O mercado de coxinhas está deixando de ser uma alternativa somente para o trabalhador informal. Hoje, investir no tradicional salgado brasileiro se tornou um negócio milionário e tem atraído um número cada vez maior de empreendedores. Eles querem abocanhar uma fatia desse mercado com ampla clientela e têm boas perspectivas de crescimento.
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Esse grande potencial chamou a atenção do empresário Renato Iarussi, que investiu pesado na criação da rede de franquias Coxinha du Chef. No mercado há pouco mais de um ano, a empresa conta com cinco unidades e vai inaugurar mais duas neste mês. "Investimos cerca de R$ 1 milhão na fábrica e na primeira loja, mas pretendemos terminar 2014 com 30 lojas", diz Iarussi.
A especialidade da rede são os cones com 12 unidades de coxinha, vendidos a R$ 3,50, preço que visa atrair o público de ruas populares da capital paulista. Segundo o empresário, a rede vende 480 mil salgados por mês e fatura R$ 250 mil no mesmo período. "A previsão é que vamos fechar o ano com um lucro de R$ 14 milhões", prevê Iarussi.
A aposta da Panetteria, padaria localizada na zona norte de São Paulo, foi a criação de uma coxinha de um quilo, o que aumentou a clientela em pelo menos 10%. "Vendemos mais de três mil supercoxinhas apenas no primeiro mês", conta Fátima Dias, proprietária do estabelecimento.
Nesse período, apenas o salgado gigante, que custa R$ 32,90, gerou um faturamento de cerca de R$ 100 mil e sua atratividade duplicou as vendas das coxinhas tradicionais. "Antes vendíamos aproximadamente 80 coxinhas por dia. Hoje, são mais de 200 e o número continua a crescer", afirma Fátima.
Tradição, aliás, é a palavra-chave da Santa Coxinha, que fica na zona leste da capital paulista. Há 31 anos no mercado, os proprietários se orgulham de ter um estabelecimento sem franquias, que atrai o público por seus mais de 50 recheios diferentes, alguns bastante exóticos, como feijoada e costelinha.
Tem ainda as coxinhas que não levam massa tradicional, como a ‘Delícia de camarão’ e a ‘Delícia de bacon’. Elas levam catupiry e são revestidas por uma casquinha. Embora não divulgue o faturamento, a empresa garante que o negócio é lucrativo. "Nunca cortaram nossa eletricidade", brinca o gerente do estabelecimento, Fernando Júnior.