Eles começaram com R$ 50 e faturam com pelúcias de capivara, preguiça e outros bichos brasileiros


My Moon tem bonecos da fauna brasileiras, como tucano, arara-azul, jacaré-de-papo-amarelo e onça-pintada; empreendedores querem lançar primeira loja física neste ano

Por Adele Robichez
Atualização:

Sem dinheiro para comprar um presente para uma amiga que estava fazendo aniversário, os pernambucanos Rafael Rezende, 33, e Carlos Fernandes Junior, 34, resolveram fabricá-lo. Designer de moda, Junior confeccionou do zero um bicho de pelúcia de unicórnio, que fez sucesso entre os convidados da festa. O casal viu, então, uma oportunidade de negócio e montou a My Moon, loja de pelúcias artesanais.

Ambos trabalhavam como autônomos: Rezende como cabeleireiro, e Junior como designer de moda. A situação ficou apertada com a chegada da pandemia de covid-19. As pelúcias seriam uma saída para que eles conseguissem uma renda extra naquele período. Para começar, em 2021, eles contaram com um limite de crédito de R$ 50 em um banco digital. “Era tudo que tínhamos”, revela Rezende.

Pedrinho, a preguiça mascote da My Moon Foto: Divulgação/My Moon
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De imediato, o negócio prosperou. A primeira coleção “Fazendinha”, lançada em 2021, fez sucesso. Eles passaram a participar de feiras itinerantes, vendendo as pelúcias em João Pessoa (PB), onde moram há nove anos. Em 2023, a My Moon ficou no Top 10 da Expo Favela Innovation Paraíba, uma feira de negócios cujos expositores são empreendedores e startups da favela, representando o estado na etapa nacional em São Paulo.

“No começo, não pensamos muito. Não tivemos como arquitetar, fazer plano de negócio, pesquisa de campo… Dar certo era uma obrigação porque era uma necessidade e, por isso, fizemos de tudo para conseguir”, relata Rezende.

O nome My Moon (Minha Lua) foi inspirado em um dos gatos do casal. Diariamente, durante a pandemia do coronavírus, o pet subia no pergolado da varanda do apartamento e passava a noite contemplando a Lua.

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“A pandemia foi um período de muita escuridão, esperávamos que a vida fosse parar de forma abrupta. Mas, à noite, há sempre a Lua para torná-la um pouco mais clara”, diz.

Pelúcias My Moon Foto: Divulgação/My Moon

Empresários criaram pelúcias que representam Brasil

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O negócio se destaca pela aproximação com a realidade do País: a principal coleção da My Moon é inspirada na fauna brasileira. Tem o tucano, a capivara, a preguiça, a arara-azul, o jacaré-de-papo-amarelo, a onça-pintada, o boto-cor-de-rosa, entre outros.

“Essa foi uma das nossas principais sacadas de mercado. Geralmente, as pelúcias são fabricadas na China ou nos Estados Unidos, os nossos bichos não são bem representados. Então nós focamos nisso”, explica Rezende.

A marca trabalha hoje com outras oito coleções, como “Pets”, “Selvagens”, “Oceano” e “Pedrinho e sua turma”. Esta refere-se ao mascote da loja: uma preguiça, que Rezende e Fernandes levam para todos os eventos e viagens que fazem, representando a empresa. “Ele é todo amostrado”, brinca Rezende. O próximo lançamento será uma linha geek.

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Pelúcias My Moon Foto: Divulgação/My Moon

No início, o casal fabricava os produtos sob demanda, o que permitiu que eles entendessem um pouco melhor no que as pessoas teriam interesse.

Hoje as pelúcias são padronizadas, com estoque de pronta entrega, mas cada pelúcia tem características próprias. “O jacaré é mais comprido, a cobra mais enrolada”, explica Rezende.

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As pelúcias padrão variam de R$ 25 a R$ 120. As gigantes, como caracteriza Rezende, de até 1,5 metro, podem chegar a R$ 1.200. Os produtos são vendidos nas feiras por onde os empreendedores passam, nas redes sociais da marca ou no site. A marca comercializa, em média, 100 pelúcias por mês.

As pelúcias da My Moon são hipoalergênicas e feitas com biossegurança. Quando os olhos dos animais de pelúcia não são bordados, por exemplo, são inseridos com uma trava de segurança, o que impede que eles se soltem quando a criança manuseá-los.

“Desde o início, já procuramos o tecido dessa forma porque, apesar de ser mais caro, queríamos começar com essa mentalidade. Há muitas pelúcias mais em conta do que as nossas, mas não têm a mesma qualidade”, afirma Rezende.

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Apartamento virou ateliê, e empreendedores fazem tudo sozinhos

Rezende e Junior trabalham sozinhos na empresa. São eles que criam e produzem as pelúcias, que realizam a venda dos produtos, fazem as publicações nas redes sociais e até o desenvolvimento do site. Os produtos são enviados para todo o Brasil e internacionalmente. Pelúcias da My Moon já chegaram à Alemanha e à Holanda.

O ateliê hoje ocupa praticamente todo o espaço do apartamento do casal. “Só sobrou o nosso quarto”, afirma Rezende. O sonho dos dois é de conseguir abrir uma unidade fabril em outro local para expandir o negócio.

Ateliê My Moon Foto: Divulgação/My Moon

Eles planejam qualificar pessoas que precisam de uma renda extra para servir como mão de obra para a empresa. “Queremos fazer uma parceria com um projeto com uma penitenciária feminina da Paraíba e passar para elas o nosso conhecimento. Além da renda, porque pagamos pelo processo de produção, conseguiríamos oferecer qualificação, integração e ressocialização”, diz.

Empresa cresceu 130% em um ano, mas tem limitações

Em 2023, a empresa faturou o teto máximo permitido ao microempreendedor individual (MEI), modelo em que se enquadra atualmente: R$ 7 mil mensais. O resultado corresponde a um crescimento de 130% em relação a 2022.

Os empresários fazem atualmente uma consultoria para tornar o negócio uma microempresa, com possibilidade maior de faturamento. O plano é que o negócio dobre de tamanho até o fim do ano, com o lançamento da primeira loja física da My Moon. Ela será feita em modelo replicável para que a marca possa ser franqueada no futuro.

Sem dinheiro para comprar um presente para uma amiga que estava fazendo aniversário, os pernambucanos Rafael Rezende, 33, e Carlos Fernandes Junior, 34, resolveram fabricá-lo. Designer de moda, Junior confeccionou do zero um bicho de pelúcia de unicórnio, que fez sucesso entre os convidados da festa. O casal viu, então, uma oportunidade de negócio e montou a My Moon, loja de pelúcias artesanais.

Ambos trabalhavam como autônomos: Rezende como cabeleireiro, e Junior como designer de moda. A situação ficou apertada com a chegada da pandemia de covid-19. As pelúcias seriam uma saída para que eles conseguissem uma renda extra naquele período. Para começar, em 2021, eles contaram com um limite de crédito de R$ 50 em um banco digital. “Era tudo que tínhamos”, revela Rezende.

Pedrinho, a preguiça mascote da My Moon Foto: Divulgação/My Moon

De imediato, o negócio prosperou. A primeira coleção “Fazendinha”, lançada em 2021, fez sucesso. Eles passaram a participar de feiras itinerantes, vendendo as pelúcias em João Pessoa (PB), onde moram há nove anos. Em 2023, a My Moon ficou no Top 10 da Expo Favela Innovation Paraíba, uma feira de negócios cujos expositores são empreendedores e startups da favela, representando o estado na etapa nacional em São Paulo.

“No começo, não pensamos muito. Não tivemos como arquitetar, fazer plano de negócio, pesquisa de campo… Dar certo era uma obrigação porque era uma necessidade e, por isso, fizemos de tudo para conseguir”, relata Rezende.

O nome My Moon (Minha Lua) foi inspirado em um dos gatos do casal. Diariamente, durante a pandemia do coronavírus, o pet subia no pergolado da varanda do apartamento e passava a noite contemplando a Lua.

“A pandemia foi um período de muita escuridão, esperávamos que a vida fosse parar de forma abrupta. Mas, à noite, há sempre a Lua para torná-la um pouco mais clara”, diz.

Pelúcias My Moon Foto: Divulgação/My Moon

Empresários criaram pelúcias que representam Brasil

O negócio se destaca pela aproximação com a realidade do País: a principal coleção da My Moon é inspirada na fauna brasileira. Tem o tucano, a capivara, a preguiça, a arara-azul, o jacaré-de-papo-amarelo, a onça-pintada, o boto-cor-de-rosa, entre outros.

“Essa foi uma das nossas principais sacadas de mercado. Geralmente, as pelúcias são fabricadas na China ou nos Estados Unidos, os nossos bichos não são bem representados. Então nós focamos nisso”, explica Rezende.

A marca trabalha hoje com outras oito coleções, como “Pets”, “Selvagens”, “Oceano” e “Pedrinho e sua turma”. Esta refere-se ao mascote da loja: uma preguiça, que Rezende e Fernandes levam para todos os eventos e viagens que fazem, representando a empresa. “Ele é todo amostrado”, brinca Rezende. O próximo lançamento será uma linha geek.

Pelúcias My Moon Foto: Divulgação/My Moon

No início, o casal fabricava os produtos sob demanda, o que permitiu que eles entendessem um pouco melhor no que as pessoas teriam interesse.

Hoje as pelúcias são padronizadas, com estoque de pronta entrega, mas cada pelúcia tem características próprias. “O jacaré é mais comprido, a cobra mais enrolada”, explica Rezende.

As pelúcias padrão variam de R$ 25 a R$ 120. As gigantes, como caracteriza Rezende, de até 1,5 metro, podem chegar a R$ 1.200. Os produtos são vendidos nas feiras por onde os empreendedores passam, nas redes sociais da marca ou no site. A marca comercializa, em média, 100 pelúcias por mês.

As pelúcias da My Moon são hipoalergênicas e feitas com biossegurança. Quando os olhos dos animais de pelúcia não são bordados, por exemplo, são inseridos com uma trava de segurança, o que impede que eles se soltem quando a criança manuseá-los.

“Desde o início, já procuramos o tecido dessa forma porque, apesar de ser mais caro, queríamos começar com essa mentalidade. Há muitas pelúcias mais em conta do que as nossas, mas não têm a mesma qualidade”, afirma Rezende.

Apartamento virou ateliê, e empreendedores fazem tudo sozinhos

Rezende e Junior trabalham sozinhos na empresa. São eles que criam e produzem as pelúcias, que realizam a venda dos produtos, fazem as publicações nas redes sociais e até o desenvolvimento do site. Os produtos são enviados para todo o Brasil e internacionalmente. Pelúcias da My Moon já chegaram à Alemanha e à Holanda.

O ateliê hoje ocupa praticamente todo o espaço do apartamento do casal. “Só sobrou o nosso quarto”, afirma Rezende. O sonho dos dois é de conseguir abrir uma unidade fabril em outro local para expandir o negócio.

Ateliê My Moon Foto: Divulgação/My Moon

Eles planejam qualificar pessoas que precisam de uma renda extra para servir como mão de obra para a empresa. “Queremos fazer uma parceria com um projeto com uma penitenciária feminina da Paraíba e passar para elas o nosso conhecimento. Além da renda, porque pagamos pelo processo de produção, conseguiríamos oferecer qualificação, integração e ressocialização”, diz.

Empresa cresceu 130% em um ano, mas tem limitações

Em 2023, a empresa faturou o teto máximo permitido ao microempreendedor individual (MEI), modelo em que se enquadra atualmente: R$ 7 mil mensais. O resultado corresponde a um crescimento de 130% em relação a 2022.

Os empresários fazem atualmente uma consultoria para tornar o negócio uma microempresa, com possibilidade maior de faturamento. O plano é que o negócio dobre de tamanho até o fim do ano, com o lançamento da primeira loja física da My Moon. Ela será feita em modelo replicável para que a marca possa ser franqueada no futuro.

Sem dinheiro para comprar um presente para uma amiga que estava fazendo aniversário, os pernambucanos Rafael Rezende, 33, e Carlos Fernandes Junior, 34, resolveram fabricá-lo. Designer de moda, Junior confeccionou do zero um bicho de pelúcia de unicórnio, que fez sucesso entre os convidados da festa. O casal viu, então, uma oportunidade de negócio e montou a My Moon, loja de pelúcias artesanais.

Ambos trabalhavam como autônomos: Rezende como cabeleireiro, e Junior como designer de moda. A situação ficou apertada com a chegada da pandemia de covid-19. As pelúcias seriam uma saída para que eles conseguissem uma renda extra naquele período. Para começar, em 2021, eles contaram com um limite de crédito de R$ 50 em um banco digital. “Era tudo que tínhamos”, revela Rezende.

Pedrinho, a preguiça mascote da My Moon Foto: Divulgação/My Moon

De imediato, o negócio prosperou. A primeira coleção “Fazendinha”, lançada em 2021, fez sucesso. Eles passaram a participar de feiras itinerantes, vendendo as pelúcias em João Pessoa (PB), onde moram há nove anos. Em 2023, a My Moon ficou no Top 10 da Expo Favela Innovation Paraíba, uma feira de negócios cujos expositores são empreendedores e startups da favela, representando o estado na etapa nacional em São Paulo.

“No começo, não pensamos muito. Não tivemos como arquitetar, fazer plano de negócio, pesquisa de campo… Dar certo era uma obrigação porque era uma necessidade e, por isso, fizemos de tudo para conseguir”, relata Rezende.

O nome My Moon (Minha Lua) foi inspirado em um dos gatos do casal. Diariamente, durante a pandemia do coronavírus, o pet subia no pergolado da varanda do apartamento e passava a noite contemplando a Lua.

“A pandemia foi um período de muita escuridão, esperávamos que a vida fosse parar de forma abrupta. Mas, à noite, há sempre a Lua para torná-la um pouco mais clara”, diz.

Pelúcias My Moon Foto: Divulgação/My Moon

Empresários criaram pelúcias que representam Brasil

O negócio se destaca pela aproximação com a realidade do País: a principal coleção da My Moon é inspirada na fauna brasileira. Tem o tucano, a capivara, a preguiça, a arara-azul, o jacaré-de-papo-amarelo, a onça-pintada, o boto-cor-de-rosa, entre outros.

“Essa foi uma das nossas principais sacadas de mercado. Geralmente, as pelúcias são fabricadas na China ou nos Estados Unidos, os nossos bichos não são bem representados. Então nós focamos nisso”, explica Rezende.

A marca trabalha hoje com outras oito coleções, como “Pets”, “Selvagens”, “Oceano” e “Pedrinho e sua turma”. Esta refere-se ao mascote da loja: uma preguiça, que Rezende e Fernandes levam para todos os eventos e viagens que fazem, representando a empresa. “Ele é todo amostrado”, brinca Rezende. O próximo lançamento será uma linha geek.

Pelúcias My Moon Foto: Divulgação/My Moon

No início, o casal fabricava os produtos sob demanda, o que permitiu que eles entendessem um pouco melhor no que as pessoas teriam interesse.

Hoje as pelúcias são padronizadas, com estoque de pronta entrega, mas cada pelúcia tem características próprias. “O jacaré é mais comprido, a cobra mais enrolada”, explica Rezende.

As pelúcias padrão variam de R$ 25 a R$ 120. As gigantes, como caracteriza Rezende, de até 1,5 metro, podem chegar a R$ 1.200. Os produtos são vendidos nas feiras por onde os empreendedores passam, nas redes sociais da marca ou no site. A marca comercializa, em média, 100 pelúcias por mês.

As pelúcias da My Moon são hipoalergênicas e feitas com biossegurança. Quando os olhos dos animais de pelúcia não são bordados, por exemplo, são inseridos com uma trava de segurança, o que impede que eles se soltem quando a criança manuseá-los.

“Desde o início, já procuramos o tecido dessa forma porque, apesar de ser mais caro, queríamos começar com essa mentalidade. Há muitas pelúcias mais em conta do que as nossas, mas não têm a mesma qualidade”, afirma Rezende.

Apartamento virou ateliê, e empreendedores fazem tudo sozinhos

Rezende e Junior trabalham sozinhos na empresa. São eles que criam e produzem as pelúcias, que realizam a venda dos produtos, fazem as publicações nas redes sociais e até o desenvolvimento do site. Os produtos são enviados para todo o Brasil e internacionalmente. Pelúcias da My Moon já chegaram à Alemanha e à Holanda.

O ateliê hoje ocupa praticamente todo o espaço do apartamento do casal. “Só sobrou o nosso quarto”, afirma Rezende. O sonho dos dois é de conseguir abrir uma unidade fabril em outro local para expandir o negócio.

Ateliê My Moon Foto: Divulgação/My Moon

Eles planejam qualificar pessoas que precisam de uma renda extra para servir como mão de obra para a empresa. “Queremos fazer uma parceria com um projeto com uma penitenciária feminina da Paraíba e passar para elas o nosso conhecimento. Além da renda, porque pagamos pelo processo de produção, conseguiríamos oferecer qualificação, integração e ressocialização”, diz.

Empresa cresceu 130% em um ano, mas tem limitações

Em 2023, a empresa faturou o teto máximo permitido ao microempreendedor individual (MEI), modelo em que se enquadra atualmente: R$ 7 mil mensais. O resultado corresponde a um crescimento de 130% em relação a 2022.

Os empresários fazem atualmente uma consultoria para tornar o negócio uma microempresa, com possibilidade maior de faturamento. O plano é que o negócio dobre de tamanho até o fim do ano, com o lançamento da primeira loja física da My Moon. Ela será feita em modelo replicável para que a marca possa ser franqueada no futuro.

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