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Opinião|Estudo aponta o papel dos negócios de impacto no avanço da inclusão produtiva no Brasil


Iniciativas mapeadas por levantamento têm oferecido soluções voltadas à formação e requalificação de profissionais

Por Maure Pessanha
Atualização:

Desenvolvedores de soluções inovadoras para endereçar parte dos problemas sociais enfrentados pela população mais vulnerável, os negócios de impacto focados em combater desafios ligados à empregabilidade e à geração de renda digna e constante têm contribuído para o avanço da agenda brasileira de Inclusão Produtiva – seja pela via do acesso ao emprego (empresas que preparam pessoas vulneráveis para o mercado de trabalho), seja pelo apoio a empreendedores de base (nano, micro e pequenos).

Essa é a tese defendida pelo estudo exploratório “Negócios de Impacto & Inclusão Produtiva – O papel do empreendedorismo social em prol da inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mundo do trabalho”.

O estudo – cuja metodologia fez uso de uma escuta em profundidade de especialistas da temática, empreendedores e público beneficiado – lança um olhar inovador para a missão da Inclusão Produtiva ao apontar que o dueto de intervenções propostas pelos negócios – apoiar empreendedores por necessidade (nano, micro e pequenos, que decidem abrir o próprio negócio muitas vezes por falta de oportunidades no mercado de trabalho) e preparar profissionais em busca de um emprego formal – compõe o retrato de um empreendedorismo social que tem expandido essa pauta no Brasil e contribuído com o combate às desigualdades sociais.

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Equipe da Resilia, que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho. Foto: Divulgação/Cani

No pilar da empregabilidade, os negócios de impacto mapeados pelo estudo têm oferecido soluções voltadas à formação e requalificação de profissionais, além de inserção no mercado de trabalho; no suporte aos empreendedores, as ferramentas – sobretudo tecnológicas – apoiam a gestão, a eficiência e o aumento do número de clientes.

Um dos capítulos do estudo é dedicado a entender quais são os avanços nessa intersecção dos negócios de impacto e a Inclusão Produtiva; as novas demandas de atuação; as conquistas; os aprendizados; e, especialmente, as visões de futuro para que a causa avance ainda mais no Brasil e atraia múltiplos atores sociais. Essas reflexões sobre o amanhã, construídas a partir de escutas de especialistas do campo, deram origem a três recomendações que podem nortear organizações e empresas interessadas em potencializar iniciativas de geração de emprego e renda digna.

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A primeira recomendação é voltar o olhar para economias promissoras. Na análise dos especialistas ouvidos, novos mercados vão gerar muitos postos de trabalho que, hoje, estão subaproveitados. O destaque são as Economias Prateada/Longevidade, dos Cuidados, Verde, Criativa e Digital (com todo o potencial da inteligência artificial).

Na recomendação número dois, o foco é explorar iniciativas de letramento digital, educação financeira e apoio a microempreendedores. O país demanda ações que resolvam essa lacuna de conhecimento e, de acordo com a análise, o fomento à formalização de empreendedores é essencial para garantir assistência social atrelada à inclusão produtiva. Esse é um passo importante para que os empreendedores mais vulneráveis possam trabalhar dentro de uma lógica de proteção social, oportunidade digna, perene e estável.

A terceira recomendação se refere ao apoio educacional por meio de novos arranjos financeiros. Tendência, o financiamento educacional dialoga com iniciativas centradas em qualificação de profissionais para a empregabilidade. Chamado Income Share Agreement (ISA), trata-se de uma estrutura de financiamento de sucesso compartilhado: a instituição de ensino provê a educação/qualificação profissional, e o aluno paga o custo com uma porcentagem fixa da renda conquistada somente após os estudos serem concluídos.

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Em um país no qual as melhores oportunidades de trabalho dependem da qualificação – que tem, muitas vezes, um custo inacessível para a população mais vulnerável –, esse modelo é bastante bem-vindo e tem potencial de crescer nos próximos anos, podendo, inclusive, dar suporte educacional aos nano, micro e pequenos empreendedores. Entre os exemplos de negócios de impacto mais promissores que usam ISA estão a Provi (que oferece financiamento estudantil para ampliar o acesso à educação) e a Resilia (que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho).

Por último, a quarta visão fala da necessidade de impulsionar a associação do termo ao universo de empreendedorismo de impacto, unindo as agendas de ambos – sobretudo, quando falamos de soluções focadas em empregabilidade, capacitação profissional e apoio a microempreendedores.

A íntegra do estudo conduzido pela Artemisia – em parceria com Accenture, Fundação Arymax, Meta, Potencia Ventures, Fundação Casas Bahia, Instituto XP, a B3 Social e Ambev – está disponível no link https://impactosocial.artemisia.org.br/nis-inclusao-produtiva.

Desenvolvedores de soluções inovadoras para endereçar parte dos problemas sociais enfrentados pela população mais vulnerável, os negócios de impacto focados em combater desafios ligados à empregabilidade e à geração de renda digna e constante têm contribuído para o avanço da agenda brasileira de Inclusão Produtiva – seja pela via do acesso ao emprego (empresas que preparam pessoas vulneráveis para o mercado de trabalho), seja pelo apoio a empreendedores de base (nano, micro e pequenos).

Essa é a tese defendida pelo estudo exploratório “Negócios de Impacto & Inclusão Produtiva – O papel do empreendedorismo social em prol da inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mundo do trabalho”.

O estudo – cuja metodologia fez uso de uma escuta em profundidade de especialistas da temática, empreendedores e público beneficiado – lança um olhar inovador para a missão da Inclusão Produtiva ao apontar que o dueto de intervenções propostas pelos negócios – apoiar empreendedores por necessidade (nano, micro e pequenos, que decidem abrir o próprio negócio muitas vezes por falta de oportunidades no mercado de trabalho) e preparar profissionais em busca de um emprego formal – compõe o retrato de um empreendedorismo social que tem expandido essa pauta no Brasil e contribuído com o combate às desigualdades sociais.

Equipe da Resilia, que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho. Foto: Divulgação/Cani

No pilar da empregabilidade, os negócios de impacto mapeados pelo estudo têm oferecido soluções voltadas à formação e requalificação de profissionais, além de inserção no mercado de trabalho; no suporte aos empreendedores, as ferramentas – sobretudo tecnológicas – apoiam a gestão, a eficiência e o aumento do número de clientes.

Um dos capítulos do estudo é dedicado a entender quais são os avanços nessa intersecção dos negócios de impacto e a Inclusão Produtiva; as novas demandas de atuação; as conquistas; os aprendizados; e, especialmente, as visões de futuro para que a causa avance ainda mais no Brasil e atraia múltiplos atores sociais. Essas reflexões sobre o amanhã, construídas a partir de escutas de especialistas do campo, deram origem a três recomendações que podem nortear organizações e empresas interessadas em potencializar iniciativas de geração de emprego e renda digna.

A primeira recomendação é voltar o olhar para economias promissoras. Na análise dos especialistas ouvidos, novos mercados vão gerar muitos postos de trabalho que, hoje, estão subaproveitados. O destaque são as Economias Prateada/Longevidade, dos Cuidados, Verde, Criativa e Digital (com todo o potencial da inteligência artificial).

Na recomendação número dois, o foco é explorar iniciativas de letramento digital, educação financeira e apoio a microempreendedores. O país demanda ações que resolvam essa lacuna de conhecimento e, de acordo com a análise, o fomento à formalização de empreendedores é essencial para garantir assistência social atrelada à inclusão produtiva. Esse é um passo importante para que os empreendedores mais vulneráveis possam trabalhar dentro de uma lógica de proteção social, oportunidade digna, perene e estável.

A terceira recomendação se refere ao apoio educacional por meio de novos arranjos financeiros. Tendência, o financiamento educacional dialoga com iniciativas centradas em qualificação de profissionais para a empregabilidade. Chamado Income Share Agreement (ISA), trata-se de uma estrutura de financiamento de sucesso compartilhado: a instituição de ensino provê a educação/qualificação profissional, e o aluno paga o custo com uma porcentagem fixa da renda conquistada somente após os estudos serem concluídos.

Em um país no qual as melhores oportunidades de trabalho dependem da qualificação – que tem, muitas vezes, um custo inacessível para a população mais vulnerável –, esse modelo é bastante bem-vindo e tem potencial de crescer nos próximos anos, podendo, inclusive, dar suporte educacional aos nano, micro e pequenos empreendedores. Entre os exemplos de negócios de impacto mais promissores que usam ISA estão a Provi (que oferece financiamento estudantil para ampliar o acesso à educação) e a Resilia (que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho).

Por último, a quarta visão fala da necessidade de impulsionar a associação do termo ao universo de empreendedorismo de impacto, unindo as agendas de ambos – sobretudo, quando falamos de soluções focadas em empregabilidade, capacitação profissional e apoio a microempreendedores.

A íntegra do estudo conduzido pela Artemisia – em parceria com Accenture, Fundação Arymax, Meta, Potencia Ventures, Fundação Casas Bahia, Instituto XP, a B3 Social e Ambev – está disponível no link https://impactosocial.artemisia.org.br/nis-inclusao-produtiva.

Desenvolvedores de soluções inovadoras para endereçar parte dos problemas sociais enfrentados pela população mais vulnerável, os negócios de impacto focados em combater desafios ligados à empregabilidade e à geração de renda digna e constante têm contribuído para o avanço da agenda brasileira de Inclusão Produtiva – seja pela via do acesso ao emprego (empresas que preparam pessoas vulneráveis para o mercado de trabalho), seja pelo apoio a empreendedores de base (nano, micro e pequenos).

Essa é a tese defendida pelo estudo exploratório “Negócios de Impacto & Inclusão Produtiva – O papel do empreendedorismo social em prol da inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mundo do trabalho”.

O estudo – cuja metodologia fez uso de uma escuta em profundidade de especialistas da temática, empreendedores e público beneficiado – lança um olhar inovador para a missão da Inclusão Produtiva ao apontar que o dueto de intervenções propostas pelos negócios – apoiar empreendedores por necessidade (nano, micro e pequenos, que decidem abrir o próprio negócio muitas vezes por falta de oportunidades no mercado de trabalho) e preparar profissionais em busca de um emprego formal – compõe o retrato de um empreendedorismo social que tem expandido essa pauta no Brasil e contribuído com o combate às desigualdades sociais.

Equipe da Resilia, que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho. Foto: Divulgação/Cani

No pilar da empregabilidade, os negócios de impacto mapeados pelo estudo têm oferecido soluções voltadas à formação e requalificação de profissionais, além de inserção no mercado de trabalho; no suporte aos empreendedores, as ferramentas – sobretudo tecnológicas – apoiam a gestão, a eficiência e o aumento do número de clientes.

Um dos capítulos do estudo é dedicado a entender quais são os avanços nessa intersecção dos negócios de impacto e a Inclusão Produtiva; as novas demandas de atuação; as conquistas; os aprendizados; e, especialmente, as visões de futuro para que a causa avance ainda mais no Brasil e atraia múltiplos atores sociais. Essas reflexões sobre o amanhã, construídas a partir de escutas de especialistas do campo, deram origem a três recomendações que podem nortear organizações e empresas interessadas em potencializar iniciativas de geração de emprego e renda digna.

A primeira recomendação é voltar o olhar para economias promissoras. Na análise dos especialistas ouvidos, novos mercados vão gerar muitos postos de trabalho que, hoje, estão subaproveitados. O destaque são as Economias Prateada/Longevidade, dos Cuidados, Verde, Criativa e Digital (com todo o potencial da inteligência artificial).

Na recomendação número dois, o foco é explorar iniciativas de letramento digital, educação financeira e apoio a microempreendedores. O país demanda ações que resolvam essa lacuna de conhecimento e, de acordo com a análise, o fomento à formalização de empreendedores é essencial para garantir assistência social atrelada à inclusão produtiva. Esse é um passo importante para que os empreendedores mais vulneráveis possam trabalhar dentro de uma lógica de proteção social, oportunidade digna, perene e estável.

A terceira recomendação se refere ao apoio educacional por meio de novos arranjos financeiros. Tendência, o financiamento educacional dialoga com iniciativas centradas em qualificação de profissionais para a empregabilidade. Chamado Income Share Agreement (ISA), trata-se de uma estrutura de financiamento de sucesso compartilhado: a instituição de ensino provê a educação/qualificação profissional, e o aluno paga o custo com uma porcentagem fixa da renda conquistada somente após os estudos serem concluídos.

Em um país no qual as melhores oportunidades de trabalho dependem da qualificação – que tem, muitas vezes, um custo inacessível para a população mais vulnerável –, esse modelo é bastante bem-vindo e tem potencial de crescer nos próximos anos, podendo, inclusive, dar suporte educacional aos nano, micro e pequenos empreendedores. Entre os exemplos de negócios de impacto mais promissores que usam ISA estão a Provi (que oferece financiamento estudantil para ampliar o acesso à educação) e a Resilia (que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho).

Por último, a quarta visão fala da necessidade de impulsionar a associação do termo ao universo de empreendedorismo de impacto, unindo as agendas de ambos – sobretudo, quando falamos de soluções focadas em empregabilidade, capacitação profissional e apoio a microempreendedores.

A íntegra do estudo conduzido pela Artemisia – em parceria com Accenture, Fundação Arymax, Meta, Potencia Ventures, Fundação Casas Bahia, Instituto XP, a B3 Social e Ambev – está disponível no link https://impactosocial.artemisia.org.br/nis-inclusao-produtiva.

Desenvolvedores de soluções inovadoras para endereçar parte dos problemas sociais enfrentados pela população mais vulnerável, os negócios de impacto focados em combater desafios ligados à empregabilidade e à geração de renda digna e constante têm contribuído para o avanço da agenda brasileira de Inclusão Produtiva – seja pela via do acesso ao emprego (empresas que preparam pessoas vulneráveis para o mercado de trabalho), seja pelo apoio a empreendedores de base (nano, micro e pequenos).

Essa é a tese defendida pelo estudo exploratório “Negócios de Impacto & Inclusão Produtiva – O papel do empreendedorismo social em prol da inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mundo do trabalho”.

O estudo – cuja metodologia fez uso de uma escuta em profundidade de especialistas da temática, empreendedores e público beneficiado – lança um olhar inovador para a missão da Inclusão Produtiva ao apontar que o dueto de intervenções propostas pelos negócios – apoiar empreendedores por necessidade (nano, micro e pequenos, que decidem abrir o próprio negócio muitas vezes por falta de oportunidades no mercado de trabalho) e preparar profissionais em busca de um emprego formal – compõe o retrato de um empreendedorismo social que tem expandido essa pauta no Brasil e contribuído com o combate às desigualdades sociais.

Equipe da Resilia, que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho. Foto: Divulgação/Cani

No pilar da empregabilidade, os negócios de impacto mapeados pelo estudo têm oferecido soluções voltadas à formação e requalificação de profissionais, além de inserção no mercado de trabalho; no suporte aos empreendedores, as ferramentas – sobretudo tecnológicas – apoiam a gestão, a eficiência e o aumento do número de clientes.

Um dos capítulos do estudo é dedicado a entender quais são os avanços nessa intersecção dos negócios de impacto e a Inclusão Produtiva; as novas demandas de atuação; as conquistas; os aprendizados; e, especialmente, as visões de futuro para que a causa avance ainda mais no Brasil e atraia múltiplos atores sociais. Essas reflexões sobre o amanhã, construídas a partir de escutas de especialistas do campo, deram origem a três recomendações que podem nortear organizações e empresas interessadas em potencializar iniciativas de geração de emprego e renda digna.

A primeira recomendação é voltar o olhar para economias promissoras. Na análise dos especialistas ouvidos, novos mercados vão gerar muitos postos de trabalho que, hoje, estão subaproveitados. O destaque são as Economias Prateada/Longevidade, dos Cuidados, Verde, Criativa e Digital (com todo o potencial da inteligência artificial).

Na recomendação número dois, o foco é explorar iniciativas de letramento digital, educação financeira e apoio a microempreendedores. O país demanda ações que resolvam essa lacuna de conhecimento e, de acordo com a análise, o fomento à formalização de empreendedores é essencial para garantir assistência social atrelada à inclusão produtiva. Esse é um passo importante para que os empreendedores mais vulneráveis possam trabalhar dentro de uma lógica de proteção social, oportunidade digna, perene e estável.

A terceira recomendação se refere ao apoio educacional por meio de novos arranjos financeiros. Tendência, o financiamento educacional dialoga com iniciativas centradas em qualificação de profissionais para a empregabilidade. Chamado Income Share Agreement (ISA), trata-se de uma estrutura de financiamento de sucesso compartilhado: a instituição de ensino provê a educação/qualificação profissional, e o aluno paga o custo com uma porcentagem fixa da renda conquistada somente após os estudos serem concluídos.

Em um país no qual as melhores oportunidades de trabalho dependem da qualificação – que tem, muitas vezes, um custo inacessível para a população mais vulnerável –, esse modelo é bastante bem-vindo e tem potencial de crescer nos próximos anos, podendo, inclusive, dar suporte educacional aos nano, micro e pequenos empreendedores. Entre os exemplos de negócios de impacto mais promissores que usam ISA estão a Provi (que oferece financiamento estudantil para ampliar o acesso à educação) e a Resilia (que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho).

Por último, a quarta visão fala da necessidade de impulsionar a associação do termo ao universo de empreendedorismo de impacto, unindo as agendas de ambos – sobretudo, quando falamos de soluções focadas em empregabilidade, capacitação profissional e apoio a microempreendedores.

A íntegra do estudo conduzido pela Artemisia – em parceria com Accenture, Fundação Arymax, Meta, Potencia Ventures, Fundação Casas Bahia, Instituto XP, a B3 Social e Ambev – está disponível no link https://impactosocial.artemisia.org.br/nis-inclusao-produtiva.

Desenvolvedores de soluções inovadoras para endereçar parte dos problemas sociais enfrentados pela população mais vulnerável, os negócios de impacto focados em combater desafios ligados à empregabilidade e à geração de renda digna e constante têm contribuído para o avanço da agenda brasileira de Inclusão Produtiva – seja pela via do acesso ao emprego (empresas que preparam pessoas vulneráveis para o mercado de trabalho), seja pelo apoio a empreendedores de base (nano, micro e pequenos).

Essa é a tese defendida pelo estudo exploratório “Negócios de Impacto & Inclusão Produtiva – O papel do empreendedorismo social em prol da inserção de pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica no mundo do trabalho”.

O estudo – cuja metodologia fez uso de uma escuta em profundidade de especialistas da temática, empreendedores e público beneficiado – lança um olhar inovador para a missão da Inclusão Produtiva ao apontar que o dueto de intervenções propostas pelos negócios – apoiar empreendedores por necessidade (nano, micro e pequenos, que decidem abrir o próprio negócio muitas vezes por falta de oportunidades no mercado de trabalho) e preparar profissionais em busca de um emprego formal – compõe o retrato de um empreendedorismo social que tem expandido essa pauta no Brasil e contribuído com o combate às desigualdades sociais.

Equipe da Resilia, que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho. Foto: Divulgação/Cani

No pilar da empregabilidade, os negócios de impacto mapeados pelo estudo têm oferecido soluções voltadas à formação e requalificação de profissionais, além de inserção no mercado de trabalho; no suporte aos empreendedores, as ferramentas – sobretudo tecnológicas – apoiam a gestão, a eficiência e o aumento do número de clientes.

Um dos capítulos do estudo é dedicado a entender quais são os avanços nessa intersecção dos negócios de impacto e a Inclusão Produtiva; as novas demandas de atuação; as conquistas; os aprendizados; e, especialmente, as visões de futuro para que a causa avance ainda mais no Brasil e atraia múltiplos atores sociais. Essas reflexões sobre o amanhã, construídas a partir de escutas de especialistas do campo, deram origem a três recomendações que podem nortear organizações e empresas interessadas em potencializar iniciativas de geração de emprego e renda digna.

A primeira recomendação é voltar o olhar para economias promissoras. Na análise dos especialistas ouvidos, novos mercados vão gerar muitos postos de trabalho que, hoje, estão subaproveitados. O destaque são as Economias Prateada/Longevidade, dos Cuidados, Verde, Criativa e Digital (com todo o potencial da inteligência artificial).

Na recomendação número dois, o foco é explorar iniciativas de letramento digital, educação financeira e apoio a microempreendedores. O país demanda ações que resolvam essa lacuna de conhecimento e, de acordo com a análise, o fomento à formalização de empreendedores é essencial para garantir assistência social atrelada à inclusão produtiva. Esse é um passo importante para que os empreendedores mais vulneráveis possam trabalhar dentro de uma lógica de proteção social, oportunidade digna, perene e estável.

A terceira recomendação se refere ao apoio educacional por meio de novos arranjos financeiros. Tendência, o financiamento educacional dialoga com iniciativas centradas em qualificação de profissionais para a empregabilidade. Chamado Income Share Agreement (ISA), trata-se de uma estrutura de financiamento de sucesso compartilhado: a instituição de ensino provê a educação/qualificação profissional, e o aluno paga o custo com uma porcentagem fixa da renda conquistada somente após os estudos serem concluídos.

Em um país no qual as melhores oportunidades de trabalho dependem da qualificação – que tem, muitas vezes, um custo inacessível para a população mais vulnerável –, esse modelo é bastante bem-vindo e tem potencial de crescer nos próximos anos, podendo, inclusive, dar suporte educacional aos nano, micro e pequenos empreendedores. Entre os exemplos de negócios de impacto mais promissores que usam ISA estão a Provi (que oferece financiamento estudantil para ampliar o acesso à educação) e a Resilia (que capacita profissionais de tecnologia para o mercado de trabalho).

Por último, a quarta visão fala da necessidade de impulsionar a associação do termo ao universo de empreendedorismo de impacto, unindo as agendas de ambos – sobretudo, quando falamos de soluções focadas em empregabilidade, capacitação profissional e apoio a microempreendedores.

A íntegra do estudo conduzido pela Artemisia – em parceria com Accenture, Fundação Arymax, Meta, Potencia Ventures, Fundação Casas Bahia, Instituto XP, a B3 Social e Ambev – está disponível no link https://impactosocial.artemisia.org.br/nis-inclusao-produtiva.

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