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Opinião|Agricultura urbana pode ser aliada no combate aos efeitos da crise climática


Ocupar áreas nas cidades com hortas e pomares pode ser uma resposta a problemas ambientais.

Por Maure Pessanha
Atualização:

Ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal das metrópoles e produzindo alimento saudável pela (e para) a população, pode ser uma resposta assertiva, entre outras, à crise climática. Essa premissa é defendida pelo engenheiro ambiental Luis Fernando Amato Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da USP e pela Freie Universität (Alemanha).

Em um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Lourenço comparou a agricultura urbana desenvolvida nas cidades de São Paulo (Brasil) e Melbourne (Austrália). Enquanto na primeira os formatos têm caráter socioeducativo – a exemplo do Parque das Corujas, na Vila Madalena – ou de geração de renda, sobretudo em periferias das regiões Sul e Leste, na segunda, por sua vez, a articulação se estabelece com estratégias de saúde pública, envolvendo a promoção de exercícios físicos e atividades voltadas ao combate à obesidade, sendo tanto coletiva quanto particular.

Na análise – detalhada no artigo “Building knowledge in urban agriculture: the challenges of local food production in São Paulo and Melbourne”, produzido pelo próprio Luis Fernando Amato Lourenço em parceria com Rafael Junqueira Buralli, Guilherme Reis, Adrian H. Hearn, Chris Williams e Thais Mauad, e publicado no periódico Environment, Development and Sustainability –, os pesquisadores apontam que diante do panorama de mudanças climáticas, produzir alimentos nas cidades traz vários benefícios que vão da expansão da cobertura vegetal ao aumento da umidade do ar, passando pela promoção da biodiversidade, enriquecimento do solo, menor emissão de CO2, entre outras vantagens. Além disso, pode ser uma alternativa em prol da segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social.

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Liliane e Lilian Vicente dos Santos, fundadoras da Amitis. Foto: AF Marketing

Nesta perspectiva de promover a agricultura nos centros urbanos de Alagoas, um negócio de impacto socioambiental tem oferecido soluções consistentes. A Amitis Hortas Hidropônicas realiza a instalação de hortas no meio urbano com o objetivo de diminuir os impactos negativos da má distribuição de alimentos. Com a criação de uma rede de microagricultores, a empresa realiza o escoamento dos cultivos produzidos via delivery virtual, gerando renda e diminuindo as etapas da cadeia de produção. Há, ainda, um serviço de educação ambiental e alimentar para crianças do ensino fundamental, a partir do acompanhamento das hortas. Essa modalidade é financiada por empresas e clientes que compram as cotas para que o sistema seja aplicado nos territórios via educação sustentável, delivery, geração de renda ou consumo.

Produtos e serviços da Amitis são destinados aos públicos B2C (alimentos produzidos são vendidos para os consumidores finais); B2B (conduzem parcerias institucionais para que empresas financiem as hortas); e B2B2C (parcerias com estabelecimentos e feiras que podem revender os alimentos cultivados). No detalhe, a comercialização da solução proposta pela Amitis é conduzida por meio do sistema de cotas sociais, ou seja, uma empresa financia a aplicação de um sistema hidropônico completo para uma pessoa em situação de vulnerabilidade socioeconômica – que recebe, também, uma consultoria personalizada e suporte para operar em rede. Os alimentos produzidos, por sua vez, podem ser adquiridos pelos consumidores em box que custa, na modalidade família, R$ 39,55 – e que contém alface-crespa (verde e roxa), rúcula, couve-manteiga, coentro, cebolinha, manjericão e tomate-cereja. Há, também, o box médio e individual, com custos de R$ 33 e R$ 23, respectivamente.

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Fundada pelas irmãs Liliane e Lilian Vicente dos Santos, a Amitis funcionava vinculada à Universidade Federal de Alagoas, onde as empreendedoras estudavam. A partir da reflexão de que o potencial de impacto positivo passava pela revisão do modelo de negócio, as empreendedoras sociais transformaram o projeto universitário em uma promissora empresa que desenvolve uma rede de microagricultores para democratizar o acesso a alimentos saudáveis. A decisão resultou no primeiro centro de distribuição com a instalação de hortas em Alagoas e a expansão para o Paraná.

Ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal das metrópoles e produzindo alimento saudável pela (e para) a população, pode ser uma resposta assertiva, entre outras, à crise climática. Essa premissa é defendida pelo engenheiro ambiental Luis Fernando Amato Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da USP e pela Freie Universität (Alemanha).

Em um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Lourenço comparou a agricultura urbana desenvolvida nas cidades de São Paulo (Brasil) e Melbourne (Austrália). Enquanto na primeira os formatos têm caráter socioeducativo – a exemplo do Parque das Corujas, na Vila Madalena – ou de geração de renda, sobretudo em periferias das regiões Sul e Leste, na segunda, por sua vez, a articulação se estabelece com estratégias de saúde pública, envolvendo a promoção de exercícios físicos e atividades voltadas ao combate à obesidade, sendo tanto coletiva quanto particular.

Na análise – detalhada no artigo “Building knowledge in urban agriculture: the challenges of local food production in São Paulo and Melbourne”, produzido pelo próprio Luis Fernando Amato Lourenço em parceria com Rafael Junqueira Buralli, Guilherme Reis, Adrian H. Hearn, Chris Williams e Thais Mauad, e publicado no periódico Environment, Development and Sustainability –, os pesquisadores apontam que diante do panorama de mudanças climáticas, produzir alimentos nas cidades traz vários benefícios que vão da expansão da cobertura vegetal ao aumento da umidade do ar, passando pela promoção da biodiversidade, enriquecimento do solo, menor emissão de CO2, entre outras vantagens. Além disso, pode ser uma alternativa em prol da segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social.

Liliane e Lilian Vicente dos Santos, fundadoras da Amitis. Foto: AF Marketing

Nesta perspectiva de promover a agricultura nos centros urbanos de Alagoas, um negócio de impacto socioambiental tem oferecido soluções consistentes. A Amitis Hortas Hidropônicas realiza a instalação de hortas no meio urbano com o objetivo de diminuir os impactos negativos da má distribuição de alimentos. Com a criação de uma rede de microagricultores, a empresa realiza o escoamento dos cultivos produzidos via delivery virtual, gerando renda e diminuindo as etapas da cadeia de produção. Há, ainda, um serviço de educação ambiental e alimentar para crianças do ensino fundamental, a partir do acompanhamento das hortas. Essa modalidade é financiada por empresas e clientes que compram as cotas para que o sistema seja aplicado nos territórios via educação sustentável, delivery, geração de renda ou consumo.

Produtos e serviços da Amitis são destinados aos públicos B2C (alimentos produzidos são vendidos para os consumidores finais); B2B (conduzem parcerias institucionais para que empresas financiem as hortas); e B2B2C (parcerias com estabelecimentos e feiras que podem revender os alimentos cultivados). No detalhe, a comercialização da solução proposta pela Amitis é conduzida por meio do sistema de cotas sociais, ou seja, uma empresa financia a aplicação de um sistema hidropônico completo para uma pessoa em situação de vulnerabilidade socioeconômica – que recebe, também, uma consultoria personalizada e suporte para operar em rede. Os alimentos produzidos, por sua vez, podem ser adquiridos pelos consumidores em box que custa, na modalidade família, R$ 39,55 – e que contém alface-crespa (verde e roxa), rúcula, couve-manteiga, coentro, cebolinha, manjericão e tomate-cereja. Há, também, o box médio e individual, com custos de R$ 33 e R$ 23, respectivamente.

Fundada pelas irmãs Liliane e Lilian Vicente dos Santos, a Amitis funcionava vinculada à Universidade Federal de Alagoas, onde as empreendedoras estudavam. A partir da reflexão de que o potencial de impacto positivo passava pela revisão do modelo de negócio, as empreendedoras sociais transformaram o projeto universitário em uma promissora empresa que desenvolve uma rede de microagricultores para democratizar o acesso a alimentos saudáveis. A decisão resultou no primeiro centro de distribuição com a instalação de hortas em Alagoas e a expansão para o Paraná.

Ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal das metrópoles e produzindo alimento saudável pela (e para) a população, pode ser uma resposta assertiva, entre outras, à crise climática. Essa premissa é defendida pelo engenheiro ambiental Luis Fernando Amato Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da USP e pela Freie Universität (Alemanha).

Em um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Lourenço comparou a agricultura urbana desenvolvida nas cidades de São Paulo (Brasil) e Melbourne (Austrália). Enquanto na primeira os formatos têm caráter socioeducativo – a exemplo do Parque das Corujas, na Vila Madalena – ou de geração de renda, sobretudo em periferias das regiões Sul e Leste, na segunda, por sua vez, a articulação se estabelece com estratégias de saúde pública, envolvendo a promoção de exercícios físicos e atividades voltadas ao combate à obesidade, sendo tanto coletiva quanto particular.

Na análise – detalhada no artigo “Building knowledge in urban agriculture: the challenges of local food production in São Paulo and Melbourne”, produzido pelo próprio Luis Fernando Amato Lourenço em parceria com Rafael Junqueira Buralli, Guilherme Reis, Adrian H. Hearn, Chris Williams e Thais Mauad, e publicado no periódico Environment, Development and Sustainability –, os pesquisadores apontam que diante do panorama de mudanças climáticas, produzir alimentos nas cidades traz vários benefícios que vão da expansão da cobertura vegetal ao aumento da umidade do ar, passando pela promoção da biodiversidade, enriquecimento do solo, menor emissão de CO2, entre outras vantagens. Além disso, pode ser uma alternativa em prol da segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social.

Liliane e Lilian Vicente dos Santos, fundadoras da Amitis. Foto: AF Marketing

Nesta perspectiva de promover a agricultura nos centros urbanos de Alagoas, um negócio de impacto socioambiental tem oferecido soluções consistentes. A Amitis Hortas Hidropônicas realiza a instalação de hortas no meio urbano com o objetivo de diminuir os impactos negativos da má distribuição de alimentos. Com a criação de uma rede de microagricultores, a empresa realiza o escoamento dos cultivos produzidos via delivery virtual, gerando renda e diminuindo as etapas da cadeia de produção. Há, ainda, um serviço de educação ambiental e alimentar para crianças do ensino fundamental, a partir do acompanhamento das hortas. Essa modalidade é financiada por empresas e clientes que compram as cotas para que o sistema seja aplicado nos territórios via educação sustentável, delivery, geração de renda ou consumo.

Produtos e serviços da Amitis são destinados aos públicos B2C (alimentos produzidos são vendidos para os consumidores finais); B2B (conduzem parcerias institucionais para que empresas financiem as hortas); e B2B2C (parcerias com estabelecimentos e feiras que podem revender os alimentos cultivados). No detalhe, a comercialização da solução proposta pela Amitis é conduzida por meio do sistema de cotas sociais, ou seja, uma empresa financia a aplicação de um sistema hidropônico completo para uma pessoa em situação de vulnerabilidade socioeconômica – que recebe, também, uma consultoria personalizada e suporte para operar em rede. Os alimentos produzidos, por sua vez, podem ser adquiridos pelos consumidores em box que custa, na modalidade família, R$ 39,55 – e que contém alface-crespa (verde e roxa), rúcula, couve-manteiga, coentro, cebolinha, manjericão e tomate-cereja. Há, também, o box médio e individual, com custos de R$ 33 e R$ 23, respectivamente.

Fundada pelas irmãs Liliane e Lilian Vicente dos Santos, a Amitis funcionava vinculada à Universidade Federal de Alagoas, onde as empreendedoras estudavam. A partir da reflexão de que o potencial de impacto positivo passava pela revisão do modelo de negócio, as empreendedoras sociais transformaram o projeto universitário em uma promissora empresa que desenvolve uma rede de microagricultores para democratizar o acesso a alimentos saudáveis. A decisão resultou no primeiro centro de distribuição com a instalação de hortas em Alagoas e a expansão para o Paraná.

Ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal das metrópoles e produzindo alimento saudável pela (e para) a população, pode ser uma resposta assertiva, entre outras, à crise climática. Essa premissa é defendida pelo engenheiro ambiental Luis Fernando Amato Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da USP e pela Freie Universität (Alemanha).

Em um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Lourenço comparou a agricultura urbana desenvolvida nas cidades de São Paulo (Brasil) e Melbourne (Austrália). Enquanto na primeira os formatos têm caráter socioeducativo – a exemplo do Parque das Corujas, na Vila Madalena – ou de geração de renda, sobretudo em periferias das regiões Sul e Leste, na segunda, por sua vez, a articulação se estabelece com estratégias de saúde pública, envolvendo a promoção de exercícios físicos e atividades voltadas ao combate à obesidade, sendo tanto coletiva quanto particular.

Na análise – detalhada no artigo “Building knowledge in urban agriculture: the challenges of local food production in São Paulo and Melbourne”, produzido pelo próprio Luis Fernando Amato Lourenço em parceria com Rafael Junqueira Buralli, Guilherme Reis, Adrian H. Hearn, Chris Williams e Thais Mauad, e publicado no periódico Environment, Development and Sustainability –, os pesquisadores apontam que diante do panorama de mudanças climáticas, produzir alimentos nas cidades traz vários benefícios que vão da expansão da cobertura vegetal ao aumento da umidade do ar, passando pela promoção da biodiversidade, enriquecimento do solo, menor emissão de CO2, entre outras vantagens. Além disso, pode ser uma alternativa em prol da segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social.

Liliane e Lilian Vicente dos Santos, fundadoras da Amitis. Foto: AF Marketing

Nesta perspectiva de promover a agricultura nos centros urbanos de Alagoas, um negócio de impacto socioambiental tem oferecido soluções consistentes. A Amitis Hortas Hidropônicas realiza a instalação de hortas no meio urbano com o objetivo de diminuir os impactos negativos da má distribuição de alimentos. Com a criação de uma rede de microagricultores, a empresa realiza o escoamento dos cultivos produzidos via delivery virtual, gerando renda e diminuindo as etapas da cadeia de produção. Há, ainda, um serviço de educação ambiental e alimentar para crianças do ensino fundamental, a partir do acompanhamento das hortas. Essa modalidade é financiada por empresas e clientes que compram as cotas para que o sistema seja aplicado nos territórios via educação sustentável, delivery, geração de renda ou consumo.

Produtos e serviços da Amitis são destinados aos públicos B2C (alimentos produzidos são vendidos para os consumidores finais); B2B (conduzem parcerias institucionais para que empresas financiem as hortas); e B2B2C (parcerias com estabelecimentos e feiras que podem revender os alimentos cultivados). No detalhe, a comercialização da solução proposta pela Amitis é conduzida por meio do sistema de cotas sociais, ou seja, uma empresa financia a aplicação de um sistema hidropônico completo para uma pessoa em situação de vulnerabilidade socioeconômica – que recebe, também, uma consultoria personalizada e suporte para operar em rede. Os alimentos produzidos, por sua vez, podem ser adquiridos pelos consumidores em box que custa, na modalidade família, R$ 39,55 – e que contém alface-crespa (verde e roxa), rúcula, couve-manteiga, coentro, cebolinha, manjericão e tomate-cereja. Há, também, o box médio e individual, com custos de R$ 33 e R$ 23, respectivamente.

Fundada pelas irmãs Liliane e Lilian Vicente dos Santos, a Amitis funcionava vinculada à Universidade Federal de Alagoas, onde as empreendedoras estudavam. A partir da reflexão de que o potencial de impacto positivo passava pela revisão do modelo de negócio, as empreendedoras sociais transformaram o projeto universitário em uma promissora empresa que desenvolve uma rede de microagricultores para democratizar o acesso a alimentos saudáveis. A decisão resultou no primeiro centro de distribuição com a instalação de hortas em Alagoas e a expansão para o Paraná.

Ocupar o espaço urbano com hortas e pomares, aumentando a cobertura vegetal das metrópoles e produzindo alimento saudável pela (e para) a população, pode ser uma resposta assertiva, entre outras, à crise climática. Essa premissa é defendida pelo engenheiro ambiental Luis Fernando Amato Lourenço, doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pós-doutor pelo Instituto de Estudos Avançados da USP e pela Freie Universität (Alemanha).

Em um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Lourenço comparou a agricultura urbana desenvolvida nas cidades de São Paulo (Brasil) e Melbourne (Austrália). Enquanto na primeira os formatos têm caráter socioeducativo – a exemplo do Parque das Corujas, na Vila Madalena – ou de geração de renda, sobretudo em periferias das regiões Sul e Leste, na segunda, por sua vez, a articulação se estabelece com estratégias de saúde pública, envolvendo a promoção de exercícios físicos e atividades voltadas ao combate à obesidade, sendo tanto coletiva quanto particular.

Na análise – detalhada no artigo “Building knowledge in urban agriculture: the challenges of local food production in São Paulo and Melbourne”, produzido pelo próprio Luis Fernando Amato Lourenço em parceria com Rafael Junqueira Buralli, Guilherme Reis, Adrian H. Hearn, Chris Williams e Thais Mauad, e publicado no periódico Environment, Development and Sustainability –, os pesquisadores apontam que diante do panorama de mudanças climáticas, produzir alimentos nas cidades traz vários benefícios que vão da expansão da cobertura vegetal ao aumento da umidade do ar, passando pela promoção da biodiversidade, enriquecimento do solo, menor emissão de CO2, entre outras vantagens. Além disso, pode ser uma alternativa em prol da segurança alimentar da população em situação de vulnerabilidade social.

Liliane e Lilian Vicente dos Santos, fundadoras da Amitis. Foto: AF Marketing

Nesta perspectiva de promover a agricultura nos centros urbanos de Alagoas, um negócio de impacto socioambiental tem oferecido soluções consistentes. A Amitis Hortas Hidropônicas realiza a instalação de hortas no meio urbano com o objetivo de diminuir os impactos negativos da má distribuição de alimentos. Com a criação de uma rede de microagricultores, a empresa realiza o escoamento dos cultivos produzidos via delivery virtual, gerando renda e diminuindo as etapas da cadeia de produção. Há, ainda, um serviço de educação ambiental e alimentar para crianças do ensino fundamental, a partir do acompanhamento das hortas. Essa modalidade é financiada por empresas e clientes que compram as cotas para que o sistema seja aplicado nos territórios via educação sustentável, delivery, geração de renda ou consumo.

Produtos e serviços da Amitis são destinados aos públicos B2C (alimentos produzidos são vendidos para os consumidores finais); B2B (conduzem parcerias institucionais para que empresas financiem as hortas); e B2B2C (parcerias com estabelecimentos e feiras que podem revender os alimentos cultivados). No detalhe, a comercialização da solução proposta pela Amitis é conduzida por meio do sistema de cotas sociais, ou seja, uma empresa financia a aplicação de um sistema hidropônico completo para uma pessoa em situação de vulnerabilidade socioeconômica – que recebe, também, uma consultoria personalizada e suporte para operar em rede. Os alimentos produzidos, por sua vez, podem ser adquiridos pelos consumidores em box que custa, na modalidade família, R$ 39,55 – e que contém alface-crespa (verde e roxa), rúcula, couve-manteiga, coentro, cebolinha, manjericão e tomate-cereja. Há, também, o box médio e individual, com custos de R$ 33 e R$ 23, respectivamente.

Fundada pelas irmãs Liliane e Lilian Vicente dos Santos, a Amitis funcionava vinculada à Universidade Federal de Alagoas, onde as empreendedoras estudavam. A partir da reflexão de que o potencial de impacto positivo passava pela revisão do modelo de negócio, as empreendedoras sociais transformaram o projeto universitário em uma promissora empresa que desenvolve uma rede de microagricultores para democratizar o acesso a alimentos saudáveis. A decisão resultou no primeiro centro de distribuição com a instalação de hortas em Alagoas e a expansão para o Paraná.

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