Um programa coordenado pela Climate Ventures em parceria com o Idesam tem potencializado a cadeia logística e a comercialização de produtos associados à sociobiodiversidade amazônica. Em três anos de atuação, o Amazônia em Casa, Floresta em Pé atingiu um marco histórico em 2022, chegando a R$ 960 mil em faturamento.
De acordo com os gestores da iniciativa, os resultados são provenientes da venda de produtos em todo o Brasil e no exterior - impulsionados pela participação em feiras e em eventos como a NaturalTech, a Conexão pelo Clima e o Fórum de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia (FIINSA).
Com produtos alimentícios e para cuidados pessoais - que têm ingredientes como cupuaçu, camu-camu, tucupi e castanha -, além de artesanato e moda, o programa aposta na disseminação de informações sobre a importância de investir em soluções inovadoras que valorizem e expandam o potencial da Amazônia para gerar renda para as comunidades locais por meio do fomento ao conceito da floresta em pé.
A ideia central é tornar os sabores e saberes amazônicos acessíveis para todos os brasileiros, valorizando o patrimônio biológico e cultural ao difundir produtos com matérias-primas, insumos e iguarias da floresta. E, ao mesmo tempo, respeitar e gerar renda para famílias e comunidades locais, contribuindo para novas trilhas de desenvolvimento econômico do Brasil: a bioeconomia da floresta em pé.
A iniciativa conta com o programa de capacitação Acesso a Mercados, que contou com 92 inscritos e selecionou 33 negócios - sendo oito comunitários e 25 startups. Entre os negócios acelerados estão o 100% Amazônia, Amazonique, Café Apuí Agroflorestal, Cacauway, D'Amazônia Origens, De Mendes, Mahta, Manioca, Na'kau, Peabiru Produtos da Floresta, Soul Brasil, Taberna da Amazônia, Sattva, MOMA, BossaPack e Urucuna.
Ao longo de 2022, o programa realizou módulos de capacitação; ações comerciais B2B (negócio para negócios) e B2C (negócio para consumidores); deu suporte à participação em feiras e eventos; realizou campanhas de marketing; e conduziu acompanhamentos e parcerias.
Floriana Breyer, gestora de Parcerias do Amazônia em Casa, Floresta em Pé, conta que quando vemos estes produtos incríveis disponíveis não imaginamos tudo o que é necessário para que cheguem até o mercado. "A cadeia produtiva da sociobiodiversidade é longa e complexa; envolve desde a extração sustentável das matérias-primas da floresta até o beneficiamento de produtos, a logística, a armazenagem, além da distribuição e das vendas. Todos esses elos da cadeia precisam estar ativos para funcionar", conta, acrescentando que entre os canais de venda da iniciativa consta uma gôndola no Mercado Livre.