Benefícios corporativos flexíveis movimentam startups em prol do RH


Com produtos que vão de clubes de descontos a soluções para a vida financeira de funcionários, negócios tecnológicos resolvem dores do RH

Por Bianca Zanatta
Atualização:

Os pacotes de benefícios corporativos assumiram um papel estratégico na percepção que os colaboradores têm das empresas. De acordo com o Censo de Benefícios de 2021 da Pontomais, que desenvolve soluções de RH, enquanto 53,4% dos gestores entrevistados de 150 empresas brasileiras afirmaram que pensam nos benefícios para a retenção de talentos, 38,2% usam esses pacotes como estratégia para promover sua marca. Além de ter os benefícios como atrativo, as empresas viram crescer a demanda por novos usos desses benefícios no trabalho remoto.

O auxílio home office, aliás, foi o benefício que mais cresceu no último ano segundo 45% dos entrevistados no Guia Nacional de Benefícios, realizado pela Vee Benefícios com a Leme Consultoria, que mapeou 1.156 empresas. Quanto aos benefícios flexíveis, 26% já os adotam em algum nível e outras 27% pretendem implementar ao longo de 2022. Com a crescente valorização desse tipo de benefício, startups que oferecem soluções ao RH das empresas estão ganhando terreno. 

Segundo Júlio Brito, CEO da Swile no Brasil, startup francesa que oferece o serviço dos benefícios flexíveis, as novas prioridades dos colaboradores das empresas, além do auxílio home office, estão em benefícios de qualidade de vida, como saúde, cultura, educação e mobilidade – com a liberdade de escolha.

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“Essa discussão surgiu na década de 1970 e chegou no início dos anos 2000 por aqui, mas se intensificou quatro anos atrás”, explica. “As empresas começaram a perceber que, quando montam uma cesta de benefícios cuja gestão é do próprio colaborador, ele fica mais feliz e engajado. É uma ressignificação dos termos atração e retenção de talentos porque há convergência de propósitos entre o colaborador e a empresa.”

Manoel Jardim, fundador da Ben.up, trouxe a própria experiênciadeanos trabalhando em RHs para seu negócio de benefícios flexíveis. Foto: Werther Santana/Estadão

A Swile já é considerada um unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão), com atuação na França, no Brasil e no México. Na esteira desse mercado bilionário, está a brasileira Caju, startup fundada em 2020 e que também desenvolveu uma solução focada em proporcionar flexibilidade e poder de escolha aos colaboradores das organizações. O uso dos benefícios é feito por meio de um cartão de crédito que pode ser usado em mais de sete categorias de produtos e serviços em estabelecimentos do Brasil e do mundo que aceitam a bandeira Visa.

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Em menos de um ano após um aporte da Série A, o negócio de benefícios corporativos flexíveis cresceu cinco vezes e quadruplicou o time, reforçado por profissionais vindos de grandes empresas como Johnson & Johnson, Mercado Livre, McKinsey e LG Lugar de Gente. Para os próximos meses, a expectativa é aumentar em mais de 400% o número de usuários.

Flexibilidade e liberdade também são palavras de ordem na plataforma digital Wiipo, que lançou o cartão Wiipo Flex para reunir todos os benefícios que o gestor deseja trabalhar. A solução disponibiliza aplicativo, portal de gestão para o RH, integração ao HCM (software de gestão de pessoas da Senior Sistemas), vale-alimentação e refeição intercambiáveis, fundos automatizados, antecipação salarial e bolsos personalizáveis. 

Além de permitir que o próprio colaborador use os valores na forma que desejar – ou seja, que migre o dinheiro de uma categoria para outra, de acordo com suas necessidades –, o cartão também está conectado ao Clube Wiipo, que oferece descontos em produtos digitais, lojas físicas e delivery, tudo com cashback.

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Benefício vai até o financiamento imobiliário

No caso da Ben.up, joint venture da Wiz com a LG Lugar de Gente, a plataforma para integrar a área de gestão de pessoas nasceu de uma necessidade detectada na área de RH, que em geral enfrenta orçamentos escassos, conta Manoel Jardim, presidente da startup. “Quando veio a oportunidade de montar um negócio, eu quis levar uma solução de baixo custo e operação fácil que comunica os valores da empresa por meio dos benefícios para ajudar a atrair e reter os talentos”, diz.

A solução da Ben.up divide os serviços em quatro pilares, deixando a critério dos colaboradores optarem pela contratação dos produtos a partir de suas necessidades. O Seu Bolso é ancorado na orientação e na educação financeira, com produtos de antecipação salarial e de 13º salário, crédito consignado e antecipação do FGTS; Seu Sonho auxilia na viabilização de desejos, dando acesso a crédito imobiliário, crédito educativo, consórcios e empréstimo com garantia. Tem ainda o Seu Futuro, que conta com seguros em geral e previdência privada, e Seu Dia a Dia, com produtos voltados para o bem-estar e qualidade de vida.

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“A gente pensou nesses pilares como forma de dar uma jornada mais organizada para o colaborador na plataforma”, afirma Jardim, que classifica a falta de orientação financeira como uma das maiores pedras no sapato dos colaboradores. “A ideia é ajudar a pensar no endividamento do brasileiro e ensinar a negociar uma dívida mais saudável. Isso também ajuda o RH porque acaba sobrando salário e diminuindo a pressão sobre o empregador.”

Outra sacada da startup foi trazer o produto do crédito imobiliário para a plataforma. A partir de um multicálculo que cruza o tipo de imóvel, o valor e o tempo do financiamento, a Ben.up faz a cotação com os principais agentes financeiros e toda a jornada de contratação é digital. “Isso não existia como benefício corporativo e é um produto que faz todo o sentido para o RH”, sublinha Jardim, revelando que a plataforma gerou 33 propostas em apenas duas semanas, somando R$ 14 milhões em crédito imobiliário. “É a empresa ajudando a pessoa com o sonho da casa própria. Isso comunica muito valor e propósito.”

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Cuidando da jornada de consumo

A Allya é outra startup que criou uma solução de benefícios para ajudar na vida financeira dos funcionários das empresas. Aqui, o foco do negócio é auxiliar o RH na gestão e na comunicação de parcerias e convênios com a participação dos próprios funcionários, que têm acesso autônomo a todos os benefícios e podem indicar novos parceiros. Atualmente, são mais de 34 mil parceiros em categorias como instituições de ensino, restaurantes, academias, farmácias, turismo, cultura e lazer, delivery, serviços e lojas online.

Marco Ferelli, Welton Brandão e Gustavo Antonelli, da startup de benefíciosAllya. Foto: Brendon Rodrigues
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“Começamos fazendo pesquisas com RHs e colaboradores e vimos que não havia um sistema de gestão e centralidade para tirar isso dos ombros do RH”, conta Marco Ferelli, fundador da startup, segundo quem a missão da Allya é estar na jornada de consumo das pessoas, sempre com foco em bem-estar financeiro. “Hoje 75% dos brasileiros estão endividados e vivem no limite do orçamento. O melhor jeito de fazer sobrar dinheiro é economizando na jornada de consumo.”

Após receber um aporte de R$ 7,5 milhões da Domo em 2020, ele conta que a startup cresceu em todas as áreas e está trabalhando no ajuste do produto para ampliar a oferta de benefícios. Já conquistou clientes como Accenture, MRV, Localiza, Gol e Banco Neon e viu o time saltar de 25 para 43 pessoas na pandemia. 

Há um ano e meio, a Allya também começou a atuar com pequenas empresas, como Nostrum e Darede, que têm equipes com menos de 50 pessoas. “Para uma empresa pequena, é incrível ter acesso a parcerias a que normalmente só uma grande empresa consegue ter pelo número de vidas que possui.”

Os pacotes de benefícios corporativos assumiram um papel estratégico na percepção que os colaboradores têm das empresas. De acordo com o Censo de Benefícios de 2021 da Pontomais, que desenvolve soluções de RH, enquanto 53,4% dos gestores entrevistados de 150 empresas brasileiras afirmaram que pensam nos benefícios para a retenção de talentos, 38,2% usam esses pacotes como estratégia para promover sua marca. Além de ter os benefícios como atrativo, as empresas viram crescer a demanda por novos usos desses benefícios no trabalho remoto.

O auxílio home office, aliás, foi o benefício que mais cresceu no último ano segundo 45% dos entrevistados no Guia Nacional de Benefícios, realizado pela Vee Benefícios com a Leme Consultoria, que mapeou 1.156 empresas. Quanto aos benefícios flexíveis, 26% já os adotam em algum nível e outras 27% pretendem implementar ao longo de 2022. Com a crescente valorização desse tipo de benefício, startups que oferecem soluções ao RH das empresas estão ganhando terreno. 

Segundo Júlio Brito, CEO da Swile no Brasil, startup francesa que oferece o serviço dos benefícios flexíveis, as novas prioridades dos colaboradores das empresas, além do auxílio home office, estão em benefícios de qualidade de vida, como saúde, cultura, educação e mobilidade – com a liberdade de escolha.

“Essa discussão surgiu na década de 1970 e chegou no início dos anos 2000 por aqui, mas se intensificou quatro anos atrás”, explica. “As empresas começaram a perceber que, quando montam uma cesta de benefícios cuja gestão é do próprio colaborador, ele fica mais feliz e engajado. É uma ressignificação dos termos atração e retenção de talentos porque há convergência de propósitos entre o colaborador e a empresa.”

Manoel Jardim, fundador da Ben.up, trouxe a própria experiênciadeanos trabalhando em RHs para seu negócio de benefícios flexíveis. Foto: Werther Santana/Estadão

A Swile já é considerada um unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão), com atuação na França, no Brasil e no México. Na esteira desse mercado bilionário, está a brasileira Caju, startup fundada em 2020 e que também desenvolveu uma solução focada em proporcionar flexibilidade e poder de escolha aos colaboradores das organizações. O uso dos benefícios é feito por meio de um cartão de crédito que pode ser usado em mais de sete categorias de produtos e serviços em estabelecimentos do Brasil e do mundo que aceitam a bandeira Visa.

Em menos de um ano após um aporte da Série A, o negócio de benefícios corporativos flexíveis cresceu cinco vezes e quadruplicou o time, reforçado por profissionais vindos de grandes empresas como Johnson & Johnson, Mercado Livre, McKinsey e LG Lugar de Gente. Para os próximos meses, a expectativa é aumentar em mais de 400% o número de usuários.

Flexibilidade e liberdade também são palavras de ordem na plataforma digital Wiipo, que lançou o cartão Wiipo Flex para reunir todos os benefícios que o gestor deseja trabalhar. A solução disponibiliza aplicativo, portal de gestão para o RH, integração ao HCM (software de gestão de pessoas da Senior Sistemas), vale-alimentação e refeição intercambiáveis, fundos automatizados, antecipação salarial e bolsos personalizáveis. 

Além de permitir que o próprio colaborador use os valores na forma que desejar – ou seja, que migre o dinheiro de uma categoria para outra, de acordo com suas necessidades –, o cartão também está conectado ao Clube Wiipo, que oferece descontos em produtos digitais, lojas físicas e delivery, tudo com cashback.

Benefício vai até o financiamento imobiliário

No caso da Ben.up, joint venture da Wiz com a LG Lugar de Gente, a plataforma para integrar a área de gestão de pessoas nasceu de uma necessidade detectada na área de RH, que em geral enfrenta orçamentos escassos, conta Manoel Jardim, presidente da startup. “Quando veio a oportunidade de montar um negócio, eu quis levar uma solução de baixo custo e operação fácil que comunica os valores da empresa por meio dos benefícios para ajudar a atrair e reter os talentos”, diz.

A solução da Ben.up divide os serviços em quatro pilares, deixando a critério dos colaboradores optarem pela contratação dos produtos a partir de suas necessidades. O Seu Bolso é ancorado na orientação e na educação financeira, com produtos de antecipação salarial e de 13º salário, crédito consignado e antecipação do FGTS; Seu Sonho auxilia na viabilização de desejos, dando acesso a crédito imobiliário, crédito educativo, consórcios e empréstimo com garantia. Tem ainda o Seu Futuro, que conta com seguros em geral e previdência privada, e Seu Dia a Dia, com produtos voltados para o bem-estar e qualidade de vida.

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“A gente pensou nesses pilares como forma de dar uma jornada mais organizada para o colaborador na plataforma”, afirma Jardim, que classifica a falta de orientação financeira como uma das maiores pedras no sapato dos colaboradores. “A ideia é ajudar a pensar no endividamento do brasileiro e ensinar a negociar uma dívida mais saudável. Isso também ajuda o RH porque acaba sobrando salário e diminuindo a pressão sobre o empregador.”

Outra sacada da startup foi trazer o produto do crédito imobiliário para a plataforma. A partir de um multicálculo que cruza o tipo de imóvel, o valor e o tempo do financiamento, a Ben.up faz a cotação com os principais agentes financeiros e toda a jornada de contratação é digital. “Isso não existia como benefício corporativo e é um produto que faz todo o sentido para o RH”, sublinha Jardim, revelando que a plataforma gerou 33 propostas em apenas duas semanas, somando R$ 14 milhões em crédito imobiliário. “É a empresa ajudando a pessoa com o sonho da casa própria. Isso comunica muito valor e propósito.”

Cuidando da jornada de consumo

A Allya é outra startup que criou uma solução de benefícios para ajudar na vida financeira dos funcionários das empresas. Aqui, o foco do negócio é auxiliar o RH na gestão e na comunicação de parcerias e convênios com a participação dos próprios funcionários, que têm acesso autônomo a todos os benefícios e podem indicar novos parceiros. Atualmente, são mais de 34 mil parceiros em categorias como instituições de ensino, restaurantes, academias, farmácias, turismo, cultura e lazer, delivery, serviços e lojas online.

Marco Ferelli, Welton Brandão e Gustavo Antonelli, da startup de benefíciosAllya. Foto: Brendon Rodrigues

“Começamos fazendo pesquisas com RHs e colaboradores e vimos que não havia um sistema de gestão e centralidade para tirar isso dos ombros do RH”, conta Marco Ferelli, fundador da startup, segundo quem a missão da Allya é estar na jornada de consumo das pessoas, sempre com foco em bem-estar financeiro. “Hoje 75% dos brasileiros estão endividados e vivem no limite do orçamento. O melhor jeito de fazer sobrar dinheiro é economizando na jornada de consumo.”

Após receber um aporte de R$ 7,5 milhões da Domo em 2020, ele conta que a startup cresceu em todas as áreas e está trabalhando no ajuste do produto para ampliar a oferta de benefícios. Já conquistou clientes como Accenture, MRV, Localiza, Gol e Banco Neon e viu o time saltar de 25 para 43 pessoas na pandemia. 

Há um ano e meio, a Allya também começou a atuar com pequenas empresas, como Nostrum e Darede, que têm equipes com menos de 50 pessoas. “Para uma empresa pequena, é incrível ter acesso a parcerias a que normalmente só uma grande empresa consegue ter pelo número de vidas que possui.”

Os pacotes de benefícios corporativos assumiram um papel estratégico na percepção que os colaboradores têm das empresas. De acordo com o Censo de Benefícios de 2021 da Pontomais, que desenvolve soluções de RH, enquanto 53,4% dos gestores entrevistados de 150 empresas brasileiras afirmaram que pensam nos benefícios para a retenção de talentos, 38,2% usam esses pacotes como estratégia para promover sua marca. Além de ter os benefícios como atrativo, as empresas viram crescer a demanda por novos usos desses benefícios no trabalho remoto.

O auxílio home office, aliás, foi o benefício que mais cresceu no último ano segundo 45% dos entrevistados no Guia Nacional de Benefícios, realizado pela Vee Benefícios com a Leme Consultoria, que mapeou 1.156 empresas. Quanto aos benefícios flexíveis, 26% já os adotam em algum nível e outras 27% pretendem implementar ao longo de 2022. Com a crescente valorização desse tipo de benefício, startups que oferecem soluções ao RH das empresas estão ganhando terreno. 

Segundo Júlio Brito, CEO da Swile no Brasil, startup francesa que oferece o serviço dos benefícios flexíveis, as novas prioridades dos colaboradores das empresas, além do auxílio home office, estão em benefícios de qualidade de vida, como saúde, cultura, educação e mobilidade – com a liberdade de escolha.

“Essa discussão surgiu na década de 1970 e chegou no início dos anos 2000 por aqui, mas se intensificou quatro anos atrás”, explica. “As empresas começaram a perceber que, quando montam uma cesta de benefícios cuja gestão é do próprio colaborador, ele fica mais feliz e engajado. É uma ressignificação dos termos atração e retenção de talentos porque há convergência de propósitos entre o colaborador e a empresa.”

Manoel Jardim, fundador da Ben.up, trouxe a própria experiênciadeanos trabalhando em RHs para seu negócio de benefícios flexíveis. Foto: Werther Santana/Estadão

A Swile já é considerada um unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão), com atuação na França, no Brasil e no México. Na esteira desse mercado bilionário, está a brasileira Caju, startup fundada em 2020 e que também desenvolveu uma solução focada em proporcionar flexibilidade e poder de escolha aos colaboradores das organizações. O uso dos benefícios é feito por meio de um cartão de crédito que pode ser usado em mais de sete categorias de produtos e serviços em estabelecimentos do Brasil e do mundo que aceitam a bandeira Visa.

Em menos de um ano após um aporte da Série A, o negócio de benefícios corporativos flexíveis cresceu cinco vezes e quadruplicou o time, reforçado por profissionais vindos de grandes empresas como Johnson & Johnson, Mercado Livre, McKinsey e LG Lugar de Gente. Para os próximos meses, a expectativa é aumentar em mais de 400% o número de usuários.

Flexibilidade e liberdade também são palavras de ordem na plataforma digital Wiipo, que lançou o cartão Wiipo Flex para reunir todos os benefícios que o gestor deseja trabalhar. A solução disponibiliza aplicativo, portal de gestão para o RH, integração ao HCM (software de gestão de pessoas da Senior Sistemas), vale-alimentação e refeição intercambiáveis, fundos automatizados, antecipação salarial e bolsos personalizáveis. 

Além de permitir que o próprio colaborador use os valores na forma que desejar – ou seja, que migre o dinheiro de uma categoria para outra, de acordo com suas necessidades –, o cartão também está conectado ao Clube Wiipo, que oferece descontos em produtos digitais, lojas físicas e delivery, tudo com cashback.

Benefício vai até o financiamento imobiliário

No caso da Ben.up, joint venture da Wiz com a LG Lugar de Gente, a plataforma para integrar a área de gestão de pessoas nasceu de uma necessidade detectada na área de RH, que em geral enfrenta orçamentos escassos, conta Manoel Jardim, presidente da startup. “Quando veio a oportunidade de montar um negócio, eu quis levar uma solução de baixo custo e operação fácil que comunica os valores da empresa por meio dos benefícios para ajudar a atrair e reter os talentos”, diz.

A solução da Ben.up divide os serviços em quatro pilares, deixando a critério dos colaboradores optarem pela contratação dos produtos a partir de suas necessidades. O Seu Bolso é ancorado na orientação e na educação financeira, com produtos de antecipação salarial e de 13º salário, crédito consignado e antecipação do FGTS; Seu Sonho auxilia na viabilização de desejos, dando acesso a crédito imobiliário, crédito educativo, consórcios e empréstimo com garantia. Tem ainda o Seu Futuro, que conta com seguros em geral e previdência privada, e Seu Dia a Dia, com produtos voltados para o bem-estar e qualidade de vida.

  • Quer debater assuntos de Carreira e Empreendedorismo? Entre para o nosso grupo no Telegram pelo link ou digite @gruposuacarreira na barra de pesquisa do aplicativo

“A gente pensou nesses pilares como forma de dar uma jornada mais organizada para o colaborador na plataforma”, afirma Jardim, que classifica a falta de orientação financeira como uma das maiores pedras no sapato dos colaboradores. “A ideia é ajudar a pensar no endividamento do brasileiro e ensinar a negociar uma dívida mais saudável. Isso também ajuda o RH porque acaba sobrando salário e diminuindo a pressão sobre o empregador.”

Outra sacada da startup foi trazer o produto do crédito imobiliário para a plataforma. A partir de um multicálculo que cruza o tipo de imóvel, o valor e o tempo do financiamento, a Ben.up faz a cotação com os principais agentes financeiros e toda a jornada de contratação é digital. “Isso não existia como benefício corporativo e é um produto que faz todo o sentido para o RH”, sublinha Jardim, revelando que a plataforma gerou 33 propostas em apenas duas semanas, somando R$ 14 milhões em crédito imobiliário. “É a empresa ajudando a pessoa com o sonho da casa própria. Isso comunica muito valor e propósito.”

Cuidando da jornada de consumo

A Allya é outra startup que criou uma solução de benefícios para ajudar na vida financeira dos funcionários das empresas. Aqui, o foco do negócio é auxiliar o RH na gestão e na comunicação de parcerias e convênios com a participação dos próprios funcionários, que têm acesso autônomo a todos os benefícios e podem indicar novos parceiros. Atualmente, são mais de 34 mil parceiros em categorias como instituições de ensino, restaurantes, academias, farmácias, turismo, cultura e lazer, delivery, serviços e lojas online.

Marco Ferelli, Welton Brandão e Gustavo Antonelli, da startup de benefíciosAllya. Foto: Brendon Rodrigues

“Começamos fazendo pesquisas com RHs e colaboradores e vimos que não havia um sistema de gestão e centralidade para tirar isso dos ombros do RH”, conta Marco Ferelli, fundador da startup, segundo quem a missão da Allya é estar na jornada de consumo das pessoas, sempre com foco em bem-estar financeiro. “Hoje 75% dos brasileiros estão endividados e vivem no limite do orçamento. O melhor jeito de fazer sobrar dinheiro é economizando na jornada de consumo.”

Após receber um aporte de R$ 7,5 milhões da Domo em 2020, ele conta que a startup cresceu em todas as áreas e está trabalhando no ajuste do produto para ampliar a oferta de benefícios. Já conquistou clientes como Accenture, MRV, Localiza, Gol e Banco Neon e viu o time saltar de 25 para 43 pessoas na pandemia. 

Há um ano e meio, a Allya também começou a atuar com pequenas empresas, como Nostrum e Darede, que têm equipes com menos de 50 pessoas. “Para uma empresa pequena, é incrível ter acesso a parcerias a que normalmente só uma grande empresa consegue ter pelo número de vidas que possui.”

Os pacotes de benefícios corporativos assumiram um papel estratégico na percepção que os colaboradores têm das empresas. De acordo com o Censo de Benefícios de 2021 da Pontomais, que desenvolve soluções de RH, enquanto 53,4% dos gestores entrevistados de 150 empresas brasileiras afirmaram que pensam nos benefícios para a retenção de talentos, 38,2% usam esses pacotes como estratégia para promover sua marca. Além de ter os benefícios como atrativo, as empresas viram crescer a demanda por novos usos desses benefícios no trabalho remoto.

O auxílio home office, aliás, foi o benefício que mais cresceu no último ano segundo 45% dos entrevistados no Guia Nacional de Benefícios, realizado pela Vee Benefícios com a Leme Consultoria, que mapeou 1.156 empresas. Quanto aos benefícios flexíveis, 26% já os adotam em algum nível e outras 27% pretendem implementar ao longo de 2022. Com a crescente valorização desse tipo de benefício, startups que oferecem soluções ao RH das empresas estão ganhando terreno. 

Segundo Júlio Brito, CEO da Swile no Brasil, startup francesa que oferece o serviço dos benefícios flexíveis, as novas prioridades dos colaboradores das empresas, além do auxílio home office, estão em benefícios de qualidade de vida, como saúde, cultura, educação e mobilidade – com a liberdade de escolha.

“Essa discussão surgiu na década de 1970 e chegou no início dos anos 2000 por aqui, mas se intensificou quatro anos atrás”, explica. “As empresas começaram a perceber que, quando montam uma cesta de benefícios cuja gestão é do próprio colaborador, ele fica mais feliz e engajado. É uma ressignificação dos termos atração e retenção de talentos porque há convergência de propósitos entre o colaborador e a empresa.”

Manoel Jardim, fundador da Ben.up, trouxe a própria experiênciadeanos trabalhando em RHs para seu negócio de benefícios flexíveis. Foto: Werther Santana/Estadão

A Swile já é considerada um unicórnio (startup avaliada em mais de US$ 1 bilhão), com atuação na França, no Brasil e no México. Na esteira desse mercado bilionário, está a brasileira Caju, startup fundada em 2020 e que também desenvolveu uma solução focada em proporcionar flexibilidade e poder de escolha aos colaboradores das organizações. O uso dos benefícios é feito por meio de um cartão de crédito que pode ser usado em mais de sete categorias de produtos e serviços em estabelecimentos do Brasil e do mundo que aceitam a bandeira Visa.

Em menos de um ano após um aporte da Série A, o negócio de benefícios corporativos flexíveis cresceu cinco vezes e quadruplicou o time, reforçado por profissionais vindos de grandes empresas como Johnson & Johnson, Mercado Livre, McKinsey e LG Lugar de Gente. Para os próximos meses, a expectativa é aumentar em mais de 400% o número de usuários.

Flexibilidade e liberdade também são palavras de ordem na plataforma digital Wiipo, que lançou o cartão Wiipo Flex para reunir todos os benefícios que o gestor deseja trabalhar. A solução disponibiliza aplicativo, portal de gestão para o RH, integração ao HCM (software de gestão de pessoas da Senior Sistemas), vale-alimentação e refeição intercambiáveis, fundos automatizados, antecipação salarial e bolsos personalizáveis. 

Além de permitir que o próprio colaborador use os valores na forma que desejar – ou seja, que migre o dinheiro de uma categoria para outra, de acordo com suas necessidades –, o cartão também está conectado ao Clube Wiipo, que oferece descontos em produtos digitais, lojas físicas e delivery, tudo com cashback.

Benefício vai até o financiamento imobiliário

No caso da Ben.up, joint venture da Wiz com a LG Lugar de Gente, a plataforma para integrar a área de gestão de pessoas nasceu de uma necessidade detectada na área de RH, que em geral enfrenta orçamentos escassos, conta Manoel Jardim, presidente da startup. “Quando veio a oportunidade de montar um negócio, eu quis levar uma solução de baixo custo e operação fácil que comunica os valores da empresa por meio dos benefícios para ajudar a atrair e reter os talentos”, diz.

A solução da Ben.up divide os serviços em quatro pilares, deixando a critério dos colaboradores optarem pela contratação dos produtos a partir de suas necessidades. O Seu Bolso é ancorado na orientação e na educação financeira, com produtos de antecipação salarial e de 13º salário, crédito consignado e antecipação do FGTS; Seu Sonho auxilia na viabilização de desejos, dando acesso a crédito imobiliário, crédito educativo, consórcios e empréstimo com garantia. Tem ainda o Seu Futuro, que conta com seguros em geral e previdência privada, e Seu Dia a Dia, com produtos voltados para o bem-estar e qualidade de vida.

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“A gente pensou nesses pilares como forma de dar uma jornada mais organizada para o colaborador na plataforma”, afirma Jardim, que classifica a falta de orientação financeira como uma das maiores pedras no sapato dos colaboradores. “A ideia é ajudar a pensar no endividamento do brasileiro e ensinar a negociar uma dívida mais saudável. Isso também ajuda o RH porque acaba sobrando salário e diminuindo a pressão sobre o empregador.”

Outra sacada da startup foi trazer o produto do crédito imobiliário para a plataforma. A partir de um multicálculo que cruza o tipo de imóvel, o valor e o tempo do financiamento, a Ben.up faz a cotação com os principais agentes financeiros e toda a jornada de contratação é digital. “Isso não existia como benefício corporativo e é um produto que faz todo o sentido para o RH”, sublinha Jardim, revelando que a plataforma gerou 33 propostas em apenas duas semanas, somando R$ 14 milhões em crédito imobiliário. “É a empresa ajudando a pessoa com o sonho da casa própria. Isso comunica muito valor e propósito.”

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A Allya é outra startup que criou uma solução de benefícios para ajudar na vida financeira dos funcionários das empresas. Aqui, o foco do negócio é auxiliar o RH na gestão e na comunicação de parcerias e convênios com a participação dos próprios funcionários, que têm acesso autônomo a todos os benefícios e podem indicar novos parceiros. Atualmente, são mais de 34 mil parceiros em categorias como instituições de ensino, restaurantes, academias, farmácias, turismo, cultura e lazer, delivery, serviços e lojas online.

Marco Ferelli, Welton Brandão e Gustavo Antonelli, da startup de benefíciosAllya. Foto: Brendon Rodrigues

“Começamos fazendo pesquisas com RHs e colaboradores e vimos que não havia um sistema de gestão e centralidade para tirar isso dos ombros do RH”, conta Marco Ferelli, fundador da startup, segundo quem a missão da Allya é estar na jornada de consumo das pessoas, sempre com foco em bem-estar financeiro. “Hoje 75% dos brasileiros estão endividados e vivem no limite do orçamento. O melhor jeito de fazer sobrar dinheiro é economizando na jornada de consumo.”

Após receber um aporte de R$ 7,5 milhões da Domo em 2020, ele conta que a startup cresceu em todas as áreas e está trabalhando no ajuste do produto para ampliar a oferta de benefícios. Já conquistou clientes como Accenture, MRV, Localiza, Gol e Banco Neon e viu o time saltar de 25 para 43 pessoas na pandemia. 

Há um ano e meio, a Allya também começou a atuar com pequenas empresas, como Nostrum e Darede, que têm equipes com menos de 50 pessoas. “Para uma empresa pequena, é incrível ter acesso a parcerias a que normalmente só uma grande empresa consegue ter pelo número de vidas que possui.”

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