Se você ficou ansiosa ou ansioso com o anúncio da estreia da nova temporada de Emily in Paris, agendada pela Netflix para 15 de agosto (primeira parte) e 12 de setembro (segunda parte) essa viagem gastronômica vai fazer sua mente cruzar o oceano e visitar a capital francesa. E, é claro, mergulhar em seus sabores, tão enaltecidos no seriado.
Tudo começou no Grand Hotel do Palais Royal, o cinco estrelas que fica a poucos passos do Museu do Louvre e sim, bem pertinho do Palais Royal e seus jardins, onde Emily (Lily Collins) e sua amiga Mindy Chen (Ashley Park) se conhecem e colocam o papo em dia em alguns momentos da série.
Ao chegar ao quarto e seguir até a janela, dei de cara com uma imagem que me lançou diretamente à série. De um lado, a porta do escritório fictício onde funciona a Savoir, a agência onde Emily trabalha, ao lado da Galerie Patrick Fourtin.
A poucos passos, o Bistrot Valois, onde Emily e seus colegas falam de trabalho enquanto almoçam ou tomam café. Ambos os espaços, assim como o hotel, ficam na Place de Valois, em frente a uma das portas de acesso ao Palais Royal.
No hotel, a recepção é com champagne, mas vale muito a pena dar um pulo no restaurante Café 52 Paris, que fica em um cantinho mais intimista da praça, de frente para a estátua "Os lutadores", do falecido artista senegalês Ousmane Sow.
No mesmo local, é servido o café da manhã no hotel, com direito a muito croissant, queijos e, é claro, pain au chocolat, um dos primeiros prazeres gastronômicos de Emily na sua nova vida em Paris. O hotel também serve brunch para quem não está hospedado por lá.
Pelas janelas ou diretamente do terraço, nos dias mais quentes, é possível ver a movimentação de alguns fãs da série que param para tirar fotos no famoso cenário da série. Mas, aqui, é importante dizer: não há aglomeração ou qualquer tipo de perturbação a paz. É algo realmente pitoresco.
Na carta de coquetéis, servida no restaurante no bar, de mesmo nome, com entrada pela rua Valois, tem homenagem à personagem. O Cocktail Emily, que fizemos questão de provar, leva champagne, creme de framboesa e framboesa (20 euros). Já as comidinhas, disponíveis para o almoço e jantar, seguem uma linha mais leve, com muita saladas e alguma inspiração oriental.
O Grand Hotel du Palais Royal também aproveita-se de sua localização estratégica para oferecer um experiência que pega carona em Emily in Paris. Em parceria com a norte-americana Leah Walker, radicada na capital francesa há sete anos, o hotel oferece um passeio personalizado pelos pontos turísticos da popular série. "As pequenas coisas na vida de Emily - a dificuldade de transição, a barreira do idioma, conseguir acostumada com a cultura - me identifico com tudo isso", diz Leah, que amou tanto a série que assistiu três vezes.
Os locais de filmagem utilizados incluem alguns dos mais cantos icônicos e também menos conhecidos - aqueles que eram instantaneamente reconhecíveis por um observador local. "Se você conhece a cidade, você conhece os lugares e pode ver como conectá-los. Eu queria traçar uma rota que não fosse apenas indicativa da série e dos locais, mas o que é lindo de ver na cidade", diz Leah.
No passeio que inclui o Quartier Latin, onde fica o apartamento de Emily, há visita ao restaurante do Chez Lauvaux, onde o personagem Gabriel cozinha, que na verdade se chama Terra Nera (sim, a comida é italiana!). Na região, também fica a Boulangerie Moderne, onde Emily prova o seu primeira e quase orgástico Pain au Chocolat. O passeio, que pode ser agendado por email, dura três horas e custa 450 euros.
Bistrot Valois
Além dos espaços gastronômicos do Grand Hotel du Palais Royal, os fãs da série também podem aproveitar para fazer uma vistia ao Bistrot Valois, que fica em frente ao hotel e serve de locação em algumas passagens da série.
Ao contrário do que possa parecer, o espaço não é tomado por turistas. Há, sim, alguns deles, identificados por malas e por utilizar o inglês para se comunicar. Mas também há muitos locais que aproveitam o restaurante especialmente na hora do almoço: há os pratos do dia dentro do menu du jour (entrada, prato principal e sobremesa) e clássicos como o steak tartare (22 euros) - minha escolha desta vez.
Por lá, também há coquetéis inspirados na personagem da série da Netflix. Provei o Emily, com prosecco, licor de sabugueiro e manga (14 euros). O espaço abre ao meio-dia e também serve jantar e pratos para partilhar.