Como uma loja de calçados infantis do interior aumentou as vendas em 275% usando a Shopee?


Club Happy, de Birigui (SP), passou de 800 vendas por dia para 3.000; especialistas dizem que marketplaces são opção para quem quer atrair clientes, mas precisa de cuidado com taxas, concorrentes e falta de identidade

Por Geovanna Hora
Atualização:

O Brasil já tem mais de 30 opções de marketplaces, mas será que plataformas como Shopee, Mercado Livre e Amazon são uma boa opção para quem quer começar a empreender? O modelo, que reúne um grande número de vendedores com diversos produtos e preços em um único site ou aplicativo, tem atraído cada vez mais brasileiros. Um dos casos foi a fabricante de calçados infantis Club Happy, que aumentou as vendas em 275% depois que entrou na Shopee.

Somente a Shopee conta com mais de 3 milhões de lojistas no país, enquanto a Amazon tem 78 mil e o Mercado Livre tem 15,4 mil. Os dados foram divulgados pelas empresas.

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O que torna os marketplaces uma opção para novos empreendedores?

O consultor de negócios do Sebrae-SP Eder Max aponta que um dos principais diferenciais dos marketplaces é a facilidade na geração de tráfego digital, que representa o volume de visitas e interações que um site recebe.

Ele explica que uma página online própria obriga a empresa a investir em profissionais e estratégias que atraiam os acessos do público.

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Os marketplaces cobram taxas, mas já disponibilizam todas as ferramentas necessárias para impulsionar o fluxo de usuários, o que garante um trabalho mais simples para o empreendedor.

O gerente de desenvolvimento de novos negócios da Shopee, Felipe Lima, destaca que a plataforma oferece uma Central de Marketing para os vendedores. “Eles têm acesso a ferramentas para melhorar o tráfego de sua loja, a performance de vendas e a taxa de conversão visualização-pedido”, afirma.

Além disso, os marketplaces também contam com milhões de visitantes garantidos por mês. Os site de varejo mais acessado no Brasil em junho foi o Mercado Livre, com 237,2 milhões de visitantes, seguido pela Amazon, com 199,12 milhões, e pela Shopee, com 102,24 milhões. Os dados são da Semrush, empresa norte-americana especializada em visibilidade online.

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Como a Club Happy aumentou suas vendas em 275% com a Shopee

Rafael Gonçalves (esq.), Oscar Gonçalves (centro) e Alex Gonçalves levaram a Club Happy para a Shopee durante a pandemia. Foto: Arquivo pessoal/Alex Gonçalves

O empresário Alex Gonçalves, de 35 anos, enxergou na Shoppe uma solução para a queda nas vendas durante a pandemia. Com o pai, Oscar Gonçalves, de 63, e o irmão, Rafael Gonçalves, de 34, ele transformou a fabricante de calçados para crianças Club Happy, de Birigui (SP), em uma loja online.

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Até 2020, eles vendiam apenas para lojistas, mas usaram a internet para chegar até o consumidor final. Como não tinham experiência no comércio digital, optaram por um marketplace.

Na época, a empresa produzia 800 sapatos por dia. Depois de quatro anos nas plataformas, a fabricação diária subiu para 3.000 pares, uma alta de 275%. A empresa não divulga seu faturamento.

Com um imóvel de 4.000 metros quadrados, o número de funcionários diretos e indiretos também subiu de 30 em 2020 para 250 em 2024.

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O empresário conta que, apesar de também investirem em um site exclusivo, a maior parte das vendas ainda está concentrada nos marketplaces, especialmente na Shopee.

Gonçalves acredita que ter fabricação própria ajuda a se diferenciar da concorrência. “Nós temos um armazenamento com mais de 150 mil peças à disposição para serem enviadas de forma imediata após a venda, o que permite despachar os pedidos em até 24 horas. Isso só é possível porque somos os produtores, então é mais fácil adaptar o estoque para a demanda”, afirma.

Apesar de a logística da entrega ser de responsabilidade dos marketplaces, todo o processo que antecede a coleta é feito pelos lojistas.

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“O segredo do online é vender mais para ter um engajamento melhor e ficar mais visível nas plataformas. Com mais sapatos armazenados, fica mais fácil fazer isso funcionar”, declara.

Quais os desafios de vender em marketplaces?

O primeiro ponto que deve ser analisado antes de apostar nos marketplaces, segundo Eder Max, do Sebrae-SP, é o perfil dos concorrentes e o ciclo de vida do produto, ou seja, as etapas que um item percorre entre o desenvolvimento e a retirada do mercado.

Ele explica que o empreendedor precisa estar atento para não investir em algo que já está disponível em muitas lojas, a não ser que consiga um fornecedor diferente com preços extremamente competitivos, além de evitar peças que estejam no fim do ciclo de vida.

Como se destacar da concorrência nos marketplaces?

A estratégia de frete é um dos fatores mais importantes no comércio eletrônico. O especialista afirma que alguns marketplaces têm uma sistema de logística próprio, o que pode ser um grande diferencial em relação a agilidade e comodidade, já que não há dependência dos Correios, mas é necessário avaliar quais os custos envolvidos.

“Antes de oferecer o frete grátis, por exemplo, para tentar se diferenciar da concorrência, o lojista precisa calcular detalhadamente quanto isso custa, já que o faturamento pode não compensar os gastos, o que torna a estratégia falha”, analisa.

Felipe Lima, da Shopee, afirma que os anúncios pagos podem ser grandes aliados, seja para dar uma força aos produtos que estão encalhados ou para impulsionar aqueles que já têm um potencial maior de saída.

“O Shopee Ads, por exemplo, permite colocar os artigos no topo das pesquisas, exibir a loja em primeiro nas páginas de resultados e posicionar o item nas principais seções de recomendação”, explica.

Ele também destaca a importância de ações voltadas para datas especiais, como Black Friday, Dia dos Pais, Dia das Mães e outras.

A importância das capacitações oferecidas pelas plataformas

Max ressalta a importância de participar de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas, já que as atualizações são constantes, além de serem válidas para aprender mais sobre as tendências de mercado.

Lima diz que a Shopee fornece treinamentos por meio do Centro de Educação do Vendedor, que é voltado para a qualificação de empreendedores. “Os cursos abordam temas variados, como vendas com dados analíticos, expansão dos negócios, noções básicas para envio de pedidos e marketing.”

Os vendedores também têm acesso a um grupo privado no Telegram, com cerca de 30 mil membros, para trocar experiências e informações, além de receber novidades sobre a plataforma.

O consultor do Sebrae-SP afirma que investir em conteúdos para as redes sociais é parte da estratégia para aproximar o relacionamento com o cliente. Ele destaca que o material precisa ter qualidade e ser dinâmico para servir como uma ponte entre a empresa, o produto e o comprador.

“A empresa pode fazer um unboxing dos itens, um comparativo entre marcas ou uma análise geral do objeto, por exemplo. Assim as pessoas vão entender o que ela vende. No final da publicação, é sempre válido colocar um link de vendas ou formas de contato.”

Max também avalia que o título e descrição da sua mercadoria podem ser determinantes para as vendas. Ele dá uma dica para quem tem dúvidas sobre o que colocar: no nome, o que vale é a regra produto, marca, modelo e especificação, conhecida como PMME. Já a apresentação precisa informar características, benefícios e instruções de uso.

“É essencial colocar qual a finalidade, qual problema o item resolve, qual comodidade ele traz e qual vantagem o cliente tem ao usar”, destaca.

Dicas essenciais para vender mais nos marketplaces

  • Responda às dúvidas dos clientes o mais rápido possível, já que as pessoas podem desistir da compra se não receberem atenção.
  • Tenha cuidado ao definir o preço do seu produto para garantir um valor competitivo e lucrativo.
  • Participe de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas para estar sempre atualizado.
  • Capriche no título e descrição da sua mercadoria para atrair o consumidor e ajudar os algoritmos.
  • Invista em conteúdo de qualidade nas redes sociais para se aproximar dos clientes.
  • Utilize palavras-chaves para garantir que o seu produto esteja bem posicionado nas pesquisas.

Taxas e falta de identidade da marca podem ser um empecilho

Max alerta que, além de todas as facilidades, o empreendedor precisa considerar as taxas dos marketplaces na hora de definir qual o melhor caminho, já que existem diferentes planos de venda em cada plataforma.

A Shopee tem uma comissão que varia entre 14% e 20% do valor total do pedido e uma tarifa fixa de R$4 por mercadoria, exceto em itens com preço abaixo de R$ 8, onde o encargo é de 50% do valor do produto.

O Mercado Livre cobra entre 10% e 19% do valor da venda, com um adicional de R$ 6 por unidade em artigos de até R$ 79.

Quem quer vender na Amazon, precisa pagar entre 9% e 15% por peça, com valor mínimo de R$ 1, além de R$ 2 por objeto ou uma mensalidade de R$ 19, que dispensa o adicional fixo de todos os pedidos.

A dica de Max para escolher a melhor opção é analisar qual se encaixa melhor no nicho do negócio. “Se a empresa trabalha com artesanato, o Elo7 pode ser uma boa escolha, mas se o foco são produtos eletrônicos, o ideal seria o Mercado Livre, Amazon, Shopee ou Magalu, por exemplo”, explica.

Se o empreendedor optar por mais de uma plataforma, ele destaca que é imprescindível investir em um software integrador de estoques, para evitar vender produtos que não estejam mais disponíveis, o que pode gerar problemas com o Código de Defesa do Consumidor.

Outro ponto negativo apontado pelo especialista é a dificuldade de construir uma identidade da marca, já que o cliente costuma lembrar do marketplace, mas não do vendedor. Ele explica que não ter uma imagem em destaque atrapalha o processo de fidelização do consumidor.

“Antes de fazer uma compra, as pessoas costumam seguir três etapas. Primeiro, elas precisam conhecer a empresa, depois têm que gostar do produto e, por último, confiar em quem faz o trabalho. A maioria dos empreendedores com negócios nos marketplaces deixam a desejar nessa parte, porque as plataformas já são consolidadas, mas é importante construir a sua própria credibilidade.”

O Brasil já tem mais de 30 opções de marketplaces, mas será que plataformas como Shopee, Mercado Livre e Amazon são uma boa opção para quem quer começar a empreender? O modelo, que reúne um grande número de vendedores com diversos produtos e preços em um único site ou aplicativo, tem atraído cada vez mais brasileiros. Um dos casos foi a fabricante de calçados infantis Club Happy, que aumentou as vendas em 275% depois que entrou na Shopee.

Somente a Shopee conta com mais de 3 milhões de lojistas no país, enquanto a Amazon tem 78 mil e o Mercado Livre tem 15,4 mil. Os dados foram divulgados pelas empresas.

O que torna os marketplaces uma opção para novos empreendedores?

O consultor de negócios do Sebrae-SP Eder Max aponta que um dos principais diferenciais dos marketplaces é a facilidade na geração de tráfego digital, que representa o volume de visitas e interações que um site recebe.

Ele explica que uma página online própria obriga a empresa a investir em profissionais e estratégias que atraiam os acessos do público.

Os marketplaces cobram taxas, mas já disponibilizam todas as ferramentas necessárias para impulsionar o fluxo de usuários, o que garante um trabalho mais simples para o empreendedor.

O gerente de desenvolvimento de novos negócios da Shopee, Felipe Lima, destaca que a plataforma oferece uma Central de Marketing para os vendedores. “Eles têm acesso a ferramentas para melhorar o tráfego de sua loja, a performance de vendas e a taxa de conversão visualização-pedido”, afirma.

Além disso, os marketplaces também contam com milhões de visitantes garantidos por mês. Os site de varejo mais acessado no Brasil em junho foi o Mercado Livre, com 237,2 milhões de visitantes, seguido pela Amazon, com 199,12 milhões, e pela Shopee, com 102,24 milhões. Os dados são da Semrush, empresa norte-americana especializada em visibilidade online.

Como a Club Happy aumentou suas vendas em 275% com a Shopee

Rafael Gonçalves (esq.), Oscar Gonçalves (centro) e Alex Gonçalves levaram a Club Happy para a Shopee durante a pandemia. Foto: Arquivo pessoal/Alex Gonçalves

O empresário Alex Gonçalves, de 35 anos, enxergou na Shoppe uma solução para a queda nas vendas durante a pandemia. Com o pai, Oscar Gonçalves, de 63, e o irmão, Rafael Gonçalves, de 34, ele transformou a fabricante de calçados para crianças Club Happy, de Birigui (SP), em uma loja online.

Até 2020, eles vendiam apenas para lojistas, mas usaram a internet para chegar até o consumidor final. Como não tinham experiência no comércio digital, optaram por um marketplace.

Na época, a empresa produzia 800 sapatos por dia. Depois de quatro anos nas plataformas, a fabricação diária subiu para 3.000 pares, uma alta de 275%. A empresa não divulga seu faturamento.

Com um imóvel de 4.000 metros quadrados, o número de funcionários diretos e indiretos também subiu de 30 em 2020 para 250 em 2024.

O empresário conta que, apesar de também investirem em um site exclusivo, a maior parte das vendas ainda está concentrada nos marketplaces, especialmente na Shopee.

Gonçalves acredita que ter fabricação própria ajuda a se diferenciar da concorrência. “Nós temos um armazenamento com mais de 150 mil peças à disposição para serem enviadas de forma imediata após a venda, o que permite despachar os pedidos em até 24 horas. Isso só é possível porque somos os produtores, então é mais fácil adaptar o estoque para a demanda”, afirma.

Apesar de a logística da entrega ser de responsabilidade dos marketplaces, todo o processo que antecede a coleta é feito pelos lojistas.

“O segredo do online é vender mais para ter um engajamento melhor e ficar mais visível nas plataformas. Com mais sapatos armazenados, fica mais fácil fazer isso funcionar”, declara.

Quais os desafios de vender em marketplaces?

O primeiro ponto que deve ser analisado antes de apostar nos marketplaces, segundo Eder Max, do Sebrae-SP, é o perfil dos concorrentes e o ciclo de vida do produto, ou seja, as etapas que um item percorre entre o desenvolvimento e a retirada do mercado.

Ele explica que o empreendedor precisa estar atento para não investir em algo que já está disponível em muitas lojas, a não ser que consiga um fornecedor diferente com preços extremamente competitivos, além de evitar peças que estejam no fim do ciclo de vida.

Como se destacar da concorrência nos marketplaces?

A estratégia de frete é um dos fatores mais importantes no comércio eletrônico. O especialista afirma que alguns marketplaces têm uma sistema de logística próprio, o que pode ser um grande diferencial em relação a agilidade e comodidade, já que não há dependência dos Correios, mas é necessário avaliar quais os custos envolvidos.

“Antes de oferecer o frete grátis, por exemplo, para tentar se diferenciar da concorrência, o lojista precisa calcular detalhadamente quanto isso custa, já que o faturamento pode não compensar os gastos, o que torna a estratégia falha”, analisa.

Felipe Lima, da Shopee, afirma que os anúncios pagos podem ser grandes aliados, seja para dar uma força aos produtos que estão encalhados ou para impulsionar aqueles que já têm um potencial maior de saída.

“O Shopee Ads, por exemplo, permite colocar os artigos no topo das pesquisas, exibir a loja em primeiro nas páginas de resultados e posicionar o item nas principais seções de recomendação”, explica.

Ele também destaca a importância de ações voltadas para datas especiais, como Black Friday, Dia dos Pais, Dia das Mães e outras.

A importância das capacitações oferecidas pelas plataformas

Max ressalta a importância de participar de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas, já que as atualizações são constantes, além de serem válidas para aprender mais sobre as tendências de mercado.

Lima diz que a Shopee fornece treinamentos por meio do Centro de Educação do Vendedor, que é voltado para a qualificação de empreendedores. “Os cursos abordam temas variados, como vendas com dados analíticos, expansão dos negócios, noções básicas para envio de pedidos e marketing.”

Os vendedores também têm acesso a um grupo privado no Telegram, com cerca de 30 mil membros, para trocar experiências e informações, além de receber novidades sobre a plataforma.

O consultor do Sebrae-SP afirma que investir em conteúdos para as redes sociais é parte da estratégia para aproximar o relacionamento com o cliente. Ele destaca que o material precisa ter qualidade e ser dinâmico para servir como uma ponte entre a empresa, o produto e o comprador.

“A empresa pode fazer um unboxing dos itens, um comparativo entre marcas ou uma análise geral do objeto, por exemplo. Assim as pessoas vão entender o que ela vende. No final da publicação, é sempre válido colocar um link de vendas ou formas de contato.”

Max também avalia que o título e descrição da sua mercadoria podem ser determinantes para as vendas. Ele dá uma dica para quem tem dúvidas sobre o que colocar: no nome, o que vale é a regra produto, marca, modelo e especificação, conhecida como PMME. Já a apresentação precisa informar características, benefícios e instruções de uso.

“É essencial colocar qual a finalidade, qual problema o item resolve, qual comodidade ele traz e qual vantagem o cliente tem ao usar”, destaca.

Dicas essenciais para vender mais nos marketplaces

  • Responda às dúvidas dos clientes o mais rápido possível, já que as pessoas podem desistir da compra se não receberem atenção.
  • Tenha cuidado ao definir o preço do seu produto para garantir um valor competitivo e lucrativo.
  • Participe de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas para estar sempre atualizado.
  • Capriche no título e descrição da sua mercadoria para atrair o consumidor e ajudar os algoritmos.
  • Invista em conteúdo de qualidade nas redes sociais para se aproximar dos clientes.
  • Utilize palavras-chaves para garantir que o seu produto esteja bem posicionado nas pesquisas.

Taxas e falta de identidade da marca podem ser um empecilho

Max alerta que, além de todas as facilidades, o empreendedor precisa considerar as taxas dos marketplaces na hora de definir qual o melhor caminho, já que existem diferentes planos de venda em cada plataforma.

A Shopee tem uma comissão que varia entre 14% e 20% do valor total do pedido e uma tarifa fixa de R$4 por mercadoria, exceto em itens com preço abaixo de R$ 8, onde o encargo é de 50% do valor do produto.

O Mercado Livre cobra entre 10% e 19% do valor da venda, com um adicional de R$ 6 por unidade em artigos de até R$ 79.

Quem quer vender na Amazon, precisa pagar entre 9% e 15% por peça, com valor mínimo de R$ 1, além de R$ 2 por objeto ou uma mensalidade de R$ 19, que dispensa o adicional fixo de todos os pedidos.

A dica de Max para escolher a melhor opção é analisar qual se encaixa melhor no nicho do negócio. “Se a empresa trabalha com artesanato, o Elo7 pode ser uma boa escolha, mas se o foco são produtos eletrônicos, o ideal seria o Mercado Livre, Amazon, Shopee ou Magalu, por exemplo”, explica.

Se o empreendedor optar por mais de uma plataforma, ele destaca que é imprescindível investir em um software integrador de estoques, para evitar vender produtos que não estejam mais disponíveis, o que pode gerar problemas com o Código de Defesa do Consumidor.

Outro ponto negativo apontado pelo especialista é a dificuldade de construir uma identidade da marca, já que o cliente costuma lembrar do marketplace, mas não do vendedor. Ele explica que não ter uma imagem em destaque atrapalha o processo de fidelização do consumidor.

“Antes de fazer uma compra, as pessoas costumam seguir três etapas. Primeiro, elas precisam conhecer a empresa, depois têm que gostar do produto e, por último, confiar em quem faz o trabalho. A maioria dos empreendedores com negócios nos marketplaces deixam a desejar nessa parte, porque as plataformas já são consolidadas, mas é importante construir a sua própria credibilidade.”

O Brasil já tem mais de 30 opções de marketplaces, mas será que plataformas como Shopee, Mercado Livre e Amazon são uma boa opção para quem quer começar a empreender? O modelo, que reúne um grande número de vendedores com diversos produtos e preços em um único site ou aplicativo, tem atraído cada vez mais brasileiros. Um dos casos foi a fabricante de calçados infantis Club Happy, que aumentou as vendas em 275% depois que entrou na Shopee.

Somente a Shopee conta com mais de 3 milhões de lojistas no país, enquanto a Amazon tem 78 mil e o Mercado Livre tem 15,4 mil. Os dados foram divulgados pelas empresas.

O que torna os marketplaces uma opção para novos empreendedores?

O consultor de negócios do Sebrae-SP Eder Max aponta que um dos principais diferenciais dos marketplaces é a facilidade na geração de tráfego digital, que representa o volume de visitas e interações que um site recebe.

Ele explica que uma página online própria obriga a empresa a investir em profissionais e estratégias que atraiam os acessos do público.

Os marketplaces cobram taxas, mas já disponibilizam todas as ferramentas necessárias para impulsionar o fluxo de usuários, o que garante um trabalho mais simples para o empreendedor.

O gerente de desenvolvimento de novos negócios da Shopee, Felipe Lima, destaca que a plataforma oferece uma Central de Marketing para os vendedores. “Eles têm acesso a ferramentas para melhorar o tráfego de sua loja, a performance de vendas e a taxa de conversão visualização-pedido”, afirma.

Além disso, os marketplaces também contam com milhões de visitantes garantidos por mês. Os site de varejo mais acessado no Brasil em junho foi o Mercado Livre, com 237,2 milhões de visitantes, seguido pela Amazon, com 199,12 milhões, e pela Shopee, com 102,24 milhões. Os dados são da Semrush, empresa norte-americana especializada em visibilidade online.

Como a Club Happy aumentou suas vendas em 275% com a Shopee

Rafael Gonçalves (esq.), Oscar Gonçalves (centro) e Alex Gonçalves levaram a Club Happy para a Shopee durante a pandemia. Foto: Arquivo pessoal/Alex Gonçalves

O empresário Alex Gonçalves, de 35 anos, enxergou na Shoppe uma solução para a queda nas vendas durante a pandemia. Com o pai, Oscar Gonçalves, de 63, e o irmão, Rafael Gonçalves, de 34, ele transformou a fabricante de calçados para crianças Club Happy, de Birigui (SP), em uma loja online.

Até 2020, eles vendiam apenas para lojistas, mas usaram a internet para chegar até o consumidor final. Como não tinham experiência no comércio digital, optaram por um marketplace.

Na época, a empresa produzia 800 sapatos por dia. Depois de quatro anos nas plataformas, a fabricação diária subiu para 3.000 pares, uma alta de 275%. A empresa não divulga seu faturamento.

Com um imóvel de 4.000 metros quadrados, o número de funcionários diretos e indiretos também subiu de 30 em 2020 para 250 em 2024.

O empresário conta que, apesar de também investirem em um site exclusivo, a maior parte das vendas ainda está concentrada nos marketplaces, especialmente na Shopee.

Gonçalves acredita que ter fabricação própria ajuda a se diferenciar da concorrência. “Nós temos um armazenamento com mais de 150 mil peças à disposição para serem enviadas de forma imediata após a venda, o que permite despachar os pedidos em até 24 horas. Isso só é possível porque somos os produtores, então é mais fácil adaptar o estoque para a demanda”, afirma.

Apesar de a logística da entrega ser de responsabilidade dos marketplaces, todo o processo que antecede a coleta é feito pelos lojistas.

“O segredo do online é vender mais para ter um engajamento melhor e ficar mais visível nas plataformas. Com mais sapatos armazenados, fica mais fácil fazer isso funcionar”, declara.

Quais os desafios de vender em marketplaces?

O primeiro ponto que deve ser analisado antes de apostar nos marketplaces, segundo Eder Max, do Sebrae-SP, é o perfil dos concorrentes e o ciclo de vida do produto, ou seja, as etapas que um item percorre entre o desenvolvimento e a retirada do mercado.

Ele explica que o empreendedor precisa estar atento para não investir em algo que já está disponível em muitas lojas, a não ser que consiga um fornecedor diferente com preços extremamente competitivos, além de evitar peças que estejam no fim do ciclo de vida.

Como se destacar da concorrência nos marketplaces?

A estratégia de frete é um dos fatores mais importantes no comércio eletrônico. O especialista afirma que alguns marketplaces têm uma sistema de logística próprio, o que pode ser um grande diferencial em relação a agilidade e comodidade, já que não há dependência dos Correios, mas é necessário avaliar quais os custos envolvidos.

“Antes de oferecer o frete grátis, por exemplo, para tentar se diferenciar da concorrência, o lojista precisa calcular detalhadamente quanto isso custa, já que o faturamento pode não compensar os gastos, o que torna a estratégia falha”, analisa.

Felipe Lima, da Shopee, afirma que os anúncios pagos podem ser grandes aliados, seja para dar uma força aos produtos que estão encalhados ou para impulsionar aqueles que já têm um potencial maior de saída.

“O Shopee Ads, por exemplo, permite colocar os artigos no topo das pesquisas, exibir a loja em primeiro nas páginas de resultados e posicionar o item nas principais seções de recomendação”, explica.

Ele também destaca a importância de ações voltadas para datas especiais, como Black Friday, Dia dos Pais, Dia das Mães e outras.

A importância das capacitações oferecidas pelas plataformas

Max ressalta a importância de participar de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas, já que as atualizações são constantes, além de serem válidas para aprender mais sobre as tendências de mercado.

Lima diz que a Shopee fornece treinamentos por meio do Centro de Educação do Vendedor, que é voltado para a qualificação de empreendedores. “Os cursos abordam temas variados, como vendas com dados analíticos, expansão dos negócios, noções básicas para envio de pedidos e marketing.”

Os vendedores também têm acesso a um grupo privado no Telegram, com cerca de 30 mil membros, para trocar experiências e informações, além de receber novidades sobre a plataforma.

O consultor do Sebrae-SP afirma que investir em conteúdos para as redes sociais é parte da estratégia para aproximar o relacionamento com o cliente. Ele destaca que o material precisa ter qualidade e ser dinâmico para servir como uma ponte entre a empresa, o produto e o comprador.

“A empresa pode fazer um unboxing dos itens, um comparativo entre marcas ou uma análise geral do objeto, por exemplo. Assim as pessoas vão entender o que ela vende. No final da publicação, é sempre válido colocar um link de vendas ou formas de contato.”

Max também avalia que o título e descrição da sua mercadoria podem ser determinantes para as vendas. Ele dá uma dica para quem tem dúvidas sobre o que colocar: no nome, o que vale é a regra produto, marca, modelo e especificação, conhecida como PMME. Já a apresentação precisa informar características, benefícios e instruções de uso.

“É essencial colocar qual a finalidade, qual problema o item resolve, qual comodidade ele traz e qual vantagem o cliente tem ao usar”, destaca.

Dicas essenciais para vender mais nos marketplaces

  • Responda às dúvidas dos clientes o mais rápido possível, já que as pessoas podem desistir da compra se não receberem atenção.
  • Tenha cuidado ao definir o preço do seu produto para garantir um valor competitivo e lucrativo.
  • Participe de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas para estar sempre atualizado.
  • Capriche no título e descrição da sua mercadoria para atrair o consumidor e ajudar os algoritmos.
  • Invista em conteúdo de qualidade nas redes sociais para se aproximar dos clientes.
  • Utilize palavras-chaves para garantir que o seu produto esteja bem posicionado nas pesquisas.

Taxas e falta de identidade da marca podem ser um empecilho

Max alerta que, além de todas as facilidades, o empreendedor precisa considerar as taxas dos marketplaces na hora de definir qual o melhor caminho, já que existem diferentes planos de venda em cada plataforma.

A Shopee tem uma comissão que varia entre 14% e 20% do valor total do pedido e uma tarifa fixa de R$4 por mercadoria, exceto em itens com preço abaixo de R$ 8, onde o encargo é de 50% do valor do produto.

O Mercado Livre cobra entre 10% e 19% do valor da venda, com um adicional de R$ 6 por unidade em artigos de até R$ 79.

Quem quer vender na Amazon, precisa pagar entre 9% e 15% por peça, com valor mínimo de R$ 1, além de R$ 2 por objeto ou uma mensalidade de R$ 19, que dispensa o adicional fixo de todos os pedidos.

A dica de Max para escolher a melhor opção é analisar qual se encaixa melhor no nicho do negócio. “Se a empresa trabalha com artesanato, o Elo7 pode ser uma boa escolha, mas se o foco são produtos eletrônicos, o ideal seria o Mercado Livre, Amazon, Shopee ou Magalu, por exemplo”, explica.

Se o empreendedor optar por mais de uma plataforma, ele destaca que é imprescindível investir em um software integrador de estoques, para evitar vender produtos que não estejam mais disponíveis, o que pode gerar problemas com o Código de Defesa do Consumidor.

Outro ponto negativo apontado pelo especialista é a dificuldade de construir uma identidade da marca, já que o cliente costuma lembrar do marketplace, mas não do vendedor. Ele explica que não ter uma imagem em destaque atrapalha o processo de fidelização do consumidor.

“Antes de fazer uma compra, as pessoas costumam seguir três etapas. Primeiro, elas precisam conhecer a empresa, depois têm que gostar do produto e, por último, confiar em quem faz o trabalho. A maioria dos empreendedores com negócios nos marketplaces deixam a desejar nessa parte, porque as plataformas já são consolidadas, mas é importante construir a sua própria credibilidade.”

O Brasil já tem mais de 30 opções de marketplaces, mas será que plataformas como Shopee, Mercado Livre e Amazon são uma boa opção para quem quer começar a empreender? O modelo, que reúne um grande número de vendedores com diversos produtos e preços em um único site ou aplicativo, tem atraído cada vez mais brasileiros. Um dos casos foi a fabricante de calçados infantis Club Happy, que aumentou as vendas em 275% depois que entrou na Shopee.

Somente a Shopee conta com mais de 3 milhões de lojistas no país, enquanto a Amazon tem 78 mil e o Mercado Livre tem 15,4 mil. Os dados foram divulgados pelas empresas.

O que torna os marketplaces uma opção para novos empreendedores?

O consultor de negócios do Sebrae-SP Eder Max aponta que um dos principais diferenciais dos marketplaces é a facilidade na geração de tráfego digital, que representa o volume de visitas e interações que um site recebe.

Ele explica que uma página online própria obriga a empresa a investir em profissionais e estratégias que atraiam os acessos do público.

Os marketplaces cobram taxas, mas já disponibilizam todas as ferramentas necessárias para impulsionar o fluxo de usuários, o que garante um trabalho mais simples para o empreendedor.

O gerente de desenvolvimento de novos negócios da Shopee, Felipe Lima, destaca que a plataforma oferece uma Central de Marketing para os vendedores. “Eles têm acesso a ferramentas para melhorar o tráfego de sua loja, a performance de vendas e a taxa de conversão visualização-pedido”, afirma.

Além disso, os marketplaces também contam com milhões de visitantes garantidos por mês. Os site de varejo mais acessado no Brasil em junho foi o Mercado Livre, com 237,2 milhões de visitantes, seguido pela Amazon, com 199,12 milhões, e pela Shopee, com 102,24 milhões. Os dados são da Semrush, empresa norte-americana especializada em visibilidade online.

Como a Club Happy aumentou suas vendas em 275% com a Shopee

Rafael Gonçalves (esq.), Oscar Gonçalves (centro) e Alex Gonçalves levaram a Club Happy para a Shopee durante a pandemia. Foto: Arquivo pessoal/Alex Gonçalves

O empresário Alex Gonçalves, de 35 anos, enxergou na Shoppe uma solução para a queda nas vendas durante a pandemia. Com o pai, Oscar Gonçalves, de 63, e o irmão, Rafael Gonçalves, de 34, ele transformou a fabricante de calçados para crianças Club Happy, de Birigui (SP), em uma loja online.

Até 2020, eles vendiam apenas para lojistas, mas usaram a internet para chegar até o consumidor final. Como não tinham experiência no comércio digital, optaram por um marketplace.

Na época, a empresa produzia 800 sapatos por dia. Depois de quatro anos nas plataformas, a fabricação diária subiu para 3.000 pares, uma alta de 275%. A empresa não divulga seu faturamento.

Com um imóvel de 4.000 metros quadrados, o número de funcionários diretos e indiretos também subiu de 30 em 2020 para 250 em 2024.

O empresário conta que, apesar de também investirem em um site exclusivo, a maior parte das vendas ainda está concentrada nos marketplaces, especialmente na Shopee.

Gonçalves acredita que ter fabricação própria ajuda a se diferenciar da concorrência. “Nós temos um armazenamento com mais de 150 mil peças à disposição para serem enviadas de forma imediata após a venda, o que permite despachar os pedidos em até 24 horas. Isso só é possível porque somos os produtores, então é mais fácil adaptar o estoque para a demanda”, afirma.

Apesar de a logística da entrega ser de responsabilidade dos marketplaces, todo o processo que antecede a coleta é feito pelos lojistas.

“O segredo do online é vender mais para ter um engajamento melhor e ficar mais visível nas plataformas. Com mais sapatos armazenados, fica mais fácil fazer isso funcionar”, declara.

Quais os desafios de vender em marketplaces?

O primeiro ponto que deve ser analisado antes de apostar nos marketplaces, segundo Eder Max, do Sebrae-SP, é o perfil dos concorrentes e o ciclo de vida do produto, ou seja, as etapas que um item percorre entre o desenvolvimento e a retirada do mercado.

Ele explica que o empreendedor precisa estar atento para não investir em algo que já está disponível em muitas lojas, a não ser que consiga um fornecedor diferente com preços extremamente competitivos, além de evitar peças que estejam no fim do ciclo de vida.

Como se destacar da concorrência nos marketplaces?

A estratégia de frete é um dos fatores mais importantes no comércio eletrônico. O especialista afirma que alguns marketplaces têm uma sistema de logística próprio, o que pode ser um grande diferencial em relação a agilidade e comodidade, já que não há dependência dos Correios, mas é necessário avaliar quais os custos envolvidos.

“Antes de oferecer o frete grátis, por exemplo, para tentar se diferenciar da concorrência, o lojista precisa calcular detalhadamente quanto isso custa, já que o faturamento pode não compensar os gastos, o que torna a estratégia falha”, analisa.

Felipe Lima, da Shopee, afirma que os anúncios pagos podem ser grandes aliados, seja para dar uma força aos produtos que estão encalhados ou para impulsionar aqueles que já têm um potencial maior de saída.

“O Shopee Ads, por exemplo, permite colocar os artigos no topo das pesquisas, exibir a loja em primeiro nas páginas de resultados e posicionar o item nas principais seções de recomendação”, explica.

Ele também destaca a importância de ações voltadas para datas especiais, como Black Friday, Dia dos Pais, Dia das Mães e outras.

A importância das capacitações oferecidas pelas plataformas

Max ressalta a importância de participar de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas, já que as atualizações são constantes, além de serem válidas para aprender mais sobre as tendências de mercado.

Lima diz que a Shopee fornece treinamentos por meio do Centro de Educação do Vendedor, que é voltado para a qualificação de empreendedores. “Os cursos abordam temas variados, como vendas com dados analíticos, expansão dos negócios, noções básicas para envio de pedidos e marketing.”

Os vendedores também têm acesso a um grupo privado no Telegram, com cerca de 30 mil membros, para trocar experiências e informações, além de receber novidades sobre a plataforma.

O consultor do Sebrae-SP afirma que investir em conteúdos para as redes sociais é parte da estratégia para aproximar o relacionamento com o cliente. Ele destaca que o material precisa ter qualidade e ser dinâmico para servir como uma ponte entre a empresa, o produto e o comprador.

“A empresa pode fazer um unboxing dos itens, um comparativo entre marcas ou uma análise geral do objeto, por exemplo. Assim as pessoas vão entender o que ela vende. No final da publicação, é sempre válido colocar um link de vendas ou formas de contato.”

Max também avalia que o título e descrição da sua mercadoria podem ser determinantes para as vendas. Ele dá uma dica para quem tem dúvidas sobre o que colocar: no nome, o que vale é a regra produto, marca, modelo e especificação, conhecida como PMME. Já a apresentação precisa informar características, benefícios e instruções de uso.

“É essencial colocar qual a finalidade, qual problema o item resolve, qual comodidade ele traz e qual vantagem o cliente tem ao usar”, destaca.

Dicas essenciais para vender mais nos marketplaces

  • Responda às dúvidas dos clientes o mais rápido possível, já que as pessoas podem desistir da compra se não receberem atenção.
  • Tenha cuidado ao definir o preço do seu produto para garantir um valor competitivo e lucrativo.
  • Participe de todas as capacitações oferecidas pelas plataformas para estar sempre atualizado.
  • Capriche no título e descrição da sua mercadoria para atrair o consumidor e ajudar os algoritmos.
  • Invista em conteúdo de qualidade nas redes sociais para se aproximar dos clientes.
  • Utilize palavras-chaves para garantir que o seu produto esteja bem posicionado nas pesquisas.

Taxas e falta de identidade da marca podem ser um empecilho

Max alerta que, além de todas as facilidades, o empreendedor precisa considerar as taxas dos marketplaces na hora de definir qual o melhor caminho, já que existem diferentes planos de venda em cada plataforma.

A Shopee tem uma comissão que varia entre 14% e 20% do valor total do pedido e uma tarifa fixa de R$4 por mercadoria, exceto em itens com preço abaixo de R$ 8, onde o encargo é de 50% do valor do produto.

O Mercado Livre cobra entre 10% e 19% do valor da venda, com um adicional de R$ 6 por unidade em artigos de até R$ 79.

Quem quer vender na Amazon, precisa pagar entre 9% e 15% por peça, com valor mínimo de R$ 1, além de R$ 2 por objeto ou uma mensalidade de R$ 19, que dispensa o adicional fixo de todos os pedidos.

A dica de Max para escolher a melhor opção é analisar qual se encaixa melhor no nicho do negócio. “Se a empresa trabalha com artesanato, o Elo7 pode ser uma boa escolha, mas se o foco são produtos eletrônicos, o ideal seria o Mercado Livre, Amazon, Shopee ou Magalu, por exemplo”, explica.

Se o empreendedor optar por mais de uma plataforma, ele destaca que é imprescindível investir em um software integrador de estoques, para evitar vender produtos que não estejam mais disponíveis, o que pode gerar problemas com o Código de Defesa do Consumidor.

Outro ponto negativo apontado pelo especialista é a dificuldade de construir uma identidade da marca, já que o cliente costuma lembrar do marketplace, mas não do vendedor. Ele explica que não ter uma imagem em destaque atrapalha o processo de fidelização do consumidor.

“Antes de fazer uma compra, as pessoas costumam seguir três etapas. Primeiro, elas precisam conhecer a empresa, depois têm que gostar do produto e, por último, confiar em quem faz o trabalho. A maioria dos empreendedores com negócios nos marketplaces deixam a desejar nessa parte, porque as plataformas já são consolidadas, mas é importante construir a sua própria credibilidade.”

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