Fique por dentro do cotidiano da pequena empresa como você nunca viu antes.

Opinião|A academia pode ser território de fomento para o empreendedorismo de impacto


Um mestrado em Engenharia Mecânica foi o embrião da criação da Livre, negócio de impacto focado em tecnologia assistiva

Por Maure Pessanha

O fortalecimento do diálogo entre academia e as demandas da sociedade é essencial para a criação de respostas aos desafios sociais e econômicos – especialmente os que atingem os grupos minorizados. E, quando há um elemento de empreendedorismo de impacto, essa equação fica ainda mais interessante, porque une elos fundamentais para combater as desigualdades. Apoiar a tecnologia assistiva é um exemplo relevante dessa estratégia de fomento de soluções dentro do ambiente acadêmico.

No último 14 de agosto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciou o lançamento de quatro Centros de Ciência para o desenvolvimento de soluções voltadas à inclusão. No total, estão previstos investimentos de R$ 29 milhões feitos pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Secretaria de Educação de Campinas, universidades públicas paulistas e institutos de pesquisa.

O Centro de Tecnologias Assistivas para as Atividades da Vida Diária – na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) – vai desenvolver exoesqueletos e cadeiras de rodas motorizadas mais leves e economicamente mais acessíveis; o Centro de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras (Unicamp) tem por meta criar, por meio de aprendizado de máquina, um aplicativo de tradução automática de português para libras e vice-versa; o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas (Unesp Bauru), por sua vez, tem o objetivo de criar uma rede de laboratórios para o desenvolvimento de novas próteses, órteses e de tecnologia para o sistema braille; e o Centro de Tecnologia Assistiva para a Educação Bilíngue de Surdos (Unicamp) deve desenvolver material didático voltado a estudantes surdos.

continua após a publicidade
Julio Oliveto transformou um projeto de mestrado em um negócio de impacto focado em tecnologia assistiva. Foto: Divulgação/Marco Torelli

Esses espaços, na minha percepção, serão territórios férteis para fomentar uma ciência que pode ser o embrião de uma inovação que derive em um negócio de impacto. A tecnologia assistiva é, inclusive, um campo profícuo para que isso ocorra. No ecossistema brasileiro de empreendedorismo de impacto temos exemplos que ilustram esse potencial. Um deles é a Livre – empresa fundada em 2014 pelos irmãos Júlio e Lúcio Oliveto –, que busca facilitar o cotidiano de pessoas com deficiência por meio de equipamentos que ampliam a mobilidade, resgatam a autoconfiança e autoestima; e proporcionam liberdade.

A inspiração para o negócio de impacto surgiu no mestrado em Engenharia Mecânica. Na época, Júlio tinha o desejo de projetar equipamentos que pudessem melhorar a qualidade de vida das pessoas; a partir desse intuito, decidiu investir em tecnologia assistiva para o desenvolvimento de soluções voltadas a pessoas com deficiência. O projeto acadêmico se tornou um negócio quando o empreendedor ganhou um prêmio em dinheiro – integralmente aplicado para a criação da empresa.

continua após a publicidade

Com o desenvolvimento do Kit Livre – um equipamento que suporta qualquer peso e, ao ser acoplado na cadeira de rodas, transforma-a em um triciclo motorizado elétrico, com uma autonomia média de 25 quilômetros de deslocamento e que permite acessar calçadas danificadas, descer e subir guias, andar sob grama e em terrenos arenosos –, os empreendedores realizam, atualmente, 60 vendas mensais do kit. Entre os clientes, 65% têm idade entre 25 e 45 anos, e apresentam paraplegia ou tetraplegia ocasionadas por lesão medular, poliomielite, mielo, ELA e amputação de membros inferiores A empresa tem usuários em 24 Estados brasileiros e em países como Argentina, Uruguai, Alemanha, Estados Unidos e Austrália.

Vale lembrar que a Lei de Acessibilidade garante o direito básico de ir e vir, entretanto, a realidade cotidiana das pessoas com deficiência é enfrentar dificuldades para acessar – com segurança e autonomia – os espaços públicos e coletivos. As calçadas são mal projetadas ou malconservadas; parte dos transportes públicos ainda não segue as adequações legais. É nesse contexto que o Kit Livre desempenha um papel fundamental para garantir acessibilidade e preservação de direitos.

O fortalecimento do diálogo entre academia e as demandas da sociedade é essencial para a criação de respostas aos desafios sociais e econômicos – especialmente os que atingem os grupos minorizados. E, quando há um elemento de empreendedorismo de impacto, essa equação fica ainda mais interessante, porque une elos fundamentais para combater as desigualdades. Apoiar a tecnologia assistiva é um exemplo relevante dessa estratégia de fomento de soluções dentro do ambiente acadêmico.

No último 14 de agosto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciou o lançamento de quatro Centros de Ciência para o desenvolvimento de soluções voltadas à inclusão. No total, estão previstos investimentos de R$ 29 milhões feitos pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Secretaria de Educação de Campinas, universidades públicas paulistas e institutos de pesquisa.

O Centro de Tecnologias Assistivas para as Atividades da Vida Diária – na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) – vai desenvolver exoesqueletos e cadeiras de rodas motorizadas mais leves e economicamente mais acessíveis; o Centro de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras (Unicamp) tem por meta criar, por meio de aprendizado de máquina, um aplicativo de tradução automática de português para libras e vice-versa; o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas (Unesp Bauru), por sua vez, tem o objetivo de criar uma rede de laboratórios para o desenvolvimento de novas próteses, órteses e de tecnologia para o sistema braille; e o Centro de Tecnologia Assistiva para a Educação Bilíngue de Surdos (Unicamp) deve desenvolver material didático voltado a estudantes surdos.

Julio Oliveto transformou um projeto de mestrado em um negócio de impacto focado em tecnologia assistiva. Foto: Divulgação/Marco Torelli

Esses espaços, na minha percepção, serão territórios férteis para fomentar uma ciência que pode ser o embrião de uma inovação que derive em um negócio de impacto. A tecnologia assistiva é, inclusive, um campo profícuo para que isso ocorra. No ecossistema brasileiro de empreendedorismo de impacto temos exemplos que ilustram esse potencial. Um deles é a Livre – empresa fundada em 2014 pelos irmãos Júlio e Lúcio Oliveto –, que busca facilitar o cotidiano de pessoas com deficiência por meio de equipamentos que ampliam a mobilidade, resgatam a autoconfiança e autoestima; e proporcionam liberdade.

A inspiração para o negócio de impacto surgiu no mestrado em Engenharia Mecânica. Na época, Júlio tinha o desejo de projetar equipamentos que pudessem melhorar a qualidade de vida das pessoas; a partir desse intuito, decidiu investir em tecnologia assistiva para o desenvolvimento de soluções voltadas a pessoas com deficiência. O projeto acadêmico se tornou um negócio quando o empreendedor ganhou um prêmio em dinheiro – integralmente aplicado para a criação da empresa.

Com o desenvolvimento do Kit Livre – um equipamento que suporta qualquer peso e, ao ser acoplado na cadeira de rodas, transforma-a em um triciclo motorizado elétrico, com uma autonomia média de 25 quilômetros de deslocamento e que permite acessar calçadas danificadas, descer e subir guias, andar sob grama e em terrenos arenosos –, os empreendedores realizam, atualmente, 60 vendas mensais do kit. Entre os clientes, 65% têm idade entre 25 e 45 anos, e apresentam paraplegia ou tetraplegia ocasionadas por lesão medular, poliomielite, mielo, ELA e amputação de membros inferiores A empresa tem usuários em 24 Estados brasileiros e em países como Argentina, Uruguai, Alemanha, Estados Unidos e Austrália.

Vale lembrar que a Lei de Acessibilidade garante o direito básico de ir e vir, entretanto, a realidade cotidiana das pessoas com deficiência é enfrentar dificuldades para acessar – com segurança e autonomia – os espaços públicos e coletivos. As calçadas são mal projetadas ou malconservadas; parte dos transportes públicos ainda não segue as adequações legais. É nesse contexto que o Kit Livre desempenha um papel fundamental para garantir acessibilidade e preservação de direitos.

O fortalecimento do diálogo entre academia e as demandas da sociedade é essencial para a criação de respostas aos desafios sociais e econômicos – especialmente os que atingem os grupos minorizados. E, quando há um elemento de empreendedorismo de impacto, essa equação fica ainda mais interessante, porque une elos fundamentais para combater as desigualdades. Apoiar a tecnologia assistiva é um exemplo relevante dessa estratégia de fomento de soluções dentro do ambiente acadêmico.

No último 14 de agosto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciou o lançamento de quatro Centros de Ciência para o desenvolvimento de soluções voltadas à inclusão. No total, estão previstos investimentos de R$ 29 milhões feitos pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Secretaria de Educação de Campinas, universidades públicas paulistas e institutos de pesquisa.

O Centro de Tecnologias Assistivas para as Atividades da Vida Diária – na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) – vai desenvolver exoesqueletos e cadeiras de rodas motorizadas mais leves e economicamente mais acessíveis; o Centro de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras (Unicamp) tem por meta criar, por meio de aprendizado de máquina, um aplicativo de tradução automática de português para libras e vice-versa; o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas (Unesp Bauru), por sua vez, tem o objetivo de criar uma rede de laboratórios para o desenvolvimento de novas próteses, órteses e de tecnologia para o sistema braille; e o Centro de Tecnologia Assistiva para a Educação Bilíngue de Surdos (Unicamp) deve desenvolver material didático voltado a estudantes surdos.

Julio Oliveto transformou um projeto de mestrado em um negócio de impacto focado em tecnologia assistiva. Foto: Divulgação/Marco Torelli

Esses espaços, na minha percepção, serão territórios férteis para fomentar uma ciência que pode ser o embrião de uma inovação que derive em um negócio de impacto. A tecnologia assistiva é, inclusive, um campo profícuo para que isso ocorra. No ecossistema brasileiro de empreendedorismo de impacto temos exemplos que ilustram esse potencial. Um deles é a Livre – empresa fundada em 2014 pelos irmãos Júlio e Lúcio Oliveto –, que busca facilitar o cotidiano de pessoas com deficiência por meio de equipamentos que ampliam a mobilidade, resgatam a autoconfiança e autoestima; e proporcionam liberdade.

A inspiração para o negócio de impacto surgiu no mestrado em Engenharia Mecânica. Na época, Júlio tinha o desejo de projetar equipamentos que pudessem melhorar a qualidade de vida das pessoas; a partir desse intuito, decidiu investir em tecnologia assistiva para o desenvolvimento de soluções voltadas a pessoas com deficiência. O projeto acadêmico se tornou um negócio quando o empreendedor ganhou um prêmio em dinheiro – integralmente aplicado para a criação da empresa.

Com o desenvolvimento do Kit Livre – um equipamento que suporta qualquer peso e, ao ser acoplado na cadeira de rodas, transforma-a em um triciclo motorizado elétrico, com uma autonomia média de 25 quilômetros de deslocamento e que permite acessar calçadas danificadas, descer e subir guias, andar sob grama e em terrenos arenosos –, os empreendedores realizam, atualmente, 60 vendas mensais do kit. Entre os clientes, 65% têm idade entre 25 e 45 anos, e apresentam paraplegia ou tetraplegia ocasionadas por lesão medular, poliomielite, mielo, ELA e amputação de membros inferiores A empresa tem usuários em 24 Estados brasileiros e em países como Argentina, Uruguai, Alemanha, Estados Unidos e Austrália.

Vale lembrar que a Lei de Acessibilidade garante o direito básico de ir e vir, entretanto, a realidade cotidiana das pessoas com deficiência é enfrentar dificuldades para acessar – com segurança e autonomia – os espaços públicos e coletivos. As calçadas são mal projetadas ou malconservadas; parte dos transportes públicos ainda não segue as adequações legais. É nesse contexto que o Kit Livre desempenha um papel fundamental para garantir acessibilidade e preservação de direitos.

O fortalecimento do diálogo entre academia e as demandas da sociedade é essencial para a criação de respostas aos desafios sociais e econômicos – especialmente os que atingem os grupos minorizados. E, quando há um elemento de empreendedorismo de impacto, essa equação fica ainda mais interessante, porque une elos fundamentais para combater as desigualdades. Apoiar a tecnologia assistiva é um exemplo relevante dessa estratégia de fomento de soluções dentro do ambiente acadêmico.

No último 14 de agosto, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciou o lançamento de quatro Centros de Ciência para o desenvolvimento de soluções voltadas à inclusão. No total, estão previstos investimentos de R$ 29 milhões feitos pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Secretaria de Educação de Campinas, universidades públicas paulistas e institutos de pesquisa.

O Centro de Tecnologias Assistivas para as Atividades da Vida Diária – na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) – vai desenvolver exoesqueletos e cadeiras de rodas motorizadas mais leves e economicamente mais acessíveis; o Centro de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade em Libras (Unicamp) tem por meta criar, por meio de aprendizado de máquina, um aplicativo de tradução automática de português para libras e vice-versa; o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Tecnologias Assistivas (Unesp Bauru), por sua vez, tem o objetivo de criar uma rede de laboratórios para o desenvolvimento de novas próteses, órteses e de tecnologia para o sistema braille; e o Centro de Tecnologia Assistiva para a Educação Bilíngue de Surdos (Unicamp) deve desenvolver material didático voltado a estudantes surdos.

Julio Oliveto transformou um projeto de mestrado em um negócio de impacto focado em tecnologia assistiva. Foto: Divulgação/Marco Torelli

Esses espaços, na minha percepção, serão territórios férteis para fomentar uma ciência que pode ser o embrião de uma inovação que derive em um negócio de impacto. A tecnologia assistiva é, inclusive, um campo profícuo para que isso ocorra. No ecossistema brasileiro de empreendedorismo de impacto temos exemplos que ilustram esse potencial. Um deles é a Livre – empresa fundada em 2014 pelos irmãos Júlio e Lúcio Oliveto –, que busca facilitar o cotidiano de pessoas com deficiência por meio de equipamentos que ampliam a mobilidade, resgatam a autoconfiança e autoestima; e proporcionam liberdade.

A inspiração para o negócio de impacto surgiu no mestrado em Engenharia Mecânica. Na época, Júlio tinha o desejo de projetar equipamentos que pudessem melhorar a qualidade de vida das pessoas; a partir desse intuito, decidiu investir em tecnologia assistiva para o desenvolvimento de soluções voltadas a pessoas com deficiência. O projeto acadêmico se tornou um negócio quando o empreendedor ganhou um prêmio em dinheiro – integralmente aplicado para a criação da empresa.

Com o desenvolvimento do Kit Livre – um equipamento que suporta qualquer peso e, ao ser acoplado na cadeira de rodas, transforma-a em um triciclo motorizado elétrico, com uma autonomia média de 25 quilômetros de deslocamento e que permite acessar calçadas danificadas, descer e subir guias, andar sob grama e em terrenos arenosos –, os empreendedores realizam, atualmente, 60 vendas mensais do kit. Entre os clientes, 65% têm idade entre 25 e 45 anos, e apresentam paraplegia ou tetraplegia ocasionadas por lesão medular, poliomielite, mielo, ELA e amputação de membros inferiores A empresa tem usuários em 24 Estados brasileiros e em países como Argentina, Uruguai, Alemanha, Estados Unidos e Austrália.

Vale lembrar que a Lei de Acessibilidade garante o direito básico de ir e vir, entretanto, a realidade cotidiana das pessoas com deficiência é enfrentar dificuldades para acessar – com segurança e autonomia – os espaços públicos e coletivos. As calçadas são mal projetadas ou malconservadas; parte dos transportes públicos ainda não segue as adequações legais. É nesse contexto que o Kit Livre desempenha um papel fundamental para garantir acessibilidade e preservação de direitos.

Opinião por Maure Pessanha

Coempreendedora e presidente do Conselho da Artemisia, organização pioneira no Brasil no fomento e na disseminação de negócios de impacto social e ambiental.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.