Lixo vira dinheiro na mão de pequenas empresas e startups


Logística reversa de recicláveis para empresas e condomínios é foco de negócios como TrashIn, Minha Coleta e Greenhub; Brasil recicla só 3% do lixo e perde R$ 14 bilhões por ano

Por Marcos Leandro

O Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de lixo por ano, porém apenas 3% desses resíduos vão para a reciclagem. Segundo Carlos Silva Filho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), uma série de fatores justificam esses números tão baixos, como carência de engajamento da população, deficiência na infraestrutura, uso de materiais que não são recicláveis e também falta de incentivos econômicos e tributários por parte do Estado. No entanto, nesse cenário complicado, pequenas empresas encontram oportunidade para fazer dinheiro ao mesmo tempo em que ajudam na destinação correta desses resíduos. 

Um desses exemplos é a TrashIn. A startup foi fundada pelos primos Sérgio Finger e Gustavo Finger em 2018, porém a ideia nasceu um pouco antes. Em 2012, os dois eram sócios de uma agência de marketing digital e resolveram participar de um concurso em um festival internacional de webdesign. Com a idealização da empresa de logística reversa, eles foram finalistas da competição. Aquela premiação ficou martelando na cabeça deles até que, seis anos depois, decidiram dar início à primeira incubação da TrashIn.

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“Foi em 2018 que surgiu um edital de pré-incubação no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, onde colocamos nossa ideia para validar e entender como funcionava o mercado de startups e de inovação”, conta Sérgio. Eles também participaram da InovAtiva Brasil, maior programa de aceleração da América Latina, e conseguiram o primeiro aporte da aceleradora de startups Ventiur. E não demorou muito tempo para que a empresa tomasse forma e começasse a gerar resultados.

Sóciosda TrashIn, da esquerda para a direita: Sérgio Finger, Gustavo Finger, Renan Vargas e Rafael Dutra. Foto: Carlos Macedo.

“Nosso empreendimento ganhou força e em três meses já tínhamos os primeiros clientes interessados. Começamos atuando com recicláveis e com um público formado por moradores de condomínios residenciais.” Sérgio explica que, no início, as principais dificuldades foram a aceitação da ideia por parte dos clientes e a comparação do serviço com a coleta feita pelo setor público, além de questões legais. “Nós tínhamos algo a nosso favor: o foco em inovação e gestão e a questão do impacto social, conectado com cooperativas.”

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A TrashIn é uma empresa que realiza a gestão completa dos resíduos, além de projetos de logística reversa e transformação do lixo. “Atuamos desde a educação sobre a correta separação e acondicionamento dos resíduos até a coleta e destinação adequada dos mais diversos tipos de materiais.”

Os clientes vão desde pequenos escritórios, escolas, shoppings e Prefeituras a grandes empresas, como Itaú, Unilever e Unimed. No momento, a startup atua nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, mas consegue atender interessados de qualquer lugar do País.

Além da coleta, a TrashIn oferece ações de orientação, como confecção e distribuição de materiais informativos, promoção de palestras educativas e conteúdos online. Os resíduos que são coletados recebem a destinação correta e são reutilizados sempre que possível, a fim de que seja extraído o máximo de valor possível. 

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De acordo com a Abrelpe, o País perde cerca de R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem. “Esse cálculo é feito em cima da quantidade de resíduos que são depositados nos lixões, que poderiam ser vendidos no mercado para virar matéria-prima para outros processos e movimentariam mais dinheiro”, explica Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe.

Déficit da coletiva seletiva

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A baixa quantidade de resíduos reciclados no País serviu de motivação para a criação da Minha Coleta, plataforma de logística reversa. “O projeto nasceu em 2017 com o objetivo de ser o elo que faltava para a coleta seletiva funcionar. Nós tivemos essa ideia por causa de um concurso do Sebrae e conseguimos ficar bem classificados. Na época, tínhamos uma outra startup, mas, depois de identificar o tamanho do problema do mercado, decidimos nos aprofundar e tirar essa empresa do papel”, conta Eduardo Nascimento, CEO da Minha Coleta e cofundador junto com outros quatro sócios.

 Com sede em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Minha Coleta atende condomínios residenciais. “Nossa plataforma garante a gestão dos resíduos, mas não apenas os de coleta seletiva, como também outros materiais, como bipa (bituca) de cigarro, além disso realizamos limpeza de fossa, levamos caixa de gordura para uma estação de tratamento em Cachoeiras de Macacu (RJ) que faz o reúso, e também temos soluções para seringas e remédios. Então, nós garantimos a gestão de todo tipo de resíduo e resolvemos a vida do síndico.”

Em parceria com a plataforma, depósitos de reciclagem e cooperativas fazem o trabalho de recolhimento dos resíduos. Esse serviço é feito por ex-catadores e pessoas que estão em situação de vulnerabilidade econômica, como forma de garantir uma maior renda para essa população. Durante o processo, o sistema da Minha Coleta é utilizado para fazer as rotas de coleta e para controlar o estoque de materiais. 

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A TrashIn realiza a gestão completa dos resíduos, além de projetos de logística reversa e transformação do lixo. Foto: Carlos Macedo

Para finalizar, os parceiros comercializam os resíduos e registram a nota fiscal na plataforma, o que gera créditos de logística reversa - que servem para as empresas como comprovante de que certos resíduos tiveram destinação final ambientalmente adequada.

Mais lixo doméstico na pandemia

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Por conta das medidas restritivas da pandemia, a Abrelpe estima que houve um aumento de 10% a 15% na produção de lixo doméstico. Segundo Vitor Yuki, sócio do Greenhub, empresa que desenvolve projetos de gestão de resíduos e coleta seletiva, nesse período cresceu a demanda de condomínios residenciais em busca de serviços de logística reversa.

“Porém, perdemos muitos projetos em empresas e prédios comerciais, além dos eventos em que também atuamos”, explica. Criada em 2009, a iniciativa surgiu após a demanda pelo serviço por parte de um evento no Anhembi, em São Paulo.

“O evento teve um problema com os resíduos gerados, e nos acionaram de última hora perguntando se poderíamos recolher o lixo pois o fornecedor contratado não o faria. Conseguimos mobilizar em poucas horas uma cooperativa de reciclagem e uma equipe para separar todos os resíduos recicláveis, retirando a tempo todo o lixo gerado pelo evento. A partir daí, surgiu o Greenhub”, lembra. 

Atualmente, a empresa atua em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, além de ter projetos na Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. 

O Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de lixo por ano, porém apenas 3% desses resíduos vão para a reciclagem. Segundo Carlos Silva Filho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), uma série de fatores justificam esses números tão baixos, como carência de engajamento da população, deficiência na infraestrutura, uso de materiais que não são recicláveis e também falta de incentivos econômicos e tributários por parte do Estado. No entanto, nesse cenário complicado, pequenas empresas encontram oportunidade para fazer dinheiro ao mesmo tempo em que ajudam na destinação correta desses resíduos. 

Um desses exemplos é a TrashIn. A startup foi fundada pelos primos Sérgio Finger e Gustavo Finger em 2018, porém a ideia nasceu um pouco antes. Em 2012, os dois eram sócios de uma agência de marketing digital e resolveram participar de um concurso em um festival internacional de webdesign. Com a idealização da empresa de logística reversa, eles foram finalistas da competição. Aquela premiação ficou martelando na cabeça deles até que, seis anos depois, decidiram dar início à primeira incubação da TrashIn.

“Foi em 2018 que surgiu um edital de pré-incubação no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, onde colocamos nossa ideia para validar e entender como funcionava o mercado de startups e de inovação”, conta Sérgio. Eles também participaram da InovAtiva Brasil, maior programa de aceleração da América Latina, e conseguiram o primeiro aporte da aceleradora de startups Ventiur. E não demorou muito tempo para que a empresa tomasse forma e começasse a gerar resultados.

Sóciosda TrashIn, da esquerda para a direita: Sérgio Finger, Gustavo Finger, Renan Vargas e Rafael Dutra. Foto: Carlos Macedo.

“Nosso empreendimento ganhou força e em três meses já tínhamos os primeiros clientes interessados. Começamos atuando com recicláveis e com um público formado por moradores de condomínios residenciais.” Sérgio explica que, no início, as principais dificuldades foram a aceitação da ideia por parte dos clientes e a comparação do serviço com a coleta feita pelo setor público, além de questões legais. “Nós tínhamos algo a nosso favor: o foco em inovação e gestão e a questão do impacto social, conectado com cooperativas.”

A TrashIn é uma empresa que realiza a gestão completa dos resíduos, além de projetos de logística reversa e transformação do lixo. “Atuamos desde a educação sobre a correta separação e acondicionamento dos resíduos até a coleta e destinação adequada dos mais diversos tipos de materiais.”

Os clientes vão desde pequenos escritórios, escolas, shoppings e Prefeituras a grandes empresas, como Itaú, Unilever e Unimed. No momento, a startup atua nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, mas consegue atender interessados de qualquer lugar do País.

Além da coleta, a TrashIn oferece ações de orientação, como confecção e distribuição de materiais informativos, promoção de palestras educativas e conteúdos online. Os resíduos que são coletados recebem a destinação correta e são reutilizados sempre que possível, a fim de que seja extraído o máximo de valor possível. 

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De acordo com a Abrelpe, o País perde cerca de R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem. “Esse cálculo é feito em cima da quantidade de resíduos que são depositados nos lixões, que poderiam ser vendidos no mercado para virar matéria-prima para outros processos e movimentariam mais dinheiro”, explica Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe.

Déficit da coletiva seletiva

A baixa quantidade de resíduos reciclados no País serviu de motivação para a criação da Minha Coleta, plataforma de logística reversa. “O projeto nasceu em 2017 com o objetivo de ser o elo que faltava para a coleta seletiva funcionar. Nós tivemos essa ideia por causa de um concurso do Sebrae e conseguimos ficar bem classificados. Na época, tínhamos uma outra startup, mas, depois de identificar o tamanho do problema do mercado, decidimos nos aprofundar e tirar essa empresa do papel”, conta Eduardo Nascimento, CEO da Minha Coleta e cofundador junto com outros quatro sócios.

 Com sede em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Minha Coleta atende condomínios residenciais. “Nossa plataforma garante a gestão dos resíduos, mas não apenas os de coleta seletiva, como também outros materiais, como bipa (bituca) de cigarro, além disso realizamos limpeza de fossa, levamos caixa de gordura para uma estação de tratamento em Cachoeiras de Macacu (RJ) que faz o reúso, e também temos soluções para seringas e remédios. Então, nós garantimos a gestão de todo tipo de resíduo e resolvemos a vida do síndico.”

Em parceria com a plataforma, depósitos de reciclagem e cooperativas fazem o trabalho de recolhimento dos resíduos. Esse serviço é feito por ex-catadores e pessoas que estão em situação de vulnerabilidade econômica, como forma de garantir uma maior renda para essa população. Durante o processo, o sistema da Minha Coleta é utilizado para fazer as rotas de coleta e para controlar o estoque de materiais. 

A TrashIn realiza a gestão completa dos resíduos, além de projetos de logística reversa e transformação do lixo. Foto: Carlos Macedo

Para finalizar, os parceiros comercializam os resíduos e registram a nota fiscal na plataforma, o que gera créditos de logística reversa - que servem para as empresas como comprovante de que certos resíduos tiveram destinação final ambientalmente adequada.

Mais lixo doméstico na pandemia

Por conta das medidas restritivas da pandemia, a Abrelpe estima que houve um aumento de 10% a 15% na produção de lixo doméstico. Segundo Vitor Yuki, sócio do Greenhub, empresa que desenvolve projetos de gestão de resíduos e coleta seletiva, nesse período cresceu a demanda de condomínios residenciais em busca de serviços de logística reversa.

“Porém, perdemos muitos projetos em empresas e prédios comerciais, além dos eventos em que também atuamos”, explica. Criada em 2009, a iniciativa surgiu após a demanda pelo serviço por parte de um evento no Anhembi, em São Paulo.

“O evento teve um problema com os resíduos gerados, e nos acionaram de última hora perguntando se poderíamos recolher o lixo pois o fornecedor contratado não o faria. Conseguimos mobilizar em poucas horas uma cooperativa de reciclagem e uma equipe para separar todos os resíduos recicláveis, retirando a tempo todo o lixo gerado pelo evento. A partir daí, surgiu o Greenhub”, lembra. 

Atualmente, a empresa atua em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, além de ter projetos na Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. 

O Brasil produz cerca de 80 milhões de toneladas de lixo por ano, porém apenas 3% desses resíduos vão para a reciclagem. Segundo Carlos Silva Filho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), uma série de fatores justificam esses números tão baixos, como carência de engajamento da população, deficiência na infraestrutura, uso de materiais que não são recicláveis e também falta de incentivos econômicos e tributários por parte do Estado. No entanto, nesse cenário complicado, pequenas empresas encontram oportunidade para fazer dinheiro ao mesmo tempo em que ajudam na destinação correta desses resíduos. 

Um desses exemplos é a TrashIn. A startup foi fundada pelos primos Sérgio Finger e Gustavo Finger em 2018, porém a ideia nasceu um pouco antes. Em 2012, os dois eram sócios de uma agência de marketing digital e resolveram participar de um concurso em um festival internacional de webdesign. Com a idealização da empresa de logística reversa, eles foram finalistas da competição. Aquela premiação ficou martelando na cabeça deles até que, seis anos depois, decidiram dar início à primeira incubação da TrashIn.

“Foi em 2018 que surgiu um edital de pré-incubação no Instituto Federal do Rio Grande do Sul, onde colocamos nossa ideia para validar e entender como funcionava o mercado de startups e de inovação”, conta Sérgio. Eles também participaram da InovAtiva Brasil, maior programa de aceleração da América Latina, e conseguiram o primeiro aporte da aceleradora de startups Ventiur. E não demorou muito tempo para que a empresa tomasse forma e começasse a gerar resultados.

Sóciosda TrashIn, da esquerda para a direita: Sérgio Finger, Gustavo Finger, Renan Vargas e Rafael Dutra. Foto: Carlos Macedo.

“Nosso empreendimento ganhou força e em três meses já tínhamos os primeiros clientes interessados. Começamos atuando com recicláveis e com um público formado por moradores de condomínios residenciais.” Sérgio explica que, no início, as principais dificuldades foram a aceitação da ideia por parte dos clientes e a comparação do serviço com a coleta feita pelo setor público, além de questões legais. “Nós tínhamos algo a nosso favor: o foco em inovação e gestão e a questão do impacto social, conectado com cooperativas.”

A TrashIn é uma empresa que realiza a gestão completa dos resíduos, além de projetos de logística reversa e transformação do lixo. “Atuamos desde a educação sobre a correta separação e acondicionamento dos resíduos até a coleta e destinação adequada dos mais diversos tipos de materiais.”

Os clientes vão desde pequenos escritórios, escolas, shoppings e Prefeituras a grandes empresas, como Itaú, Unilever e Unimed. No momento, a startup atua nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, mas consegue atender interessados de qualquer lugar do País.

Além da coleta, a TrashIn oferece ações de orientação, como confecção e distribuição de materiais informativos, promoção de palestras educativas e conteúdos online. Os resíduos que são coletados recebem a destinação correta e são reutilizados sempre que possível, a fim de que seja extraído o máximo de valor possível. 

  • Quer debater assuntos de Carreira e Empreendedorismo? Entre para o nosso grupo no Telegram pelo link ou digite @gruposuacarreira na barra de pesquisa do aplicativo. Se quiser apenas receber notícias, participe da nossa lista de distribuição por esse link ou digite @canalsuacarreira na barra de pesquisa. 

De acordo com a Abrelpe, o País perde cerca de R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem. “Esse cálculo é feito em cima da quantidade de resíduos que são depositados nos lixões, que poderiam ser vendidos no mercado para virar matéria-prima para outros processos e movimentariam mais dinheiro”, explica Carlos Silva Filho, presidente da Abrelpe.

Déficit da coletiva seletiva

A baixa quantidade de resíduos reciclados no País serviu de motivação para a criação da Minha Coleta, plataforma de logística reversa. “O projeto nasceu em 2017 com o objetivo de ser o elo que faltava para a coleta seletiva funcionar. Nós tivemos essa ideia por causa de um concurso do Sebrae e conseguimos ficar bem classificados. Na época, tínhamos uma outra startup, mas, depois de identificar o tamanho do problema do mercado, decidimos nos aprofundar e tirar essa empresa do papel”, conta Eduardo Nascimento, CEO da Minha Coleta e cofundador junto com outros quatro sócios.

 Com sede em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Minha Coleta atende condomínios residenciais. “Nossa plataforma garante a gestão dos resíduos, mas não apenas os de coleta seletiva, como também outros materiais, como bipa (bituca) de cigarro, além disso realizamos limpeza de fossa, levamos caixa de gordura para uma estação de tratamento em Cachoeiras de Macacu (RJ) que faz o reúso, e também temos soluções para seringas e remédios. Então, nós garantimos a gestão de todo tipo de resíduo e resolvemos a vida do síndico.”

Em parceria com a plataforma, depósitos de reciclagem e cooperativas fazem o trabalho de recolhimento dos resíduos. Esse serviço é feito por ex-catadores e pessoas que estão em situação de vulnerabilidade econômica, como forma de garantir uma maior renda para essa população. Durante o processo, o sistema da Minha Coleta é utilizado para fazer as rotas de coleta e para controlar o estoque de materiais. 

A TrashIn realiza a gestão completa dos resíduos, além de projetos de logística reversa e transformação do lixo. Foto: Carlos Macedo

Para finalizar, os parceiros comercializam os resíduos e registram a nota fiscal na plataforma, o que gera créditos de logística reversa - que servem para as empresas como comprovante de que certos resíduos tiveram destinação final ambientalmente adequada.

Mais lixo doméstico na pandemia

Por conta das medidas restritivas da pandemia, a Abrelpe estima que houve um aumento de 10% a 15% na produção de lixo doméstico. Segundo Vitor Yuki, sócio do Greenhub, empresa que desenvolve projetos de gestão de resíduos e coleta seletiva, nesse período cresceu a demanda de condomínios residenciais em busca de serviços de logística reversa.

“Porém, perdemos muitos projetos em empresas e prédios comerciais, além dos eventos em que também atuamos”, explica. Criada em 2009, a iniciativa surgiu após a demanda pelo serviço por parte de um evento no Anhembi, em São Paulo.

“O evento teve um problema com os resíduos gerados, e nos acionaram de última hora perguntando se poderíamos recolher o lixo pois o fornecedor contratado não o faria. Conseguimos mobilizar em poucas horas uma cooperativa de reciclagem e uma equipe para separar todos os resíduos recicláveis, retirando a tempo todo o lixo gerado pelo evento. A partir daí, surgiu o Greenhub”, lembra. 

Atualmente, a empresa atua em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, além de ter projetos na Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. 

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