Engenheiro achou que sua faculdade não preparava para mercado e criou curso que fatura R$ 36 milhões


Lucas Rana, de Guaratinguetá (SP), criou a edtech Escola DNC; hoje a empresa é focada em cursos para quem deseja fazer transição de carreira em áreas de dados e tecnologia

Por Adele Robichez
Atualização:

Quando Lucas Rana, 32, conseguiu o seu primeiro estágio em uma fábrica automotiva, ficou frustrado ao perceber que lhe faltavam conhecimentos. “O mercado demanda habilidades diferentes das que eu estava aprendendo na faculdade”, diz. Ele aproveitou a lacuna para lançar a edtech Escola DNC, hoje focada em empregabilidade, com a qual faturou R$ 36 milhões em 2023.

Formado em engenharia de produção, Rana promoveu em setembro de 2012 um treinamento de AutoCAD, um software de projetos e desenhos. O curso foi anunciado em um grupo no Facebook e oferecido para os próprios colegas durante a sua graduação. “O post teve repercussão, e foi aí que percebi que tinha demanda de mercado”, relembra.

Com o sucesso, o empreendedor se demitiu em 2013 da fábrica, onde foi promovido a coordenador de projetos, para investir na DNC. A edtech passou a oferecer treinamentos técnicos avulsos de AutoCAD, Excel e projetos ágeis em 14 cidades universitárias de São Paulo, como Guaratinguetá, seu município natal; Lorena, onde estudava; e São Carlos.

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Lucas Rana, fundador da DNC Foto: Divulgação

No início, ele só investiu seu tempo: fez um cartaz para divulgar o primeiro treinamento, publicou o anúncio no grupo do Facebook e ministrou as aulas. Com o dinheiro arrecadado, pagou a hospedagem do site. Depois, usou cerca de R$ 30 mil, dinheiro recebido com a rescisão da empresa automotiva, para continuar com o projeto.

“Comecei sozinho. Durante oito meses, tive uma ‘jornada tripla’: trabalhava na fábrica durante o dia, ia para a faculdade à noite, estruturava a DNC de madrugada e nos fins de semana. Foi difícil”, relata.

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A empresa conta com mais dois sócios, Everton Garcia e André Rodrigues, que entraram em 2016 e 2018, respectivamente. Em 2020, a Escola DNC recebeu um aporte de investidores anjo (apoio financeiro para startups em troca de ações) no valor de R$ 1,1 milhão, dos fundadores da Buser, Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos, e da Cuponomia, Antônio Miranda e Vinicius Dornela.

Após a pandemia de coronavírus, as aulas passaram a ser 100% digitais. Os cursos são disponibilizados por meio de uma plataforma da DNC, onde há aulas ministradas ao vivo pelos professores, e gravadas. Paralelamente, o aluno faz um projeto prático para aplicar os conhecimentos com marcas parceiras da edtech, como Ambev, Itaú, Azul Linhas Aéreas e PicPay.

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Transição de carreira

Com o tempo, Lucas Rana notou que os alunos que obtinham sucesso no mercado de trabalho eram aqueles que tinham conhecimentos integrados. As aulas avulsas tornaram-se então cursos com duração entre três e nove meses, direcionados à preparação de profissionais que querem fazer transição de carreira.

A Escola DNC oferece cursos com aulas e assuntos específicos para a vaga desejada pelo profissional, como gerente de projetos, cientista ou analista de dados e gestor de tráfego de marketing. Há formações dentro das áreas de dados, marketing, produto, projetos e tecnologia.

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Todos têm aulas de carreiras, incluindo duas mentorias individuais. A proposta é ensinar como o aluno pode organizar a sua conta no LinkedIn, formatar o seu currículo, portar-se em uma entrevista de emprego e promover o sucesso do cliente.

O preço dos cursos varia de R$ 1,8 mil a R$ 7 mil, de acordo com a complexidade da profissão desejada. A média de valor é de R$ 4 mil. Até agora, a empresa já formou mais de 90 mil alunos – grande parte interessada ultimamente na área de dados.

Segundo Rana, a maioria das pessoas que procuram a Escola DNC têm entre 25 e 35 anos, cerca de 60% são homens e vêm dos setores de manufatura, logística, financeiro e meio ambiente. “Mas há de outros segmentos, como uma veterinária que virou engenheira de dados”, afirma.

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O empreendedor diz que a DNC tem uma taxa de 99% de empregabilidade até três meses depois da formatura. Após o fim do curso, a edtech acompanha os alunos por até seis meses ou até eles atingirem o objetivo profissional.

Para ele, o maior desafio do negócio é o de continuar crescendo. “Tivemos uma velocidade de crescimento muito grande. O processo é o maior desafio, incluindo a contratação de pessoas e o custo da qualificação dos clientes.”

A empresa projeta chegar a R$ 50 milhões de faturamento até o fim de 2024. Neste ano, serão lançadas duas áreas de negócios: a ‘upskilling’, com mentorias para profissionais que desejam avançar na carreira; e a ‘first skilling’, para o público que quer dar os primeiros passos na carreira digital e atingir um salário de R$ 3 mil a R$ 5 mil.

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“Este terá o ticket mais baixo, e será voltado para pessoas que trabalham atualmente em açougue, Uber, costureira…”, explica Rana.

Avaliações de clientes

A Escola DNC tem nota 3,9 de 5 no Google. Dos 90 comentários, 23 dão a pior nota para a empresa, com reclamações voltadas especialmente ao atendimento dos alunos e qualidade dos cursos em comparação com o preço cobrado. Todas as queixas foram respondidas pela empresa.

Os autores das notas concedidas não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação a favor ou contra a empresa.

No site Reclame Aqui, a edtech tem reputação ‘ótima’, com classificação de 8,6 de 10 nos últimos seis meses. A DNC recebeu 141 reclamações, respondeu a 98,6% delas e resolveu 89,4%. Dos que avaliaram, 71,8% voltariam a fazer negócio. A maior parte das queixas se refere a problemas com o cancelamento de compras.

A empresa recebeu 53 avaliações na sua página do Facebook, com nota média de 4,7. As classificações são calculadas com base em avaliações e recomendações. Elas variam de 0 a 5.

Transição de carreira é tendência, avalia especialista

Para a especialista em recursos humanos Andrea Greco, diversos fatores estão impulsionando a demanda por transições de carreira em todo o mundo. Um dos principais é a rápida evolução tecnológica e a transformação digital.

“Profissionais estão buscando adquirir novas habilidades e competências digitais para se adaptarem às demandas do mercado de trabalho, especialmente em áreas como inteligência artificial, automação, análise de dados e tecnologia da informação”, observa.

Além disso, ela avalia que as mudanças no mercado de trabalho, impulsionadas pela globalização e por novas regulamentações, estão levando muitos profissionais a considerarem novos caminhos de carreira.

Outro fator significativo é a busca por propósito e satisfação pessoal. “Muitos profissionais estão reavaliando suas carreiras em busca de trabalhos que ofereçam mais significado e realização pessoal, especialmente em setores como sustentabilidade, educação, saúde e bem-estar”, afirma Greco.

Existem setores específicos onde a transição de carreira é mais comum, de acordo com a especialista. Ela cita Tecnologia da Informação e Digital, Energias Renováveis e Sustentabilidade, Saúde e Bem-Estar, Educação e Formação Profissional, Setor Financeiro e Fintech, e o Setor Criativo e Cultural como alguns dos principais.

“Esses setores e indústrias não apenas oferecem oportunidades significativas de crescimento e desenvolvimento pessoal, mas também estão na vanguarda das mudanças econômicas e sociais”, explica.

Greco ressalta, no entanto, que a transição de carreira pode ser desafiadora. “A falta de qualificações, adaptação a novas culturas organizacionais, pouco networking e insegurança financeira são alguns dos principais obstáculos. A pressão de equilibrar as demandas da nova carreira com responsabilidades pessoais e familiares também pode ser intensa.”

Para uma transição bem-sucedida, Greco sugere cursos que abordem autoavaliação, desenvolvimento de habilidades transferíveis, elaboração de currículos, cartas de apresentação, perfis online, habilidades de entrevista, networking e tecnologia.

“Cursos de transição de carreira podem ser altamente eficazes quando são cuidadosamente personalizados para atender às necessidades individuais dos participantes, reconhecendo que cada profissional tem um conjunto único de habilidades, interesses e objetivos de carreira”, considera.

Quando Lucas Rana, 32, conseguiu o seu primeiro estágio em uma fábrica automotiva, ficou frustrado ao perceber que lhe faltavam conhecimentos. “O mercado demanda habilidades diferentes das que eu estava aprendendo na faculdade”, diz. Ele aproveitou a lacuna para lançar a edtech Escola DNC, hoje focada em empregabilidade, com a qual faturou R$ 36 milhões em 2023.

Formado em engenharia de produção, Rana promoveu em setembro de 2012 um treinamento de AutoCAD, um software de projetos e desenhos. O curso foi anunciado em um grupo no Facebook e oferecido para os próprios colegas durante a sua graduação. “O post teve repercussão, e foi aí que percebi que tinha demanda de mercado”, relembra.

Com o sucesso, o empreendedor se demitiu em 2013 da fábrica, onde foi promovido a coordenador de projetos, para investir na DNC. A edtech passou a oferecer treinamentos técnicos avulsos de AutoCAD, Excel e projetos ágeis em 14 cidades universitárias de São Paulo, como Guaratinguetá, seu município natal; Lorena, onde estudava; e São Carlos.

Lucas Rana, fundador da DNC Foto: Divulgação

No início, ele só investiu seu tempo: fez um cartaz para divulgar o primeiro treinamento, publicou o anúncio no grupo do Facebook e ministrou as aulas. Com o dinheiro arrecadado, pagou a hospedagem do site. Depois, usou cerca de R$ 30 mil, dinheiro recebido com a rescisão da empresa automotiva, para continuar com o projeto.

“Comecei sozinho. Durante oito meses, tive uma ‘jornada tripla’: trabalhava na fábrica durante o dia, ia para a faculdade à noite, estruturava a DNC de madrugada e nos fins de semana. Foi difícil”, relata.

A empresa conta com mais dois sócios, Everton Garcia e André Rodrigues, que entraram em 2016 e 2018, respectivamente. Em 2020, a Escola DNC recebeu um aporte de investidores anjo (apoio financeiro para startups em troca de ações) no valor de R$ 1,1 milhão, dos fundadores da Buser, Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos, e da Cuponomia, Antônio Miranda e Vinicius Dornela.

Após a pandemia de coronavírus, as aulas passaram a ser 100% digitais. Os cursos são disponibilizados por meio de uma plataforma da DNC, onde há aulas ministradas ao vivo pelos professores, e gravadas. Paralelamente, o aluno faz um projeto prático para aplicar os conhecimentos com marcas parceiras da edtech, como Ambev, Itaú, Azul Linhas Aéreas e PicPay.

Transição de carreira

Com o tempo, Lucas Rana notou que os alunos que obtinham sucesso no mercado de trabalho eram aqueles que tinham conhecimentos integrados. As aulas avulsas tornaram-se então cursos com duração entre três e nove meses, direcionados à preparação de profissionais que querem fazer transição de carreira.

A Escola DNC oferece cursos com aulas e assuntos específicos para a vaga desejada pelo profissional, como gerente de projetos, cientista ou analista de dados e gestor de tráfego de marketing. Há formações dentro das áreas de dados, marketing, produto, projetos e tecnologia.

Todos têm aulas de carreiras, incluindo duas mentorias individuais. A proposta é ensinar como o aluno pode organizar a sua conta no LinkedIn, formatar o seu currículo, portar-se em uma entrevista de emprego e promover o sucesso do cliente.

O preço dos cursos varia de R$ 1,8 mil a R$ 7 mil, de acordo com a complexidade da profissão desejada. A média de valor é de R$ 4 mil. Até agora, a empresa já formou mais de 90 mil alunos – grande parte interessada ultimamente na área de dados.

Segundo Rana, a maioria das pessoas que procuram a Escola DNC têm entre 25 e 35 anos, cerca de 60% são homens e vêm dos setores de manufatura, logística, financeiro e meio ambiente. “Mas há de outros segmentos, como uma veterinária que virou engenheira de dados”, afirma.

O empreendedor diz que a DNC tem uma taxa de 99% de empregabilidade até três meses depois da formatura. Após o fim do curso, a edtech acompanha os alunos por até seis meses ou até eles atingirem o objetivo profissional.

Para ele, o maior desafio do negócio é o de continuar crescendo. “Tivemos uma velocidade de crescimento muito grande. O processo é o maior desafio, incluindo a contratação de pessoas e o custo da qualificação dos clientes.”

A empresa projeta chegar a R$ 50 milhões de faturamento até o fim de 2024. Neste ano, serão lançadas duas áreas de negócios: a ‘upskilling’, com mentorias para profissionais que desejam avançar na carreira; e a ‘first skilling’, para o público que quer dar os primeiros passos na carreira digital e atingir um salário de R$ 3 mil a R$ 5 mil.

“Este terá o ticket mais baixo, e será voltado para pessoas que trabalham atualmente em açougue, Uber, costureira…”, explica Rana.

Avaliações de clientes

A Escola DNC tem nota 3,9 de 5 no Google. Dos 90 comentários, 23 dão a pior nota para a empresa, com reclamações voltadas especialmente ao atendimento dos alunos e qualidade dos cursos em comparação com o preço cobrado. Todas as queixas foram respondidas pela empresa.

Os autores das notas concedidas não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação a favor ou contra a empresa.

No site Reclame Aqui, a edtech tem reputação ‘ótima’, com classificação de 8,6 de 10 nos últimos seis meses. A DNC recebeu 141 reclamações, respondeu a 98,6% delas e resolveu 89,4%. Dos que avaliaram, 71,8% voltariam a fazer negócio. A maior parte das queixas se refere a problemas com o cancelamento de compras.

A empresa recebeu 53 avaliações na sua página do Facebook, com nota média de 4,7. As classificações são calculadas com base em avaliações e recomendações. Elas variam de 0 a 5.

Transição de carreira é tendência, avalia especialista

Para a especialista em recursos humanos Andrea Greco, diversos fatores estão impulsionando a demanda por transições de carreira em todo o mundo. Um dos principais é a rápida evolução tecnológica e a transformação digital.

“Profissionais estão buscando adquirir novas habilidades e competências digitais para se adaptarem às demandas do mercado de trabalho, especialmente em áreas como inteligência artificial, automação, análise de dados e tecnologia da informação”, observa.

Além disso, ela avalia que as mudanças no mercado de trabalho, impulsionadas pela globalização e por novas regulamentações, estão levando muitos profissionais a considerarem novos caminhos de carreira.

Outro fator significativo é a busca por propósito e satisfação pessoal. “Muitos profissionais estão reavaliando suas carreiras em busca de trabalhos que ofereçam mais significado e realização pessoal, especialmente em setores como sustentabilidade, educação, saúde e bem-estar”, afirma Greco.

Existem setores específicos onde a transição de carreira é mais comum, de acordo com a especialista. Ela cita Tecnologia da Informação e Digital, Energias Renováveis e Sustentabilidade, Saúde e Bem-Estar, Educação e Formação Profissional, Setor Financeiro e Fintech, e o Setor Criativo e Cultural como alguns dos principais.

“Esses setores e indústrias não apenas oferecem oportunidades significativas de crescimento e desenvolvimento pessoal, mas também estão na vanguarda das mudanças econômicas e sociais”, explica.

Greco ressalta, no entanto, que a transição de carreira pode ser desafiadora. “A falta de qualificações, adaptação a novas culturas organizacionais, pouco networking e insegurança financeira são alguns dos principais obstáculos. A pressão de equilibrar as demandas da nova carreira com responsabilidades pessoais e familiares também pode ser intensa.”

Para uma transição bem-sucedida, Greco sugere cursos que abordem autoavaliação, desenvolvimento de habilidades transferíveis, elaboração de currículos, cartas de apresentação, perfis online, habilidades de entrevista, networking e tecnologia.

“Cursos de transição de carreira podem ser altamente eficazes quando são cuidadosamente personalizados para atender às necessidades individuais dos participantes, reconhecendo que cada profissional tem um conjunto único de habilidades, interesses e objetivos de carreira”, considera.

Quando Lucas Rana, 32, conseguiu o seu primeiro estágio em uma fábrica automotiva, ficou frustrado ao perceber que lhe faltavam conhecimentos. “O mercado demanda habilidades diferentes das que eu estava aprendendo na faculdade”, diz. Ele aproveitou a lacuna para lançar a edtech Escola DNC, hoje focada em empregabilidade, com a qual faturou R$ 36 milhões em 2023.

Formado em engenharia de produção, Rana promoveu em setembro de 2012 um treinamento de AutoCAD, um software de projetos e desenhos. O curso foi anunciado em um grupo no Facebook e oferecido para os próprios colegas durante a sua graduação. “O post teve repercussão, e foi aí que percebi que tinha demanda de mercado”, relembra.

Com o sucesso, o empreendedor se demitiu em 2013 da fábrica, onde foi promovido a coordenador de projetos, para investir na DNC. A edtech passou a oferecer treinamentos técnicos avulsos de AutoCAD, Excel e projetos ágeis em 14 cidades universitárias de São Paulo, como Guaratinguetá, seu município natal; Lorena, onde estudava; e São Carlos.

Lucas Rana, fundador da DNC Foto: Divulgação

No início, ele só investiu seu tempo: fez um cartaz para divulgar o primeiro treinamento, publicou o anúncio no grupo do Facebook e ministrou as aulas. Com o dinheiro arrecadado, pagou a hospedagem do site. Depois, usou cerca de R$ 30 mil, dinheiro recebido com a rescisão da empresa automotiva, para continuar com o projeto.

“Comecei sozinho. Durante oito meses, tive uma ‘jornada tripla’: trabalhava na fábrica durante o dia, ia para a faculdade à noite, estruturava a DNC de madrugada e nos fins de semana. Foi difícil”, relata.

A empresa conta com mais dois sócios, Everton Garcia e André Rodrigues, que entraram em 2016 e 2018, respectivamente. Em 2020, a Escola DNC recebeu um aporte de investidores anjo (apoio financeiro para startups em troca de ações) no valor de R$ 1,1 milhão, dos fundadores da Buser, Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos, e da Cuponomia, Antônio Miranda e Vinicius Dornela.

Após a pandemia de coronavírus, as aulas passaram a ser 100% digitais. Os cursos são disponibilizados por meio de uma plataforma da DNC, onde há aulas ministradas ao vivo pelos professores, e gravadas. Paralelamente, o aluno faz um projeto prático para aplicar os conhecimentos com marcas parceiras da edtech, como Ambev, Itaú, Azul Linhas Aéreas e PicPay.

Transição de carreira

Com o tempo, Lucas Rana notou que os alunos que obtinham sucesso no mercado de trabalho eram aqueles que tinham conhecimentos integrados. As aulas avulsas tornaram-se então cursos com duração entre três e nove meses, direcionados à preparação de profissionais que querem fazer transição de carreira.

A Escola DNC oferece cursos com aulas e assuntos específicos para a vaga desejada pelo profissional, como gerente de projetos, cientista ou analista de dados e gestor de tráfego de marketing. Há formações dentro das áreas de dados, marketing, produto, projetos e tecnologia.

Todos têm aulas de carreiras, incluindo duas mentorias individuais. A proposta é ensinar como o aluno pode organizar a sua conta no LinkedIn, formatar o seu currículo, portar-se em uma entrevista de emprego e promover o sucesso do cliente.

O preço dos cursos varia de R$ 1,8 mil a R$ 7 mil, de acordo com a complexidade da profissão desejada. A média de valor é de R$ 4 mil. Até agora, a empresa já formou mais de 90 mil alunos – grande parte interessada ultimamente na área de dados.

Segundo Rana, a maioria das pessoas que procuram a Escola DNC têm entre 25 e 35 anos, cerca de 60% são homens e vêm dos setores de manufatura, logística, financeiro e meio ambiente. “Mas há de outros segmentos, como uma veterinária que virou engenheira de dados”, afirma.

O empreendedor diz que a DNC tem uma taxa de 99% de empregabilidade até três meses depois da formatura. Após o fim do curso, a edtech acompanha os alunos por até seis meses ou até eles atingirem o objetivo profissional.

Para ele, o maior desafio do negócio é o de continuar crescendo. “Tivemos uma velocidade de crescimento muito grande. O processo é o maior desafio, incluindo a contratação de pessoas e o custo da qualificação dos clientes.”

A empresa projeta chegar a R$ 50 milhões de faturamento até o fim de 2024. Neste ano, serão lançadas duas áreas de negócios: a ‘upskilling’, com mentorias para profissionais que desejam avançar na carreira; e a ‘first skilling’, para o público que quer dar os primeiros passos na carreira digital e atingir um salário de R$ 3 mil a R$ 5 mil.

“Este terá o ticket mais baixo, e será voltado para pessoas que trabalham atualmente em açougue, Uber, costureira…”, explica Rana.

Avaliações de clientes

A Escola DNC tem nota 3,9 de 5 no Google. Dos 90 comentários, 23 dão a pior nota para a empresa, com reclamações voltadas especialmente ao atendimento dos alunos e qualidade dos cursos em comparação com o preço cobrado. Todas as queixas foram respondidas pela empresa.

Os autores das notas concedidas não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação a favor ou contra a empresa.

No site Reclame Aqui, a edtech tem reputação ‘ótima’, com classificação de 8,6 de 10 nos últimos seis meses. A DNC recebeu 141 reclamações, respondeu a 98,6% delas e resolveu 89,4%. Dos que avaliaram, 71,8% voltariam a fazer negócio. A maior parte das queixas se refere a problemas com o cancelamento de compras.

A empresa recebeu 53 avaliações na sua página do Facebook, com nota média de 4,7. As classificações são calculadas com base em avaliações e recomendações. Elas variam de 0 a 5.

Transição de carreira é tendência, avalia especialista

Para a especialista em recursos humanos Andrea Greco, diversos fatores estão impulsionando a demanda por transições de carreira em todo o mundo. Um dos principais é a rápida evolução tecnológica e a transformação digital.

“Profissionais estão buscando adquirir novas habilidades e competências digitais para se adaptarem às demandas do mercado de trabalho, especialmente em áreas como inteligência artificial, automação, análise de dados e tecnologia da informação”, observa.

Além disso, ela avalia que as mudanças no mercado de trabalho, impulsionadas pela globalização e por novas regulamentações, estão levando muitos profissionais a considerarem novos caminhos de carreira.

Outro fator significativo é a busca por propósito e satisfação pessoal. “Muitos profissionais estão reavaliando suas carreiras em busca de trabalhos que ofereçam mais significado e realização pessoal, especialmente em setores como sustentabilidade, educação, saúde e bem-estar”, afirma Greco.

Existem setores específicos onde a transição de carreira é mais comum, de acordo com a especialista. Ela cita Tecnologia da Informação e Digital, Energias Renováveis e Sustentabilidade, Saúde e Bem-Estar, Educação e Formação Profissional, Setor Financeiro e Fintech, e o Setor Criativo e Cultural como alguns dos principais.

“Esses setores e indústrias não apenas oferecem oportunidades significativas de crescimento e desenvolvimento pessoal, mas também estão na vanguarda das mudanças econômicas e sociais”, explica.

Greco ressalta, no entanto, que a transição de carreira pode ser desafiadora. “A falta de qualificações, adaptação a novas culturas organizacionais, pouco networking e insegurança financeira são alguns dos principais obstáculos. A pressão de equilibrar as demandas da nova carreira com responsabilidades pessoais e familiares também pode ser intensa.”

Para uma transição bem-sucedida, Greco sugere cursos que abordem autoavaliação, desenvolvimento de habilidades transferíveis, elaboração de currículos, cartas de apresentação, perfis online, habilidades de entrevista, networking e tecnologia.

“Cursos de transição de carreira podem ser altamente eficazes quando são cuidadosamente personalizados para atender às necessidades individuais dos participantes, reconhecendo que cada profissional tem um conjunto único de habilidades, interesses e objetivos de carreira”, considera.

Quando Lucas Rana, 32, conseguiu o seu primeiro estágio em uma fábrica automotiva, ficou frustrado ao perceber que lhe faltavam conhecimentos. “O mercado demanda habilidades diferentes das que eu estava aprendendo na faculdade”, diz. Ele aproveitou a lacuna para lançar a edtech Escola DNC, hoje focada em empregabilidade, com a qual faturou R$ 36 milhões em 2023.

Formado em engenharia de produção, Rana promoveu em setembro de 2012 um treinamento de AutoCAD, um software de projetos e desenhos. O curso foi anunciado em um grupo no Facebook e oferecido para os próprios colegas durante a sua graduação. “O post teve repercussão, e foi aí que percebi que tinha demanda de mercado”, relembra.

Com o sucesso, o empreendedor se demitiu em 2013 da fábrica, onde foi promovido a coordenador de projetos, para investir na DNC. A edtech passou a oferecer treinamentos técnicos avulsos de AutoCAD, Excel e projetos ágeis em 14 cidades universitárias de São Paulo, como Guaratinguetá, seu município natal; Lorena, onde estudava; e São Carlos.

Lucas Rana, fundador da DNC Foto: Divulgação

No início, ele só investiu seu tempo: fez um cartaz para divulgar o primeiro treinamento, publicou o anúncio no grupo do Facebook e ministrou as aulas. Com o dinheiro arrecadado, pagou a hospedagem do site. Depois, usou cerca de R$ 30 mil, dinheiro recebido com a rescisão da empresa automotiva, para continuar com o projeto.

“Comecei sozinho. Durante oito meses, tive uma ‘jornada tripla’: trabalhava na fábrica durante o dia, ia para a faculdade à noite, estruturava a DNC de madrugada e nos fins de semana. Foi difícil”, relata.

A empresa conta com mais dois sócios, Everton Garcia e André Rodrigues, que entraram em 2016 e 2018, respectivamente. Em 2020, a Escola DNC recebeu um aporte de investidores anjo (apoio financeiro para startups em troca de ações) no valor de R$ 1,1 milhão, dos fundadores da Buser, Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos, e da Cuponomia, Antônio Miranda e Vinicius Dornela.

Após a pandemia de coronavírus, as aulas passaram a ser 100% digitais. Os cursos são disponibilizados por meio de uma plataforma da DNC, onde há aulas ministradas ao vivo pelos professores, e gravadas. Paralelamente, o aluno faz um projeto prático para aplicar os conhecimentos com marcas parceiras da edtech, como Ambev, Itaú, Azul Linhas Aéreas e PicPay.

Transição de carreira

Com o tempo, Lucas Rana notou que os alunos que obtinham sucesso no mercado de trabalho eram aqueles que tinham conhecimentos integrados. As aulas avulsas tornaram-se então cursos com duração entre três e nove meses, direcionados à preparação de profissionais que querem fazer transição de carreira.

A Escola DNC oferece cursos com aulas e assuntos específicos para a vaga desejada pelo profissional, como gerente de projetos, cientista ou analista de dados e gestor de tráfego de marketing. Há formações dentro das áreas de dados, marketing, produto, projetos e tecnologia.

Todos têm aulas de carreiras, incluindo duas mentorias individuais. A proposta é ensinar como o aluno pode organizar a sua conta no LinkedIn, formatar o seu currículo, portar-se em uma entrevista de emprego e promover o sucesso do cliente.

O preço dos cursos varia de R$ 1,8 mil a R$ 7 mil, de acordo com a complexidade da profissão desejada. A média de valor é de R$ 4 mil. Até agora, a empresa já formou mais de 90 mil alunos – grande parte interessada ultimamente na área de dados.

Segundo Rana, a maioria das pessoas que procuram a Escola DNC têm entre 25 e 35 anos, cerca de 60% são homens e vêm dos setores de manufatura, logística, financeiro e meio ambiente. “Mas há de outros segmentos, como uma veterinária que virou engenheira de dados”, afirma.

O empreendedor diz que a DNC tem uma taxa de 99% de empregabilidade até três meses depois da formatura. Após o fim do curso, a edtech acompanha os alunos por até seis meses ou até eles atingirem o objetivo profissional.

Para ele, o maior desafio do negócio é o de continuar crescendo. “Tivemos uma velocidade de crescimento muito grande. O processo é o maior desafio, incluindo a contratação de pessoas e o custo da qualificação dos clientes.”

A empresa projeta chegar a R$ 50 milhões de faturamento até o fim de 2024. Neste ano, serão lançadas duas áreas de negócios: a ‘upskilling’, com mentorias para profissionais que desejam avançar na carreira; e a ‘first skilling’, para o público que quer dar os primeiros passos na carreira digital e atingir um salário de R$ 3 mil a R$ 5 mil.

“Este terá o ticket mais baixo, e será voltado para pessoas que trabalham atualmente em açougue, Uber, costureira…”, explica Rana.

Avaliações de clientes

A Escola DNC tem nota 3,9 de 5 no Google. Dos 90 comentários, 23 dão a pior nota para a empresa, com reclamações voltadas especialmente ao atendimento dos alunos e qualidade dos cursos em comparação com o preço cobrado. Todas as queixas foram respondidas pela empresa.

Os autores das notas concedidas não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação a favor ou contra a empresa.

No site Reclame Aqui, a edtech tem reputação ‘ótima’, com classificação de 8,6 de 10 nos últimos seis meses. A DNC recebeu 141 reclamações, respondeu a 98,6% delas e resolveu 89,4%. Dos que avaliaram, 71,8% voltariam a fazer negócio. A maior parte das queixas se refere a problemas com o cancelamento de compras.

A empresa recebeu 53 avaliações na sua página do Facebook, com nota média de 4,7. As classificações são calculadas com base em avaliações e recomendações. Elas variam de 0 a 5.

Transição de carreira é tendência, avalia especialista

Para a especialista em recursos humanos Andrea Greco, diversos fatores estão impulsionando a demanda por transições de carreira em todo o mundo. Um dos principais é a rápida evolução tecnológica e a transformação digital.

“Profissionais estão buscando adquirir novas habilidades e competências digitais para se adaptarem às demandas do mercado de trabalho, especialmente em áreas como inteligência artificial, automação, análise de dados e tecnologia da informação”, observa.

Além disso, ela avalia que as mudanças no mercado de trabalho, impulsionadas pela globalização e por novas regulamentações, estão levando muitos profissionais a considerarem novos caminhos de carreira.

Outro fator significativo é a busca por propósito e satisfação pessoal. “Muitos profissionais estão reavaliando suas carreiras em busca de trabalhos que ofereçam mais significado e realização pessoal, especialmente em setores como sustentabilidade, educação, saúde e bem-estar”, afirma Greco.

Existem setores específicos onde a transição de carreira é mais comum, de acordo com a especialista. Ela cita Tecnologia da Informação e Digital, Energias Renováveis e Sustentabilidade, Saúde e Bem-Estar, Educação e Formação Profissional, Setor Financeiro e Fintech, e o Setor Criativo e Cultural como alguns dos principais.

“Esses setores e indústrias não apenas oferecem oportunidades significativas de crescimento e desenvolvimento pessoal, mas também estão na vanguarda das mudanças econômicas e sociais”, explica.

Greco ressalta, no entanto, que a transição de carreira pode ser desafiadora. “A falta de qualificações, adaptação a novas culturas organizacionais, pouco networking e insegurança financeira são alguns dos principais obstáculos. A pressão de equilibrar as demandas da nova carreira com responsabilidades pessoais e familiares também pode ser intensa.”

Para uma transição bem-sucedida, Greco sugere cursos que abordem autoavaliação, desenvolvimento de habilidades transferíveis, elaboração de currículos, cartas de apresentação, perfis online, habilidades de entrevista, networking e tecnologia.

“Cursos de transição de carreira podem ser altamente eficazes quando são cuidadosamente personalizados para atender às necessidades individuais dos participantes, reconhecendo que cada profissional tem um conjunto único de habilidades, interesses e objetivos de carreira”, considera.

Quando Lucas Rana, 32, conseguiu o seu primeiro estágio em uma fábrica automotiva, ficou frustrado ao perceber que lhe faltavam conhecimentos. “O mercado demanda habilidades diferentes das que eu estava aprendendo na faculdade”, diz. Ele aproveitou a lacuna para lançar a edtech Escola DNC, hoje focada em empregabilidade, com a qual faturou R$ 36 milhões em 2023.

Formado em engenharia de produção, Rana promoveu em setembro de 2012 um treinamento de AutoCAD, um software de projetos e desenhos. O curso foi anunciado em um grupo no Facebook e oferecido para os próprios colegas durante a sua graduação. “O post teve repercussão, e foi aí que percebi que tinha demanda de mercado”, relembra.

Com o sucesso, o empreendedor se demitiu em 2013 da fábrica, onde foi promovido a coordenador de projetos, para investir na DNC. A edtech passou a oferecer treinamentos técnicos avulsos de AutoCAD, Excel e projetos ágeis em 14 cidades universitárias de São Paulo, como Guaratinguetá, seu município natal; Lorena, onde estudava; e São Carlos.

Lucas Rana, fundador da DNC Foto: Divulgação

No início, ele só investiu seu tempo: fez um cartaz para divulgar o primeiro treinamento, publicou o anúncio no grupo do Facebook e ministrou as aulas. Com o dinheiro arrecadado, pagou a hospedagem do site. Depois, usou cerca de R$ 30 mil, dinheiro recebido com a rescisão da empresa automotiva, para continuar com o projeto.

“Comecei sozinho. Durante oito meses, tive uma ‘jornada tripla’: trabalhava na fábrica durante o dia, ia para a faculdade à noite, estruturava a DNC de madrugada e nos fins de semana. Foi difícil”, relata.

A empresa conta com mais dois sócios, Everton Garcia e André Rodrigues, que entraram em 2016 e 2018, respectivamente. Em 2020, a Escola DNC recebeu um aporte de investidores anjo (apoio financeiro para startups em troca de ações) no valor de R$ 1,1 milhão, dos fundadores da Buser, Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos, e da Cuponomia, Antônio Miranda e Vinicius Dornela.

Após a pandemia de coronavírus, as aulas passaram a ser 100% digitais. Os cursos são disponibilizados por meio de uma plataforma da DNC, onde há aulas ministradas ao vivo pelos professores, e gravadas. Paralelamente, o aluno faz um projeto prático para aplicar os conhecimentos com marcas parceiras da edtech, como Ambev, Itaú, Azul Linhas Aéreas e PicPay.

Transição de carreira

Com o tempo, Lucas Rana notou que os alunos que obtinham sucesso no mercado de trabalho eram aqueles que tinham conhecimentos integrados. As aulas avulsas tornaram-se então cursos com duração entre três e nove meses, direcionados à preparação de profissionais que querem fazer transição de carreira.

A Escola DNC oferece cursos com aulas e assuntos específicos para a vaga desejada pelo profissional, como gerente de projetos, cientista ou analista de dados e gestor de tráfego de marketing. Há formações dentro das áreas de dados, marketing, produto, projetos e tecnologia.

Todos têm aulas de carreiras, incluindo duas mentorias individuais. A proposta é ensinar como o aluno pode organizar a sua conta no LinkedIn, formatar o seu currículo, portar-se em uma entrevista de emprego e promover o sucesso do cliente.

O preço dos cursos varia de R$ 1,8 mil a R$ 7 mil, de acordo com a complexidade da profissão desejada. A média de valor é de R$ 4 mil. Até agora, a empresa já formou mais de 90 mil alunos – grande parte interessada ultimamente na área de dados.

Segundo Rana, a maioria das pessoas que procuram a Escola DNC têm entre 25 e 35 anos, cerca de 60% são homens e vêm dos setores de manufatura, logística, financeiro e meio ambiente. “Mas há de outros segmentos, como uma veterinária que virou engenheira de dados”, afirma.

O empreendedor diz que a DNC tem uma taxa de 99% de empregabilidade até três meses depois da formatura. Após o fim do curso, a edtech acompanha os alunos por até seis meses ou até eles atingirem o objetivo profissional.

Para ele, o maior desafio do negócio é o de continuar crescendo. “Tivemos uma velocidade de crescimento muito grande. O processo é o maior desafio, incluindo a contratação de pessoas e o custo da qualificação dos clientes.”

A empresa projeta chegar a R$ 50 milhões de faturamento até o fim de 2024. Neste ano, serão lançadas duas áreas de negócios: a ‘upskilling’, com mentorias para profissionais que desejam avançar na carreira; e a ‘first skilling’, para o público que quer dar os primeiros passos na carreira digital e atingir um salário de R$ 3 mil a R$ 5 mil.

“Este terá o ticket mais baixo, e será voltado para pessoas que trabalham atualmente em açougue, Uber, costureira…”, explica Rana.

Avaliações de clientes

A Escola DNC tem nota 3,9 de 5 no Google. Dos 90 comentários, 23 dão a pior nota para a empresa, com reclamações voltadas especialmente ao atendimento dos alunos e qualidade dos cursos em comparação com o preço cobrado. Todas as queixas foram respondidas pela empresa.

Os autores das notas concedidas não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação a favor ou contra a empresa.

No site Reclame Aqui, a edtech tem reputação ‘ótima’, com classificação de 8,6 de 10 nos últimos seis meses. A DNC recebeu 141 reclamações, respondeu a 98,6% delas e resolveu 89,4%. Dos que avaliaram, 71,8% voltariam a fazer negócio. A maior parte das queixas se refere a problemas com o cancelamento de compras.

A empresa recebeu 53 avaliações na sua página do Facebook, com nota média de 4,7. As classificações são calculadas com base em avaliações e recomendações. Elas variam de 0 a 5.

Transição de carreira é tendência, avalia especialista

Para a especialista em recursos humanos Andrea Greco, diversos fatores estão impulsionando a demanda por transições de carreira em todo o mundo. Um dos principais é a rápida evolução tecnológica e a transformação digital.

“Profissionais estão buscando adquirir novas habilidades e competências digitais para se adaptarem às demandas do mercado de trabalho, especialmente em áreas como inteligência artificial, automação, análise de dados e tecnologia da informação”, observa.

Além disso, ela avalia que as mudanças no mercado de trabalho, impulsionadas pela globalização e por novas regulamentações, estão levando muitos profissionais a considerarem novos caminhos de carreira.

Outro fator significativo é a busca por propósito e satisfação pessoal. “Muitos profissionais estão reavaliando suas carreiras em busca de trabalhos que ofereçam mais significado e realização pessoal, especialmente em setores como sustentabilidade, educação, saúde e bem-estar”, afirma Greco.

Existem setores específicos onde a transição de carreira é mais comum, de acordo com a especialista. Ela cita Tecnologia da Informação e Digital, Energias Renováveis e Sustentabilidade, Saúde e Bem-Estar, Educação e Formação Profissional, Setor Financeiro e Fintech, e o Setor Criativo e Cultural como alguns dos principais.

“Esses setores e indústrias não apenas oferecem oportunidades significativas de crescimento e desenvolvimento pessoal, mas também estão na vanguarda das mudanças econômicas e sociais”, explica.

Greco ressalta, no entanto, que a transição de carreira pode ser desafiadora. “A falta de qualificações, adaptação a novas culturas organizacionais, pouco networking e insegurança financeira são alguns dos principais obstáculos. A pressão de equilibrar as demandas da nova carreira com responsabilidades pessoais e familiares também pode ser intensa.”

Para uma transição bem-sucedida, Greco sugere cursos que abordem autoavaliação, desenvolvimento de habilidades transferíveis, elaboração de currículos, cartas de apresentação, perfis online, habilidades de entrevista, networking e tecnologia.

“Cursos de transição de carreira podem ser altamente eficazes quando são cuidadosamente personalizados para atender às necessidades individuais dos participantes, reconhecendo que cada profissional tem um conjunto único de habilidades, interesses e objetivos de carreira”, considera.

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