Milky Moo passa de 420 franquias e fatura milhões com milk shake de uísque e visual instagramável


Em meio a dificuldades, CEO chegou a trabalhar no Outback Steakhouse e até a vender livro do Código de Defesa do Consumidor de “porta em porta”

Por Felipe Siqueira

Natural de Goiânia (GO), Lohran Soares fundou a Milky Moo em 2019. Desde então, já são 422 operações em funcionamento e o planejamento para expansão por meio de franquias segue agressivo. Só com vendas de franquias e royalties, a marca diz que faturou R$ 27,9 milhões em 2023.

Especialista em milk shakes, a marca tem como um dos carros-chefe um produto alcoólico - feito com uísque, brigadeiro e leite. “A gente remete às origens do milk shake”, diz o CEO. Uma das histórias conhecidas sobre a invenção do produto - e do nome - conta que, no século XIX, era comum a bebida ser preparada com a parte alcoólica, além de ovos. O produto como conhecemos hoje, porém, foi desenvolvido décadas depois.

O CEO da Milky Moo, Lohran Soares Foto: Thiago Daher/Divulgação/Milky Moo
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Vendia brigadeiros aos 10 anos

Desde cedo, Soares tinha o desejo de empreender. Cresceu criado pela mãe e, aos 10 anos de idade, já vendia brigadeiros na escola para conseguir comprar o que desejava. De classe média baixa, por meio do trabalho da mãe, conseguiu concluir os estudos em colégio particular.

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Aos 17 anos, quando viu que o sonho de ser jogador de futebol não iria dar certo, arrumou um emprego em uma loja de sapatos. Pegou gosto pelo setor e propôs para a mãe abrir uma sapataria. “Eu tinha conseguido juntar cerca de R$ 10 mil até então.” Foi assim que surgiu a Sr. Lohran.

A maior dificuldade do início

“Mal sabia eu a ‘barca furada’ em que estava entrando”, relembra. Isso aconteceu por um erro no planejamento. Mais especificamente em um tópico: o ponto físico.

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A gente errou muito na localização do negócio.

Lohran Soares, CEO da Milky Moo

De acordo com o consultor de negócios do Sebrae-SP Marcelo Souza Santos, para definir um ponto de uma loja, é preciso observar o seguinte:

  • existe fluxo natural de pessoas na região?
  • o acesso é fácil?
  • acima de tudo, o público daquele negócio está ali? Não adianta ter muita gente e ninguém entrar porque aquele item não é interessante para aquele grupo de pessoas
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“Um ponto mal escolhido faz com que o cliente não chegue até o estabelecimento. Isso pode acarretar em baixo faturamento. Como manter aluguel não é barato, pode fazer com que o negócio feche as portas”, explica o consultor.

Em meio a essas dificuldades, Soares começou a procurar alternativas para complemento de renda. Chegou a trabalhar no Outback Steakhouse e até a vender livro do Código de Defesa do Consumidor de porta em porta em negócios locais. Isso porque, em 2010, todo empreendimento passou a ser obrigado a ter um exemplar físico na loja. “Deu uma aliviada financeira”, afirma.

A parceria

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Só que aí ele mudou a primeira unidade da Sr. Lohran de endereço. E deu certo. Aumentou o faturamento em quase 20 vezes. Com isso, desistiu da renda do Outback, em que estava treinando para ser gerente, aos 23 anos. Com isso, abriu a segunda unidade da loja própria.

Mas não durou muito tempo. Isso porque o negócio voltou a não vender como o planejado. Neste ínterim, Soares cultivou uma amizade com um aspirante a empresário local, que ansiava por uma oportunidade de negócio.

Era Paulo Sérgio, com 60 anos à época. A ideia dele inicialmente era abrir uma terceira loja da Sr. Lohran. Porém, como o negócio não ia muito bem, Soares preferiu avaliar a possibilidade de outros negócios.

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Foram andar pela cidade de Goiânia e, dentre inúmeras possibilidades avaliadas, uma operação de milk shakes chamou atenção.

Vale ressaltar que um dos grandes gargalos para lojas de sapato é estoque. Isso porque é necessário ter os pares em exposição e em diferentes tamanhos. Ou seja, o custo de aquisição e manutenção tende a ser mais alto. Para alimentação, essa lógica muda um pouco.

Primeiro porque muitos alimentos são perecíveis, o que faz pesar mais o lado da logística de distribuição, mas barateia estoque. E pode mitigar as chances de quebra por estoque acumulado (veja mais sobre isso nesta matéria).

“Eu poderia alcançar um faturamento de R$ 100 mil tendo um terço disso como valor de estoque. Seria bem mais fácil (em comparação com as lojas de sapato)”, relembra o CEO da Milky Moo.

O início da operação da Milky Moo

Em 2019, 11 anos após ter aberto a primeira unidade da Sr. Lohran, inaugurou a primeira unidade da Milky Moo, com um investimento inicial de cerca de R$ 60 mil de cada um dos sócios, às portas do lockdown, em março de 2020, no início da pandemia de covid-19. Só que isso não atrapalhou tanto o desenvolvimento da marca.

Depois de algumas unidades em operação, o raciocínio já foi partir para uma expansão por meio de franquias. Em alguns casos, inclusive, como permuta - com quem formatou o modelo de franchising, por exemplo.

Milk shakes da marca Milky Moo Foto: Tomas Rangel/Divulgação/Milky Moo

A escalabilidade por meio de unidades franqueadas foi bem rápida. Terminaram o primeiro ano com cinco em operação. Em 2021, fecharam com 39 unidades. No ano seguinte, 180. E, em 2023, ultrapassaram a marca de 400 operações.

A marca faturou no ano passado R$ 27,9 milhões, entre vendas de franquias e royalties cobrados de franqueados. A meta para 2024 é alcançar 700 lojas.

A marca também aposta bastante em uma identidade visual forte. Logo ao chegar em qualquer unidade, é possível reconhecer as cores da vaquinha de longe. Com itens que podem ser considerados instagramáveis, cada unidade conta com pelúcias, copos estilizados e muitas cores.

Os sabores que mais fazem sucesso são Pandora (brigadeiro de Leite Ninho e Nutella), Mimosa (brigadeiro de Leite Ninho e calda de morango) e Malhada (brigadeiro de Leite Ninho e Oreo).

Opinião de clientes

Nos últimos 12 meses, a marca Milky Moo recebeu 174 reclamações na plataforma online ReclameAqui, sendo que 100% foram respondidas, de acordo com os dados do site. A empresa tem selo de verificação, e a nota é 7,1 - sendo que a máxima é 10.

No Google My Business, não há uma avaliação geral da empresa, mas, sim, de cada unidade. Portanto, para saber de cada uma, é necessário pesquisar especificamente a desejada. É possível encontrar cerca de 20 lojas da marca na capital paulista. As notas variam bastante - em uma avaliação de zero a cinco, as avaliações de clientes vão de 2,1 até 5.

Os autores das avaliações não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação deliberada - a favor ou contra a empresa.

Confira os dados das franquias:

  • Investimento inicial: R$ 190 mil (quiosque) a R$ 290 mil (lojas de rua e de shopping)
  • Faturamento médio: R$ 70 mil (quiosque), R$ 80 mil (loja de rua ) e R$ 100 mil (loja de shopping)
  • Previsão de retorno: de 18 a 24 meses
  • Lucro previsto: de 15% a 20% do faturamento
  • Royalties: 5%
  • Taxa de publicidade: 3%

Natural de Goiânia (GO), Lohran Soares fundou a Milky Moo em 2019. Desde então, já são 422 operações em funcionamento e o planejamento para expansão por meio de franquias segue agressivo. Só com vendas de franquias e royalties, a marca diz que faturou R$ 27,9 milhões em 2023.

Especialista em milk shakes, a marca tem como um dos carros-chefe um produto alcoólico - feito com uísque, brigadeiro e leite. “A gente remete às origens do milk shake”, diz o CEO. Uma das histórias conhecidas sobre a invenção do produto - e do nome - conta que, no século XIX, era comum a bebida ser preparada com a parte alcoólica, além de ovos. O produto como conhecemos hoje, porém, foi desenvolvido décadas depois.

O CEO da Milky Moo, Lohran Soares Foto: Thiago Daher/Divulgação/Milky Moo

Vendia brigadeiros aos 10 anos

Desde cedo, Soares tinha o desejo de empreender. Cresceu criado pela mãe e, aos 10 anos de idade, já vendia brigadeiros na escola para conseguir comprar o que desejava. De classe média baixa, por meio do trabalho da mãe, conseguiu concluir os estudos em colégio particular.

Aos 17 anos, quando viu que o sonho de ser jogador de futebol não iria dar certo, arrumou um emprego em uma loja de sapatos. Pegou gosto pelo setor e propôs para a mãe abrir uma sapataria. “Eu tinha conseguido juntar cerca de R$ 10 mil até então.” Foi assim que surgiu a Sr. Lohran.

A maior dificuldade do início

“Mal sabia eu a ‘barca furada’ em que estava entrando”, relembra. Isso aconteceu por um erro no planejamento. Mais especificamente em um tópico: o ponto físico.

A gente errou muito na localização do negócio.

Lohran Soares, CEO da Milky Moo

De acordo com o consultor de negócios do Sebrae-SP Marcelo Souza Santos, para definir um ponto de uma loja, é preciso observar o seguinte:

  • existe fluxo natural de pessoas na região?
  • o acesso é fácil?
  • acima de tudo, o público daquele negócio está ali? Não adianta ter muita gente e ninguém entrar porque aquele item não é interessante para aquele grupo de pessoas

“Um ponto mal escolhido faz com que o cliente não chegue até o estabelecimento. Isso pode acarretar em baixo faturamento. Como manter aluguel não é barato, pode fazer com que o negócio feche as portas”, explica o consultor.

Em meio a essas dificuldades, Soares começou a procurar alternativas para complemento de renda. Chegou a trabalhar no Outback Steakhouse e até a vender livro do Código de Defesa do Consumidor de porta em porta em negócios locais. Isso porque, em 2010, todo empreendimento passou a ser obrigado a ter um exemplar físico na loja. “Deu uma aliviada financeira”, afirma.

A parceria

Só que aí ele mudou a primeira unidade da Sr. Lohran de endereço. E deu certo. Aumentou o faturamento em quase 20 vezes. Com isso, desistiu da renda do Outback, em que estava treinando para ser gerente, aos 23 anos. Com isso, abriu a segunda unidade da loja própria.

Mas não durou muito tempo. Isso porque o negócio voltou a não vender como o planejado. Neste ínterim, Soares cultivou uma amizade com um aspirante a empresário local, que ansiava por uma oportunidade de negócio.

Era Paulo Sérgio, com 60 anos à época. A ideia dele inicialmente era abrir uma terceira loja da Sr. Lohran. Porém, como o negócio não ia muito bem, Soares preferiu avaliar a possibilidade de outros negócios.

Foram andar pela cidade de Goiânia e, dentre inúmeras possibilidades avaliadas, uma operação de milk shakes chamou atenção.

Vale ressaltar que um dos grandes gargalos para lojas de sapato é estoque. Isso porque é necessário ter os pares em exposição e em diferentes tamanhos. Ou seja, o custo de aquisição e manutenção tende a ser mais alto. Para alimentação, essa lógica muda um pouco.

Primeiro porque muitos alimentos são perecíveis, o que faz pesar mais o lado da logística de distribuição, mas barateia estoque. E pode mitigar as chances de quebra por estoque acumulado (veja mais sobre isso nesta matéria).

“Eu poderia alcançar um faturamento de R$ 100 mil tendo um terço disso como valor de estoque. Seria bem mais fácil (em comparação com as lojas de sapato)”, relembra o CEO da Milky Moo.

O início da operação da Milky Moo

Em 2019, 11 anos após ter aberto a primeira unidade da Sr. Lohran, inaugurou a primeira unidade da Milky Moo, com um investimento inicial de cerca de R$ 60 mil de cada um dos sócios, às portas do lockdown, em março de 2020, no início da pandemia de covid-19. Só que isso não atrapalhou tanto o desenvolvimento da marca.

Depois de algumas unidades em operação, o raciocínio já foi partir para uma expansão por meio de franquias. Em alguns casos, inclusive, como permuta - com quem formatou o modelo de franchising, por exemplo.

Milk shakes da marca Milky Moo Foto: Tomas Rangel/Divulgação/Milky Moo

A escalabilidade por meio de unidades franqueadas foi bem rápida. Terminaram o primeiro ano com cinco em operação. Em 2021, fecharam com 39 unidades. No ano seguinte, 180. E, em 2023, ultrapassaram a marca de 400 operações.

A marca faturou no ano passado R$ 27,9 milhões, entre vendas de franquias e royalties cobrados de franqueados. A meta para 2024 é alcançar 700 lojas.

A marca também aposta bastante em uma identidade visual forte. Logo ao chegar em qualquer unidade, é possível reconhecer as cores da vaquinha de longe. Com itens que podem ser considerados instagramáveis, cada unidade conta com pelúcias, copos estilizados e muitas cores.

Os sabores que mais fazem sucesso são Pandora (brigadeiro de Leite Ninho e Nutella), Mimosa (brigadeiro de Leite Ninho e calda de morango) e Malhada (brigadeiro de Leite Ninho e Oreo).

Opinião de clientes

Nos últimos 12 meses, a marca Milky Moo recebeu 174 reclamações na plataforma online ReclameAqui, sendo que 100% foram respondidas, de acordo com os dados do site. A empresa tem selo de verificação, e a nota é 7,1 - sendo que a máxima é 10.

No Google My Business, não há uma avaliação geral da empresa, mas, sim, de cada unidade. Portanto, para saber de cada uma, é necessário pesquisar especificamente a desejada. É possível encontrar cerca de 20 lojas da marca na capital paulista. As notas variam bastante - em uma avaliação de zero a cinco, as avaliações de clientes vão de 2,1 até 5.

Os autores das avaliações não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação deliberada - a favor ou contra a empresa.

Confira os dados das franquias:

  • Investimento inicial: R$ 190 mil (quiosque) a R$ 290 mil (lojas de rua e de shopping)
  • Faturamento médio: R$ 70 mil (quiosque), R$ 80 mil (loja de rua ) e R$ 100 mil (loja de shopping)
  • Previsão de retorno: de 18 a 24 meses
  • Lucro previsto: de 15% a 20% do faturamento
  • Royalties: 5%
  • Taxa de publicidade: 3%

Natural de Goiânia (GO), Lohran Soares fundou a Milky Moo em 2019. Desde então, já são 422 operações em funcionamento e o planejamento para expansão por meio de franquias segue agressivo. Só com vendas de franquias e royalties, a marca diz que faturou R$ 27,9 milhões em 2023.

Especialista em milk shakes, a marca tem como um dos carros-chefe um produto alcoólico - feito com uísque, brigadeiro e leite. “A gente remete às origens do milk shake”, diz o CEO. Uma das histórias conhecidas sobre a invenção do produto - e do nome - conta que, no século XIX, era comum a bebida ser preparada com a parte alcoólica, além de ovos. O produto como conhecemos hoje, porém, foi desenvolvido décadas depois.

O CEO da Milky Moo, Lohran Soares Foto: Thiago Daher/Divulgação/Milky Moo

Vendia brigadeiros aos 10 anos

Desde cedo, Soares tinha o desejo de empreender. Cresceu criado pela mãe e, aos 10 anos de idade, já vendia brigadeiros na escola para conseguir comprar o que desejava. De classe média baixa, por meio do trabalho da mãe, conseguiu concluir os estudos em colégio particular.

Aos 17 anos, quando viu que o sonho de ser jogador de futebol não iria dar certo, arrumou um emprego em uma loja de sapatos. Pegou gosto pelo setor e propôs para a mãe abrir uma sapataria. “Eu tinha conseguido juntar cerca de R$ 10 mil até então.” Foi assim que surgiu a Sr. Lohran.

A maior dificuldade do início

“Mal sabia eu a ‘barca furada’ em que estava entrando”, relembra. Isso aconteceu por um erro no planejamento. Mais especificamente em um tópico: o ponto físico.

A gente errou muito na localização do negócio.

Lohran Soares, CEO da Milky Moo

De acordo com o consultor de negócios do Sebrae-SP Marcelo Souza Santos, para definir um ponto de uma loja, é preciso observar o seguinte:

  • existe fluxo natural de pessoas na região?
  • o acesso é fácil?
  • acima de tudo, o público daquele negócio está ali? Não adianta ter muita gente e ninguém entrar porque aquele item não é interessante para aquele grupo de pessoas

“Um ponto mal escolhido faz com que o cliente não chegue até o estabelecimento. Isso pode acarretar em baixo faturamento. Como manter aluguel não é barato, pode fazer com que o negócio feche as portas”, explica o consultor.

Em meio a essas dificuldades, Soares começou a procurar alternativas para complemento de renda. Chegou a trabalhar no Outback Steakhouse e até a vender livro do Código de Defesa do Consumidor de porta em porta em negócios locais. Isso porque, em 2010, todo empreendimento passou a ser obrigado a ter um exemplar físico na loja. “Deu uma aliviada financeira”, afirma.

A parceria

Só que aí ele mudou a primeira unidade da Sr. Lohran de endereço. E deu certo. Aumentou o faturamento em quase 20 vezes. Com isso, desistiu da renda do Outback, em que estava treinando para ser gerente, aos 23 anos. Com isso, abriu a segunda unidade da loja própria.

Mas não durou muito tempo. Isso porque o negócio voltou a não vender como o planejado. Neste ínterim, Soares cultivou uma amizade com um aspirante a empresário local, que ansiava por uma oportunidade de negócio.

Era Paulo Sérgio, com 60 anos à época. A ideia dele inicialmente era abrir uma terceira loja da Sr. Lohran. Porém, como o negócio não ia muito bem, Soares preferiu avaliar a possibilidade de outros negócios.

Foram andar pela cidade de Goiânia e, dentre inúmeras possibilidades avaliadas, uma operação de milk shakes chamou atenção.

Vale ressaltar que um dos grandes gargalos para lojas de sapato é estoque. Isso porque é necessário ter os pares em exposição e em diferentes tamanhos. Ou seja, o custo de aquisição e manutenção tende a ser mais alto. Para alimentação, essa lógica muda um pouco.

Primeiro porque muitos alimentos são perecíveis, o que faz pesar mais o lado da logística de distribuição, mas barateia estoque. E pode mitigar as chances de quebra por estoque acumulado (veja mais sobre isso nesta matéria).

“Eu poderia alcançar um faturamento de R$ 100 mil tendo um terço disso como valor de estoque. Seria bem mais fácil (em comparação com as lojas de sapato)”, relembra o CEO da Milky Moo.

O início da operação da Milky Moo

Em 2019, 11 anos após ter aberto a primeira unidade da Sr. Lohran, inaugurou a primeira unidade da Milky Moo, com um investimento inicial de cerca de R$ 60 mil de cada um dos sócios, às portas do lockdown, em março de 2020, no início da pandemia de covid-19. Só que isso não atrapalhou tanto o desenvolvimento da marca.

Depois de algumas unidades em operação, o raciocínio já foi partir para uma expansão por meio de franquias. Em alguns casos, inclusive, como permuta - com quem formatou o modelo de franchising, por exemplo.

Milk shakes da marca Milky Moo Foto: Tomas Rangel/Divulgação/Milky Moo

A escalabilidade por meio de unidades franqueadas foi bem rápida. Terminaram o primeiro ano com cinco em operação. Em 2021, fecharam com 39 unidades. No ano seguinte, 180. E, em 2023, ultrapassaram a marca de 400 operações.

A marca faturou no ano passado R$ 27,9 milhões, entre vendas de franquias e royalties cobrados de franqueados. A meta para 2024 é alcançar 700 lojas.

A marca também aposta bastante em uma identidade visual forte. Logo ao chegar em qualquer unidade, é possível reconhecer as cores da vaquinha de longe. Com itens que podem ser considerados instagramáveis, cada unidade conta com pelúcias, copos estilizados e muitas cores.

Os sabores que mais fazem sucesso são Pandora (brigadeiro de Leite Ninho e Nutella), Mimosa (brigadeiro de Leite Ninho e calda de morango) e Malhada (brigadeiro de Leite Ninho e Oreo).

Opinião de clientes

Nos últimos 12 meses, a marca Milky Moo recebeu 174 reclamações na plataforma online ReclameAqui, sendo que 100% foram respondidas, de acordo com os dados do site. A empresa tem selo de verificação, e a nota é 7,1 - sendo que a máxima é 10.

No Google My Business, não há uma avaliação geral da empresa, mas, sim, de cada unidade. Portanto, para saber de cada uma, é necessário pesquisar especificamente a desejada. É possível encontrar cerca de 20 lojas da marca na capital paulista. As notas variam bastante - em uma avaliação de zero a cinco, as avaliações de clientes vão de 2,1 até 5.

Os autores das avaliações não podem ser verificados. Eventualmente, comentários positivos ou negativos podem ser uma ação deliberada - a favor ou contra a empresa.

Confira os dados das franquias:

  • Investimento inicial: R$ 190 mil (quiosque) a R$ 290 mil (lojas de rua e de shopping)
  • Faturamento médio: R$ 70 mil (quiosque), R$ 80 mil (loja de rua ) e R$ 100 mil (loja de shopping)
  • Previsão de retorno: de 18 a 24 meses
  • Lucro previsto: de 15% a 20% do faturamento
  • Royalties: 5%
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