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Opinião|O financiamento de soluções para a segurança hídrica


No Brasil, o Instituto Yarandu lidera um fundo para apoiar negócios de impacto e organizações sociais desenvolvedoras de soluções de água e saneamento

Por Maure Pessanha
Atualização:

Como a demanda por água impacta na crise climática? Essa questão – uma das mais pertinentes da contemporaneidade – norteia um recente artigo do Fórum Econômico Mundial sobre uma pesquisa conduzida pela BSI Water Security e Waterwise, em 41 países.

Com o objetivo de explorar a disponibilidade global de água e soluções para acelerar o progresso em direção a um mundo com segurança hídrica, o mapeamento mostrou resultados preocupantes: quase um terço das nações pesquisadas teve um desempenho pior em segurança hídrica do que o registrado em 2023; 43% deles não mostraram nenhuma mudança, sobretudo, em ações para combater o problema.

Alinhado à premissa que resolver a crescente insegurança hídrica global é equivalente a lidar com as mudanças climáticas, o artigo alerta para a lacuna crítica na compreensão pública de como a água está interligada ao clima. Diante dos dados, há uma demanda urgente não apenas por disseminar informações, mas por fomentar iniciativas, inclusive empreendedoras, para lidar com um dos maiores problemas do nosso tempo.

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Mariana Paál Martinato, diretora-presidente do Instituto Yarandu. Foto: Marketing IY

No Brasil, destaco a iniciativa do Instituto Yarandu, que lidera o IPU Water & Sanitation Venture Philanthropy – fundo que reúne investidores sociais para apoiar negócios de impacto e organizações sociais desenvolvedoras de soluções de água e saneamento. Na prática, uma forma inovadora de atrair capital paciente e aceleração customizada para alavancar ações concretas. Os ganhos obtidos pelo fundo são reinvestidos como forma de gerar sustentabilidade da ação no longo prazo.

O caminho da venture philanthropy – aplicação dos princípios do venture capital (capital de risco) para fins filantrópicos –, tem por objetivo prover instituições sociais não apenas de recursos financeiros, como também técnicos e gerenciais. Para que isto aconteça, o processo de investimento social se assemelha bastante ao de investimento financeiro, devendo contar com habilidades para a gestão do orçamento e alta expertise.

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Em conversa com Mariana Paál Martinato, diretora-presidente do Instituto Yarandu, ela conta que o objetivo do fundo é investir em iniciativas focadas em possibilitar o acesso e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos; melhorar a qualidade da água, aumentando a reutilização de forma segura; reduzir a poluição e a proporção de efluentes não tratados; proteger e restaurar ecossistemas relacionado à água de forma a promover a segurança hídrica no Brasil.

Sobre o novo Instituto Yarandu – constituído a partir do antigo Instituto Iguá –, Mariana conta que a alteração do nome reforça o compromisso setorial da instituição com a promoção da sustentabilidade e a preservação dos recursos hídricos, refletindo a natureza cíclica e vital da água no planeta, especialmente com foco em pessoas e regiões em situações de vulnerabilidade “Continuamos com o trabalho de realizar parcerias e liderar iniciativas inovadoras e impactantes que promovem a conservação e o uso eficiente da água e o acesso ao saneamento a cidadãos de todo o país.

Entre as ações estão programas com a iniciativa privada para facilitar o acesso à água tratada e ao saneamento em comunidades vulneráveis, o desenvolvimento de soluções para desafios de água e saneamento e a realização de programas educativos sobre sustentabilidade e o ciclo da água”, aponta. A executiva acrescenta que o Instituto Yarandu firmará parcerias para além do setor de saneamento – instituições com olhar para saúde, tecnologias na área de adaptação às mudanças climáticas, por exemplo.

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O entendimento da importância de um olhar profundo para os grandes problemas do nosso tempo é, na minha percepção, a melhor forma de enfrentar os desafios que a emergência climática têm imposto à humanidade. Articular apoios, inclusive de capital, aos negócios de impacto ambiental, por exemplo, é uma demanda urgente e que precisa ser liderada por vários atores com expertise e propósito claro de transformação. A população – sobretudo, a mais vulnerável – precisa desse compromisso com as pessoas e o planeta. Na próxima coluna, espero destacar um negócio de impacto social com uma solução inovadora de tratamento de água residual.

Como a demanda por água impacta na crise climática? Essa questão – uma das mais pertinentes da contemporaneidade – norteia um recente artigo do Fórum Econômico Mundial sobre uma pesquisa conduzida pela BSI Water Security e Waterwise, em 41 países.

Com o objetivo de explorar a disponibilidade global de água e soluções para acelerar o progresso em direção a um mundo com segurança hídrica, o mapeamento mostrou resultados preocupantes: quase um terço das nações pesquisadas teve um desempenho pior em segurança hídrica do que o registrado em 2023; 43% deles não mostraram nenhuma mudança, sobretudo, em ações para combater o problema.

Alinhado à premissa que resolver a crescente insegurança hídrica global é equivalente a lidar com as mudanças climáticas, o artigo alerta para a lacuna crítica na compreensão pública de como a água está interligada ao clima. Diante dos dados, há uma demanda urgente não apenas por disseminar informações, mas por fomentar iniciativas, inclusive empreendedoras, para lidar com um dos maiores problemas do nosso tempo.

Mariana Paál Martinato, diretora-presidente do Instituto Yarandu. Foto: Marketing IY

No Brasil, destaco a iniciativa do Instituto Yarandu, que lidera o IPU Water & Sanitation Venture Philanthropy – fundo que reúne investidores sociais para apoiar negócios de impacto e organizações sociais desenvolvedoras de soluções de água e saneamento. Na prática, uma forma inovadora de atrair capital paciente e aceleração customizada para alavancar ações concretas. Os ganhos obtidos pelo fundo são reinvestidos como forma de gerar sustentabilidade da ação no longo prazo.

O caminho da venture philanthropy – aplicação dos princípios do venture capital (capital de risco) para fins filantrópicos –, tem por objetivo prover instituições sociais não apenas de recursos financeiros, como também técnicos e gerenciais. Para que isto aconteça, o processo de investimento social se assemelha bastante ao de investimento financeiro, devendo contar com habilidades para a gestão do orçamento e alta expertise.

Em conversa com Mariana Paál Martinato, diretora-presidente do Instituto Yarandu, ela conta que o objetivo do fundo é investir em iniciativas focadas em possibilitar o acesso e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos; melhorar a qualidade da água, aumentando a reutilização de forma segura; reduzir a poluição e a proporção de efluentes não tratados; proteger e restaurar ecossistemas relacionado à água de forma a promover a segurança hídrica no Brasil.

Sobre o novo Instituto Yarandu – constituído a partir do antigo Instituto Iguá –, Mariana conta que a alteração do nome reforça o compromisso setorial da instituição com a promoção da sustentabilidade e a preservação dos recursos hídricos, refletindo a natureza cíclica e vital da água no planeta, especialmente com foco em pessoas e regiões em situações de vulnerabilidade “Continuamos com o trabalho de realizar parcerias e liderar iniciativas inovadoras e impactantes que promovem a conservação e o uso eficiente da água e o acesso ao saneamento a cidadãos de todo o país.

Entre as ações estão programas com a iniciativa privada para facilitar o acesso à água tratada e ao saneamento em comunidades vulneráveis, o desenvolvimento de soluções para desafios de água e saneamento e a realização de programas educativos sobre sustentabilidade e o ciclo da água”, aponta. A executiva acrescenta que o Instituto Yarandu firmará parcerias para além do setor de saneamento – instituições com olhar para saúde, tecnologias na área de adaptação às mudanças climáticas, por exemplo.

O entendimento da importância de um olhar profundo para os grandes problemas do nosso tempo é, na minha percepção, a melhor forma de enfrentar os desafios que a emergência climática têm imposto à humanidade. Articular apoios, inclusive de capital, aos negócios de impacto ambiental, por exemplo, é uma demanda urgente e que precisa ser liderada por vários atores com expertise e propósito claro de transformação. A população – sobretudo, a mais vulnerável – precisa desse compromisso com as pessoas e o planeta. Na próxima coluna, espero destacar um negócio de impacto social com uma solução inovadora de tratamento de água residual.

Como a demanda por água impacta na crise climática? Essa questão – uma das mais pertinentes da contemporaneidade – norteia um recente artigo do Fórum Econômico Mundial sobre uma pesquisa conduzida pela BSI Water Security e Waterwise, em 41 países.

Com o objetivo de explorar a disponibilidade global de água e soluções para acelerar o progresso em direção a um mundo com segurança hídrica, o mapeamento mostrou resultados preocupantes: quase um terço das nações pesquisadas teve um desempenho pior em segurança hídrica do que o registrado em 2023; 43% deles não mostraram nenhuma mudança, sobretudo, em ações para combater o problema.

Alinhado à premissa que resolver a crescente insegurança hídrica global é equivalente a lidar com as mudanças climáticas, o artigo alerta para a lacuna crítica na compreensão pública de como a água está interligada ao clima. Diante dos dados, há uma demanda urgente não apenas por disseminar informações, mas por fomentar iniciativas, inclusive empreendedoras, para lidar com um dos maiores problemas do nosso tempo.

Mariana Paál Martinato, diretora-presidente do Instituto Yarandu. Foto: Marketing IY

No Brasil, destaco a iniciativa do Instituto Yarandu, que lidera o IPU Water & Sanitation Venture Philanthropy – fundo que reúne investidores sociais para apoiar negócios de impacto e organizações sociais desenvolvedoras de soluções de água e saneamento. Na prática, uma forma inovadora de atrair capital paciente e aceleração customizada para alavancar ações concretas. Os ganhos obtidos pelo fundo são reinvestidos como forma de gerar sustentabilidade da ação no longo prazo.

O caminho da venture philanthropy – aplicação dos princípios do venture capital (capital de risco) para fins filantrópicos –, tem por objetivo prover instituições sociais não apenas de recursos financeiros, como também técnicos e gerenciais. Para que isto aconteça, o processo de investimento social se assemelha bastante ao de investimento financeiro, devendo contar com habilidades para a gestão do orçamento e alta expertise.

Em conversa com Mariana Paál Martinato, diretora-presidente do Instituto Yarandu, ela conta que o objetivo do fundo é investir em iniciativas focadas em possibilitar o acesso e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos; melhorar a qualidade da água, aumentando a reutilização de forma segura; reduzir a poluição e a proporção de efluentes não tratados; proteger e restaurar ecossistemas relacionado à água de forma a promover a segurança hídrica no Brasil.

Sobre o novo Instituto Yarandu – constituído a partir do antigo Instituto Iguá –, Mariana conta que a alteração do nome reforça o compromisso setorial da instituição com a promoção da sustentabilidade e a preservação dos recursos hídricos, refletindo a natureza cíclica e vital da água no planeta, especialmente com foco em pessoas e regiões em situações de vulnerabilidade “Continuamos com o trabalho de realizar parcerias e liderar iniciativas inovadoras e impactantes que promovem a conservação e o uso eficiente da água e o acesso ao saneamento a cidadãos de todo o país.

Entre as ações estão programas com a iniciativa privada para facilitar o acesso à água tratada e ao saneamento em comunidades vulneráveis, o desenvolvimento de soluções para desafios de água e saneamento e a realização de programas educativos sobre sustentabilidade e o ciclo da água”, aponta. A executiva acrescenta que o Instituto Yarandu firmará parcerias para além do setor de saneamento – instituições com olhar para saúde, tecnologias na área de adaptação às mudanças climáticas, por exemplo.

O entendimento da importância de um olhar profundo para os grandes problemas do nosso tempo é, na minha percepção, a melhor forma de enfrentar os desafios que a emergência climática têm imposto à humanidade. Articular apoios, inclusive de capital, aos negócios de impacto ambiental, por exemplo, é uma demanda urgente e que precisa ser liderada por vários atores com expertise e propósito claro de transformação. A população – sobretudo, a mais vulnerável – precisa desse compromisso com as pessoas e o planeta. Na próxima coluna, espero destacar um negócio de impacto social com uma solução inovadora de tratamento de água residual.

Opinião por Maure Pessanha

Coempreendedora e presidente do Conselho da Artemisia, organização pioneira no Brasil no fomento e na disseminação de negócios de impacto social e ambiental.

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