MEI, micro ou pequena empresa? Entenda diferenças e qual é a melhor opção para o seu negócio


O que determina o melhor enquadramento para o empreendedor é o faturamento anual do negócio

Por Felipe Siqueira
Atualização:

Como definir qual o melhor porte de CNPJ voltados para seu pequeno negócio? O que determina o melhor enquadramento para o empreendedor é o faturamento anual.

As três faixas de pequenos negócios são MEI (Microempreendedor Individual), ME (Microempresa) e E.P.P. (Empresa de Pequeno Porte).

MEI (Microempreendedor Individual)

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Modalidade mais comum dentre os CNPJs, o MEI comporta um faturamento anual de até R$ 81 mil. É um bom início para formalização, principalmente por ser a via mais barata de se abrir um CNPJ, já que não há custo para a abertura e, mês a mês, há apenas a cobrança por meio de DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

O valor varia a depender do tipo de negócio, mas, em média, gira em torno de R$ 70.

Sendo microempreendedor individual, já é possível emitir notas fiscais, o que facilita o fechamento de contratos com grandes empresas e com governos locais, estaduais e federal.

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Além disso, é possível ter um funcionário, seja registrado em carteira (CLT) ou um estagiário, e estar assegurado pelo INSS - desde que esteja em dia com os pagamentos dos impostos.

“Precisa estar em dia com isso porque pode virar uma bola de neve e até mesmo se transformar em uma dívida ativa junto à União”, explica o analista de negócios do Sebrae-SP Osvaldo Serafim dos Anjos Filho.

ME (Microempresa)

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Esta categoria já suporta um faturamento de até R$ 360 mil no ano.

Nessa categoria, a principal mudança em relação ao MEI é a obrigatoriedade de um contador. Isso porque, além do valor maior de faturamento, a organização tributária - recolhimento de impostos - fica um pouco mais complexa.

Dentre as opções, estão lucro simples, lucro presumido, e o próprio Simples Nacional.

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Não necessariamente o Simples Nacional será a melhor opção nestes casos, e é necessário avaliar com o contador para verificar o mais benéfico para a empresa.

E.P.P. (Empresa de Pequeno Porte)

Este é o passo seguinte à ME, com faturamento acima de R$ 360 mil e até R$ 4,8 milhões por ano (R$ 400 mil por mês).

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Também é obrigatório ter um contador. A dinâmica de recolhimento de impostos é a mesma das MEs.

A importância de projetar o faturamento

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Se já existe uma operação informal - sem CNPJ aberto - com faturamento mensal de cerca de R$ 5 mil, em média, este empreendedor poderá se enquadrar como MEI, já que, com este valor, em um ano, chegaria a cerca de R$ 60 mil.

O mesmo não pode ser dito para os casos em que o faturamento mensal médio já esteja na casa de R$ 7 mil - apenas 40% a mais que o nosso primeiro exemplo.

Isso porque, com R$ 7 mil por mês, o empreendimento chegaria a R$ 84 mil, estourando o teto da categoria.

Ele até conseguiria se manter como MEI no primeiro ano, porém, precisaria informar à Receita Federal o estouro do teto e, no ano seguinte, mudaria para ME.

É necessário ter uma boa gestão do negócio, acompanhando e projetando os faturamentos mensais, para não ser pego de surpresa  Foto: Nina/peopleimages.com - stock.ad

O que acontece se passar do limite de faturamento?

Se este estouro de teto for de até 20%, o que daria R$ 97,2 mil, haverá um recolhimento do excedente e, no início do ano seguinte, a empresa passará a ser enquadrada como ME (Microempresa).

Se neste ano seguinte o faturamento ficar dentro de R$ 81 mil, o empreendedor poderá solicitar a volta para a categoria MEI.

Agora, se este estouro ultrapassar 20% - mais que R$ 97,2 mil -, o reenquadramento tributário será automático e retroativo.

Ou seja, a empresa pagará imposto como ME ou E.P.P., a depender do tamanho desta extrapolação de teto, do zero, contando a partir de janeiro do ano corrente.

Isso significa que serão cobradas multas e juros dos valores devidos desde o primeiro mês do ano corrente.

“Acaba ficando bem pesado para o empreendedor. Por isso, tem que acompanhar de perto o faturamento e fazer projeções, para evitar surpresas”, explica a analista de negócios do Sebrae-SP Angela Martins.

Quanto aos documentos pagos como MEI durante este período, o empreendedor poderá solicitar reembolso.

Em resumo, se estourar, comunique a Receita Federal até o último dia do mês subsequente ao evento, como manda a regra.

Só que, de preferência, faça isso o mais rapidamente possível, até dentro do mesmo mês, para agilizar a situação. E contrate um contador, para não acumular mais multas e juros que o necessário.

ME ou E.P.P.

Entre ME e E.P.P. não há uma troca automática. Mesmo que estoure de um para outro, o imposto vai ser recolhido da mesma forma e não há multa por ultrapassar R$ 360 mil no ano, por exemplo, sendo ME, conforme explicou à reportagem o diretor regulatório e de auditoria interna da Contabilizei, plataforma especializada em contabilidade, Diego Zacarias dos Santos.

Porém, segundo ele, não estar em conformidade com o porte correto da empresa pode acarretar em dificuldades em fechamentos de contratos com companhias maiores ou até mesmo com o governo, por meio de licitações.

“Você pode correr o risco de perder o timing, o tempo. Um processo de alteração de porte pode levar de 7 a 30 dias, dependendo do Estado e da complexidade da alteração. Se tem algum tipo de pendência, pode ser ainda pior”, conclui.

Como definir qual o melhor porte de CNPJ voltados para seu pequeno negócio? O que determina o melhor enquadramento para o empreendedor é o faturamento anual.

As três faixas de pequenos negócios são MEI (Microempreendedor Individual), ME (Microempresa) e E.P.P. (Empresa de Pequeno Porte).

MEI (Microempreendedor Individual)

Modalidade mais comum dentre os CNPJs, o MEI comporta um faturamento anual de até R$ 81 mil. É um bom início para formalização, principalmente por ser a via mais barata de se abrir um CNPJ, já que não há custo para a abertura e, mês a mês, há apenas a cobrança por meio de DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

O valor varia a depender do tipo de negócio, mas, em média, gira em torno de R$ 70.

Sendo microempreendedor individual, já é possível emitir notas fiscais, o que facilita o fechamento de contratos com grandes empresas e com governos locais, estaduais e federal.

Além disso, é possível ter um funcionário, seja registrado em carteira (CLT) ou um estagiário, e estar assegurado pelo INSS - desde que esteja em dia com os pagamentos dos impostos.

“Precisa estar em dia com isso porque pode virar uma bola de neve e até mesmo se transformar em uma dívida ativa junto à União”, explica o analista de negócios do Sebrae-SP Osvaldo Serafim dos Anjos Filho.

ME (Microempresa)

Esta categoria já suporta um faturamento de até R$ 360 mil no ano.

Nessa categoria, a principal mudança em relação ao MEI é a obrigatoriedade de um contador. Isso porque, além do valor maior de faturamento, a organização tributária - recolhimento de impostos - fica um pouco mais complexa.

Dentre as opções, estão lucro simples, lucro presumido, e o próprio Simples Nacional.

Não necessariamente o Simples Nacional será a melhor opção nestes casos, e é necessário avaliar com o contador para verificar o mais benéfico para a empresa.

E.P.P. (Empresa de Pequeno Porte)

Este é o passo seguinte à ME, com faturamento acima de R$ 360 mil e até R$ 4,8 milhões por ano (R$ 400 mil por mês).

Também é obrigatório ter um contador. A dinâmica de recolhimento de impostos é a mesma das MEs.

A importância de projetar o faturamento

Se já existe uma operação informal - sem CNPJ aberto - com faturamento mensal de cerca de R$ 5 mil, em média, este empreendedor poderá se enquadrar como MEI, já que, com este valor, em um ano, chegaria a cerca de R$ 60 mil.

O mesmo não pode ser dito para os casos em que o faturamento mensal médio já esteja na casa de R$ 7 mil - apenas 40% a mais que o nosso primeiro exemplo.

Isso porque, com R$ 7 mil por mês, o empreendimento chegaria a R$ 84 mil, estourando o teto da categoria.

Ele até conseguiria se manter como MEI no primeiro ano, porém, precisaria informar à Receita Federal o estouro do teto e, no ano seguinte, mudaria para ME.

É necessário ter uma boa gestão do negócio, acompanhando e projetando os faturamentos mensais, para não ser pego de surpresa  Foto: Nina/peopleimages.com - stock.ad

O que acontece se passar do limite de faturamento?

Se este estouro de teto for de até 20%, o que daria R$ 97,2 mil, haverá um recolhimento do excedente e, no início do ano seguinte, a empresa passará a ser enquadrada como ME (Microempresa).

Se neste ano seguinte o faturamento ficar dentro de R$ 81 mil, o empreendedor poderá solicitar a volta para a categoria MEI.

Agora, se este estouro ultrapassar 20% - mais que R$ 97,2 mil -, o reenquadramento tributário será automático e retroativo.

Ou seja, a empresa pagará imposto como ME ou E.P.P., a depender do tamanho desta extrapolação de teto, do zero, contando a partir de janeiro do ano corrente.

Isso significa que serão cobradas multas e juros dos valores devidos desde o primeiro mês do ano corrente.

“Acaba ficando bem pesado para o empreendedor. Por isso, tem que acompanhar de perto o faturamento e fazer projeções, para evitar surpresas”, explica a analista de negócios do Sebrae-SP Angela Martins.

Quanto aos documentos pagos como MEI durante este período, o empreendedor poderá solicitar reembolso.

Em resumo, se estourar, comunique a Receita Federal até o último dia do mês subsequente ao evento, como manda a regra.

Só que, de preferência, faça isso o mais rapidamente possível, até dentro do mesmo mês, para agilizar a situação. E contrate um contador, para não acumular mais multas e juros que o necessário.

ME ou E.P.P.

Entre ME e E.P.P. não há uma troca automática. Mesmo que estoure de um para outro, o imposto vai ser recolhido da mesma forma e não há multa por ultrapassar R$ 360 mil no ano, por exemplo, sendo ME, conforme explicou à reportagem o diretor regulatório e de auditoria interna da Contabilizei, plataforma especializada em contabilidade, Diego Zacarias dos Santos.

Porém, segundo ele, não estar em conformidade com o porte correto da empresa pode acarretar em dificuldades em fechamentos de contratos com companhias maiores ou até mesmo com o governo, por meio de licitações.

“Você pode correr o risco de perder o timing, o tempo. Um processo de alteração de porte pode levar de 7 a 30 dias, dependendo do Estado e da complexidade da alteração. Se tem algum tipo de pendência, pode ser ainda pior”, conclui.

Como definir qual o melhor porte de CNPJ voltados para seu pequeno negócio? O que determina o melhor enquadramento para o empreendedor é o faturamento anual.

As três faixas de pequenos negócios são MEI (Microempreendedor Individual), ME (Microempresa) e E.P.P. (Empresa de Pequeno Porte).

MEI (Microempreendedor Individual)

Modalidade mais comum dentre os CNPJs, o MEI comporta um faturamento anual de até R$ 81 mil. É um bom início para formalização, principalmente por ser a via mais barata de se abrir um CNPJ, já que não há custo para a abertura e, mês a mês, há apenas a cobrança por meio de DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

O valor varia a depender do tipo de negócio, mas, em média, gira em torno de R$ 70.

Sendo microempreendedor individual, já é possível emitir notas fiscais, o que facilita o fechamento de contratos com grandes empresas e com governos locais, estaduais e federal.

Além disso, é possível ter um funcionário, seja registrado em carteira (CLT) ou um estagiário, e estar assegurado pelo INSS - desde que esteja em dia com os pagamentos dos impostos.

“Precisa estar em dia com isso porque pode virar uma bola de neve e até mesmo se transformar em uma dívida ativa junto à União”, explica o analista de negócios do Sebrae-SP Osvaldo Serafim dos Anjos Filho.

ME (Microempresa)

Esta categoria já suporta um faturamento de até R$ 360 mil no ano.

Nessa categoria, a principal mudança em relação ao MEI é a obrigatoriedade de um contador. Isso porque, além do valor maior de faturamento, a organização tributária - recolhimento de impostos - fica um pouco mais complexa.

Dentre as opções, estão lucro simples, lucro presumido, e o próprio Simples Nacional.

Não necessariamente o Simples Nacional será a melhor opção nestes casos, e é necessário avaliar com o contador para verificar o mais benéfico para a empresa.

E.P.P. (Empresa de Pequeno Porte)

Este é o passo seguinte à ME, com faturamento acima de R$ 360 mil e até R$ 4,8 milhões por ano (R$ 400 mil por mês).

Também é obrigatório ter um contador. A dinâmica de recolhimento de impostos é a mesma das MEs.

A importância de projetar o faturamento

Se já existe uma operação informal - sem CNPJ aberto - com faturamento mensal de cerca de R$ 5 mil, em média, este empreendedor poderá se enquadrar como MEI, já que, com este valor, em um ano, chegaria a cerca de R$ 60 mil.

O mesmo não pode ser dito para os casos em que o faturamento mensal médio já esteja na casa de R$ 7 mil - apenas 40% a mais que o nosso primeiro exemplo.

Isso porque, com R$ 7 mil por mês, o empreendimento chegaria a R$ 84 mil, estourando o teto da categoria.

Ele até conseguiria se manter como MEI no primeiro ano, porém, precisaria informar à Receita Federal o estouro do teto e, no ano seguinte, mudaria para ME.

É necessário ter uma boa gestão do negócio, acompanhando e projetando os faturamentos mensais, para não ser pego de surpresa  Foto: Nina/peopleimages.com - stock.ad

O que acontece se passar do limite de faturamento?

Se este estouro de teto for de até 20%, o que daria R$ 97,2 mil, haverá um recolhimento do excedente e, no início do ano seguinte, a empresa passará a ser enquadrada como ME (Microempresa).

Se neste ano seguinte o faturamento ficar dentro de R$ 81 mil, o empreendedor poderá solicitar a volta para a categoria MEI.

Agora, se este estouro ultrapassar 20% - mais que R$ 97,2 mil -, o reenquadramento tributário será automático e retroativo.

Ou seja, a empresa pagará imposto como ME ou E.P.P., a depender do tamanho desta extrapolação de teto, do zero, contando a partir de janeiro do ano corrente.

Isso significa que serão cobradas multas e juros dos valores devidos desde o primeiro mês do ano corrente.

“Acaba ficando bem pesado para o empreendedor. Por isso, tem que acompanhar de perto o faturamento e fazer projeções, para evitar surpresas”, explica a analista de negócios do Sebrae-SP Angela Martins.

Quanto aos documentos pagos como MEI durante este período, o empreendedor poderá solicitar reembolso.

Em resumo, se estourar, comunique a Receita Federal até o último dia do mês subsequente ao evento, como manda a regra.

Só que, de preferência, faça isso o mais rapidamente possível, até dentro do mesmo mês, para agilizar a situação. E contrate um contador, para não acumular mais multas e juros que o necessário.

ME ou E.P.P.

Entre ME e E.P.P. não há uma troca automática. Mesmo que estoure de um para outro, o imposto vai ser recolhido da mesma forma e não há multa por ultrapassar R$ 360 mil no ano, por exemplo, sendo ME, conforme explicou à reportagem o diretor regulatório e de auditoria interna da Contabilizei, plataforma especializada em contabilidade, Diego Zacarias dos Santos.

Porém, segundo ele, não estar em conformidade com o porte correto da empresa pode acarretar em dificuldades em fechamentos de contratos com companhias maiores ou até mesmo com o governo, por meio de licitações.

“Você pode correr o risco de perder o timing, o tempo. Um processo de alteração de porte pode levar de 7 a 30 dias, dependendo do Estado e da complexidade da alteração. Se tem algum tipo de pendência, pode ser ainda pior”, conclui.

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