Um livro para crianças com receitas africanas de afeto


Em Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva, a chef Aline Chermoula enaltece ingredientes ancestrais, como abóbora, coco, inhame, batata doce e quiabo

Por Chris Campos
Atualização:
A chef Aline Chermoula, autora do livro Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva Foto: Mario Grave

Cozinheirinhos da Diásporaé um livro de receitas inspiradas na culinária afroameríndia. Com pratos pensados para o paladar infantil. A autora é a chef Aline Chermoula, mãe de duas crianças, Malu e Pedro. Um livro que enaltece ingredientes ancestrais, como abóbora, coco, inhame, batata doce, quiabo...  A chef teve a delicadeza de elaborar receitas práticas e fáceis de serem repetidas em casa, especialmente se você também for mãe e o tempo nem sempre estar a seu favor no dia-a-dia. Aline é pesquisadora da Culinária da Diáspora Africana pela Américas e defensora apaixonada da memória ancestral que os pratos oriundos do continente africano despertam ou deveriam despertar nos brasileiros. 

"O Brasil não quer ser negro, indígena e latino... Ele quer ser ocidente, contempla, quase exclusivamente, a Europa", aponta a introdução de Rodrigo França. "Mas aqui resistimos, principalmente com a nossa gastronomia. Mesmo que muita gente não tenha contato direto com os terreiros de axé, os quilombos e as comunidades ribeirinhas, nós estamos envoltos em temperos que deixam os pratos ligados ao continente mãe".

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O livro Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva Foto: Mario Grave

O livro tem uma personagem central, Chermoulinha, lindamente ilustrada por Rangel Egído. É nas palavras dela que mergulhamos no universo lúdico de Cozinheirinhos da Diáspora. É um livro feito para despertar nas crianças, mas também nos leitores adultos, o gosto por uma culinária tão rica e ao mesmo tempo tão simples. Uma combinação que quase sempre é sucesso garantido. 

Os leitores começam a "aventura" tomando conhecimento das dicas de segurança e higiene na cozinha. Ficam sabendo um bocado de histórias dos ingredientes e das receitas afrodiaspóricas. Conhecem o signficado da diáspora africana: "Processo em que pessoas eram levadas à força para outros locais pelo mundo, obrigadas a fazer trabalhos pesados na condição de escravizadas". E só então estão prontas para reconhecer receitas como o requeijão de inhame, o bolo de cocada queimada, o Kelewele (banana da terra temperada com pimenta e frita no dendê, servida com amendoim). 

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O livro ainda tem uma surpresa no final: um QR code para acessar uma playlist feita para ouvir enquanto você e os pequenos preparam as receitas. 

Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva, Editora Conexão 1, de Aline Chermoula, 38 páginas

A chef Aline Chermoula, autora do livro Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva Foto: Mario Grave

Cozinheirinhos da Diásporaé um livro de receitas inspiradas na culinária afroameríndia. Com pratos pensados para o paladar infantil. A autora é a chef Aline Chermoula, mãe de duas crianças, Malu e Pedro. Um livro que enaltece ingredientes ancestrais, como abóbora, coco, inhame, batata doce, quiabo...  A chef teve a delicadeza de elaborar receitas práticas e fáceis de serem repetidas em casa, especialmente se você também for mãe e o tempo nem sempre estar a seu favor no dia-a-dia. Aline é pesquisadora da Culinária da Diáspora Africana pela Américas e defensora apaixonada da memória ancestral que os pratos oriundos do continente africano despertam ou deveriam despertar nos brasileiros. 

"O Brasil não quer ser negro, indígena e latino... Ele quer ser ocidente, contempla, quase exclusivamente, a Europa", aponta a introdução de Rodrigo França. "Mas aqui resistimos, principalmente com a nossa gastronomia. Mesmo que muita gente não tenha contato direto com os terreiros de axé, os quilombos e as comunidades ribeirinhas, nós estamos envoltos em temperos que deixam os pratos ligados ao continente mãe".

O livro Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva Foto: Mario Grave

O livro tem uma personagem central, Chermoulinha, lindamente ilustrada por Rangel Egído. É nas palavras dela que mergulhamos no universo lúdico de Cozinheirinhos da Diáspora. É um livro feito para despertar nas crianças, mas também nos leitores adultos, o gosto por uma culinária tão rica e ao mesmo tempo tão simples. Uma combinação que quase sempre é sucesso garantido. 

Os leitores começam a "aventura" tomando conhecimento das dicas de segurança e higiene na cozinha. Ficam sabendo um bocado de histórias dos ingredientes e das receitas afrodiaspóricas. Conhecem o signficado da diáspora africana: "Processo em que pessoas eram levadas à força para outros locais pelo mundo, obrigadas a fazer trabalhos pesados na condição de escravizadas". E só então estão prontas para reconhecer receitas como o requeijão de inhame, o bolo de cocada queimada, o Kelewele (banana da terra temperada com pimenta e frita no dendê, servida com amendoim). 

O livro ainda tem uma surpresa no final: um QR code para acessar uma playlist feita para ouvir enquanto você e os pequenos preparam as receitas. 

Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva, Editora Conexão 1, de Aline Chermoula, 38 páginas

A chef Aline Chermoula, autora do livro Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva Foto: Mario Grave

Cozinheirinhos da Diásporaé um livro de receitas inspiradas na culinária afroameríndia. Com pratos pensados para o paladar infantil. A autora é a chef Aline Chermoula, mãe de duas crianças, Malu e Pedro. Um livro que enaltece ingredientes ancestrais, como abóbora, coco, inhame, batata doce, quiabo...  A chef teve a delicadeza de elaborar receitas práticas e fáceis de serem repetidas em casa, especialmente se você também for mãe e o tempo nem sempre estar a seu favor no dia-a-dia. Aline é pesquisadora da Culinária da Diáspora Africana pela Américas e defensora apaixonada da memória ancestral que os pratos oriundos do continente africano despertam ou deveriam despertar nos brasileiros. 

"O Brasil não quer ser negro, indígena e latino... Ele quer ser ocidente, contempla, quase exclusivamente, a Europa", aponta a introdução de Rodrigo França. "Mas aqui resistimos, principalmente com a nossa gastronomia. Mesmo que muita gente não tenha contato direto com os terreiros de axé, os quilombos e as comunidades ribeirinhas, nós estamos envoltos em temperos que deixam os pratos ligados ao continente mãe".

O livro Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva Foto: Mario Grave

O livro tem uma personagem central, Chermoulinha, lindamente ilustrada por Rangel Egído. É nas palavras dela que mergulhamos no universo lúdico de Cozinheirinhos da Diáspora. É um livro feito para despertar nas crianças, mas também nos leitores adultos, o gosto por uma culinária tão rica e ao mesmo tempo tão simples. Uma combinação que quase sempre é sucesso garantido. 

Os leitores começam a "aventura" tomando conhecimento das dicas de segurança e higiene na cozinha. Ficam sabendo um bocado de histórias dos ingredientes e das receitas afrodiaspóricas. Conhecem o signficado da diáspora africana: "Processo em que pessoas eram levadas à força para outros locais pelo mundo, obrigadas a fazer trabalhos pesados na condição de escravizadas". E só então estão prontas para reconhecer receitas como o requeijão de inhame, o bolo de cocada queimada, o Kelewele (banana da terra temperada com pimenta e frita no dendê, servida com amendoim). 

O livro ainda tem uma surpresa no final: um QR code para acessar uma playlist feita para ouvir enquanto você e os pequenos preparam as receitas. 

Cozinheirinhos da Diáspora - Sabores e saberes da nossa cozinha ancestral e afetiva, Editora Conexão 1, de Aline Chermoula, 38 páginas

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