Histórias e experiências sobre o café

Opinião|O dia em que o mercado do café mudou


Entenda o porquê do domínio do mercado pelo canéfora neste momento.

Por Ensei Neto

Marque esta data: 30 de agosto de 2024.

Neste dia, a cotação dos grãos de robusta (entenda-se Conilon e Robusta, as variedades) superaram a dos arabicas (leia-se Bourbon, Mundo Novo e Arara) em aproximadamente 2% pela primeira vez na história, deixando o mercado atordoado.

Café filtrado. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal
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O final do dia foi marcado pela incredulidade dos produtores, de compradores e, até experientes operadores do mercado, pois o que era considerado impensável se materializou. E essa saga continuou durante esta semana, como que consolidando uma nova era.

Mais do que uma simples sinalização de preços, essa mudança de liderança tem um significado muito mais profundo do que possa se imaginar, talvez efêmero quanto a florada do cafezal neste primeiro momento, mas de trajetória que, certamente, não terá mais retorno.

Polinização de flores de Conilon. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal
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Os grãos de canéforas sempre tiveram papel secundário para a indústria, simples coadjuvante frente aos de arábicas e com emprego mais intensivo na produção de café solúvel. Porém, foi justamente neste setor que as virtudes dessa espécie foram melhor exploradas como o maior rendimento industrial, devido a uma composição química mais privilegiada que a dos arábicas.

Por apresentar qualidade sensorial inferior como resultado de manejo pouco atencioso e técnico, que começava numa colheita afobadamente sem critérios, cheio de frutos imaturos e verdes, que se seguia para um processo de secagem com fogo direto a altíssimas temperaturas que promovia quase que somente danos, a descrição da bebida do Conilon foi oficialmente definida como "característica, com adstringência e sabor amadeirado".

Ao se analisar essa descrição, para experientes analistas sensoriais é notável que se trata tão somente de uma bebida cheia de defeitos.

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Triste, não?

Luis Carlos Gomes, cafeicultor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Alguns produtores, caso do Luis Carlos Gomes, de Santa Teresa, ES, tiveram a coragem de seguir rumos diferentes, colhendo apenas quando os frutos se apresentavam maduros, fazendo a secagem cuidadosamente lenta e, há pouco mais de 20 anos, ter a ousadia de preparar o primeiro lote de Conilon Descascado, considerado um marco divisório para a qualidade do Conilon Capixaba.

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Dentre as principais características que fazem os canéforas mais interessantes para se produzir e consumir estão estas:

  1. Precisam obrigatoriamente de polinização cruzada, o que permite grande variabilidade genética, portanto, maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais.
  2. Sua composição química contempla maior quantidade de carboidratos, que se reflete no maior rendimento industrial e, sensorialmente, na maior percepção de doçura.
  3. O maior teor de cafeína, que está presente nas folhas, torna mais resiliente às doenças fúngicas, diminuindo o custo de produção, além de manter maior equilíbrio com o meio ambiente.

 

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Sua capacidade de apresentar maior complexidade de aromas e sabores é equivalente à encontrada nos grãos de arábicas, pois a quantidade e variedade de microorganismos disponível originalmente nos diferentes cafezais é mais do que suficiente, garantindo as características individuais que fazem parte do conceito de Território ou Terroir.

O que define valor de um produto é sua aplicação industrial, no caso.

Apesar de quantitativamente o volume produzido no mundo ser menor que o dos grãos de arabica, o fato da cotação do robusta estar, ao menos nesta semana, à frente, sinaliza que a indústria aprendeu a utilizá-lo e, por isso, não deve fazer sua substituição. Preço é ocasião de mercado.

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Edson Scaldaferro, produtor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Da mesma forma, os produtores de Conilon e Robusta que passaram a trabalhar com o devido capricho hoje têm o orgulho de estampar seus nomes nos grãos torrados que estão ganhando o mercado.

Na verdade, o momento utópico está acontecendo para esse segmento de produtores.

 

 

 

 

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Neste dia, a cotação dos grãos de robusta (entenda-se Conilon e Robusta, as variedades) superaram a dos arabicas (leia-se Bourbon, Mundo Novo e Arara) em aproximadamente 2% pela primeira vez na história, deixando o mercado atordoado.

Café filtrado. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

O final do dia foi marcado pela incredulidade dos produtores, de compradores e, até experientes operadores do mercado, pois o que era considerado impensável se materializou. E essa saga continuou durante esta semana, como que consolidando uma nova era.

Mais do que uma simples sinalização de preços, essa mudança de liderança tem um significado muito mais profundo do que possa se imaginar, talvez efêmero quanto a florada do cafezal neste primeiro momento, mas de trajetória que, certamente, não terá mais retorno.

Polinização de flores de Conilon. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Os grãos de canéforas sempre tiveram papel secundário para a indústria, simples coadjuvante frente aos de arábicas e com emprego mais intensivo na produção de café solúvel. Porém, foi justamente neste setor que as virtudes dessa espécie foram melhor exploradas como o maior rendimento industrial, devido a uma composição química mais privilegiada que a dos arábicas.

Por apresentar qualidade sensorial inferior como resultado de manejo pouco atencioso e técnico, que começava numa colheita afobadamente sem critérios, cheio de frutos imaturos e verdes, que se seguia para um processo de secagem com fogo direto a altíssimas temperaturas que promovia quase que somente danos, a descrição da bebida do Conilon foi oficialmente definida como "característica, com adstringência e sabor amadeirado".

Ao se analisar essa descrição, para experientes analistas sensoriais é notável que se trata tão somente de uma bebida cheia de defeitos.

Triste, não?

Luis Carlos Gomes, cafeicultor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Alguns produtores, caso do Luis Carlos Gomes, de Santa Teresa, ES, tiveram a coragem de seguir rumos diferentes, colhendo apenas quando os frutos se apresentavam maduros, fazendo a secagem cuidadosamente lenta e, há pouco mais de 20 anos, ter a ousadia de preparar o primeiro lote de Conilon Descascado, considerado um marco divisório para a qualidade do Conilon Capixaba.

Dentre as principais características que fazem os canéforas mais interessantes para se produzir e consumir estão estas:

  1. Precisam obrigatoriamente de polinização cruzada, o que permite grande variabilidade genética, portanto, maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais.
  2. Sua composição química contempla maior quantidade de carboidratos, que se reflete no maior rendimento industrial e, sensorialmente, na maior percepção de doçura.
  3. O maior teor de cafeína, que está presente nas folhas, torna mais resiliente às doenças fúngicas, diminuindo o custo de produção, além de manter maior equilíbrio com o meio ambiente.

 

Sua capacidade de apresentar maior complexidade de aromas e sabores é equivalente à encontrada nos grãos de arábicas, pois a quantidade e variedade de microorganismos disponível originalmente nos diferentes cafezais é mais do que suficiente, garantindo as características individuais que fazem parte do conceito de Território ou Terroir.

O que define valor de um produto é sua aplicação industrial, no caso.

Apesar de quantitativamente o volume produzido no mundo ser menor que o dos grãos de arabica, o fato da cotação do robusta estar, ao menos nesta semana, à frente, sinaliza que a indústria aprendeu a utilizá-lo e, por isso, não deve fazer sua substituição. Preço é ocasião de mercado.

Edson Scaldaferro, produtor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Da mesma forma, os produtores de Conilon e Robusta que passaram a trabalhar com o devido capricho hoje têm o orgulho de estampar seus nomes nos grãos torrados que estão ganhando o mercado.

Na verdade, o momento utópico está acontecendo para esse segmento de produtores.

 

 

 

 

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Neste dia, a cotação dos grãos de robusta (entenda-se Conilon e Robusta, as variedades) superaram a dos arabicas (leia-se Bourbon, Mundo Novo e Arara) em aproximadamente 2% pela primeira vez na história, deixando o mercado atordoado.

Café filtrado. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

O final do dia foi marcado pela incredulidade dos produtores, de compradores e, até experientes operadores do mercado, pois o que era considerado impensável se materializou. E essa saga continuou durante esta semana, como que consolidando uma nova era.

Mais do que uma simples sinalização de preços, essa mudança de liderança tem um significado muito mais profundo do que possa se imaginar, talvez efêmero quanto a florada do cafezal neste primeiro momento, mas de trajetória que, certamente, não terá mais retorno.

Polinização de flores de Conilon. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Os grãos de canéforas sempre tiveram papel secundário para a indústria, simples coadjuvante frente aos de arábicas e com emprego mais intensivo na produção de café solúvel. Porém, foi justamente neste setor que as virtudes dessa espécie foram melhor exploradas como o maior rendimento industrial, devido a uma composição química mais privilegiada que a dos arábicas.

Por apresentar qualidade sensorial inferior como resultado de manejo pouco atencioso e técnico, que começava numa colheita afobadamente sem critérios, cheio de frutos imaturos e verdes, que se seguia para um processo de secagem com fogo direto a altíssimas temperaturas que promovia quase que somente danos, a descrição da bebida do Conilon foi oficialmente definida como "característica, com adstringência e sabor amadeirado".

Ao se analisar essa descrição, para experientes analistas sensoriais é notável que se trata tão somente de uma bebida cheia de defeitos.

Triste, não?

Luis Carlos Gomes, cafeicultor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Alguns produtores, caso do Luis Carlos Gomes, de Santa Teresa, ES, tiveram a coragem de seguir rumos diferentes, colhendo apenas quando os frutos se apresentavam maduros, fazendo a secagem cuidadosamente lenta e, há pouco mais de 20 anos, ter a ousadia de preparar o primeiro lote de Conilon Descascado, considerado um marco divisório para a qualidade do Conilon Capixaba.

Dentre as principais características que fazem os canéforas mais interessantes para se produzir e consumir estão estas:

  1. Precisam obrigatoriamente de polinização cruzada, o que permite grande variabilidade genética, portanto, maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais.
  2. Sua composição química contempla maior quantidade de carboidratos, que se reflete no maior rendimento industrial e, sensorialmente, na maior percepção de doçura.
  3. O maior teor de cafeína, que está presente nas folhas, torna mais resiliente às doenças fúngicas, diminuindo o custo de produção, além de manter maior equilíbrio com o meio ambiente.

 

Sua capacidade de apresentar maior complexidade de aromas e sabores é equivalente à encontrada nos grãos de arábicas, pois a quantidade e variedade de microorganismos disponível originalmente nos diferentes cafezais é mais do que suficiente, garantindo as características individuais que fazem parte do conceito de Território ou Terroir.

O que define valor de um produto é sua aplicação industrial, no caso.

Apesar de quantitativamente o volume produzido no mundo ser menor que o dos grãos de arabica, o fato da cotação do robusta estar, ao menos nesta semana, à frente, sinaliza que a indústria aprendeu a utilizá-lo e, por isso, não deve fazer sua substituição. Preço é ocasião de mercado.

Edson Scaldaferro, produtor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Da mesma forma, os produtores de Conilon e Robusta que passaram a trabalhar com o devido capricho hoje têm o orgulho de estampar seus nomes nos grãos torrados que estão ganhando o mercado.

Na verdade, o momento utópico está acontecendo para esse segmento de produtores.

 

 

 

 

Marque esta data: 30 de agosto de 2024.

Neste dia, a cotação dos grãos de robusta (entenda-se Conilon e Robusta, as variedades) superaram a dos arabicas (leia-se Bourbon, Mundo Novo e Arara) em aproximadamente 2% pela primeira vez na história, deixando o mercado atordoado.

Café filtrado. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

O final do dia foi marcado pela incredulidade dos produtores, de compradores e, até experientes operadores do mercado, pois o que era considerado impensável se materializou. E essa saga continuou durante esta semana, como que consolidando uma nova era.

Mais do que uma simples sinalização de preços, essa mudança de liderança tem um significado muito mais profundo do que possa se imaginar, talvez efêmero quanto a florada do cafezal neste primeiro momento, mas de trajetória que, certamente, não terá mais retorno.

Polinização de flores de Conilon. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Os grãos de canéforas sempre tiveram papel secundário para a indústria, simples coadjuvante frente aos de arábicas e com emprego mais intensivo na produção de café solúvel. Porém, foi justamente neste setor que as virtudes dessa espécie foram melhor exploradas como o maior rendimento industrial, devido a uma composição química mais privilegiada que a dos arábicas.

Por apresentar qualidade sensorial inferior como resultado de manejo pouco atencioso e técnico, que começava numa colheita afobadamente sem critérios, cheio de frutos imaturos e verdes, que se seguia para um processo de secagem com fogo direto a altíssimas temperaturas que promovia quase que somente danos, a descrição da bebida do Conilon foi oficialmente definida como "característica, com adstringência e sabor amadeirado".

Ao se analisar essa descrição, para experientes analistas sensoriais é notável que se trata tão somente de uma bebida cheia de defeitos.

Triste, não?

Luis Carlos Gomes, cafeicultor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Alguns produtores, caso do Luis Carlos Gomes, de Santa Teresa, ES, tiveram a coragem de seguir rumos diferentes, colhendo apenas quando os frutos se apresentavam maduros, fazendo a secagem cuidadosamente lenta e, há pouco mais de 20 anos, ter a ousadia de preparar o primeiro lote de Conilon Descascado, considerado um marco divisório para a qualidade do Conilon Capixaba.

Dentre as principais características que fazem os canéforas mais interessantes para se produzir e consumir estão estas:

  1. Precisam obrigatoriamente de polinização cruzada, o que permite grande variabilidade genética, portanto, maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais.
  2. Sua composição química contempla maior quantidade de carboidratos, que se reflete no maior rendimento industrial e, sensorialmente, na maior percepção de doçura.
  3. O maior teor de cafeína, que está presente nas folhas, torna mais resiliente às doenças fúngicas, diminuindo o custo de produção, além de manter maior equilíbrio com o meio ambiente.

 

Sua capacidade de apresentar maior complexidade de aromas e sabores é equivalente à encontrada nos grãos de arábicas, pois a quantidade e variedade de microorganismos disponível originalmente nos diferentes cafezais é mais do que suficiente, garantindo as características individuais que fazem parte do conceito de Território ou Terroir.

O que define valor de um produto é sua aplicação industrial, no caso.

Apesar de quantitativamente o volume produzido no mundo ser menor que o dos grãos de arabica, o fato da cotação do robusta estar, ao menos nesta semana, à frente, sinaliza que a indústria aprendeu a utilizá-lo e, por isso, não deve fazer sua substituição. Preço é ocasião de mercado.

Edson Scaldaferro, produtor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Da mesma forma, os produtores de Conilon e Robusta que passaram a trabalhar com o devido capricho hoje têm o orgulho de estampar seus nomes nos grãos torrados que estão ganhando o mercado.

Na verdade, o momento utópico está acontecendo para esse segmento de produtores.

 

 

 

 

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Neste dia, a cotação dos grãos de robusta (entenda-se Conilon e Robusta, as variedades) superaram a dos arabicas (leia-se Bourbon, Mundo Novo e Arara) em aproximadamente 2% pela primeira vez na história, deixando o mercado atordoado.

Café filtrado. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

O final do dia foi marcado pela incredulidade dos produtores, de compradores e, até experientes operadores do mercado, pois o que era considerado impensável se materializou. E essa saga continuou durante esta semana, como que consolidando uma nova era.

Mais do que uma simples sinalização de preços, essa mudança de liderança tem um significado muito mais profundo do que possa se imaginar, talvez efêmero quanto a florada do cafezal neste primeiro momento, mas de trajetória que, certamente, não terá mais retorno.

Polinização de flores de Conilon. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Os grãos de canéforas sempre tiveram papel secundário para a indústria, simples coadjuvante frente aos de arábicas e com emprego mais intensivo na produção de café solúvel. Porém, foi justamente neste setor que as virtudes dessa espécie foram melhor exploradas como o maior rendimento industrial, devido a uma composição química mais privilegiada que a dos arábicas.

Por apresentar qualidade sensorial inferior como resultado de manejo pouco atencioso e técnico, que começava numa colheita afobadamente sem critérios, cheio de frutos imaturos e verdes, que se seguia para um processo de secagem com fogo direto a altíssimas temperaturas que promovia quase que somente danos, a descrição da bebida do Conilon foi oficialmente definida como "característica, com adstringência e sabor amadeirado".

Ao se analisar essa descrição, para experientes analistas sensoriais é notável que se trata tão somente de uma bebida cheia de defeitos.

Triste, não?

Luis Carlos Gomes, cafeicultor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Alguns produtores, caso do Luis Carlos Gomes, de Santa Teresa, ES, tiveram a coragem de seguir rumos diferentes, colhendo apenas quando os frutos se apresentavam maduros, fazendo a secagem cuidadosamente lenta e, há pouco mais de 20 anos, ter a ousadia de preparar o primeiro lote de Conilon Descascado, considerado um marco divisório para a qualidade do Conilon Capixaba.

Dentre as principais características que fazem os canéforas mais interessantes para se produzir e consumir estão estas:

  1. Precisam obrigatoriamente de polinização cruzada, o que permite grande variabilidade genética, portanto, maior capacidade de adaptação às mudanças ambientais.
  2. Sua composição química contempla maior quantidade de carboidratos, que se reflete no maior rendimento industrial e, sensorialmente, na maior percepção de doçura.
  3. O maior teor de cafeína, que está presente nas folhas, torna mais resiliente às doenças fúngicas, diminuindo o custo de produção, além de manter maior equilíbrio com o meio ambiente.

 

Sua capacidade de apresentar maior complexidade de aromas e sabores é equivalente à encontrada nos grãos de arábicas, pois a quantidade e variedade de microorganismos disponível originalmente nos diferentes cafezais é mais do que suficiente, garantindo as características individuais que fazem parte do conceito de Território ou Terroir.

O que define valor de um produto é sua aplicação industrial, no caso.

Apesar de quantitativamente o volume produzido no mundo ser menor que o dos grãos de arabica, o fato da cotação do robusta estar, ao menos nesta semana, à frente, sinaliza que a indústria aprendeu a utilizá-lo e, por isso, não deve fazer sua substituição. Preço é ocasião de mercado.

Edson Scaldaferro, produtor. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal

Da mesma forma, os produtores de Conilon e Robusta que passaram a trabalhar com o devido capricho hoje têm o orgulho de estampar seus nomes nos grãos torrados que estão ganhando o mercado.

Na verdade, o momento utópico está acontecendo para esse segmento de produtores.

 

 

 

 

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