Ela deixou a enfermagem, usou indenização de acidente com carro e virou dona de 2 franquias


Cecília Barcelos comprou uma unidade da marca em que trabalhava como funcionária após crescer na estrutura da empresa - e sofrer um acidente de carro

Por Felipe Siqueira

A técnica de enfermagem Cecília Barcelos, 27 anos, precisou deixar a profissão em 2020, no auge da pandemia de covid-19, por ser de grupo de risco. “Sempre fui asmática.” Com isso, precisou buscar uma nova janela para se reinserir no mercado de trabalho.

Pegou uma vaga de freelancer por um tempo, como vendedora em loja de artesanato, mas queria algo com carteira assinada. Encontrou essa vaga em uma franqueadora focada em limpeza de estofados, após uma indicação.

Virou vendedora, cresceu na estrutura do negócio e, depois de oito meses, foi para o cargo de supervisora. Com o tempo, foi convidada para fazer parte da equipe de suporte ao franqueado.

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Após um acidente de carro, pegou o dinheiro do seguro e virou franqueada da marca em que trabalhava até então. E, recentemente, já adquiriu a segunda unidade. Confira a seguir a história dela.

A empreendedora Cecília Barcelos Foto: Hemanuelly Secotte/Divulgação

Pandemia atrapalhou carreira por causa da asma

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Nascida em Vitória (ES), Cecilia Barroso vem de uma família bem estruturada financeiramente. O pai é aposentado da indústria metalúrgica e a mãe, contadora.

O primeiro grande desafio em relação a dinheiro, porém, foi quando decidiu estudar medicina. Os pais não iam conseguir bancar um cursinho pré-vestibular, muito menos um curso particular na área. A opção foi fazer um curso técnico em enfermagem, para atender ao seu interesse pelo tema de saúde e bem-estar.

Formada em 2015, logo conseguiu vaga no mercado de trabalho da área de formação, mas, em 2020, com o início da pandemia de covid-19, as coisas mudaram um pouco de direção. Como ela tem asma, faz parte de um grupo de risco em relação ao vírus e teve que deixar a profissão um pouco de lado.

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Com a reabertura econômica acontecendo a passos lentos, precisou buscar emprego para se recolocar no mercado. E, àquela altura, procurava por vagas fora da sua formação acadêmica também. “Tinha conta para pagar”, comenta.

Emprego formal de vendedora

Conseguiu uma vaga como freelancer para uma loja de artesanatos. Mas ela queria algo mais fixo, com carteira assinada, para que tivesse um pouquinho mais de estabilidade.

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Após uma indicação, entrou como vendedora em uma unidade franqueada da Total Clean, empresa especializada em limpeza de estofados. Foi contratada e, por oito meses, ficou nesse cargo. Depois, foi trabalhar em uma unidade própria da marca.

Teve um certo destaque e foi promovida a supervisora do setor de vendas. Cinco meses depois, porém, uma nova mudança: foi para o setor de suporte aos franqueados - e aqui uma chave começou a ser virada.

Isso porque, dentro da rotina desse trabalho, ela tinha contato com o mundo do franchising diariamente - lidando com dúvidas e problemas de franqueados. Naquele momento, começou a entender, segundo ela, que a modalidade poderia ser interessante. “Vi que daria, sim, para ter resultados para mim.”

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Indenização por acidente de carro permitiu negócio

Ela já estava com a ideia de comprar uma franquia, mas ainda faltava capital. O planejamento ainda demoraria um pouco para sair do papel. Porém, um evento ruim acabou tornando-se o agente possibilitador do objetivo de Barcelos.

No final de 2022, ela sofreu um acidente de carro, sendo que o veículo teve perda total. Ela teve apenas ferimentos leves.

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Com o dinheiro do seguro em mãos, decidiu, em vez de comprar outro carro para uso pessoal, adquirir uma franquia da marca.

“E me arrependi de não ter entrado no mundo do empreendedorismo antes. Dá muita dor de cabeça, tem muito trabalho, mas também é muito legal.”

A primeira operação foi inaugurada em maio de 2023 e, depois de alguns perrengues, como um pedido de demissão de funcionário com menos de três meses de funcionamento, conseguiu colocar o negócio nos trilhos.

Ainda em uma curva de aprendizagem inicial nesse meio do empreendedorismo, ela conta que a maior dificuldade no começo foi separar as contas pessoais e as jurídicas - o CPF do CNPJ.

Já mostramos em nossa cobertura de PME a importância de o empreendedor, especialmente os que estão no início da jornada, conseguir separar as contas físicas e jurídicas.

Caso contrário, isso pode resultar até em falência, como já explicou a especialista do Sebrae-SP Leidiane Lima, em um material que abordamos como uma empresa pode quebrar mesmo com alto faturamento.

Em fevereiro deste ano, Barcelos comprou a segunda unidade, que deve ser colocada em operação até maio.

Uma curiosidade é que, embora seja natural do Espírito Santo, ambos os negócios estão localizados no interior de São Paulo - Araçatuba e Lins. Barcelos explica que essa decisão é baseada em oportunidades de mercado. “Tem muito espaço para crescer por lá.”

E, mesmo iniciando no empreendedorismo, ela ainda se mantém no cargo de líder de suporte aos franqueados na marca.

De acordo com o vice-presidente de consultoria da 300 Ecossistema de Alto Impacto, Lucien Newton, manter uma posição na franqueadora e atuar também como franqueada é uma prática que tem se tornado cada vez mais comum.

O maior desafio, porém, é separar os papéis. “A lei permite. Só que é necessário haver muita maturidade para não confundir as coisas. É uma tendência no franchising moderno, mas não é tão fácil de se fazer”, conclui.

A técnica de enfermagem Cecília Barcelos, 27 anos, precisou deixar a profissão em 2020, no auge da pandemia de covid-19, por ser de grupo de risco. “Sempre fui asmática.” Com isso, precisou buscar uma nova janela para se reinserir no mercado de trabalho.

Pegou uma vaga de freelancer por um tempo, como vendedora em loja de artesanato, mas queria algo com carteira assinada. Encontrou essa vaga em uma franqueadora focada em limpeza de estofados, após uma indicação.

Virou vendedora, cresceu na estrutura do negócio e, depois de oito meses, foi para o cargo de supervisora. Com o tempo, foi convidada para fazer parte da equipe de suporte ao franqueado.

Após um acidente de carro, pegou o dinheiro do seguro e virou franqueada da marca em que trabalhava até então. E, recentemente, já adquiriu a segunda unidade. Confira a seguir a história dela.

A empreendedora Cecília Barcelos Foto: Hemanuelly Secotte/Divulgação

Pandemia atrapalhou carreira por causa da asma

Nascida em Vitória (ES), Cecilia Barroso vem de uma família bem estruturada financeiramente. O pai é aposentado da indústria metalúrgica e a mãe, contadora.

O primeiro grande desafio em relação a dinheiro, porém, foi quando decidiu estudar medicina. Os pais não iam conseguir bancar um cursinho pré-vestibular, muito menos um curso particular na área. A opção foi fazer um curso técnico em enfermagem, para atender ao seu interesse pelo tema de saúde e bem-estar.

Formada em 2015, logo conseguiu vaga no mercado de trabalho da área de formação, mas, em 2020, com o início da pandemia de covid-19, as coisas mudaram um pouco de direção. Como ela tem asma, faz parte de um grupo de risco em relação ao vírus e teve que deixar a profissão um pouco de lado.

Com a reabertura econômica acontecendo a passos lentos, precisou buscar emprego para se recolocar no mercado. E, àquela altura, procurava por vagas fora da sua formação acadêmica também. “Tinha conta para pagar”, comenta.

Emprego formal de vendedora

Conseguiu uma vaga como freelancer para uma loja de artesanatos. Mas ela queria algo mais fixo, com carteira assinada, para que tivesse um pouquinho mais de estabilidade.

Após uma indicação, entrou como vendedora em uma unidade franqueada da Total Clean, empresa especializada em limpeza de estofados. Foi contratada e, por oito meses, ficou nesse cargo. Depois, foi trabalhar em uma unidade própria da marca.

Teve um certo destaque e foi promovida a supervisora do setor de vendas. Cinco meses depois, porém, uma nova mudança: foi para o setor de suporte aos franqueados - e aqui uma chave começou a ser virada.

Isso porque, dentro da rotina desse trabalho, ela tinha contato com o mundo do franchising diariamente - lidando com dúvidas e problemas de franqueados. Naquele momento, começou a entender, segundo ela, que a modalidade poderia ser interessante. “Vi que daria, sim, para ter resultados para mim.”

Indenização por acidente de carro permitiu negócio

Ela já estava com a ideia de comprar uma franquia, mas ainda faltava capital. O planejamento ainda demoraria um pouco para sair do papel. Porém, um evento ruim acabou tornando-se o agente possibilitador do objetivo de Barcelos.

No final de 2022, ela sofreu um acidente de carro, sendo que o veículo teve perda total. Ela teve apenas ferimentos leves.

Com o dinheiro do seguro em mãos, decidiu, em vez de comprar outro carro para uso pessoal, adquirir uma franquia da marca.

“E me arrependi de não ter entrado no mundo do empreendedorismo antes. Dá muita dor de cabeça, tem muito trabalho, mas também é muito legal.”

A primeira operação foi inaugurada em maio de 2023 e, depois de alguns perrengues, como um pedido de demissão de funcionário com menos de três meses de funcionamento, conseguiu colocar o negócio nos trilhos.

Ainda em uma curva de aprendizagem inicial nesse meio do empreendedorismo, ela conta que a maior dificuldade no começo foi separar as contas pessoais e as jurídicas - o CPF do CNPJ.

Já mostramos em nossa cobertura de PME a importância de o empreendedor, especialmente os que estão no início da jornada, conseguir separar as contas físicas e jurídicas.

Caso contrário, isso pode resultar até em falência, como já explicou a especialista do Sebrae-SP Leidiane Lima, em um material que abordamos como uma empresa pode quebrar mesmo com alto faturamento.

Em fevereiro deste ano, Barcelos comprou a segunda unidade, que deve ser colocada em operação até maio.

Uma curiosidade é que, embora seja natural do Espírito Santo, ambos os negócios estão localizados no interior de São Paulo - Araçatuba e Lins. Barcelos explica que essa decisão é baseada em oportunidades de mercado. “Tem muito espaço para crescer por lá.”

E, mesmo iniciando no empreendedorismo, ela ainda se mantém no cargo de líder de suporte aos franqueados na marca.

De acordo com o vice-presidente de consultoria da 300 Ecossistema de Alto Impacto, Lucien Newton, manter uma posição na franqueadora e atuar também como franqueada é uma prática que tem se tornado cada vez mais comum.

O maior desafio, porém, é separar os papéis. “A lei permite. Só que é necessário haver muita maturidade para não confundir as coisas. É uma tendência no franchising moderno, mas não é tão fácil de se fazer”, conclui.

A técnica de enfermagem Cecília Barcelos, 27 anos, precisou deixar a profissão em 2020, no auge da pandemia de covid-19, por ser de grupo de risco. “Sempre fui asmática.” Com isso, precisou buscar uma nova janela para se reinserir no mercado de trabalho.

Pegou uma vaga de freelancer por um tempo, como vendedora em loja de artesanato, mas queria algo com carteira assinada. Encontrou essa vaga em uma franqueadora focada em limpeza de estofados, após uma indicação.

Virou vendedora, cresceu na estrutura do negócio e, depois de oito meses, foi para o cargo de supervisora. Com o tempo, foi convidada para fazer parte da equipe de suporte ao franqueado.

Após um acidente de carro, pegou o dinheiro do seguro e virou franqueada da marca em que trabalhava até então. E, recentemente, já adquiriu a segunda unidade. Confira a seguir a história dela.

A empreendedora Cecília Barcelos Foto: Hemanuelly Secotte/Divulgação

Pandemia atrapalhou carreira por causa da asma

Nascida em Vitória (ES), Cecilia Barroso vem de uma família bem estruturada financeiramente. O pai é aposentado da indústria metalúrgica e a mãe, contadora.

O primeiro grande desafio em relação a dinheiro, porém, foi quando decidiu estudar medicina. Os pais não iam conseguir bancar um cursinho pré-vestibular, muito menos um curso particular na área. A opção foi fazer um curso técnico em enfermagem, para atender ao seu interesse pelo tema de saúde e bem-estar.

Formada em 2015, logo conseguiu vaga no mercado de trabalho da área de formação, mas, em 2020, com o início da pandemia de covid-19, as coisas mudaram um pouco de direção. Como ela tem asma, faz parte de um grupo de risco em relação ao vírus e teve que deixar a profissão um pouco de lado.

Com a reabertura econômica acontecendo a passos lentos, precisou buscar emprego para se recolocar no mercado. E, àquela altura, procurava por vagas fora da sua formação acadêmica também. “Tinha conta para pagar”, comenta.

Emprego formal de vendedora

Conseguiu uma vaga como freelancer para uma loja de artesanatos. Mas ela queria algo mais fixo, com carteira assinada, para que tivesse um pouquinho mais de estabilidade.

Após uma indicação, entrou como vendedora em uma unidade franqueada da Total Clean, empresa especializada em limpeza de estofados. Foi contratada e, por oito meses, ficou nesse cargo. Depois, foi trabalhar em uma unidade própria da marca.

Teve um certo destaque e foi promovida a supervisora do setor de vendas. Cinco meses depois, porém, uma nova mudança: foi para o setor de suporte aos franqueados - e aqui uma chave começou a ser virada.

Isso porque, dentro da rotina desse trabalho, ela tinha contato com o mundo do franchising diariamente - lidando com dúvidas e problemas de franqueados. Naquele momento, começou a entender, segundo ela, que a modalidade poderia ser interessante. “Vi que daria, sim, para ter resultados para mim.”

Indenização por acidente de carro permitiu negócio

Ela já estava com a ideia de comprar uma franquia, mas ainda faltava capital. O planejamento ainda demoraria um pouco para sair do papel. Porém, um evento ruim acabou tornando-se o agente possibilitador do objetivo de Barcelos.

No final de 2022, ela sofreu um acidente de carro, sendo que o veículo teve perda total. Ela teve apenas ferimentos leves.

Com o dinheiro do seguro em mãos, decidiu, em vez de comprar outro carro para uso pessoal, adquirir uma franquia da marca.

“E me arrependi de não ter entrado no mundo do empreendedorismo antes. Dá muita dor de cabeça, tem muito trabalho, mas também é muito legal.”

A primeira operação foi inaugurada em maio de 2023 e, depois de alguns perrengues, como um pedido de demissão de funcionário com menos de três meses de funcionamento, conseguiu colocar o negócio nos trilhos.

Ainda em uma curva de aprendizagem inicial nesse meio do empreendedorismo, ela conta que a maior dificuldade no começo foi separar as contas pessoais e as jurídicas - o CPF do CNPJ.

Já mostramos em nossa cobertura de PME a importância de o empreendedor, especialmente os que estão no início da jornada, conseguir separar as contas físicas e jurídicas.

Caso contrário, isso pode resultar até em falência, como já explicou a especialista do Sebrae-SP Leidiane Lima, em um material que abordamos como uma empresa pode quebrar mesmo com alto faturamento.

Em fevereiro deste ano, Barcelos comprou a segunda unidade, que deve ser colocada em operação até maio.

Uma curiosidade é que, embora seja natural do Espírito Santo, ambos os negócios estão localizados no interior de São Paulo - Araçatuba e Lins. Barcelos explica que essa decisão é baseada em oportunidades de mercado. “Tem muito espaço para crescer por lá.”

E, mesmo iniciando no empreendedorismo, ela ainda se mantém no cargo de líder de suporte aos franqueados na marca.

De acordo com o vice-presidente de consultoria da 300 Ecossistema de Alto Impacto, Lucien Newton, manter uma posição na franqueadora e atuar também como franqueada é uma prática que tem se tornado cada vez mais comum.

O maior desafio, porém, é separar os papéis. “A lei permite. Só que é necessário haver muita maturidade para não confundir as coisas. É uma tendência no franchising moderno, mas não é tão fácil de se fazer”, conclui.

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