Ele foi empacotador de supermercado e servente de pedreiro; hoje fatura R$ 42 mi com energia solar


Rodrigo Bourscheidt, de 34 anos, tem uma longa trajetória no empreendedorismo e, em 2019, começou seu negócio mais rentável, a Energy+

Por Felipe Siqueira
Atualização:

Com 12 empresas, atuações em diferentes áreas, como franquias e consultorias, e uma renda considerada suficiente à época, Rodrigo Bourscheidt estava satisfeito com o que havia conquistado até então. O ano era 2019 e os negócios iam bem. Uma decisão de ajudar um amigo que estava com dificuldades em um outro empreendimento, porém, acabou levando-o em direção à empresa que, em 2023, teve faturamento superior a R$ 40 milhões. Conheça, a seguir, a história dele.

Filho de pedreiros, pai e mãe trabalhavam também na roça, mas acabaram enveredando para o lado do empreendedorismo. O pai abriu uma metalúrgica. A mãe, um salão de beleza. Este foi o contexto em que Bourscheidt cresceu.

Nascido em 1989, começou a trabalhar com 9 anos de idade. Não chegava a ser por necessidade de ajudar nas contas de casa, mas para ter mais independência. “Para ter minhas coisas e por conta de uma educação rígida que tive, exigente, especialmente por parte de minha mãe”, conta.

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Até os 16 anos de idade passou por jardinagem, limpeza, fábrica de chaveiros, pintor de parede e servente de pedreiro. Nesta idade também veio o primeiro trabalho com a carteira assinada (CLT): empacotador de supermercado.

Ficou por lá até os 18, quando prestou vestibular e passou no curso de engenharia mecânica. Porém, como era uma universidade em tempo integral, não seria possível trabalhar nem ter ajuda de custo dos pais para se manter. Logo, teve que apelar a uma segunda opção de faculdade: administração de empresas.

O fundador e CEO da Energy+, Rodrigo Bourscheidt Foto: Cristiano Mossmann/Divulgação
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Natural de Toledo (PR), ele se mudou para mais perto do centro da cidade e já conseguia se custear sozinho, pagando aluguel, alimentação e outras despesas. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Ainda com 18 anos, ingressou na área comercial em uma empresa de bebidas - na qual ficou até os 21.

Após atuar por um período no ramo de cosméticos, aos 23, resolveu abrir o seu primeiro CNPJ, em outra área: editorial. Basicamente, a ideia era começar a fazer uma revista de rua, com distribuição gratuita, que seria mantida por meio de cotas de patrocínio.

Não deu certo. A revista nem chegou a ser lançada, todo o capital de giro foi consumido pelo projeto e, em meio a todo este cenário, quebrou. “Tive que parar de empreender e voltar para o mercado de trabalho.” Acabou conseguindo vagas em setores de telefonia e cosméticos.

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Pouco tempo depois, aos 24 anos, voltou a empreender. E não retornou mais ao mercado como CLT. A primeira empreitada após a falência foi abrir uma consultoria empresarial, voltada para gestão, que focava muito em treinamentos e mentorias.

Até 2018, já havia aberto duas construtoras, comprado quase dez unidades de franquias dos ramos de saúde e bem-estar, conseguindo ter negócios em quatro Estados diferentes: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, ele tinha 12 empresas em seu guarda-chuva.

O começo da Energy+

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Em 2019, quando fez 30 anos, veio o que seria o maior acerto de sua carreira como empresário. E com um contexto repleto de acontecimentos ao acaso.

Um amigo estava descapitalizado, com uma carteira grande de inadimplentes, tentando começar um novo empreendimento, para melhorar a situação financeira. Bourscheidt entrou como investidor.

A ideia inicial era ter uma empresa franqueada de empréstimo consignado, mas acabou enveredando como negócio próprio de energia solar. Surgiu a Energy+.

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Por mais que tenha sido uma oportunidade de momento, aquela não era a primeira vez que Bourscheidt tinha contato com o tema de energia renovável.

Nas construtoras que tinha, por exemplo, toda casa que entregava já era equipada com as placas fotovoltaicas. Além disso, utilizava a tecnologia nas lojas que possuía. “Já existia uma afinidade com o produto. Houve o acaso, mas também teve uma certa predisposição, talvez, a seguir esse caminho.”

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A partir daí, a marca começou a ganhar muita tração. Por volta de 2021, o faturamento mensal começaram a bater a casa dos milhares e, após Bourscheidt comprar a parte do outro sócio, por divergências na administração, passaram da casa do R$ 1 milhão. Em 2023, a marca alcançou o valor de receita bruta de R$ 42 milhões. A meta para 2024 é de R$ 67 milhões.

Com tudo isso acontecendo, aquelas 12 empresas tiveram que, uma a uma, irem saindo das mãos de Bourscheidt. “A Energy+ estava consumindo todo o meu tempo”, comenta. Os processos de vendas destas empresas, segundo ele, foram amigáveis. “Sigo com bons contatos e relacionamentos com quem as comprou de mim.”

Franquias e planos de expansão

O planejamento de formatação de franquias da Energy+ começou em 2023 e, no final do ano passado, eles começaram a comercializar a concessão de uso da marca e direito de know how. Tudo é recente e incipiente - com duas franquias em operação no momento. A ideia, porém, é que este número chegue a 36 até o final deste ano - entre comercializadas e em operação.

“Para nós, tem que ser ponto físico. Não queremos algo home based (com a operação acontecendo apenas da casa do franqueado) porque teremos produtos para ficarem expostos nas lojas”, explica o fundador e atual CEO da marca.

Com foco na linha sustentável, um dos planos é que a marca invista em mobilidade urbana, com patinetes e bicicletas elétricas.

Em uma visão ainda embrionária, existe uma ideia de investir em uma fábrica para produção de motocicletas elétricas. “Mas isso é para muito longe de hoje ainda. É uma ideia.”

Raio-x Energy+

  • Investimento inicial total estimado: R$ 120 mil
  • Faturamento médio mensal: a partir de R$ 350 mil
  • Lucro médio mensal: 12%
  • Prazo de retorno: 12 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: R$ 1 mil
  • Número de unidades em operação: 3 próprias e 2 franquias

Modelo de negócio

Para os franqueados, o modelo de negócio da Energy+ é voltado completamente para venda e instalação de energia solar, focando em três públicos: residencial, industrial e agro.

Já a marca franqueadora, além da atuação nas instalações de projetos voltados à parte sustentável, também atua no setor de importação de matérias-primas, confecções de materiais que servem de base para as placas fotovoltaicas.

Ainda há o plano de iniciar neste ano uma cooperativa de gestão de crédito.

Com 12 empresas, atuações em diferentes áreas, como franquias e consultorias, e uma renda considerada suficiente à época, Rodrigo Bourscheidt estava satisfeito com o que havia conquistado até então. O ano era 2019 e os negócios iam bem. Uma decisão de ajudar um amigo que estava com dificuldades em um outro empreendimento, porém, acabou levando-o em direção à empresa que, em 2023, teve faturamento superior a R$ 40 milhões. Conheça, a seguir, a história dele.

Filho de pedreiros, pai e mãe trabalhavam também na roça, mas acabaram enveredando para o lado do empreendedorismo. O pai abriu uma metalúrgica. A mãe, um salão de beleza. Este foi o contexto em que Bourscheidt cresceu.

Nascido em 1989, começou a trabalhar com 9 anos de idade. Não chegava a ser por necessidade de ajudar nas contas de casa, mas para ter mais independência. “Para ter minhas coisas e por conta de uma educação rígida que tive, exigente, especialmente por parte de minha mãe”, conta.

Até os 16 anos de idade passou por jardinagem, limpeza, fábrica de chaveiros, pintor de parede e servente de pedreiro. Nesta idade também veio o primeiro trabalho com a carteira assinada (CLT): empacotador de supermercado.

Ficou por lá até os 18, quando prestou vestibular e passou no curso de engenharia mecânica. Porém, como era uma universidade em tempo integral, não seria possível trabalhar nem ter ajuda de custo dos pais para se manter. Logo, teve que apelar a uma segunda opção de faculdade: administração de empresas.

O fundador e CEO da Energy+, Rodrigo Bourscheidt Foto: Cristiano Mossmann/Divulgação

Natural de Toledo (PR), ele se mudou para mais perto do centro da cidade e já conseguia se custear sozinho, pagando aluguel, alimentação e outras despesas. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Ainda com 18 anos, ingressou na área comercial em uma empresa de bebidas - na qual ficou até os 21.

Após atuar por um período no ramo de cosméticos, aos 23, resolveu abrir o seu primeiro CNPJ, em outra área: editorial. Basicamente, a ideia era começar a fazer uma revista de rua, com distribuição gratuita, que seria mantida por meio de cotas de patrocínio.

Não deu certo. A revista nem chegou a ser lançada, todo o capital de giro foi consumido pelo projeto e, em meio a todo este cenário, quebrou. “Tive que parar de empreender e voltar para o mercado de trabalho.” Acabou conseguindo vagas em setores de telefonia e cosméticos.

Pouco tempo depois, aos 24 anos, voltou a empreender. E não retornou mais ao mercado como CLT. A primeira empreitada após a falência foi abrir uma consultoria empresarial, voltada para gestão, que focava muito em treinamentos e mentorias.

Até 2018, já havia aberto duas construtoras, comprado quase dez unidades de franquias dos ramos de saúde e bem-estar, conseguindo ter negócios em quatro Estados diferentes: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, ele tinha 12 empresas em seu guarda-chuva.

O começo da Energy+

Em 2019, quando fez 30 anos, veio o que seria o maior acerto de sua carreira como empresário. E com um contexto repleto de acontecimentos ao acaso.

Um amigo estava descapitalizado, com uma carteira grande de inadimplentes, tentando começar um novo empreendimento, para melhorar a situação financeira. Bourscheidt entrou como investidor.

A ideia inicial era ter uma empresa franqueada de empréstimo consignado, mas acabou enveredando como negócio próprio de energia solar. Surgiu a Energy+.

Por mais que tenha sido uma oportunidade de momento, aquela não era a primeira vez que Bourscheidt tinha contato com o tema de energia renovável.

Nas construtoras que tinha, por exemplo, toda casa que entregava já era equipada com as placas fotovoltaicas. Além disso, utilizava a tecnologia nas lojas que possuía. “Já existia uma afinidade com o produto. Houve o acaso, mas também teve uma certa predisposição, talvez, a seguir esse caminho.”

A partir daí, a marca começou a ganhar muita tração. Por volta de 2021, o faturamento mensal começaram a bater a casa dos milhares e, após Bourscheidt comprar a parte do outro sócio, por divergências na administração, passaram da casa do R$ 1 milhão. Em 2023, a marca alcançou o valor de receita bruta de R$ 42 milhões. A meta para 2024 é de R$ 67 milhões.

Com tudo isso acontecendo, aquelas 12 empresas tiveram que, uma a uma, irem saindo das mãos de Bourscheidt. “A Energy+ estava consumindo todo o meu tempo”, comenta. Os processos de vendas destas empresas, segundo ele, foram amigáveis. “Sigo com bons contatos e relacionamentos com quem as comprou de mim.”

Franquias e planos de expansão

O planejamento de formatação de franquias da Energy+ começou em 2023 e, no final do ano passado, eles começaram a comercializar a concessão de uso da marca e direito de know how. Tudo é recente e incipiente - com duas franquias em operação no momento. A ideia, porém, é que este número chegue a 36 até o final deste ano - entre comercializadas e em operação.

“Para nós, tem que ser ponto físico. Não queremos algo home based (com a operação acontecendo apenas da casa do franqueado) porque teremos produtos para ficarem expostos nas lojas”, explica o fundador e atual CEO da marca.

Com foco na linha sustentável, um dos planos é que a marca invista em mobilidade urbana, com patinetes e bicicletas elétricas.

Em uma visão ainda embrionária, existe uma ideia de investir em uma fábrica para produção de motocicletas elétricas. “Mas isso é para muito longe de hoje ainda. É uma ideia.”

Raio-x Energy+

  • Investimento inicial total estimado: R$ 120 mil
  • Faturamento médio mensal: a partir de R$ 350 mil
  • Lucro médio mensal: 12%
  • Prazo de retorno: 12 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: R$ 1 mil
  • Número de unidades em operação: 3 próprias e 2 franquias

Modelo de negócio

Para os franqueados, o modelo de negócio da Energy+ é voltado completamente para venda e instalação de energia solar, focando em três públicos: residencial, industrial e agro.

Já a marca franqueadora, além da atuação nas instalações de projetos voltados à parte sustentável, também atua no setor de importação de matérias-primas, confecções de materiais que servem de base para as placas fotovoltaicas.

Ainda há o plano de iniciar neste ano uma cooperativa de gestão de crédito.

Com 12 empresas, atuações em diferentes áreas, como franquias e consultorias, e uma renda considerada suficiente à época, Rodrigo Bourscheidt estava satisfeito com o que havia conquistado até então. O ano era 2019 e os negócios iam bem. Uma decisão de ajudar um amigo que estava com dificuldades em um outro empreendimento, porém, acabou levando-o em direção à empresa que, em 2023, teve faturamento superior a R$ 40 milhões. Conheça, a seguir, a história dele.

Filho de pedreiros, pai e mãe trabalhavam também na roça, mas acabaram enveredando para o lado do empreendedorismo. O pai abriu uma metalúrgica. A mãe, um salão de beleza. Este foi o contexto em que Bourscheidt cresceu.

Nascido em 1989, começou a trabalhar com 9 anos de idade. Não chegava a ser por necessidade de ajudar nas contas de casa, mas para ter mais independência. “Para ter minhas coisas e por conta de uma educação rígida que tive, exigente, especialmente por parte de minha mãe”, conta.

Até os 16 anos de idade passou por jardinagem, limpeza, fábrica de chaveiros, pintor de parede e servente de pedreiro. Nesta idade também veio o primeiro trabalho com a carteira assinada (CLT): empacotador de supermercado.

Ficou por lá até os 18, quando prestou vestibular e passou no curso de engenharia mecânica. Porém, como era uma universidade em tempo integral, não seria possível trabalhar nem ter ajuda de custo dos pais para se manter. Logo, teve que apelar a uma segunda opção de faculdade: administração de empresas.

O fundador e CEO da Energy+, Rodrigo Bourscheidt Foto: Cristiano Mossmann/Divulgação

Natural de Toledo (PR), ele se mudou para mais perto do centro da cidade e já conseguia se custear sozinho, pagando aluguel, alimentação e outras despesas. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Ainda com 18 anos, ingressou na área comercial em uma empresa de bebidas - na qual ficou até os 21.

Após atuar por um período no ramo de cosméticos, aos 23, resolveu abrir o seu primeiro CNPJ, em outra área: editorial. Basicamente, a ideia era começar a fazer uma revista de rua, com distribuição gratuita, que seria mantida por meio de cotas de patrocínio.

Não deu certo. A revista nem chegou a ser lançada, todo o capital de giro foi consumido pelo projeto e, em meio a todo este cenário, quebrou. “Tive que parar de empreender e voltar para o mercado de trabalho.” Acabou conseguindo vagas em setores de telefonia e cosméticos.

Pouco tempo depois, aos 24 anos, voltou a empreender. E não retornou mais ao mercado como CLT. A primeira empreitada após a falência foi abrir uma consultoria empresarial, voltada para gestão, que focava muito em treinamentos e mentorias.

Até 2018, já havia aberto duas construtoras, comprado quase dez unidades de franquias dos ramos de saúde e bem-estar, conseguindo ter negócios em quatro Estados diferentes: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, ele tinha 12 empresas em seu guarda-chuva.

O começo da Energy+

Em 2019, quando fez 30 anos, veio o que seria o maior acerto de sua carreira como empresário. E com um contexto repleto de acontecimentos ao acaso.

Um amigo estava descapitalizado, com uma carteira grande de inadimplentes, tentando começar um novo empreendimento, para melhorar a situação financeira. Bourscheidt entrou como investidor.

A ideia inicial era ter uma empresa franqueada de empréstimo consignado, mas acabou enveredando como negócio próprio de energia solar. Surgiu a Energy+.

Por mais que tenha sido uma oportunidade de momento, aquela não era a primeira vez que Bourscheidt tinha contato com o tema de energia renovável.

Nas construtoras que tinha, por exemplo, toda casa que entregava já era equipada com as placas fotovoltaicas. Além disso, utilizava a tecnologia nas lojas que possuía. “Já existia uma afinidade com o produto. Houve o acaso, mas também teve uma certa predisposição, talvez, a seguir esse caminho.”

A partir daí, a marca começou a ganhar muita tração. Por volta de 2021, o faturamento mensal começaram a bater a casa dos milhares e, após Bourscheidt comprar a parte do outro sócio, por divergências na administração, passaram da casa do R$ 1 milhão. Em 2023, a marca alcançou o valor de receita bruta de R$ 42 milhões. A meta para 2024 é de R$ 67 milhões.

Com tudo isso acontecendo, aquelas 12 empresas tiveram que, uma a uma, irem saindo das mãos de Bourscheidt. “A Energy+ estava consumindo todo o meu tempo”, comenta. Os processos de vendas destas empresas, segundo ele, foram amigáveis. “Sigo com bons contatos e relacionamentos com quem as comprou de mim.”

Franquias e planos de expansão

O planejamento de formatação de franquias da Energy+ começou em 2023 e, no final do ano passado, eles começaram a comercializar a concessão de uso da marca e direito de know how. Tudo é recente e incipiente - com duas franquias em operação no momento. A ideia, porém, é que este número chegue a 36 até o final deste ano - entre comercializadas e em operação.

“Para nós, tem que ser ponto físico. Não queremos algo home based (com a operação acontecendo apenas da casa do franqueado) porque teremos produtos para ficarem expostos nas lojas”, explica o fundador e atual CEO da marca.

Com foco na linha sustentável, um dos planos é que a marca invista em mobilidade urbana, com patinetes e bicicletas elétricas.

Em uma visão ainda embrionária, existe uma ideia de investir em uma fábrica para produção de motocicletas elétricas. “Mas isso é para muito longe de hoje ainda. É uma ideia.”

Raio-x Energy+

  • Investimento inicial total estimado: R$ 120 mil
  • Faturamento médio mensal: a partir de R$ 350 mil
  • Lucro médio mensal: 12%
  • Prazo de retorno: 12 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: R$ 1 mil
  • Número de unidades em operação: 3 próprias e 2 franquias

Modelo de negócio

Para os franqueados, o modelo de negócio da Energy+ é voltado completamente para venda e instalação de energia solar, focando em três públicos: residencial, industrial e agro.

Já a marca franqueadora, além da atuação nas instalações de projetos voltados à parte sustentável, também atua no setor de importação de matérias-primas, confecções de materiais que servem de base para as placas fotovoltaicas.

Ainda há o plano de iniciar neste ano uma cooperativa de gestão de crédito.

Com 12 empresas, atuações em diferentes áreas, como franquias e consultorias, e uma renda considerada suficiente à época, Rodrigo Bourscheidt estava satisfeito com o que havia conquistado até então. O ano era 2019 e os negócios iam bem. Uma decisão de ajudar um amigo que estava com dificuldades em um outro empreendimento, porém, acabou levando-o em direção à empresa que, em 2023, teve faturamento superior a R$ 40 milhões. Conheça, a seguir, a história dele.

Filho de pedreiros, pai e mãe trabalhavam também na roça, mas acabaram enveredando para o lado do empreendedorismo. O pai abriu uma metalúrgica. A mãe, um salão de beleza. Este foi o contexto em que Bourscheidt cresceu.

Nascido em 1989, começou a trabalhar com 9 anos de idade. Não chegava a ser por necessidade de ajudar nas contas de casa, mas para ter mais independência. “Para ter minhas coisas e por conta de uma educação rígida que tive, exigente, especialmente por parte de minha mãe”, conta.

Até os 16 anos de idade passou por jardinagem, limpeza, fábrica de chaveiros, pintor de parede e servente de pedreiro. Nesta idade também veio o primeiro trabalho com a carteira assinada (CLT): empacotador de supermercado.

Ficou por lá até os 18, quando prestou vestibular e passou no curso de engenharia mecânica. Porém, como era uma universidade em tempo integral, não seria possível trabalhar nem ter ajuda de custo dos pais para se manter. Logo, teve que apelar a uma segunda opção de faculdade: administração de empresas.

O fundador e CEO da Energy+, Rodrigo Bourscheidt Foto: Cristiano Mossmann/Divulgação

Natural de Toledo (PR), ele se mudou para mais perto do centro da cidade e já conseguia se custear sozinho, pagando aluguel, alimentação e outras despesas. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Ainda com 18 anos, ingressou na área comercial em uma empresa de bebidas - na qual ficou até os 21.

Após atuar por um período no ramo de cosméticos, aos 23, resolveu abrir o seu primeiro CNPJ, em outra área: editorial. Basicamente, a ideia era começar a fazer uma revista de rua, com distribuição gratuita, que seria mantida por meio de cotas de patrocínio.

Não deu certo. A revista nem chegou a ser lançada, todo o capital de giro foi consumido pelo projeto e, em meio a todo este cenário, quebrou. “Tive que parar de empreender e voltar para o mercado de trabalho.” Acabou conseguindo vagas em setores de telefonia e cosméticos.

Pouco tempo depois, aos 24 anos, voltou a empreender. E não retornou mais ao mercado como CLT. A primeira empreitada após a falência foi abrir uma consultoria empresarial, voltada para gestão, que focava muito em treinamentos e mentorias.

Até 2018, já havia aberto duas construtoras, comprado quase dez unidades de franquias dos ramos de saúde e bem-estar, conseguindo ter negócios em quatro Estados diferentes: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, ele tinha 12 empresas em seu guarda-chuva.

O começo da Energy+

Em 2019, quando fez 30 anos, veio o que seria o maior acerto de sua carreira como empresário. E com um contexto repleto de acontecimentos ao acaso.

Um amigo estava descapitalizado, com uma carteira grande de inadimplentes, tentando começar um novo empreendimento, para melhorar a situação financeira. Bourscheidt entrou como investidor.

A ideia inicial era ter uma empresa franqueada de empréstimo consignado, mas acabou enveredando como negócio próprio de energia solar. Surgiu a Energy+.

Por mais que tenha sido uma oportunidade de momento, aquela não era a primeira vez que Bourscheidt tinha contato com o tema de energia renovável.

Nas construtoras que tinha, por exemplo, toda casa que entregava já era equipada com as placas fotovoltaicas. Além disso, utilizava a tecnologia nas lojas que possuía. “Já existia uma afinidade com o produto. Houve o acaso, mas também teve uma certa predisposição, talvez, a seguir esse caminho.”

A partir daí, a marca começou a ganhar muita tração. Por volta de 2021, o faturamento mensal começaram a bater a casa dos milhares e, após Bourscheidt comprar a parte do outro sócio, por divergências na administração, passaram da casa do R$ 1 milhão. Em 2023, a marca alcançou o valor de receita bruta de R$ 42 milhões. A meta para 2024 é de R$ 67 milhões.

Com tudo isso acontecendo, aquelas 12 empresas tiveram que, uma a uma, irem saindo das mãos de Bourscheidt. “A Energy+ estava consumindo todo o meu tempo”, comenta. Os processos de vendas destas empresas, segundo ele, foram amigáveis. “Sigo com bons contatos e relacionamentos com quem as comprou de mim.”

Franquias e planos de expansão

O planejamento de formatação de franquias da Energy+ começou em 2023 e, no final do ano passado, eles começaram a comercializar a concessão de uso da marca e direito de know how. Tudo é recente e incipiente - com duas franquias em operação no momento. A ideia, porém, é que este número chegue a 36 até o final deste ano - entre comercializadas e em operação.

“Para nós, tem que ser ponto físico. Não queremos algo home based (com a operação acontecendo apenas da casa do franqueado) porque teremos produtos para ficarem expostos nas lojas”, explica o fundador e atual CEO da marca.

Com foco na linha sustentável, um dos planos é que a marca invista em mobilidade urbana, com patinetes e bicicletas elétricas.

Em uma visão ainda embrionária, existe uma ideia de investir em uma fábrica para produção de motocicletas elétricas. “Mas isso é para muito longe de hoje ainda. É uma ideia.”

Raio-x Energy+

  • Investimento inicial total estimado: R$ 120 mil
  • Faturamento médio mensal: a partir de R$ 350 mil
  • Lucro médio mensal: 12%
  • Prazo de retorno: 12 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: R$ 1 mil
  • Número de unidades em operação: 3 próprias e 2 franquias

Modelo de negócio

Para os franqueados, o modelo de negócio da Energy+ é voltado completamente para venda e instalação de energia solar, focando em três públicos: residencial, industrial e agro.

Já a marca franqueadora, além da atuação nas instalações de projetos voltados à parte sustentável, também atua no setor de importação de matérias-primas, confecções de materiais que servem de base para as placas fotovoltaicas.

Ainda há o plano de iniciar neste ano uma cooperativa de gestão de crédito.

Com 12 empresas, atuações em diferentes áreas, como franquias e consultorias, e uma renda considerada suficiente à época, Rodrigo Bourscheidt estava satisfeito com o que havia conquistado até então. O ano era 2019 e os negócios iam bem. Uma decisão de ajudar um amigo que estava com dificuldades em um outro empreendimento, porém, acabou levando-o em direção à empresa que, em 2023, teve faturamento superior a R$ 40 milhões. Conheça, a seguir, a história dele.

Filho de pedreiros, pai e mãe trabalhavam também na roça, mas acabaram enveredando para o lado do empreendedorismo. O pai abriu uma metalúrgica. A mãe, um salão de beleza. Este foi o contexto em que Bourscheidt cresceu.

Nascido em 1989, começou a trabalhar com 9 anos de idade. Não chegava a ser por necessidade de ajudar nas contas de casa, mas para ter mais independência. “Para ter minhas coisas e por conta de uma educação rígida que tive, exigente, especialmente por parte de minha mãe”, conta.

Até os 16 anos de idade passou por jardinagem, limpeza, fábrica de chaveiros, pintor de parede e servente de pedreiro. Nesta idade também veio o primeiro trabalho com a carteira assinada (CLT): empacotador de supermercado.

Ficou por lá até os 18, quando prestou vestibular e passou no curso de engenharia mecânica. Porém, como era uma universidade em tempo integral, não seria possível trabalhar nem ter ajuda de custo dos pais para se manter. Logo, teve que apelar a uma segunda opção de faculdade: administração de empresas.

O fundador e CEO da Energy+, Rodrigo Bourscheidt Foto: Cristiano Mossmann/Divulgação

Natural de Toledo (PR), ele se mudou para mais perto do centro da cidade e já conseguia se custear sozinho, pagando aluguel, alimentação e outras despesas. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Ainda com 18 anos, ingressou na área comercial em uma empresa de bebidas - na qual ficou até os 21.

Após atuar por um período no ramo de cosméticos, aos 23, resolveu abrir o seu primeiro CNPJ, em outra área: editorial. Basicamente, a ideia era começar a fazer uma revista de rua, com distribuição gratuita, que seria mantida por meio de cotas de patrocínio.

Não deu certo. A revista nem chegou a ser lançada, todo o capital de giro foi consumido pelo projeto e, em meio a todo este cenário, quebrou. “Tive que parar de empreender e voltar para o mercado de trabalho.” Acabou conseguindo vagas em setores de telefonia e cosméticos.

Pouco tempo depois, aos 24 anos, voltou a empreender. E não retornou mais ao mercado como CLT. A primeira empreitada após a falência foi abrir uma consultoria empresarial, voltada para gestão, que focava muito em treinamentos e mentorias.

Até 2018, já havia aberto duas construtoras, comprado quase dez unidades de franquias dos ramos de saúde e bem-estar, conseguindo ter negócios em quatro Estados diferentes: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Ao todo, ele tinha 12 empresas em seu guarda-chuva.

O começo da Energy+

Em 2019, quando fez 30 anos, veio o que seria o maior acerto de sua carreira como empresário. E com um contexto repleto de acontecimentos ao acaso.

Um amigo estava descapitalizado, com uma carteira grande de inadimplentes, tentando começar um novo empreendimento, para melhorar a situação financeira. Bourscheidt entrou como investidor.

A ideia inicial era ter uma empresa franqueada de empréstimo consignado, mas acabou enveredando como negócio próprio de energia solar. Surgiu a Energy+.

Por mais que tenha sido uma oportunidade de momento, aquela não era a primeira vez que Bourscheidt tinha contato com o tema de energia renovável.

Nas construtoras que tinha, por exemplo, toda casa que entregava já era equipada com as placas fotovoltaicas. Além disso, utilizava a tecnologia nas lojas que possuía. “Já existia uma afinidade com o produto. Houve o acaso, mas também teve uma certa predisposição, talvez, a seguir esse caminho.”

A partir daí, a marca começou a ganhar muita tração. Por volta de 2021, o faturamento mensal começaram a bater a casa dos milhares e, após Bourscheidt comprar a parte do outro sócio, por divergências na administração, passaram da casa do R$ 1 milhão. Em 2023, a marca alcançou o valor de receita bruta de R$ 42 milhões. A meta para 2024 é de R$ 67 milhões.

Com tudo isso acontecendo, aquelas 12 empresas tiveram que, uma a uma, irem saindo das mãos de Bourscheidt. “A Energy+ estava consumindo todo o meu tempo”, comenta. Os processos de vendas destas empresas, segundo ele, foram amigáveis. “Sigo com bons contatos e relacionamentos com quem as comprou de mim.”

Franquias e planos de expansão

O planejamento de formatação de franquias da Energy+ começou em 2023 e, no final do ano passado, eles começaram a comercializar a concessão de uso da marca e direito de know how. Tudo é recente e incipiente - com duas franquias em operação no momento. A ideia, porém, é que este número chegue a 36 até o final deste ano - entre comercializadas e em operação.

“Para nós, tem que ser ponto físico. Não queremos algo home based (com a operação acontecendo apenas da casa do franqueado) porque teremos produtos para ficarem expostos nas lojas”, explica o fundador e atual CEO da marca.

Com foco na linha sustentável, um dos planos é que a marca invista em mobilidade urbana, com patinetes e bicicletas elétricas.

Em uma visão ainda embrionária, existe uma ideia de investir em uma fábrica para produção de motocicletas elétricas. “Mas isso é para muito longe de hoje ainda. É uma ideia.”

Raio-x Energy+

  • Investimento inicial total estimado: R$ 120 mil
  • Faturamento médio mensal: a partir de R$ 350 mil
  • Lucro médio mensal: 12%
  • Prazo de retorno: 12 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: R$ 1 mil
  • Número de unidades em operação: 3 próprias e 2 franquias

Modelo de negócio

Para os franqueados, o modelo de negócio da Energy+ é voltado completamente para venda e instalação de energia solar, focando em três públicos: residencial, industrial e agro.

Já a marca franqueadora, além da atuação nas instalações de projetos voltados à parte sustentável, também atua no setor de importação de matérias-primas, confecções de materiais que servem de base para as placas fotovoltaicas.

Ainda há o plano de iniciar neste ano uma cooperativa de gestão de crédito.

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