Eles agilizam burocracia corporativa, fazem o que as empresas não querem fazer e ganham milhões


Grupo A2 é uma ‘burotech’, que usa tecnologia para diminuir trabalho com serviços burocráticos e que faturou R$ 21 milhões em 2023

Por João Scheller
Atualização:

Numa conversa de bar, dois jovens advogados discutiam sobre o longo caminho que ainda teriam que trilhar em seus escritórios até chegarem a cargos de chefia ou mesmo de sócios. Eles falavam também sobre todas as oportunidades que existiam no mercado de prestação de serviços paralegais (de auxílio aos departamentos jurídicos das empresas) e que os escritórios onde trabalhavam não conseguiam atender.

Foi nessa mesma noite, em 2014, que os advogados Gabriel Loschiavo, 34, e Anderson Silva, 40, decidiram que poderiam abrir a própria companhia para atender demandas burocráticas das empresas.

A ideia era fazer os serviços que as próprias companhias não queriam fazer, como a emissão de certidões em cartório, registro e consulta de documentos e até mesmo o cadastro de novos sócios ou preparação para um processo de IPO (abertura de capital em bolsa).

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Com somente R$ 500 em caixa, nascia ali o Grupo A2, de São Paulo, e que hoje conta com cerca de 100 funcionários e atende mais de 2 mil companhias, de pequenas empresas a grandes corporações. Entre os clientes estão companhias como Magazine Luiza, Vivo e Shopee. Em 2023, a empresa faturou cerca de R$ 21 milhões.

Sócios da A2, Gabriel Loschiavo (esq.), Anderson Silva, Guilherme Franca (dir.) Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

“A gente percebeu que havia um oceano azul no mercado jurídico”, diz Loschiavo, mencionando o número de empresas no País — cerca de 21 milhões de CNPJs ativos, segundo o governo — e a quantidade de burocracia em diferentes instâncias.

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“Atendemos os próprios escritórios de advocacia dentro da área consultiva, sobre questões societárias, imobiliárias, empresariais. Além disso, atendemos os clientes deles, empresas de qualquer porte, porque a burocracia atinge companhias de todos os tamanhos”, afirma Loschiavo.

Empresa foca em digitalizar a maioria dos processos

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A A2 se autointitula uma “burotech”, ou seja, uma companhia que usa tecnologia para solucionar problemas burocráticos. A ideia é fazer com que a maioria das operações ocorra de forma digital. Assim, com profissionais especializados na realização destes processos, é possível reduzir custos, oferecer um preço mais baixo para o cliente e lucrar com o volume de serviços prestados.

“Temos um time de tecnologia olhando somente para isso, vendo o que a gente consegue digitalizar”, afirma Silva. Ele explica, porém, que isso depende dos órgãos e dos tipos de serviço, considerando que em muito setores há a necessidade de realização das atividades presencialmente.

Os concorrentes da A2 seriam, em menor escala, contadores e despachantes e até mesmo escritórios de advocacia, que oferecem serviços semelhantes, mas em menor escala ou cobrando mais.

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Entre os clientes da A2, estão companhias como Magazine Luiza, Vivo e Shopee Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Entender a dor do cliente e seu nicho de mercado é fundamental, diz consultor

Para Julio Moreira, que é consultor e fundador da IDVL Contabilidade, entender as dores dos clientes é um passo essencial para fazer com que o empreendedor consiga apostar em um plano de negócio viável.

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Mas não é só isso. Também é importante conversar com esses potenciais consumidores e entender se a solução que se está imaginando é algo que eles utilizariam.

“Às vezes, ele gasta muito tempo para desenvolver um modelo de negócio, mas o cliente não precisava daquilo tudo”, afirma.

Ele menciona que por vezes a solução pensada pode funcionar, mas a sua aplicação deve ser repensada. “A ideia é fazer o quanto antes e também testar o quanto antes”, afirma Moreira.

Numa conversa de bar, dois jovens advogados discutiam sobre o longo caminho que ainda teriam que trilhar em seus escritórios até chegarem a cargos de chefia ou mesmo de sócios. Eles falavam também sobre todas as oportunidades que existiam no mercado de prestação de serviços paralegais (de auxílio aos departamentos jurídicos das empresas) e que os escritórios onde trabalhavam não conseguiam atender.

Foi nessa mesma noite, em 2014, que os advogados Gabriel Loschiavo, 34, e Anderson Silva, 40, decidiram que poderiam abrir a própria companhia para atender demandas burocráticas das empresas.

A ideia era fazer os serviços que as próprias companhias não queriam fazer, como a emissão de certidões em cartório, registro e consulta de documentos e até mesmo o cadastro de novos sócios ou preparação para um processo de IPO (abertura de capital em bolsa).

Com somente R$ 500 em caixa, nascia ali o Grupo A2, de São Paulo, e que hoje conta com cerca de 100 funcionários e atende mais de 2 mil companhias, de pequenas empresas a grandes corporações. Entre os clientes estão companhias como Magazine Luiza, Vivo e Shopee. Em 2023, a empresa faturou cerca de R$ 21 milhões.

Sócios da A2, Gabriel Loschiavo (esq.), Anderson Silva, Guilherme Franca (dir.) Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

“A gente percebeu que havia um oceano azul no mercado jurídico”, diz Loschiavo, mencionando o número de empresas no País — cerca de 21 milhões de CNPJs ativos, segundo o governo — e a quantidade de burocracia em diferentes instâncias.

“Atendemos os próprios escritórios de advocacia dentro da área consultiva, sobre questões societárias, imobiliárias, empresariais. Além disso, atendemos os clientes deles, empresas de qualquer porte, porque a burocracia atinge companhias de todos os tamanhos”, afirma Loschiavo.

Empresa foca em digitalizar a maioria dos processos

A A2 se autointitula uma “burotech”, ou seja, uma companhia que usa tecnologia para solucionar problemas burocráticos. A ideia é fazer com que a maioria das operações ocorra de forma digital. Assim, com profissionais especializados na realização destes processos, é possível reduzir custos, oferecer um preço mais baixo para o cliente e lucrar com o volume de serviços prestados.

“Temos um time de tecnologia olhando somente para isso, vendo o que a gente consegue digitalizar”, afirma Silva. Ele explica, porém, que isso depende dos órgãos e dos tipos de serviço, considerando que em muito setores há a necessidade de realização das atividades presencialmente.

Os concorrentes da A2 seriam, em menor escala, contadores e despachantes e até mesmo escritórios de advocacia, que oferecem serviços semelhantes, mas em menor escala ou cobrando mais.

Entre os clientes da A2, estão companhias como Magazine Luiza, Vivo e Shopee Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Entender a dor do cliente e seu nicho de mercado é fundamental, diz consultor

Para Julio Moreira, que é consultor e fundador da IDVL Contabilidade, entender as dores dos clientes é um passo essencial para fazer com que o empreendedor consiga apostar em um plano de negócio viável.

Mas não é só isso. Também é importante conversar com esses potenciais consumidores e entender se a solução que se está imaginando é algo que eles utilizariam.

“Às vezes, ele gasta muito tempo para desenvolver um modelo de negócio, mas o cliente não precisava daquilo tudo”, afirma.

Ele menciona que por vezes a solução pensada pode funcionar, mas a sua aplicação deve ser repensada. “A ideia é fazer o quanto antes e também testar o quanto antes”, afirma Moreira.

Numa conversa de bar, dois jovens advogados discutiam sobre o longo caminho que ainda teriam que trilhar em seus escritórios até chegarem a cargos de chefia ou mesmo de sócios. Eles falavam também sobre todas as oportunidades que existiam no mercado de prestação de serviços paralegais (de auxílio aos departamentos jurídicos das empresas) e que os escritórios onde trabalhavam não conseguiam atender.

Foi nessa mesma noite, em 2014, que os advogados Gabriel Loschiavo, 34, e Anderson Silva, 40, decidiram que poderiam abrir a própria companhia para atender demandas burocráticas das empresas.

A ideia era fazer os serviços que as próprias companhias não queriam fazer, como a emissão de certidões em cartório, registro e consulta de documentos e até mesmo o cadastro de novos sócios ou preparação para um processo de IPO (abertura de capital em bolsa).

Com somente R$ 500 em caixa, nascia ali o Grupo A2, de São Paulo, e que hoje conta com cerca de 100 funcionários e atende mais de 2 mil companhias, de pequenas empresas a grandes corporações. Entre os clientes estão companhias como Magazine Luiza, Vivo e Shopee. Em 2023, a empresa faturou cerca de R$ 21 milhões.

Sócios da A2, Gabriel Loschiavo (esq.), Anderson Silva, Guilherme Franca (dir.) Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

“A gente percebeu que havia um oceano azul no mercado jurídico”, diz Loschiavo, mencionando o número de empresas no País — cerca de 21 milhões de CNPJs ativos, segundo o governo — e a quantidade de burocracia em diferentes instâncias.

“Atendemos os próprios escritórios de advocacia dentro da área consultiva, sobre questões societárias, imobiliárias, empresariais. Além disso, atendemos os clientes deles, empresas de qualquer porte, porque a burocracia atinge companhias de todos os tamanhos”, afirma Loschiavo.

Empresa foca em digitalizar a maioria dos processos

A A2 se autointitula uma “burotech”, ou seja, uma companhia que usa tecnologia para solucionar problemas burocráticos. A ideia é fazer com que a maioria das operações ocorra de forma digital. Assim, com profissionais especializados na realização destes processos, é possível reduzir custos, oferecer um preço mais baixo para o cliente e lucrar com o volume de serviços prestados.

“Temos um time de tecnologia olhando somente para isso, vendo o que a gente consegue digitalizar”, afirma Silva. Ele explica, porém, que isso depende dos órgãos e dos tipos de serviço, considerando que em muito setores há a necessidade de realização das atividades presencialmente.

Os concorrentes da A2 seriam, em menor escala, contadores e despachantes e até mesmo escritórios de advocacia, que oferecem serviços semelhantes, mas em menor escala ou cobrando mais.

Entre os clientes da A2, estão companhias como Magazine Luiza, Vivo e Shopee Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Entender a dor do cliente e seu nicho de mercado é fundamental, diz consultor

Para Julio Moreira, que é consultor e fundador da IDVL Contabilidade, entender as dores dos clientes é um passo essencial para fazer com que o empreendedor consiga apostar em um plano de negócio viável.

Mas não é só isso. Também é importante conversar com esses potenciais consumidores e entender se a solução que se está imaginando é algo que eles utilizariam.

“Às vezes, ele gasta muito tempo para desenvolver um modelo de negócio, mas o cliente não precisava daquilo tudo”, afirma.

Ele menciona que por vezes a solução pensada pode funcionar, mas a sua aplicação deve ser repensada. “A ideia é fazer o quanto antes e também testar o quanto antes”, afirma Moreira.

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