Histórias e experiências sobre o café

Opinião|Uma breve história sobre Conilons e Robustas | Parte 1


Conheça algumas verdades importantes sobre o Conilon.

Por Ensei Neto

O preconceito é uma reação típica de ignorância ou pouco conhecimento sobre algo, principalmente se tiver características que fogem da média.

Conilon com frutos maduros. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

A história do Coffea canephora e suas principais variedades, Conilon e Robusta, no Brasil é bastante recente, se comparada com a do arabica, com mais de 250 anos.

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Com a introdução das primeiras plantas no final do Século XVIII no país, a promissora cultura teve acompanhamento muito próximo da refugiada Família Real Portuguesa, que determinou o início de estudos e pesquisas com o objetivo de alcançar uma produção expressiva dos grãos de café trazidos furtivamente da Guiana Francesa, portanto, da espécie arabica.

Os cafeeiros encontraram excelentes condições para seu cultivo em latitudes próximas ao Trópico do Capricórnio, justamente onde se encontra a maior ramificação da Serra do Mar, versão ocidental da Cordilheira dos Andes, mantidas as devidas proporções de altitude. Apesar da altitude bem mais modesta que a média de 4 mil metros dos Andes, as Serras de Botucatu, da Mantiqueira, dos Órgãos e do Caparaó, por exemplo, se mostraram suficientemente elevadas, criando uma zona climática conhecida por Tropical de Altitude, complementada pela proximidade com o Oceano Atlântico.

Os campos de arabicas se esparramaram pelo interior de São Paulo ao Norte do Paraná, seguindo para parte do Mato Grosso do Sul, que chegou a ter produção importante até meados do Século XX, encontrando excepcionais condições em Minas Gerais.

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Lavoura de Conilon, Norte do Espírito Santo. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

As plantas de Coffea canephoras foram introduzidas no Espírito Santo em 1912, mais precisamente na Fazenda Monte Líbano, Cachoeiro do Itapemirim, pelo então Governador Jerônimo Monteiro.

No entanto, até 1971, seu cultivo não teve qualquer expressividade em razão de serem empregadas as mesmas técnicas de cultivo que os arábicas, além de problemas com a comercialização, que lhe impuseram preços bem mais baixos que os praticados com os grãos de arábicas. Neste ano, na região de São Gabriel da Palha, no Norte do Espírito Santo, houve iniciativas de fomento à produção de mudas e de assistência técnica em modelo que alcançou todo o Estado e possibilitando o crescimento da área plantada.

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Com o crescimento da indústria de café solúvel no Brasil, os grãos de Conilon passaram a ganhar crescente importância ao assumir majoritariamente a composição dos blends. Por outro lado, essa espécie se tornou excelente alternativa de produção em regiões com temperaturas mais elevadas, como as áreas quase litorâneas, de baixa altitude, e de certa restrição de chuvas.

Deve ser destacado o papel do setor de pesquisa e extensão rural do Estado, via hoje INCAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural, que a partir da implantação de fazendas experimentais, como a unidade de Marilândia, e centros de excelência, como a Unidade Norte - Linhares, a produção capixaba ganhou capilaridade, produtividade e produção expressiva.

Secagem de conilon em terreiro coberto, Santa Teresa, ES. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.
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Hoje, mais de 80% dos cafés canéforas produzidos e comercializados no Brasil são do Espírito Santo.

Veja a seguir algumas das importantes informações que a pesquisa capixaba obteve ao longo destes últimos anos:

reference
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Sim, esses grãos deixaram de ser o "patinho feio", associando com bebidas de qualidade inferior, quando, hoje, estão também em categorias como gourmet e especial, em produtos monoespécie e, em breve, monovarietais.

O preconceito é uma reação típica de ignorância ou pouco conhecimento sobre algo, principalmente se tiver características que fogem da média.

Conilon com frutos maduros. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

A história do Coffea canephora e suas principais variedades, Conilon e Robusta, no Brasil é bastante recente, se comparada com a do arabica, com mais de 250 anos.

Com a introdução das primeiras plantas no final do Século XVIII no país, a promissora cultura teve acompanhamento muito próximo da refugiada Família Real Portuguesa, que determinou o início de estudos e pesquisas com o objetivo de alcançar uma produção expressiva dos grãos de café trazidos furtivamente da Guiana Francesa, portanto, da espécie arabica.

Os cafeeiros encontraram excelentes condições para seu cultivo em latitudes próximas ao Trópico do Capricórnio, justamente onde se encontra a maior ramificação da Serra do Mar, versão ocidental da Cordilheira dos Andes, mantidas as devidas proporções de altitude. Apesar da altitude bem mais modesta que a média de 4 mil metros dos Andes, as Serras de Botucatu, da Mantiqueira, dos Órgãos e do Caparaó, por exemplo, se mostraram suficientemente elevadas, criando uma zona climática conhecida por Tropical de Altitude, complementada pela proximidade com o Oceano Atlântico.

Os campos de arabicas se esparramaram pelo interior de São Paulo ao Norte do Paraná, seguindo para parte do Mato Grosso do Sul, que chegou a ter produção importante até meados do Século XX, encontrando excepcionais condições em Minas Gerais.

Lavoura de Conilon, Norte do Espírito Santo. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

As plantas de Coffea canephoras foram introduzidas no Espírito Santo em 1912, mais precisamente na Fazenda Monte Líbano, Cachoeiro do Itapemirim, pelo então Governador Jerônimo Monteiro.

No entanto, até 1971, seu cultivo não teve qualquer expressividade em razão de serem empregadas as mesmas técnicas de cultivo que os arábicas, além de problemas com a comercialização, que lhe impuseram preços bem mais baixos que os praticados com os grãos de arábicas. Neste ano, na região de São Gabriel da Palha, no Norte do Espírito Santo, houve iniciativas de fomento à produção de mudas e de assistência técnica em modelo que alcançou todo o Estado e possibilitando o crescimento da área plantada.

Com o crescimento da indústria de café solúvel no Brasil, os grãos de Conilon passaram a ganhar crescente importância ao assumir majoritariamente a composição dos blends. Por outro lado, essa espécie se tornou excelente alternativa de produção em regiões com temperaturas mais elevadas, como as áreas quase litorâneas, de baixa altitude, e de certa restrição de chuvas.

Deve ser destacado o papel do setor de pesquisa e extensão rural do Estado, via hoje INCAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural, que a partir da implantação de fazendas experimentais, como a unidade de Marilândia, e centros de excelência, como a Unidade Norte - Linhares, a produção capixaba ganhou capilaridade, produtividade e produção expressiva.

Secagem de conilon em terreiro coberto, Santa Teresa, ES. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

Hoje, mais de 80% dos cafés canéforas produzidos e comercializados no Brasil são do Espírito Santo.

Veja a seguir algumas das importantes informações que a pesquisa capixaba obteve ao longo destes últimos anos:

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Sim, esses grãos deixaram de ser o "patinho feio", associando com bebidas de qualidade inferior, quando, hoje, estão também em categorias como gourmet e especial, em produtos monoespécie e, em breve, monovarietais.

O preconceito é uma reação típica de ignorância ou pouco conhecimento sobre algo, principalmente se tiver características que fogem da média.

Conilon com frutos maduros. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

A história do Coffea canephora e suas principais variedades, Conilon e Robusta, no Brasil é bastante recente, se comparada com a do arabica, com mais de 250 anos.

Com a introdução das primeiras plantas no final do Século XVIII no país, a promissora cultura teve acompanhamento muito próximo da refugiada Família Real Portuguesa, que determinou o início de estudos e pesquisas com o objetivo de alcançar uma produção expressiva dos grãos de café trazidos furtivamente da Guiana Francesa, portanto, da espécie arabica.

Os cafeeiros encontraram excelentes condições para seu cultivo em latitudes próximas ao Trópico do Capricórnio, justamente onde se encontra a maior ramificação da Serra do Mar, versão ocidental da Cordilheira dos Andes, mantidas as devidas proporções de altitude. Apesar da altitude bem mais modesta que a média de 4 mil metros dos Andes, as Serras de Botucatu, da Mantiqueira, dos Órgãos e do Caparaó, por exemplo, se mostraram suficientemente elevadas, criando uma zona climática conhecida por Tropical de Altitude, complementada pela proximidade com o Oceano Atlântico.

Os campos de arabicas se esparramaram pelo interior de São Paulo ao Norte do Paraná, seguindo para parte do Mato Grosso do Sul, que chegou a ter produção importante até meados do Século XX, encontrando excepcionais condições em Minas Gerais.

Lavoura de Conilon, Norte do Espírito Santo. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

As plantas de Coffea canephoras foram introduzidas no Espírito Santo em 1912, mais precisamente na Fazenda Monte Líbano, Cachoeiro do Itapemirim, pelo então Governador Jerônimo Monteiro.

No entanto, até 1971, seu cultivo não teve qualquer expressividade em razão de serem empregadas as mesmas técnicas de cultivo que os arábicas, além de problemas com a comercialização, que lhe impuseram preços bem mais baixos que os praticados com os grãos de arábicas. Neste ano, na região de São Gabriel da Palha, no Norte do Espírito Santo, houve iniciativas de fomento à produção de mudas e de assistência técnica em modelo que alcançou todo o Estado e possibilitando o crescimento da área plantada.

Com o crescimento da indústria de café solúvel no Brasil, os grãos de Conilon passaram a ganhar crescente importância ao assumir majoritariamente a composição dos blends. Por outro lado, essa espécie se tornou excelente alternativa de produção em regiões com temperaturas mais elevadas, como as áreas quase litorâneas, de baixa altitude, e de certa restrição de chuvas.

Deve ser destacado o papel do setor de pesquisa e extensão rural do Estado, via hoje INCAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural, que a partir da implantação de fazendas experimentais, como a unidade de Marilândia, e centros de excelência, como a Unidade Norte - Linhares, a produção capixaba ganhou capilaridade, produtividade e produção expressiva.

Secagem de conilon em terreiro coberto, Santa Teresa, ES. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

Hoje, mais de 80% dos cafés canéforas produzidos e comercializados no Brasil são do Espírito Santo.

Veja a seguir algumas das importantes informações que a pesquisa capixaba obteve ao longo destes últimos anos:

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Sim, esses grãos deixaram de ser o "patinho feio", associando com bebidas de qualidade inferior, quando, hoje, estão também em categorias como gourmet e especial, em produtos monoespécie e, em breve, monovarietais.

O preconceito é uma reação típica de ignorância ou pouco conhecimento sobre algo, principalmente se tiver características que fogem da média.

Conilon com frutos maduros. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

A história do Coffea canephora e suas principais variedades, Conilon e Robusta, no Brasil é bastante recente, se comparada com a do arabica, com mais de 250 anos.

Com a introdução das primeiras plantas no final do Século XVIII no país, a promissora cultura teve acompanhamento muito próximo da refugiada Família Real Portuguesa, que determinou o início de estudos e pesquisas com o objetivo de alcançar uma produção expressiva dos grãos de café trazidos furtivamente da Guiana Francesa, portanto, da espécie arabica.

Os cafeeiros encontraram excelentes condições para seu cultivo em latitudes próximas ao Trópico do Capricórnio, justamente onde se encontra a maior ramificação da Serra do Mar, versão ocidental da Cordilheira dos Andes, mantidas as devidas proporções de altitude. Apesar da altitude bem mais modesta que a média de 4 mil metros dos Andes, as Serras de Botucatu, da Mantiqueira, dos Órgãos e do Caparaó, por exemplo, se mostraram suficientemente elevadas, criando uma zona climática conhecida por Tropical de Altitude, complementada pela proximidade com o Oceano Atlântico.

Os campos de arabicas se esparramaram pelo interior de São Paulo ao Norte do Paraná, seguindo para parte do Mato Grosso do Sul, que chegou a ter produção importante até meados do Século XX, encontrando excepcionais condições em Minas Gerais.

Lavoura de Conilon, Norte do Espírito Santo. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

As plantas de Coffea canephoras foram introduzidas no Espírito Santo em 1912, mais precisamente na Fazenda Monte Líbano, Cachoeiro do Itapemirim, pelo então Governador Jerônimo Monteiro.

No entanto, até 1971, seu cultivo não teve qualquer expressividade em razão de serem empregadas as mesmas técnicas de cultivo que os arábicas, além de problemas com a comercialização, que lhe impuseram preços bem mais baixos que os praticados com os grãos de arábicas. Neste ano, na região de São Gabriel da Palha, no Norte do Espírito Santo, houve iniciativas de fomento à produção de mudas e de assistência técnica em modelo que alcançou todo o Estado e possibilitando o crescimento da área plantada.

Com o crescimento da indústria de café solúvel no Brasil, os grãos de Conilon passaram a ganhar crescente importância ao assumir majoritariamente a composição dos blends. Por outro lado, essa espécie se tornou excelente alternativa de produção em regiões com temperaturas mais elevadas, como as áreas quase litorâneas, de baixa altitude, e de certa restrição de chuvas.

Deve ser destacado o papel do setor de pesquisa e extensão rural do Estado, via hoje INCAPER - Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural, que a partir da implantação de fazendas experimentais, como a unidade de Marilândia, e centros de excelência, como a Unidade Norte - Linhares, a produção capixaba ganhou capilaridade, produtividade e produção expressiva.

Secagem de conilon em terreiro coberto, Santa Teresa, ES. Foto: Ensei Neto/Arquivo Pessoal.

Hoje, mais de 80% dos cafés canéforas produzidos e comercializados no Brasil são do Espírito Santo.

Veja a seguir algumas das importantes informações que a pesquisa capixaba obteve ao longo destes últimos anos:

reference

Sim, esses grãos deixaram de ser o "patinho feio", associando com bebidas de qualidade inferior, quando, hoje, estão também em categorias como gourmet e especial, em produtos monoespécie e, em breve, monovarietais.

Opinião por Ensei Neto

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