nessa inédita modalidade de transporte marítimo para os tempos atuais.

Foram diversos estudos, contatos e consultas desde 2022 até se chegar ao porto de São Sebastião, SP, que se propôs a tornar o projeto tangível no nosso país.

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Cafeicultores e o capitão da Artemis. Foto: Divulgação.

O veleiro Artemis, que foi construído no Vietnã e conta com 3.000 m2 de área de vela, tem capacidade de transportar 1.000 toneladas de carga e dispõe de tecnologias de última geração, recebeu nesta semana os primeiros pallets de café do Brasil, 700 toneladas, das quais 400 toneladas da FAF Coffees, provenientes de 80 produtores. Também, 2 toneladas de amêndoas de cacau de Tomé Açu, PA, seguem juntas para a França.

A viagem entre São Sebastião a Le Havre deve durar entre 21 e 24 dias, a depender dos ventos.

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Torcemos para que bons ventos continuem a soprar.

A Era das Grandes Navegações, a partir do Século XV, foi um período de grande avanço da exploração européia pelos mares em busca de novas rotas comerciais, com predomínio de portugueses e espanhóis, inicialmente. O comércio com o Oriente, origem de mercadorias valiosas como a seda e as especiarias, era dominado naquele momento pelas cidades-Estado de Gênova e Veneza.

Veleiro Artemis. Foto: Divulgação.

Coube aos portugueses o aperfeiçoamento das caravelas, navios dotados de velas triangulares de grande agilidade de manobra e rapidez, que compuseram a esquadra de Pedro Álvares Cabral quando chegou à costa brasileira em 1.500.

Um dos maiores desafios atuais é o da logística marítima, estruturada em imensas embarcações movidas a combustível fóssil bastante poluente, levando mercadorias pelos oceanos aos diferentes continentes . O que ocorre hoje, principalmente para produtores que se empenham em empregar técnicas ecológicas e regenerativas é a ruptura de todo o processo durante a exportação feita por transporte de grande emissão de carbono. É como nadar e morrer na praia...

Para tentar mitigar esse problema, uma busca por alternativas eficientes iniciada em 2021 por Alexandre Bellangé, diretor da importadora francesa de café e cacau, a Belco, com sede em Bordeaux, o fez chegar ao operador naval TOWT, de Le Havre.

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A TOWT - TransOceanic Wind Transport foi fundada com o objetivo de oferecer logística marítima descarbonizada, empregando basicamente embarcações a vela. Possui, atualmente, 2 embarcações com capacidade de 1.000 toneladas de carga, pretendendo chegar a 8 unidades até 2027, que são 90% menos poluidoras que as embarcações convencionais.

No Brasil, o principal parceiro fornecedor de café da Belco é a FAF - Fazenda Ambiental Fortaleza, que tem à frente Felipe Croce, que trabalha com café orgânico e mantém projeto com pequenos produtores de cafés especiais de Minas Gerais e Espírito Santo, e aceitou o desafio de realizar a primeira exportação nessa inédita modalidade de transporte marítimo para os tempos atuais.

Foram diversos estudos, contatos e consultas desde 2022 até se chegar ao porto de São Sebastião, SP, que se propôs a tornar o projeto tangível no nosso país.

Cafeicultores e o capitão da Artemis. Foto: Divulgação.

O veleiro Artemis, que foi construído no Vietnã e conta com 3.000 m2 de área de vela, tem capacidade de transportar 1.000 toneladas de carga e dispõe de tecnologias de última geração, recebeu nesta semana os primeiros pallets de café do Brasil, 700 toneladas, das quais 400 toneladas da FAF Coffees, provenientes de 80 produtores. Também, 2 toneladas de amêndoas de cacau de Tomé Açu, PA, seguem juntas para a França.

A viagem entre São Sebastião a Le Havre deve durar entre 21 e 24 dias, a depender dos ventos.

Torcemos para que bons ventos continuem a soprar.

A Era das Grandes Navegações, a partir do Século XV, foi um período de grande avanço da exploração européia pelos mares em busca de novas rotas comerciais, com predomínio de portugueses e espanhóis, inicialmente. O comércio com o Oriente, origem de mercadorias valiosas como a seda e as especiarias, era dominado naquele momento pelas cidades-Estado de Gênova e Veneza.

Veleiro Artemis. Foto: Divulgação.

Coube aos portugueses o aperfeiçoamento das caravelas, navios dotados de velas triangulares de grande agilidade de manobra e rapidez, que compuseram a esquadra de Pedro Álvares Cabral quando chegou à costa brasileira em 1.500.

Um dos maiores desafios atuais é o da logística marítima, estruturada em imensas embarcações movidas a combustível fóssil bastante poluente, levando mercadorias pelos oceanos aos diferentes continentes . O que ocorre hoje, principalmente para produtores que se empenham em empregar técnicas ecológicas e regenerativas é a ruptura de todo o processo durante a exportação feita por transporte de grande emissão de carbono. É como nadar e morrer na praia...

Para tentar mitigar esse problema, uma busca por alternativas eficientes iniciada em 2021 por Alexandre Bellangé, diretor da importadora francesa de café e cacau, a Belco, com sede em Bordeaux, o fez chegar ao operador naval TOWT, de Le Havre.

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A TOWT - TransOceanic Wind Transport foi fundada com o objetivo de oferecer logística marítima descarbonizada, empregando basicamente embarcações a vela. Possui, atualmente, 2 embarcações com capacidade de 1.000 toneladas de carga, pretendendo chegar a 8 unidades até 2027, que são 90% menos poluidoras que as embarcações convencionais.

No Brasil, o principal parceiro fornecedor de café da Belco é a FAF - Fazenda Ambiental Fortaleza, que tem à frente Felipe Croce, que trabalha com café orgânico e mantém projeto com pequenos produtores de cafés especiais de Minas Gerais e Espírito Santo, e aceitou o desafio de realizar a primeira exportação nessa inédita modalidade de transporte marítimo para os tempos atuais.

Foram diversos estudos, contatos e consultas desde 2022 até se chegar ao porto de São Sebastião, SP, que se propôs a tornar o projeto tangível no nosso país.

Cafeicultores e o capitão da Artemis. Foto: Divulgação.

O veleiro Artemis, que foi construído no Vietnã e conta com 3.000 m2 de área de vela, tem capacidade de transportar 1.000 toneladas de carga e dispõe de tecnologias de última geração, recebeu nesta semana os primeiros pallets de café do Brasil, 700 toneladas, das quais 400 toneladas da FAF Coffees, provenientes de 80 produtores. Também, 2 toneladas de amêndoas de cacau de Tomé Açu, PA, seguem juntas para a França.

A viagem entre São Sebastião a Le Havre deve durar entre 21 e 24 dias, a depender dos ventos.

Torcemos para que bons ventos continuem a soprar.

Opinião por Ensei Neto

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