Empreendedorismo: Saiba qual a hora de investir em um ponto físico


Especialista do Sebrae destaca que é importante ter uma estrutura financeira e de negócio mais consolidada antes de tomar decisão

Por Felipe Siqueira
Atualização:

Uma das grandes “viradas de chave” para pequenos negócios é a adoção de um ponto físico. A mudança altera a relação cliente/produto por envolver questões como custo de aluguel e experiência do consumidor – essenciais para o funcionamento do empreendimento.

O Sebrae, por meio da pesquisa Pulso, fez a seguinte pergunta para empreendedores (MEIs e MPEs): Você paga aluguel do local onde funciona o seu negócio? Cerca de metade das pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que ficam em locações. Desse total, 60% são micro e pequenas empresas e o restante, Microempreendedor Individual (MEI).

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O gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto, explica que o processo para começar a atuar em um local fora da própria casa é envolvido por vários fatores que precisam ser avaliados, sendo que o ideal é que exista uma estrutura - de negócio e financeira - mais consolidada.

Um dos primeiros pontos a se ter atenção na hora de encarar o espaço físico é o custo e o quanto isso pode afetar o preço do produto ou serviço que comercializa. “O pequeno empreendedor paga os custos da empresa com a venda das mercadorias. Isso pode fazer com que o preço fique menos competitivo, já que há mais coisas a serem repassadas ao consumidor final (como aluguel, luz, internet, entre outros)”, diz Enio.

Por isso, diz ele, é essencial que, ao iniciar o negócio em uma loja, o empreendedor passe a oferecer não somente o artigo que se propõe a vender, mas também uma experiência ao consumidor, para ter um diferencial e justificar a necessidade daquele ponto. Além da presença digital - que já era importante, mas tomou uma proporção ainda maior pós-pandemia -, é importante pensar no ponto físico como a embaixada da marca, ou seja, o local onde o cliente vai sentir a importância daquele local para a experiência de compra.

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“Tem muito produto que tanto faz comprar online ou em local físico. Se eu compro um livro na internet ou em uma livraria, a mesma edição vai chegar. Mas quando o cliente vai até a embaixada da marca (neste caso, a livraria), a pessoa quer ter uma experiência que não acontece online.” Na livraria, diz Enio, pode-se conhecer pessoas, tomar café, comer algo, ver lançamento de livros infantis e até conhecer personalidades para divulgar alguma obra.

O mesmo vale para franquias. Para se ter uma ideia da importância do local físico para uma marca, quando um empreendedor vai comprar o direito por usar o nome de uma empresa, explica Enio, muitas vezes a companhia já entrega o próprio ponto junto para evitar que o mesmo local, no futuro, possa virar sede de um estabelecimento concorrente, caso haja encerramento de contrato/parceria.

De olho numa renda extra, o casal de Brasília Gustavo Henrique Alves Rodrigues, de 43 anos, que trabalha como analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, de 40 anos, que atua como médica, decidiu por investir em uma franquia de açaí. Eles comentam que passaram um tempo pesquisando e o negócio começou a funcionar há cerca de dois meses, num contêiner, no espaço externo de uma academia.

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As despesas tiveram de ser muito bem avaliadas, principalmente porque o casal, pela rotina nas respectivas carreiras, não consegue estar no local e precisa ter um funcionário para tocar o dia a dia. “A gente decidiu apostar em uma franquia justamente porque facilita a vida de quem tem outra profissão”, fala Gustavo.

Gustavo Henrique Alves Rodrigues, 43 anos, analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, 40 anos, médica, donos de um quiosque de açaí, no DF  Foto: Wilton Junior/Estadão

Os custos essenciais que eles têm com o negócio são royalties para a franqueadora, aluguel do espaço, internet, telefone, salário do funcionário, além de energia, água e contador, obrigatório para quem se encaixa como microempresa. O fato de ser uma franquia, porém, ajuda em relação à estrutura, já que a companhia, segundo eles, oferece suporte em várias frentes.

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O tempo de retorno da quantia investida estimado é de cerca de dois anos.

Como ter um negócio e trabalhar sem local físico?

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No caso de Gustavo e Ariane, que têm um quiosque de venda de um produto alimentício, o ponto físico é indispensável. Mas há casos em que é possível trabalhar sem ter que alugar um espaço específico para o empreendimento. Enio Pinto, do Sebrae, elencou, a pedido do Estadão, os principais pontos para se conseguir trabalhar em casa e utilizá-la como ponto físico, seja em imóvel próprio ou alugado.

  • É essencial que o espaço esteja separado do resto da residência. “Nós temos notícias de pessoas que vão comprar uma roupa dentro da casa de alguém e o cachorro da família morde”, ressalta o especialista do Sebrae;
  • O ideal é que exista uma entrada exclusiva, com linha telefônica separada;
  • Personalize o espaço para que não haja possibilidade de constrangimento quando o cliente for experimentar uma peça de roupa, por exemplo. “Não dá para a pessoa experimentar uma calça, numa casa de costureira ou sacoleira e um parente da empreendedora passar na hora”, diz Enio;
  • Se possível, é interessante que o empreendimento tenha espaço de estacionamento para o cliente.
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Existe também a possibilidade de não precisar de um espaço físico apenas para o negócio. Enio ressalta que muitos empreendedores, principalmente os que trabalham com prestações de serviços, não precisam receber pessoas, vão necessitar apenas de celular e computador para ter o relacionamento com o público-alvo. Outro caminho pode ser visitar clientes, como são os casos de encanadores, eletricistas e manicures, por exemplo.

Uma das grandes “viradas de chave” para pequenos negócios é a adoção de um ponto físico. A mudança altera a relação cliente/produto por envolver questões como custo de aluguel e experiência do consumidor – essenciais para o funcionamento do empreendimento.

O Sebrae, por meio da pesquisa Pulso, fez a seguinte pergunta para empreendedores (MEIs e MPEs): Você paga aluguel do local onde funciona o seu negócio? Cerca de metade das pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que ficam em locações. Desse total, 60% são micro e pequenas empresas e o restante, Microempreendedor Individual (MEI).

O gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto, explica que o processo para começar a atuar em um local fora da própria casa é envolvido por vários fatores que precisam ser avaliados, sendo que o ideal é que exista uma estrutura - de negócio e financeira - mais consolidada.

Um dos primeiros pontos a se ter atenção na hora de encarar o espaço físico é o custo e o quanto isso pode afetar o preço do produto ou serviço que comercializa. “O pequeno empreendedor paga os custos da empresa com a venda das mercadorias. Isso pode fazer com que o preço fique menos competitivo, já que há mais coisas a serem repassadas ao consumidor final (como aluguel, luz, internet, entre outros)”, diz Enio.

Por isso, diz ele, é essencial que, ao iniciar o negócio em uma loja, o empreendedor passe a oferecer não somente o artigo que se propõe a vender, mas também uma experiência ao consumidor, para ter um diferencial e justificar a necessidade daquele ponto. Além da presença digital - que já era importante, mas tomou uma proporção ainda maior pós-pandemia -, é importante pensar no ponto físico como a embaixada da marca, ou seja, o local onde o cliente vai sentir a importância daquele local para a experiência de compra.

“Tem muito produto que tanto faz comprar online ou em local físico. Se eu compro um livro na internet ou em uma livraria, a mesma edição vai chegar. Mas quando o cliente vai até a embaixada da marca (neste caso, a livraria), a pessoa quer ter uma experiência que não acontece online.” Na livraria, diz Enio, pode-se conhecer pessoas, tomar café, comer algo, ver lançamento de livros infantis e até conhecer personalidades para divulgar alguma obra.

O mesmo vale para franquias. Para se ter uma ideia da importância do local físico para uma marca, quando um empreendedor vai comprar o direito por usar o nome de uma empresa, explica Enio, muitas vezes a companhia já entrega o próprio ponto junto para evitar que o mesmo local, no futuro, possa virar sede de um estabelecimento concorrente, caso haja encerramento de contrato/parceria.

De olho numa renda extra, o casal de Brasília Gustavo Henrique Alves Rodrigues, de 43 anos, que trabalha como analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, de 40 anos, que atua como médica, decidiu por investir em uma franquia de açaí. Eles comentam que passaram um tempo pesquisando e o negócio começou a funcionar há cerca de dois meses, num contêiner, no espaço externo de uma academia.

As despesas tiveram de ser muito bem avaliadas, principalmente porque o casal, pela rotina nas respectivas carreiras, não consegue estar no local e precisa ter um funcionário para tocar o dia a dia. “A gente decidiu apostar em uma franquia justamente porque facilita a vida de quem tem outra profissão”, fala Gustavo.

Gustavo Henrique Alves Rodrigues, 43 anos, analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, 40 anos, médica, donos de um quiosque de açaí, no DF  Foto: Wilton Junior/Estadão

Os custos essenciais que eles têm com o negócio são royalties para a franqueadora, aluguel do espaço, internet, telefone, salário do funcionário, além de energia, água e contador, obrigatório para quem se encaixa como microempresa. O fato de ser uma franquia, porém, ajuda em relação à estrutura, já que a companhia, segundo eles, oferece suporte em várias frentes.

O tempo de retorno da quantia investida estimado é de cerca de dois anos.

Como ter um negócio e trabalhar sem local físico?

No caso de Gustavo e Ariane, que têm um quiosque de venda de um produto alimentício, o ponto físico é indispensável. Mas há casos em que é possível trabalhar sem ter que alugar um espaço específico para o empreendimento. Enio Pinto, do Sebrae, elencou, a pedido do Estadão, os principais pontos para se conseguir trabalhar em casa e utilizá-la como ponto físico, seja em imóvel próprio ou alugado.

  • É essencial que o espaço esteja separado do resto da residência. “Nós temos notícias de pessoas que vão comprar uma roupa dentro da casa de alguém e o cachorro da família morde”, ressalta o especialista do Sebrae;
  • O ideal é que exista uma entrada exclusiva, com linha telefônica separada;
  • Personalize o espaço para que não haja possibilidade de constrangimento quando o cliente for experimentar uma peça de roupa, por exemplo. “Não dá para a pessoa experimentar uma calça, numa casa de costureira ou sacoleira e um parente da empreendedora passar na hora”, diz Enio;
  • Se possível, é interessante que o empreendimento tenha espaço de estacionamento para o cliente.

Existe também a possibilidade de não precisar de um espaço físico apenas para o negócio. Enio ressalta que muitos empreendedores, principalmente os que trabalham com prestações de serviços, não precisam receber pessoas, vão necessitar apenas de celular e computador para ter o relacionamento com o público-alvo. Outro caminho pode ser visitar clientes, como são os casos de encanadores, eletricistas e manicures, por exemplo.

Uma das grandes “viradas de chave” para pequenos negócios é a adoção de um ponto físico. A mudança altera a relação cliente/produto por envolver questões como custo de aluguel e experiência do consumidor – essenciais para o funcionamento do empreendimento.

O Sebrae, por meio da pesquisa Pulso, fez a seguinte pergunta para empreendedores (MEIs e MPEs): Você paga aluguel do local onde funciona o seu negócio? Cerca de metade das pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que ficam em locações. Desse total, 60% são micro e pequenas empresas e o restante, Microempreendedor Individual (MEI).

O gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto, explica que o processo para começar a atuar em um local fora da própria casa é envolvido por vários fatores que precisam ser avaliados, sendo que o ideal é que exista uma estrutura - de negócio e financeira - mais consolidada.

Um dos primeiros pontos a se ter atenção na hora de encarar o espaço físico é o custo e o quanto isso pode afetar o preço do produto ou serviço que comercializa. “O pequeno empreendedor paga os custos da empresa com a venda das mercadorias. Isso pode fazer com que o preço fique menos competitivo, já que há mais coisas a serem repassadas ao consumidor final (como aluguel, luz, internet, entre outros)”, diz Enio.

Por isso, diz ele, é essencial que, ao iniciar o negócio em uma loja, o empreendedor passe a oferecer não somente o artigo que se propõe a vender, mas também uma experiência ao consumidor, para ter um diferencial e justificar a necessidade daquele ponto. Além da presença digital - que já era importante, mas tomou uma proporção ainda maior pós-pandemia -, é importante pensar no ponto físico como a embaixada da marca, ou seja, o local onde o cliente vai sentir a importância daquele local para a experiência de compra.

“Tem muito produto que tanto faz comprar online ou em local físico. Se eu compro um livro na internet ou em uma livraria, a mesma edição vai chegar. Mas quando o cliente vai até a embaixada da marca (neste caso, a livraria), a pessoa quer ter uma experiência que não acontece online.” Na livraria, diz Enio, pode-se conhecer pessoas, tomar café, comer algo, ver lançamento de livros infantis e até conhecer personalidades para divulgar alguma obra.

O mesmo vale para franquias. Para se ter uma ideia da importância do local físico para uma marca, quando um empreendedor vai comprar o direito por usar o nome de uma empresa, explica Enio, muitas vezes a companhia já entrega o próprio ponto junto para evitar que o mesmo local, no futuro, possa virar sede de um estabelecimento concorrente, caso haja encerramento de contrato/parceria.

De olho numa renda extra, o casal de Brasília Gustavo Henrique Alves Rodrigues, de 43 anos, que trabalha como analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, de 40 anos, que atua como médica, decidiu por investir em uma franquia de açaí. Eles comentam que passaram um tempo pesquisando e o negócio começou a funcionar há cerca de dois meses, num contêiner, no espaço externo de uma academia.

As despesas tiveram de ser muito bem avaliadas, principalmente porque o casal, pela rotina nas respectivas carreiras, não consegue estar no local e precisa ter um funcionário para tocar o dia a dia. “A gente decidiu apostar em uma franquia justamente porque facilita a vida de quem tem outra profissão”, fala Gustavo.

Gustavo Henrique Alves Rodrigues, 43 anos, analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, 40 anos, médica, donos de um quiosque de açaí, no DF  Foto: Wilton Junior/Estadão

Os custos essenciais que eles têm com o negócio são royalties para a franqueadora, aluguel do espaço, internet, telefone, salário do funcionário, além de energia, água e contador, obrigatório para quem se encaixa como microempresa. O fato de ser uma franquia, porém, ajuda em relação à estrutura, já que a companhia, segundo eles, oferece suporte em várias frentes.

O tempo de retorno da quantia investida estimado é de cerca de dois anos.

Como ter um negócio e trabalhar sem local físico?

No caso de Gustavo e Ariane, que têm um quiosque de venda de um produto alimentício, o ponto físico é indispensável. Mas há casos em que é possível trabalhar sem ter que alugar um espaço específico para o empreendimento. Enio Pinto, do Sebrae, elencou, a pedido do Estadão, os principais pontos para se conseguir trabalhar em casa e utilizá-la como ponto físico, seja em imóvel próprio ou alugado.

  • É essencial que o espaço esteja separado do resto da residência. “Nós temos notícias de pessoas que vão comprar uma roupa dentro da casa de alguém e o cachorro da família morde”, ressalta o especialista do Sebrae;
  • O ideal é que exista uma entrada exclusiva, com linha telefônica separada;
  • Personalize o espaço para que não haja possibilidade de constrangimento quando o cliente for experimentar uma peça de roupa, por exemplo. “Não dá para a pessoa experimentar uma calça, numa casa de costureira ou sacoleira e um parente da empreendedora passar na hora”, diz Enio;
  • Se possível, é interessante que o empreendimento tenha espaço de estacionamento para o cliente.

Existe também a possibilidade de não precisar de um espaço físico apenas para o negócio. Enio ressalta que muitos empreendedores, principalmente os que trabalham com prestações de serviços, não precisam receber pessoas, vão necessitar apenas de celular e computador para ter o relacionamento com o público-alvo. Outro caminho pode ser visitar clientes, como são os casos de encanadores, eletricistas e manicures, por exemplo.

Uma das grandes “viradas de chave” para pequenos negócios é a adoção de um ponto físico. A mudança altera a relação cliente/produto por envolver questões como custo de aluguel e experiência do consumidor – essenciais para o funcionamento do empreendimento.

O Sebrae, por meio da pesquisa Pulso, fez a seguinte pergunta para empreendedores (MEIs e MPEs): Você paga aluguel do local onde funciona o seu negócio? Cerca de metade das pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que ficam em locações. Desse total, 60% são micro e pequenas empresas e o restante, Microempreendedor Individual (MEI).

O gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto, explica que o processo para começar a atuar em um local fora da própria casa é envolvido por vários fatores que precisam ser avaliados, sendo que o ideal é que exista uma estrutura - de negócio e financeira - mais consolidada.

Um dos primeiros pontos a se ter atenção na hora de encarar o espaço físico é o custo e o quanto isso pode afetar o preço do produto ou serviço que comercializa. “O pequeno empreendedor paga os custos da empresa com a venda das mercadorias. Isso pode fazer com que o preço fique menos competitivo, já que há mais coisas a serem repassadas ao consumidor final (como aluguel, luz, internet, entre outros)”, diz Enio.

Por isso, diz ele, é essencial que, ao iniciar o negócio em uma loja, o empreendedor passe a oferecer não somente o artigo que se propõe a vender, mas também uma experiência ao consumidor, para ter um diferencial e justificar a necessidade daquele ponto. Além da presença digital - que já era importante, mas tomou uma proporção ainda maior pós-pandemia -, é importante pensar no ponto físico como a embaixada da marca, ou seja, o local onde o cliente vai sentir a importância daquele local para a experiência de compra.

“Tem muito produto que tanto faz comprar online ou em local físico. Se eu compro um livro na internet ou em uma livraria, a mesma edição vai chegar. Mas quando o cliente vai até a embaixada da marca (neste caso, a livraria), a pessoa quer ter uma experiência que não acontece online.” Na livraria, diz Enio, pode-se conhecer pessoas, tomar café, comer algo, ver lançamento de livros infantis e até conhecer personalidades para divulgar alguma obra.

O mesmo vale para franquias. Para se ter uma ideia da importância do local físico para uma marca, quando um empreendedor vai comprar o direito por usar o nome de uma empresa, explica Enio, muitas vezes a companhia já entrega o próprio ponto junto para evitar que o mesmo local, no futuro, possa virar sede de um estabelecimento concorrente, caso haja encerramento de contrato/parceria.

De olho numa renda extra, o casal de Brasília Gustavo Henrique Alves Rodrigues, de 43 anos, que trabalha como analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, de 40 anos, que atua como médica, decidiu por investir em uma franquia de açaí. Eles comentam que passaram um tempo pesquisando e o negócio começou a funcionar há cerca de dois meses, num contêiner, no espaço externo de uma academia.

As despesas tiveram de ser muito bem avaliadas, principalmente porque o casal, pela rotina nas respectivas carreiras, não consegue estar no local e precisa ter um funcionário para tocar o dia a dia. “A gente decidiu apostar em uma franquia justamente porque facilita a vida de quem tem outra profissão”, fala Gustavo.

Gustavo Henrique Alves Rodrigues, 43 anos, analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, 40 anos, médica, donos de um quiosque de açaí, no DF  Foto: Wilton Junior/Estadão

Os custos essenciais que eles têm com o negócio são royalties para a franqueadora, aluguel do espaço, internet, telefone, salário do funcionário, além de energia, água e contador, obrigatório para quem se encaixa como microempresa. O fato de ser uma franquia, porém, ajuda em relação à estrutura, já que a companhia, segundo eles, oferece suporte em várias frentes.

O tempo de retorno da quantia investida estimado é de cerca de dois anos.

Como ter um negócio e trabalhar sem local físico?

No caso de Gustavo e Ariane, que têm um quiosque de venda de um produto alimentício, o ponto físico é indispensável. Mas há casos em que é possível trabalhar sem ter que alugar um espaço específico para o empreendimento. Enio Pinto, do Sebrae, elencou, a pedido do Estadão, os principais pontos para se conseguir trabalhar em casa e utilizá-la como ponto físico, seja em imóvel próprio ou alugado.

  • É essencial que o espaço esteja separado do resto da residência. “Nós temos notícias de pessoas que vão comprar uma roupa dentro da casa de alguém e o cachorro da família morde”, ressalta o especialista do Sebrae;
  • O ideal é que exista uma entrada exclusiva, com linha telefônica separada;
  • Personalize o espaço para que não haja possibilidade de constrangimento quando o cliente for experimentar uma peça de roupa, por exemplo. “Não dá para a pessoa experimentar uma calça, numa casa de costureira ou sacoleira e um parente da empreendedora passar na hora”, diz Enio;
  • Se possível, é interessante que o empreendimento tenha espaço de estacionamento para o cliente.

Existe também a possibilidade de não precisar de um espaço físico apenas para o negócio. Enio ressalta que muitos empreendedores, principalmente os que trabalham com prestações de serviços, não precisam receber pessoas, vão necessitar apenas de celular e computador para ter o relacionamento com o público-alvo. Outro caminho pode ser visitar clientes, como são os casos de encanadores, eletricistas e manicures, por exemplo.

Uma das grandes “viradas de chave” para pequenos negócios é a adoção de um ponto físico. A mudança altera a relação cliente/produto por envolver questões como custo de aluguel e experiência do consumidor – essenciais para o funcionamento do empreendimento.

O Sebrae, por meio da pesquisa Pulso, fez a seguinte pergunta para empreendedores (MEIs e MPEs): Você paga aluguel do local onde funciona o seu negócio? Cerca de metade das pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que ficam em locações. Desse total, 60% são micro e pequenas empresas e o restante, Microempreendedor Individual (MEI).

O gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto, explica que o processo para começar a atuar em um local fora da própria casa é envolvido por vários fatores que precisam ser avaliados, sendo que o ideal é que exista uma estrutura - de negócio e financeira - mais consolidada.

Um dos primeiros pontos a se ter atenção na hora de encarar o espaço físico é o custo e o quanto isso pode afetar o preço do produto ou serviço que comercializa. “O pequeno empreendedor paga os custos da empresa com a venda das mercadorias. Isso pode fazer com que o preço fique menos competitivo, já que há mais coisas a serem repassadas ao consumidor final (como aluguel, luz, internet, entre outros)”, diz Enio.

Por isso, diz ele, é essencial que, ao iniciar o negócio em uma loja, o empreendedor passe a oferecer não somente o artigo que se propõe a vender, mas também uma experiência ao consumidor, para ter um diferencial e justificar a necessidade daquele ponto. Além da presença digital - que já era importante, mas tomou uma proporção ainda maior pós-pandemia -, é importante pensar no ponto físico como a embaixada da marca, ou seja, o local onde o cliente vai sentir a importância daquele local para a experiência de compra.

“Tem muito produto que tanto faz comprar online ou em local físico. Se eu compro um livro na internet ou em uma livraria, a mesma edição vai chegar. Mas quando o cliente vai até a embaixada da marca (neste caso, a livraria), a pessoa quer ter uma experiência que não acontece online.” Na livraria, diz Enio, pode-se conhecer pessoas, tomar café, comer algo, ver lançamento de livros infantis e até conhecer personalidades para divulgar alguma obra.

O mesmo vale para franquias. Para se ter uma ideia da importância do local físico para uma marca, quando um empreendedor vai comprar o direito por usar o nome de uma empresa, explica Enio, muitas vezes a companhia já entrega o próprio ponto junto para evitar que o mesmo local, no futuro, possa virar sede de um estabelecimento concorrente, caso haja encerramento de contrato/parceria.

De olho numa renda extra, o casal de Brasília Gustavo Henrique Alves Rodrigues, de 43 anos, que trabalha como analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, de 40 anos, que atua como médica, decidiu por investir em uma franquia de açaí. Eles comentam que passaram um tempo pesquisando e o negócio começou a funcionar há cerca de dois meses, num contêiner, no espaço externo de uma academia.

As despesas tiveram de ser muito bem avaliadas, principalmente porque o casal, pela rotina nas respectivas carreiras, não consegue estar no local e precisa ter um funcionário para tocar o dia a dia. “A gente decidiu apostar em uma franquia justamente porque facilita a vida de quem tem outra profissão”, fala Gustavo.

Gustavo Henrique Alves Rodrigues, 43 anos, analista de sistemas, e Ariane Silveira Lopes, 40 anos, médica, donos de um quiosque de açaí, no DF  Foto: Wilton Junior/Estadão

Os custos essenciais que eles têm com o negócio são royalties para a franqueadora, aluguel do espaço, internet, telefone, salário do funcionário, além de energia, água e contador, obrigatório para quem se encaixa como microempresa. O fato de ser uma franquia, porém, ajuda em relação à estrutura, já que a companhia, segundo eles, oferece suporte em várias frentes.

O tempo de retorno da quantia investida estimado é de cerca de dois anos.

Como ter um negócio e trabalhar sem local físico?

No caso de Gustavo e Ariane, que têm um quiosque de venda de um produto alimentício, o ponto físico é indispensável. Mas há casos em que é possível trabalhar sem ter que alugar um espaço específico para o empreendimento. Enio Pinto, do Sebrae, elencou, a pedido do Estadão, os principais pontos para se conseguir trabalhar em casa e utilizá-la como ponto físico, seja em imóvel próprio ou alugado.

  • É essencial que o espaço esteja separado do resto da residência. “Nós temos notícias de pessoas que vão comprar uma roupa dentro da casa de alguém e o cachorro da família morde”, ressalta o especialista do Sebrae;
  • O ideal é que exista uma entrada exclusiva, com linha telefônica separada;
  • Personalize o espaço para que não haja possibilidade de constrangimento quando o cliente for experimentar uma peça de roupa, por exemplo. “Não dá para a pessoa experimentar uma calça, numa casa de costureira ou sacoleira e um parente da empreendedora passar na hora”, diz Enio;
  • Se possível, é interessante que o empreendimento tenha espaço de estacionamento para o cliente.

Existe também a possibilidade de não precisar de um espaço físico apenas para o negócio. Enio ressalta que muitos empreendedores, principalmente os que trabalham com prestações de serviços, não precisam receber pessoas, vão necessitar apenas de celular e computador para ter o relacionamento com o público-alvo. Outro caminho pode ser visitar clientes, como são os casos de encanadores, eletricistas e manicures, por exemplo.

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