Veja 3 franquias de minimercados que funcionam sozinhos para investir a partir de R$ 40 mil


Um dos principais atrativos deste segmento é a estrutura sem funcionários, mas especialista ressalta cuidados com gestão para diminuir chances de a operação dar errado

Por Felipe Siqueira

Quer ter um negócio que “funciona sozinho?” Veja mais abaixo neste texto três opções de minimercados autônomos com investimento a partir de R$ 40 mil.

O interesse nesse tipo de negócio vem aumentando. Na lista da Associação Brasileira de Franchising (ABF) com as maiores microfranquias - em termos de unidades abertas -, a líder é uma marca com foco em minimercados autônomos: a martket4u, que, atualmente, conta com 2,1 mil operações em funcionamento no território nacional, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela empresa.

Além disso, outra tendência é que esses mercadinhos, quando instalados em condomínios residenciais, têm servido para valorizar os imóveis.

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Mas quais são os cuidados e as peculiaridades desse segmento do franchising? Conversamos com o consultor de negócios do Sebrae-SP Edgard Neto para entender estes pontos. E mais: saber quando que a empreitada pode ser uma fria.

Vale a pena ter um minimercado autônomo?

Para evitar problemas, o ideal é o empreendedor fugir de negócios que não sejam validados anteriormente. Ou seja, o melhor é buscar um empreendimento que já tenha um histórico de funcionamento, para que seja possível investigar se o modelo é ou não viável. “Tem que evitar ser cobaia.”

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Unidade da Honest Market Brasil Foto: @honestmarket.br/Divulgação

Existe, inclusive, na redação da lei nº 13.966/2019 o seguinte trecho: “(na Circular de Oferta de Franquia, deve constar a) relação completa de todos os franqueados, subfranqueados ou subfranqueadores da rede e, também, dos que se desligaram nos últimos 24 meses, com os respectivos nomes, endereços e telefones”.

Ou seja, por este histórico, será possível entender melhor qual a situação atual da franqueadora.

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A COF deve ser entregue pela franqueadora ao eventual franqueado com ao menos 10 dias de antecedência a quaisquer assinaturas de contratos ou pré-contratos.

Além disso, é preciso ficar atento à cadeia logística - a supply chain. Isso porque a gestão de estoque nesse tipo de negócio deve ser feita com bastante atenção, já que o espaço para materiais é bem escasso e há produtos que vão ter mais saídas que outros.

Logo, o processo deve ser otimizado para que não haja gôndolas vazias, muito menos perda de produtos por falta de vendas dentro do prazo de vencimento.

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Supermercado é autônomo, mas dono tem de acompanhar

A operação do dia a dia se dá de maneira autônoma, sozinha, mas isso não quer dizer que o setor não demande uma gestão próxima do negócio.

Neto ressalta que, mesmo quando delegar a função de reposição a um funcionário, por exemplo, é preciso sempre estar atento à experiência do cliente.

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“A questão é: para vender mais, precisa ter produtos. Cada condomínio vai ter sua sazonalidade, que vai variar desde a ocupação de apartamentos até consumo (a depender do clima)”, comenta.

Por exemplo, unidades residenciais tendem a ter picos de quinta a domingo, já que mais pessoas estarão em casa. Já em uma área comercial, essa perspectiva muda: normalmente, o movimento será em horários de escritório. Portanto, o empreendedor precisa se adaptar a essas questões.

No final das contas, o ideal, resume Neto, é deixar tudo limpo, organizado, com a disposição de produtos mais eficiente para o local e ter em boa quantidade os itens mais buscados.

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“Se a pessoa aparecer no seu minimercado por duas ou três vezes e não achar o que precisa, dificilmente vai voltar.”

Quais são os custos de um minimercado autônomo?

Há os gastos básicos de investimento inicial, como instalação, taxa de franquia e capital de giro. Porém, é preciso verificar também se o condomínio cobra alguma taxa para utilização do espaço.

O CEO do market4u, Eduardo Córdova, explica que, normalmente, não existe uma cobrança de aluguel para o local - seja residencial ou comercial. Porém, em alguns casos, há condomínios residenciais que exigem um repasse - que gira em torno de 5% do faturamento da loja - para “compensação de energia elétrica.”

Guilherme Mauri, sócio-fundador e CEO da Minha Quitandinha, reforça que o modelo de parcerias com condomínios não costuma ter custos com a utilização do espaço.

Mas existe a possibilidade de um acordo que a marca chama de cashback, calculado a partir da receita da unidade. “Mas isso é variável conforme cada localidade.”

3 opções de mercados que funcionam sozinhos

Confira, a seguir, três opções de minimercados autônomos para condomínios - residenciais e comerciais. Antes, algumas ressalvas precisam ser feitas:

  1. faturamento não é lucro, como já explicamos nesta reportagem. É preciso descontar todos os custos necessários para depois chegar ao lucro, que vai para os bolsos dos sócios;
  2. todo negócio tem um tempo de maturação. Isso significa que, por um período, poucas pessoas vão conhecer a marca e, consequentemente, o número de vendas vai ser menor;
  3. antes do lucro, um empreendimento precisa atingir o ponto de equilíbrio - não dar nem lucro nem prejuízo;
  4. as opções que figuram nesta lista são oferecidas pelo mercado e não representam nenhum tipo de recomendação por parte da reportagem.

1) Honest Market Brasil

Unidade da Honest Market Brasil Foto: @honestmarket.br/Divulgação

Inaugurada em 2020 e com o checkout autônomo, a marca oferece bebidas, refeições congeladas e até mesmo itens de home care e cuidados pessoais. A proposta é funcionar 24h por dia.

  • Investimento inicial total estimado: R$ 40 mil, com taxa de franquia inclusa
  • Faturamento médio mensal: R$ 16 mil
  • Lucro médio mensal: 20%
  • Prazo de retorno: de 10 a 12 meses
  • Prazo de contrato: 60 meses
  • Royalties/mês: 6,5%
  • Número de unidades em operação: 300 unidades

2) Minha Quitandinha

Unidade da Minha Quitandinha Foto: Bruno Mooca/Divulgação

Startup fundada em 2020, em Santa Catarina, focada em operações que funcionam 24 horas por dia, para compras sem ´funcionários. Os itens vendidos vão desde arroz e feijão até produtos de limpeza e bebidas.

  • Investimento inicial total estimado: R$ 42 mil
  • Faturamento médio mensal: R$ 18 mil
  • Lucro médio mensal: entre 10% e 25%
  • Prazo de retorno: de 10 a 18 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: 6%
  • Número de unidades em operação: 210 (todas franquias)

3) market4u

Unidade da market4u Foto: Rafael Uniga/Divulgação

Fundada também em 2020, a marca aposta na variedade de produtos e promete adequar o que é ofertado pela unidade a partir do comportamento de consumo da demanda local.

A rede também opera 24h por dia. Atualmente, de acordo com a última lista da ABF, é a maior marca do segmento de microfranquias em termos de unidades abertas - 2,1 mil.

  • Investimento inicial total estimado: a partir de R$ 75 mil (incluso taxa de franquia para 5 unidades, estoque inicial, câmeras e equipamentos para a primeira loja)
  • Faturamento médio mensal: de R$ 10 mil a R$ 15 mil
  • Lucro médio mensal: de 10% a 15%
  • Prazo de retorno: de 16 a 24 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: 6% sobre o faturamento bruto + R$ 130 para manutenção do sistema de monitoramento das unidades
  • Número de unidades em operação: 2100, sendo 185 próprias e 1915 franquias

Quer ter um negócio que “funciona sozinho?” Veja mais abaixo neste texto três opções de minimercados autônomos com investimento a partir de R$ 40 mil.

O interesse nesse tipo de negócio vem aumentando. Na lista da Associação Brasileira de Franchising (ABF) com as maiores microfranquias - em termos de unidades abertas -, a líder é uma marca com foco em minimercados autônomos: a martket4u, que, atualmente, conta com 2,1 mil operações em funcionamento no território nacional, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela empresa.

Além disso, outra tendência é que esses mercadinhos, quando instalados em condomínios residenciais, têm servido para valorizar os imóveis.

Mas quais são os cuidados e as peculiaridades desse segmento do franchising? Conversamos com o consultor de negócios do Sebrae-SP Edgard Neto para entender estes pontos. E mais: saber quando que a empreitada pode ser uma fria.

Vale a pena ter um minimercado autônomo?

Para evitar problemas, o ideal é o empreendedor fugir de negócios que não sejam validados anteriormente. Ou seja, o melhor é buscar um empreendimento que já tenha um histórico de funcionamento, para que seja possível investigar se o modelo é ou não viável. “Tem que evitar ser cobaia.”

Unidade da Honest Market Brasil Foto: @honestmarket.br/Divulgação

Existe, inclusive, na redação da lei nº 13.966/2019 o seguinte trecho: “(na Circular de Oferta de Franquia, deve constar a) relação completa de todos os franqueados, subfranqueados ou subfranqueadores da rede e, também, dos que se desligaram nos últimos 24 meses, com os respectivos nomes, endereços e telefones”.

Ou seja, por este histórico, será possível entender melhor qual a situação atual da franqueadora.

A COF deve ser entregue pela franqueadora ao eventual franqueado com ao menos 10 dias de antecedência a quaisquer assinaturas de contratos ou pré-contratos.

Além disso, é preciso ficar atento à cadeia logística - a supply chain. Isso porque a gestão de estoque nesse tipo de negócio deve ser feita com bastante atenção, já que o espaço para materiais é bem escasso e há produtos que vão ter mais saídas que outros.

Logo, o processo deve ser otimizado para que não haja gôndolas vazias, muito menos perda de produtos por falta de vendas dentro do prazo de vencimento.

Supermercado é autônomo, mas dono tem de acompanhar

A operação do dia a dia se dá de maneira autônoma, sozinha, mas isso não quer dizer que o setor não demande uma gestão próxima do negócio.

Neto ressalta que, mesmo quando delegar a função de reposição a um funcionário, por exemplo, é preciso sempre estar atento à experiência do cliente.

“A questão é: para vender mais, precisa ter produtos. Cada condomínio vai ter sua sazonalidade, que vai variar desde a ocupação de apartamentos até consumo (a depender do clima)”, comenta.

Por exemplo, unidades residenciais tendem a ter picos de quinta a domingo, já que mais pessoas estarão em casa. Já em uma área comercial, essa perspectiva muda: normalmente, o movimento será em horários de escritório. Portanto, o empreendedor precisa se adaptar a essas questões.

No final das contas, o ideal, resume Neto, é deixar tudo limpo, organizado, com a disposição de produtos mais eficiente para o local e ter em boa quantidade os itens mais buscados.

“Se a pessoa aparecer no seu minimercado por duas ou três vezes e não achar o que precisa, dificilmente vai voltar.”

Quais são os custos de um minimercado autônomo?

Há os gastos básicos de investimento inicial, como instalação, taxa de franquia e capital de giro. Porém, é preciso verificar também se o condomínio cobra alguma taxa para utilização do espaço.

O CEO do market4u, Eduardo Córdova, explica que, normalmente, não existe uma cobrança de aluguel para o local - seja residencial ou comercial. Porém, em alguns casos, há condomínios residenciais que exigem um repasse - que gira em torno de 5% do faturamento da loja - para “compensação de energia elétrica.”

Guilherme Mauri, sócio-fundador e CEO da Minha Quitandinha, reforça que o modelo de parcerias com condomínios não costuma ter custos com a utilização do espaço.

Mas existe a possibilidade de um acordo que a marca chama de cashback, calculado a partir da receita da unidade. “Mas isso é variável conforme cada localidade.”

3 opções de mercados que funcionam sozinhos

Confira, a seguir, três opções de minimercados autônomos para condomínios - residenciais e comerciais. Antes, algumas ressalvas precisam ser feitas:

  1. faturamento não é lucro, como já explicamos nesta reportagem. É preciso descontar todos os custos necessários para depois chegar ao lucro, que vai para os bolsos dos sócios;
  2. todo negócio tem um tempo de maturação. Isso significa que, por um período, poucas pessoas vão conhecer a marca e, consequentemente, o número de vendas vai ser menor;
  3. antes do lucro, um empreendimento precisa atingir o ponto de equilíbrio - não dar nem lucro nem prejuízo;
  4. as opções que figuram nesta lista são oferecidas pelo mercado e não representam nenhum tipo de recomendação por parte da reportagem.

1) Honest Market Brasil

Unidade da Honest Market Brasil Foto: @honestmarket.br/Divulgação

Inaugurada em 2020 e com o checkout autônomo, a marca oferece bebidas, refeições congeladas e até mesmo itens de home care e cuidados pessoais. A proposta é funcionar 24h por dia.

  • Investimento inicial total estimado: R$ 40 mil, com taxa de franquia inclusa
  • Faturamento médio mensal: R$ 16 mil
  • Lucro médio mensal: 20%
  • Prazo de retorno: de 10 a 12 meses
  • Prazo de contrato: 60 meses
  • Royalties/mês: 6,5%
  • Número de unidades em operação: 300 unidades

2) Minha Quitandinha

Unidade da Minha Quitandinha Foto: Bruno Mooca/Divulgação

Startup fundada em 2020, em Santa Catarina, focada em operações que funcionam 24 horas por dia, para compras sem ´funcionários. Os itens vendidos vão desde arroz e feijão até produtos de limpeza e bebidas.

  • Investimento inicial total estimado: R$ 42 mil
  • Faturamento médio mensal: R$ 18 mil
  • Lucro médio mensal: entre 10% e 25%
  • Prazo de retorno: de 10 a 18 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: 6%
  • Número de unidades em operação: 210 (todas franquias)

3) market4u

Unidade da market4u Foto: Rafael Uniga/Divulgação

Fundada também em 2020, a marca aposta na variedade de produtos e promete adequar o que é ofertado pela unidade a partir do comportamento de consumo da demanda local.

A rede também opera 24h por dia. Atualmente, de acordo com a última lista da ABF, é a maior marca do segmento de microfranquias em termos de unidades abertas - 2,1 mil.

  • Investimento inicial total estimado: a partir de R$ 75 mil (incluso taxa de franquia para 5 unidades, estoque inicial, câmeras e equipamentos para a primeira loja)
  • Faturamento médio mensal: de R$ 10 mil a R$ 15 mil
  • Lucro médio mensal: de 10% a 15%
  • Prazo de retorno: de 16 a 24 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: 6% sobre o faturamento bruto + R$ 130 para manutenção do sistema de monitoramento das unidades
  • Número de unidades em operação: 2100, sendo 185 próprias e 1915 franquias

Quer ter um negócio que “funciona sozinho?” Veja mais abaixo neste texto três opções de minimercados autônomos com investimento a partir de R$ 40 mil.

O interesse nesse tipo de negócio vem aumentando. Na lista da Associação Brasileira de Franchising (ABF) com as maiores microfranquias - em termos de unidades abertas -, a líder é uma marca com foco em minimercados autônomos: a martket4u, que, atualmente, conta com 2,1 mil operações em funcionamento no território nacional, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela empresa.

Além disso, outra tendência é que esses mercadinhos, quando instalados em condomínios residenciais, têm servido para valorizar os imóveis.

Mas quais são os cuidados e as peculiaridades desse segmento do franchising? Conversamos com o consultor de negócios do Sebrae-SP Edgard Neto para entender estes pontos. E mais: saber quando que a empreitada pode ser uma fria.

Vale a pena ter um minimercado autônomo?

Para evitar problemas, o ideal é o empreendedor fugir de negócios que não sejam validados anteriormente. Ou seja, o melhor é buscar um empreendimento que já tenha um histórico de funcionamento, para que seja possível investigar se o modelo é ou não viável. “Tem que evitar ser cobaia.”

Unidade da Honest Market Brasil Foto: @honestmarket.br/Divulgação

Existe, inclusive, na redação da lei nº 13.966/2019 o seguinte trecho: “(na Circular de Oferta de Franquia, deve constar a) relação completa de todos os franqueados, subfranqueados ou subfranqueadores da rede e, também, dos que se desligaram nos últimos 24 meses, com os respectivos nomes, endereços e telefones”.

Ou seja, por este histórico, será possível entender melhor qual a situação atual da franqueadora.

A COF deve ser entregue pela franqueadora ao eventual franqueado com ao menos 10 dias de antecedência a quaisquer assinaturas de contratos ou pré-contratos.

Além disso, é preciso ficar atento à cadeia logística - a supply chain. Isso porque a gestão de estoque nesse tipo de negócio deve ser feita com bastante atenção, já que o espaço para materiais é bem escasso e há produtos que vão ter mais saídas que outros.

Logo, o processo deve ser otimizado para que não haja gôndolas vazias, muito menos perda de produtos por falta de vendas dentro do prazo de vencimento.

Supermercado é autônomo, mas dono tem de acompanhar

A operação do dia a dia se dá de maneira autônoma, sozinha, mas isso não quer dizer que o setor não demande uma gestão próxima do negócio.

Neto ressalta que, mesmo quando delegar a função de reposição a um funcionário, por exemplo, é preciso sempre estar atento à experiência do cliente.

“A questão é: para vender mais, precisa ter produtos. Cada condomínio vai ter sua sazonalidade, que vai variar desde a ocupação de apartamentos até consumo (a depender do clima)”, comenta.

Por exemplo, unidades residenciais tendem a ter picos de quinta a domingo, já que mais pessoas estarão em casa. Já em uma área comercial, essa perspectiva muda: normalmente, o movimento será em horários de escritório. Portanto, o empreendedor precisa se adaptar a essas questões.

No final das contas, o ideal, resume Neto, é deixar tudo limpo, organizado, com a disposição de produtos mais eficiente para o local e ter em boa quantidade os itens mais buscados.

“Se a pessoa aparecer no seu minimercado por duas ou três vezes e não achar o que precisa, dificilmente vai voltar.”

Quais são os custos de um minimercado autônomo?

Há os gastos básicos de investimento inicial, como instalação, taxa de franquia e capital de giro. Porém, é preciso verificar também se o condomínio cobra alguma taxa para utilização do espaço.

O CEO do market4u, Eduardo Córdova, explica que, normalmente, não existe uma cobrança de aluguel para o local - seja residencial ou comercial. Porém, em alguns casos, há condomínios residenciais que exigem um repasse - que gira em torno de 5% do faturamento da loja - para “compensação de energia elétrica.”

Guilherme Mauri, sócio-fundador e CEO da Minha Quitandinha, reforça que o modelo de parcerias com condomínios não costuma ter custos com a utilização do espaço.

Mas existe a possibilidade de um acordo que a marca chama de cashback, calculado a partir da receita da unidade. “Mas isso é variável conforme cada localidade.”

3 opções de mercados que funcionam sozinhos

Confira, a seguir, três opções de minimercados autônomos para condomínios - residenciais e comerciais. Antes, algumas ressalvas precisam ser feitas:

  1. faturamento não é lucro, como já explicamos nesta reportagem. É preciso descontar todos os custos necessários para depois chegar ao lucro, que vai para os bolsos dos sócios;
  2. todo negócio tem um tempo de maturação. Isso significa que, por um período, poucas pessoas vão conhecer a marca e, consequentemente, o número de vendas vai ser menor;
  3. antes do lucro, um empreendimento precisa atingir o ponto de equilíbrio - não dar nem lucro nem prejuízo;
  4. as opções que figuram nesta lista são oferecidas pelo mercado e não representam nenhum tipo de recomendação por parte da reportagem.

1) Honest Market Brasil

Unidade da Honest Market Brasil Foto: @honestmarket.br/Divulgação

Inaugurada em 2020 e com o checkout autônomo, a marca oferece bebidas, refeições congeladas e até mesmo itens de home care e cuidados pessoais. A proposta é funcionar 24h por dia.

  • Investimento inicial total estimado: R$ 40 mil, com taxa de franquia inclusa
  • Faturamento médio mensal: R$ 16 mil
  • Lucro médio mensal: 20%
  • Prazo de retorno: de 10 a 12 meses
  • Prazo de contrato: 60 meses
  • Royalties/mês: 6,5%
  • Número de unidades em operação: 300 unidades

2) Minha Quitandinha

Unidade da Minha Quitandinha Foto: Bruno Mooca/Divulgação

Startup fundada em 2020, em Santa Catarina, focada em operações que funcionam 24 horas por dia, para compras sem ´funcionários. Os itens vendidos vão desde arroz e feijão até produtos de limpeza e bebidas.

  • Investimento inicial total estimado: R$ 42 mil
  • Faturamento médio mensal: R$ 18 mil
  • Lucro médio mensal: entre 10% e 25%
  • Prazo de retorno: de 10 a 18 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: 6%
  • Número de unidades em operação: 210 (todas franquias)

3) market4u

Unidade da market4u Foto: Rafael Uniga/Divulgação

Fundada também em 2020, a marca aposta na variedade de produtos e promete adequar o que é ofertado pela unidade a partir do comportamento de consumo da demanda local.

A rede também opera 24h por dia. Atualmente, de acordo com a última lista da ABF, é a maior marca do segmento de microfranquias em termos de unidades abertas - 2,1 mil.

  • Investimento inicial total estimado: a partir de R$ 75 mil (incluso taxa de franquia para 5 unidades, estoque inicial, câmeras e equipamentos para a primeira loja)
  • Faturamento médio mensal: de R$ 10 mil a R$ 15 mil
  • Lucro médio mensal: de 10% a 15%
  • Prazo de retorno: de 16 a 24 meses
  • Prazo de contrato: 5 anos
  • Royalties/mês: 6% sobre o faturamento bruto + R$ 130 para manutenção do sistema de monitoramento das unidades
  • Número de unidades em operação: 2100, sendo 185 próprias e 1915 franquias

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