Marketplace de itens para bicicletas cresce 223% na pandemia


A Semexe, que funciona como um shopping de produtos usados para ciclistas, planejava fazer cortes por causa da crise causada pelo coronavírus, mas viu vendas crescerem

Por Mariana Hallal

A Semexe, site de compra e venda de bicicletas e acessórios para ciclistas, viu seu faturamento crescer 223% entre março e maio deste ano. No mesmo período, o tráfego orgânico do site dobrou. Segundo os donos da startup, a pandemia fez os clientes buscarem seus produtos como forma de fugir do transporte público e praticar exercícios físicos de forma mais segura.

Para o cofundador da empresa Gabriel Novais, o crescimento foi uma grande surpresa. “Estávamos preparados para fazer cortes (na empresa) e passar por um período de turbulência, mas foi o contrário”, conta. A startup foi fundada em janeiro de 2019 e já soma R$ 3 milhões em vendas. Somente em maio deste ano, realizou vendas no total de R$ 535 mil - o dobro do mês de abril.

O foco da empresa são produtos usados, que representam cerca de 85% das vendas. O site, que tem R$ 27 milhões em itens cadastrados, funciona como um marketplace para ciclistas. O usuário interessado em vender algum produto (que não necessariamente precisa ser uma pessoa jurídica) preenche um cadastro e cria sua loja dentro da plataforma. A entrega é de responsabilidade do vendedor, que paga 15% de comissão sobre o valor do produto para a Semexe.

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O crescimento da empresa trouxe a necessidade de aumentar o quadro de funcionários, que hoje conta com 12 pessoas. Foto: Foto: Itamar Fasanella

Um dos itens que puxaram o crescimento da startup foi o rolo de treino. O acessório mantém a bicicleta fixa e permite que o ciclista pedale dentro de casa. O equipamento é vendido a partir de R$ 500 e é uma alternativa encontrada por quem não quer deixar de se exercitar durante o período de isolamento social.

A busca pelo rolo foi tão grande que o produto esgotou e chegou a ter mais de 70 clientes na lista de espera. Vendo o interesse dos compradores por produtos que possam ser usados dentro de casa, a empresa começou a trabalhar com o aluguel de bicicletas ergométricas. “Já alugamos algumas e a procura vem aumentando”, diz Novais.

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O crescimento da empresa trouxe a necessidade de aumentar o quadro de funcionários, que hoje conta com 12 pessoas. Quatro são consultores de venda especializados no assunto, como assessores esportivos e bike fitters (profissionais que ajustam a bicicleta à pessoa). Eles ajudam os clientes na hora da compra, indicando o produto mais adequado a cada usuário.

“Percebemos que, ao mesmo tempo que estávamos com uma demanda crescente, havia experts no mercado sofrendo o impacto da crise”, diz Novais, sobre a ajuda a esses profissionais autônomos. O atendimento é feito via chat no site e, eventualmente, por meio de ligações telefônicas.

Estrutura enxuta e apoio de empresas do mercado

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Antes de se aventurar no próprio negócio, Novais era diretor de esportes da Red Bull e seu sócio trabalhava como diretor do Mercado Livre. “Esporte e marketplace eram exatamente nossos ramos de atuação.” O ciclismo já fazia parte da vida dos dois, que são adeptos da mountain bike, uma bicicleta adequada a trajetos com irregularidades e obstáculos. Novais também usava o equipamento como meio de transporte para o trabalho. “A necessidade de ter um lugar feito para ciclista poder comprar ou vender foi virando uma obsessão”, conta. “Vimos que tinha um grande potencial de mercado e achamos que era a hora de arriscar”, diz.

A empresa estava se preparando para fazer cortes, diz o cofundador Gabriel Novais. Foto: Foto: Itamar Fasanella

Os sócios detalharam o projeto a outras pessoas da área, que apoiaram a iniciativa. Hoje, eles contam com investidores como Guilherme Bonifácio, cofundador do iFood. No início, os dois mantinham seus empregos e trabalhavam na empresa à noite. A sede é uma garagem na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. “Escolhemos a versão ‘old school’ de escritório para termos mais espaço e autonomia com os horários”, justifica. Como a entrega dos produtos é de responsabilidade dos vendedores cadastrados na plataforma, eles não precisam de uma estrutura física grande.

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Para o futuro, o plano dos empresários é expandir a rede de consultores de venda e a parceria com lojas de bicicletas e marcas do ramo, além de oferecer serviços como mecânica, entregas e viagens. Por enquanto, a sensação de Novais é de “alívio” por ver que o negócio continua de pé e cresce em meio à crise. “Só de ver o número de pessoas que a gente ajudou a começar uma vida mais ativa ou se apaixonar pela bicicleta dá um baita orgulho.”

 

A Semexe, site de compra e venda de bicicletas e acessórios para ciclistas, viu seu faturamento crescer 223% entre março e maio deste ano. No mesmo período, o tráfego orgânico do site dobrou. Segundo os donos da startup, a pandemia fez os clientes buscarem seus produtos como forma de fugir do transporte público e praticar exercícios físicos de forma mais segura.

Para o cofundador da empresa Gabriel Novais, o crescimento foi uma grande surpresa. “Estávamos preparados para fazer cortes (na empresa) e passar por um período de turbulência, mas foi o contrário”, conta. A startup foi fundada em janeiro de 2019 e já soma R$ 3 milhões em vendas. Somente em maio deste ano, realizou vendas no total de R$ 535 mil - o dobro do mês de abril.

O foco da empresa são produtos usados, que representam cerca de 85% das vendas. O site, que tem R$ 27 milhões em itens cadastrados, funciona como um marketplace para ciclistas. O usuário interessado em vender algum produto (que não necessariamente precisa ser uma pessoa jurídica) preenche um cadastro e cria sua loja dentro da plataforma. A entrega é de responsabilidade do vendedor, que paga 15% de comissão sobre o valor do produto para a Semexe.

O crescimento da empresa trouxe a necessidade de aumentar o quadro de funcionários, que hoje conta com 12 pessoas. Foto: Foto: Itamar Fasanella

Um dos itens que puxaram o crescimento da startup foi o rolo de treino. O acessório mantém a bicicleta fixa e permite que o ciclista pedale dentro de casa. O equipamento é vendido a partir de R$ 500 e é uma alternativa encontrada por quem não quer deixar de se exercitar durante o período de isolamento social.

A busca pelo rolo foi tão grande que o produto esgotou e chegou a ter mais de 70 clientes na lista de espera. Vendo o interesse dos compradores por produtos que possam ser usados dentro de casa, a empresa começou a trabalhar com o aluguel de bicicletas ergométricas. “Já alugamos algumas e a procura vem aumentando”, diz Novais.

O crescimento da empresa trouxe a necessidade de aumentar o quadro de funcionários, que hoje conta com 12 pessoas. Quatro são consultores de venda especializados no assunto, como assessores esportivos e bike fitters (profissionais que ajustam a bicicleta à pessoa). Eles ajudam os clientes na hora da compra, indicando o produto mais adequado a cada usuário.

“Percebemos que, ao mesmo tempo que estávamos com uma demanda crescente, havia experts no mercado sofrendo o impacto da crise”, diz Novais, sobre a ajuda a esses profissionais autônomos. O atendimento é feito via chat no site e, eventualmente, por meio de ligações telefônicas.

Estrutura enxuta e apoio de empresas do mercado

Antes de se aventurar no próprio negócio, Novais era diretor de esportes da Red Bull e seu sócio trabalhava como diretor do Mercado Livre. “Esporte e marketplace eram exatamente nossos ramos de atuação.” O ciclismo já fazia parte da vida dos dois, que são adeptos da mountain bike, uma bicicleta adequada a trajetos com irregularidades e obstáculos. Novais também usava o equipamento como meio de transporte para o trabalho. “A necessidade de ter um lugar feito para ciclista poder comprar ou vender foi virando uma obsessão”, conta. “Vimos que tinha um grande potencial de mercado e achamos que era a hora de arriscar”, diz.

A empresa estava se preparando para fazer cortes, diz o cofundador Gabriel Novais. Foto: Foto: Itamar Fasanella

Os sócios detalharam o projeto a outras pessoas da área, que apoiaram a iniciativa. Hoje, eles contam com investidores como Guilherme Bonifácio, cofundador do iFood. No início, os dois mantinham seus empregos e trabalhavam na empresa à noite. A sede é uma garagem na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. “Escolhemos a versão ‘old school’ de escritório para termos mais espaço e autonomia com os horários”, justifica. Como a entrega dos produtos é de responsabilidade dos vendedores cadastrados na plataforma, eles não precisam de uma estrutura física grande.

Para o futuro, o plano dos empresários é expandir a rede de consultores de venda e a parceria com lojas de bicicletas e marcas do ramo, além de oferecer serviços como mecânica, entregas e viagens. Por enquanto, a sensação de Novais é de “alívio” por ver que o negócio continua de pé e cresce em meio à crise. “Só de ver o número de pessoas que a gente ajudou a começar uma vida mais ativa ou se apaixonar pela bicicleta dá um baita orgulho.”

 

A Semexe, site de compra e venda de bicicletas e acessórios para ciclistas, viu seu faturamento crescer 223% entre março e maio deste ano. No mesmo período, o tráfego orgânico do site dobrou. Segundo os donos da startup, a pandemia fez os clientes buscarem seus produtos como forma de fugir do transporte público e praticar exercícios físicos de forma mais segura.

Para o cofundador da empresa Gabriel Novais, o crescimento foi uma grande surpresa. “Estávamos preparados para fazer cortes (na empresa) e passar por um período de turbulência, mas foi o contrário”, conta. A startup foi fundada em janeiro de 2019 e já soma R$ 3 milhões em vendas. Somente em maio deste ano, realizou vendas no total de R$ 535 mil - o dobro do mês de abril.

O foco da empresa são produtos usados, que representam cerca de 85% das vendas. O site, que tem R$ 27 milhões em itens cadastrados, funciona como um marketplace para ciclistas. O usuário interessado em vender algum produto (que não necessariamente precisa ser uma pessoa jurídica) preenche um cadastro e cria sua loja dentro da plataforma. A entrega é de responsabilidade do vendedor, que paga 15% de comissão sobre o valor do produto para a Semexe.

O crescimento da empresa trouxe a necessidade de aumentar o quadro de funcionários, que hoje conta com 12 pessoas. Foto: Foto: Itamar Fasanella

Um dos itens que puxaram o crescimento da startup foi o rolo de treino. O acessório mantém a bicicleta fixa e permite que o ciclista pedale dentro de casa. O equipamento é vendido a partir de R$ 500 e é uma alternativa encontrada por quem não quer deixar de se exercitar durante o período de isolamento social.

A busca pelo rolo foi tão grande que o produto esgotou e chegou a ter mais de 70 clientes na lista de espera. Vendo o interesse dos compradores por produtos que possam ser usados dentro de casa, a empresa começou a trabalhar com o aluguel de bicicletas ergométricas. “Já alugamos algumas e a procura vem aumentando”, diz Novais.

O crescimento da empresa trouxe a necessidade de aumentar o quadro de funcionários, que hoje conta com 12 pessoas. Quatro são consultores de venda especializados no assunto, como assessores esportivos e bike fitters (profissionais que ajustam a bicicleta à pessoa). Eles ajudam os clientes na hora da compra, indicando o produto mais adequado a cada usuário.

“Percebemos que, ao mesmo tempo que estávamos com uma demanda crescente, havia experts no mercado sofrendo o impacto da crise”, diz Novais, sobre a ajuda a esses profissionais autônomos. O atendimento é feito via chat no site e, eventualmente, por meio de ligações telefônicas.

Estrutura enxuta e apoio de empresas do mercado

Antes de se aventurar no próprio negócio, Novais era diretor de esportes da Red Bull e seu sócio trabalhava como diretor do Mercado Livre. “Esporte e marketplace eram exatamente nossos ramos de atuação.” O ciclismo já fazia parte da vida dos dois, que são adeptos da mountain bike, uma bicicleta adequada a trajetos com irregularidades e obstáculos. Novais também usava o equipamento como meio de transporte para o trabalho. “A necessidade de ter um lugar feito para ciclista poder comprar ou vender foi virando uma obsessão”, conta. “Vimos que tinha um grande potencial de mercado e achamos que era a hora de arriscar”, diz.

A empresa estava se preparando para fazer cortes, diz o cofundador Gabriel Novais. Foto: Foto: Itamar Fasanella

Os sócios detalharam o projeto a outras pessoas da área, que apoiaram a iniciativa. Hoje, eles contam com investidores como Guilherme Bonifácio, cofundador do iFood. No início, os dois mantinham seus empregos e trabalhavam na empresa à noite. A sede é uma garagem na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. “Escolhemos a versão ‘old school’ de escritório para termos mais espaço e autonomia com os horários”, justifica. Como a entrega dos produtos é de responsabilidade dos vendedores cadastrados na plataforma, eles não precisam de uma estrutura física grande.

Para o futuro, o plano dos empresários é expandir a rede de consultores de venda e a parceria com lojas de bicicletas e marcas do ramo, além de oferecer serviços como mecânica, entregas e viagens. Por enquanto, a sensação de Novais é de “alívio” por ver que o negócio continua de pé e cresce em meio à crise. “Só de ver o número de pessoas que a gente ajudou a começar uma vida mais ativa ou se apaixonar pela bicicleta dá um baita orgulho.”

 

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