Empresa oferece presentes que só podem ser abertos com data e hora marcada e fatura R$ 1,2 mi


Surpresa Tem Hora surgiu na pandemia oferecendo uma forma diferente de presentear em meio às medidas de isolamento social

Por João Scheller

Logo no início da pandemia, as amigas Joyce Passos, 41, e Leni Kiyokawa, 40, tiveram suas fontes de renda congeladas por conta das medidas de restrição social adotadas à época e tiveram que buscar novas alternativas de trabalho. Passos atuava com o pai em uma empresa de utensílios de couro e Leni na imobiliária da família. Com o negócio fechado, Passos pensou em oferecer presentes personalizados, que pudessem ajudar as pessoas a se conectarem em meio à crise e à necessidade de distanciamento social.

Foi quando surgiu a ideia de criar caixas com presentes personalizados, que só poderiam ser abertas com data e hora marcada. Assim, o remetente podia criar uma surpresa única para quem recebesse a encomenda, tornando o momento mais especial e se diferenciando da impessoalidade do envio de presentes prontos.

“Tivemos a ideia de colocar data e hora e, com isso, criamos duas recordações: o presente em si e o momento de abrir”, afirma Passos. As caixas contam com lembranças como copos e canecas, cafés especiais, biscoitos, vinhos e o que mais for imaginado para agradar quem está sendo presenteado. As caixas levam um laço para mantê-las fechadas, mas também há a opção do uso de um cadeado, cujo segredo só é revelado no momento de se abrir o presente.

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Leni Kiyokawa (à esquerda) e Joyce Passos, fundadoras da Surpresa Tem Hora Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

O que começou como um projeto pontual das empreendedoras de Mogi das Cruzes, na grande São Paulo, se tornou uma empresa com alta demanda. No final do primeiro ano de funcionamento, a Surpresa Tem Hora já tinha mais de 1.300 pedidos.

“Quando a Joyce teve a ideia, era uma coisa despretensiosa, não imaginávamos o potencial que tinha”, diz Kiyokawa, que foi convidada pela amiga para participar do projeto.

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Quatro anos depois, foram mais de 40 mil caixas entregues, com um faturamento de R$ 1,2 milhão em 2023, um crescimento de 39% em relação ao ano anterior. Hoje as empreendedoras contam com mais três funcionários e parceiros, que permitem atender a pedidos de todo o Brasil.

Demanda por presentes corporativos cresceu

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Juntando a expertise de Passos na confecção de materiais em couro e o conhecimento de Kiyokawa sobre bordados, as amigas criaram os primeiros modelos de caixas para o Dia das Mães de 2020.

Ofereceram 15 caixas para amigos e conhecidos e perceberam que havia demanda para o produto criado. Em seguida, começaram a pensar em opções para outras datas comemorativas, como o Dia dos Namorados.

Nesse meio tempo, receberam a ligação de uma empresa de São Paulo, que havia conhecido o produto e gostaria de encomendar 250 caixas para um evento da companhia.

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“Fiquei até branca quando recebi a ligação”, relembra aos risos Kiyokawa, comentando que o volume do pedido representava mais do que toda a produção da empresa até aquele momento.

As empreendedoras se organizaram e conseguiram atender a demanda, utilizando parte do lucro para investir em equipamentos. Com isso, a empresa começou a atender pedidos maiores e passou a expandir sua clientela.

“Foi quando viramos a chave e percebemos que tínhamos capacidade para atender empresas”, afirma Passos. Atualmente, cerca de 95% das vendas da Surpresa Tem Hora são voltadas para clientes corporativos, apesar de continuar atendendo pessoas físicas.

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“Nunca imaginamos ser empreendedoras, foi algo que acabou acontecendo conosco. As pessoas que estavam ao nosso redor traziam essa segurança de que daria certo”, comenta Passos sobre o início da operação da empresa.

As caixas contam com lembranças como copos e canecas, cafés especiais, biscoitos e vinhos Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

Empresa se adaptou para atuar com a volta dos eventos presenciais

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A Surpresa Tem Hora surgiu em um momento de distanciamento social e grande parte da sua receita vinha da necessidade de as empresas continuarem com ações corporativas mesmo a distância.

Mas, com o retorno às atividades presenciais, parte da estratégia da empresa teve que mudar e a companhia passou a oferecer presentes que iam para além do modelo com data e hora.

“Pensamos de que forma poderíamos nos destacar, se não fizéssemos somente a caixa com data e hora. Foi então que criamos presentes personalizados ou mesmo para atender demandas pequenas. Começamos a pegar lacunas do mercado de brindes de eventos que as empresas não atendiam”, afirma Passos, destacando a personalização de cada peça e a curadoria feita para cada evento.

Com exceção das opções criados para venda em datas comemorativas para pessoas físicas, como Dia dos Namorados e Dia das Mães, a Surpresa Tem Hora não possui um catálogo de vendas. Cada empresa detalha o que busca passar com o presente e é feita uma reunião para definir o que pode ser oferecido.

A empresa já entregou mais de 40 mil caixas nos primeiros quatro anos de operação Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

Adaptação constante é essencial para as empresas, avalia consultor

Para o sócio e diretor da consultoria Prosphera Educação Corporativa, Haroldo Matsumoto, a diversificação do modelo de negócios das empresas, como a que ocorreu na Surpresa Tem Hora, deve acompanhar as necessidades das companhias e as oportunidades que surgem no mercado.

“É imprescindível que o empreendedor aproveite oportunidades de expandir o mix de produtos ou serviços”, aponta Matsumoto.

Mantendo atenção para a demanda do público e as oportunidades do mercado, o empreendedor pode expandir sua operação e ainda conquistar novos clientes que não utilizavam o produto inicial.

Ele destaca, porém, que é importante trabalhar o controle financeiro da empresa para entender quanto cada modelo de negócio consome do caixa e quanto gera de lucro.

A depender da importância do produto ou serviço, ele pode ser mantido ou até mesmo substituído. “Exceto se esse produto for estratégico, minha vitrine. Neste caso, pode ser melhor manter mesmo com prejuízo”, pontua Matsumoto.

Avaliação de clientes

Não há registros da empresa no site Reclame Aqui, tampouco avaliações da companhia no Google.

Logo no início da pandemia, as amigas Joyce Passos, 41, e Leni Kiyokawa, 40, tiveram suas fontes de renda congeladas por conta das medidas de restrição social adotadas à época e tiveram que buscar novas alternativas de trabalho. Passos atuava com o pai em uma empresa de utensílios de couro e Leni na imobiliária da família. Com o negócio fechado, Passos pensou em oferecer presentes personalizados, que pudessem ajudar as pessoas a se conectarem em meio à crise e à necessidade de distanciamento social.

Foi quando surgiu a ideia de criar caixas com presentes personalizados, que só poderiam ser abertas com data e hora marcada. Assim, o remetente podia criar uma surpresa única para quem recebesse a encomenda, tornando o momento mais especial e se diferenciando da impessoalidade do envio de presentes prontos.

“Tivemos a ideia de colocar data e hora e, com isso, criamos duas recordações: o presente em si e o momento de abrir”, afirma Passos. As caixas contam com lembranças como copos e canecas, cafés especiais, biscoitos, vinhos e o que mais for imaginado para agradar quem está sendo presenteado. As caixas levam um laço para mantê-las fechadas, mas também há a opção do uso de um cadeado, cujo segredo só é revelado no momento de se abrir o presente.

Leni Kiyokawa (à esquerda) e Joyce Passos, fundadoras da Surpresa Tem Hora Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

O que começou como um projeto pontual das empreendedoras de Mogi das Cruzes, na grande São Paulo, se tornou uma empresa com alta demanda. No final do primeiro ano de funcionamento, a Surpresa Tem Hora já tinha mais de 1.300 pedidos.

“Quando a Joyce teve a ideia, era uma coisa despretensiosa, não imaginávamos o potencial que tinha”, diz Kiyokawa, que foi convidada pela amiga para participar do projeto.

Quatro anos depois, foram mais de 40 mil caixas entregues, com um faturamento de R$ 1,2 milhão em 2023, um crescimento de 39% em relação ao ano anterior. Hoje as empreendedoras contam com mais três funcionários e parceiros, que permitem atender a pedidos de todo o Brasil.

Demanda por presentes corporativos cresceu

Juntando a expertise de Passos na confecção de materiais em couro e o conhecimento de Kiyokawa sobre bordados, as amigas criaram os primeiros modelos de caixas para o Dia das Mães de 2020.

Ofereceram 15 caixas para amigos e conhecidos e perceberam que havia demanda para o produto criado. Em seguida, começaram a pensar em opções para outras datas comemorativas, como o Dia dos Namorados.

Nesse meio tempo, receberam a ligação de uma empresa de São Paulo, que havia conhecido o produto e gostaria de encomendar 250 caixas para um evento da companhia.

“Fiquei até branca quando recebi a ligação”, relembra aos risos Kiyokawa, comentando que o volume do pedido representava mais do que toda a produção da empresa até aquele momento.

As empreendedoras se organizaram e conseguiram atender a demanda, utilizando parte do lucro para investir em equipamentos. Com isso, a empresa começou a atender pedidos maiores e passou a expandir sua clientela.

“Foi quando viramos a chave e percebemos que tínhamos capacidade para atender empresas”, afirma Passos. Atualmente, cerca de 95% das vendas da Surpresa Tem Hora são voltadas para clientes corporativos, apesar de continuar atendendo pessoas físicas.

“Nunca imaginamos ser empreendedoras, foi algo que acabou acontecendo conosco. As pessoas que estavam ao nosso redor traziam essa segurança de que daria certo”, comenta Passos sobre o início da operação da empresa.

As caixas contam com lembranças como copos e canecas, cafés especiais, biscoitos e vinhos Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

Empresa se adaptou para atuar com a volta dos eventos presenciais

A Surpresa Tem Hora surgiu em um momento de distanciamento social e grande parte da sua receita vinha da necessidade de as empresas continuarem com ações corporativas mesmo a distância.

Mas, com o retorno às atividades presenciais, parte da estratégia da empresa teve que mudar e a companhia passou a oferecer presentes que iam para além do modelo com data e hora.

“Pensamos de que forma poderíamos nos destacar, se não fizéssemos somente a caixa com data e hora. Foi então que criamos presentes personalizados ou mesmo para atender demandas pequenas. Começamos a pegar lacunas do mercado de brindes de eventos que as empresas não atendiam”, afirma Passos, destacando a personalização de cada peça e a curadoria feita para cada evento.

Com exceção das opções criados para venda em datas comemorativas para pessoas físicas, como Dia dos Namorados e Dia das Mães, a Surpresa Tem Hora não possui um catálogo de vendas. Cada empresa detalha o que busca passar com o presente e é feita uma reunião para definir o que pode ser oferecido.

A empresa já entregou mais de 40 mil caixas nos primeiros quatro anos de operação Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

Adaptação constante é essencial para as empresas, avalia consultor

Para o sócio e diretor da consultoria Prosphera Educação Corporativa, Haroldo Matsumoto, a diversificação do modelo de negócios das empresas, como a que ocorreu na Surpresa Tem Hora, deve acompanhar as necessidades das companhias e as oportunidades que surgem no mercado.

“É imprescindível que o empreendedor aproveite oportunidades de expandir o mix de produtos ou serviços”, aponta Matsumoto.

Mantendo atenção para a demanda do público e as oportunidades do mercado, o empreendedor pode expandir sua operação e ainda conquistar novos clientes que não utilizavam o produto inicial.

Ele destaca, porém, que é importante trabalhar o controle financeiro da empresa para entender quanto cada modelo de negócio consome do caixa e quanto gera de lucro.

A depender da importância do produto ou serviço, ele pode ser mantido ou até mesmo substituído. “Exceto se esse produto for estratégico, minha vitrine. Neste caso, pode ser melhor manter mesmo com prejuízo”, pontua Matsumoto.

Avaliação de clientes

Não há registros da empresa no site Reclame Aqui, tampouco avaliações da companhia no Google.

Logo no início da pandemia, as amigas Joyce Passos, 41, e Leni Kiyokawa, 40, tiveram suas fontes de renda congeladas por conta das medidas de restrição social adotadas à época e tiveram que buscar novas alternativas de trabalho. Passos atuava com o pai em uma empresa de utensílios de couro e Leni na imobiliária da família. Com o negócio fechado, Passos pensou em oferecer presentes personalizados, que pudessem ajudar as pessoas a se conectarem em meio à crise e à necessidade de distanciamento social.

Foi quando surgiu a ideia de criar caixas com presentes personalizados, que só poderiam ser abertas com data e hora marcada. Assim, o remetente podia criar uma surpresa única para quem recebesse a encomenda, tornando o momento mais especial e se diferenciando da impessoalidade do envio de presentes prontos.

“Tivemos a ideia de colocar data e hora e, com isso, criamos duas recordações: o presente em si e o momento de abrir”, afirma Passos. As caixas contam com lembranças como copos e canecas, cafés especiais, biscoitos, vinhos e o que mais for imaginado para agradar quem está sendo presenteado. As caixas levam um laço para mantê-las fechadas, mas também há a opção do uso de um cadeado, cujo segredo só é revelado no momento de se abrir o presente.

Leni Kiyokawa (à esquerda) e Joyce Passos, fundadoras da Surpresa Tem Hora Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

O que começou como um projeto pontual das empreendedoras de Mogi das Cruzes, na grande São Paulo, se tornou uma empresa com alta demanda. No final do primeiro ano de funcionamento, a Surpresa Tem Hora já tinha mais de 1.300 pedidos.

“Quando a Joyce teve a ideia, era uma coisa despretensiosa, não imaginávamos o potencial que tinha”, diz Kiyokawa, que foi convidada pela amiga para participar do projeto.

Quatro anos depois, foram mais de 40 mil caixas entregues, com um faturamento de R$ 1,2 milhão em 2023, um crescimento de 39% em relação ao ano anterior. Hoje as empreendedoras contam com mais três funcionários e parceiros, que permitem atender a pedidos de todo o Brasil.

Demanda por presentes corporativos cresceu

Juntando a expertise de Passos na confecção de materiais em couro e o conhecimento de Kiyokawa sobre bordados, as amigas criaram os primeiros modelos de caixas para o Dia das Mães de 2020.

Ofereceram 15 caixas para amigos e conhecidos e perceberam que havia demanda para o produto criado. Em seguida, começaram a pensar em opções para outras datas comemorativas, como o Dia dos Namorados.

Nesse meio tempo, receberam a ligação de uma empresa de São Paulo, que havia conhecido o produto e gostaria de encomendar 250 caixas para um evento da companhia.

“Fiquei até branca quando recebi a ligação”, relembra aos risos Kiyokawa, comentando que o volume do pedido representava mais do que toda a produção da empresa até aquele momento.

As empreendedoras se organizaram e conseguiram atender a demanda, utilizando parte do lucro para investir em equipamentos. Com isso, a empresa começou a atender pedidos maiores e passou a expandir sua clientela.

“Foi quando viramos a chave e percebemos que tínhamos capacidade para atender empresas”, afirma Passos. Atualmente, cerca de 95% das vendas da Surpresa Tem Hora são voltadas para clientes corporativos, apesar de continuar atendendo pessoas físicas.

“Nunca imaginamos ser empreendedoras, foi algo que acabou acontecendo conosco. As pessoas que estavam ao nosso redor traziam essa segurança de que daria certo”, comenta Passos sobre o início da operação da empresa.

As caixas contam com lembranças como copos e canecas, cafés especiais, biscoitos e vinhos Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

Empresa se adaptou para atuar com a volta dos eventos presenciais

A Surpresa Tem Hora surgiu em um momento de distanciamento social e grande parte da sua receita vinha da necessidade de as empresas continuarem com ações corporativas mesmo a distância.

Mas, com o retorno às atividades presenciais, parte da estratégia da empresa teve que mudar e a companhia passou a oferecer presentes que iam para além do modelo com data e hora.

“Pensamos de que forma poderíamos nos destacar, se não fizéssemos somente a caixa com data e hora. Foi então que criamos presentes personalizados ou mesmo para atender demandas pequenas. Começamos a pegar lacunas do mercado de brindes de eventos que as empresas não atendiam”, afirma Passos, destacando a personalização de cada peça e a curadoria feita para cada evento.

Com exceção das opções criados para venda em datas comemorativas para pessoas físicas, como Dia dos Namorados e Dia das Mães, a Surpresa Tem Hora não possui um catálogo de vendas. Cada empresa detalha o que busca passar com o presente e é feita uma reunião para definir o que pode ser oferecido.

A empresa já entregou mais de 40 mil caixas nos primeiros quatro anos de operação Foto: Surpresa Tem Hora/Divulgação

Adaptação constante é essencial para as empresas, avalia consultor

Para o sócio e diretor da consultoria Prosphera Educação Corporativa, Haroldo Matsumoto, a diversificação do modelo de negócios das empresas, como a que ocorreu na Surpresa Tem Hora, deve acompanhar as necessidades das companhias e as oportunidades que surgem no mercado.

“É imprescindível que o empreendedor aproveite oportunidades de expandir o mix de produtos ou serviços”, aponta Matsumoto.

Mantendo atenção para a demanda do público e as oportunidades do mercado, o empreendedor pode expandir sua operação e ainda conquistar novos clientes que não utilizavam o produto inicial.

Ele destaca, porém, que é importante trabalhar o controle financeiro da empresa para entender quanto cada modelo de negócio consome do caixa e quanto gera de lucro.

A depender da importância do produto ou serviço, ele pode ser mantido ou até mesmo substituído. “Exceto se esse produto for estratégico, minha vitrine. Neste caso, pode ser melhor manter mesmo com prejuízo”, pontua Matsumoto.

Avaliação de clientes

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