Pizza Crek começou em Paraisópolis, já tem 2 franquias nos EUA e fatura mais de R$ 100 milhões


Pizza enrolada com massa fina e crocante custa R$ 18 em média; empresa surgiu em 2009 em bairro periférico de São Paulo, ficou endividada, mas cresceu e hoje tem 87 unidades no Brasil e mais duas na Califórnia

Por Felipe Siqueira
Atualização:

O empacotador de supermercado e bacharel em direito Paulo Rogério Moreira da Silva, de 38 anos, o Paulinho, e seu cunhado, o pizzaiolo Valber de Araujo Silva, 37, começaram um negócio há quase 15 anos: vender uma pizza enrolada com massa fina, crocante e individual. A Pizza Crek deu os primeiros passos em uma cozinha de um imóvel de três cômodos no Capão Redondo, bairro periférico na zona sul de São Paulo. A primeira loja foi aberta na comunidade de Paraisópolis, São Paulo.

Ficaram endividados, mas se recuperaram depois da entrada do advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos. Hoje a operação conta com 87 unidades no Brasil, além de duas nos EUA. A previsão é abrir mais 15 no País até o final deste ano. O faturamento no ano passado foi de R$ 113 milhões e a expectativa para este ano é de R$ 125 milhões. O preço médio da pizza é R$ 18. Conheça a seguir a história desses empreendedores.

Conheça o produto:

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Paulinho é muito carismático. Essa é a palavra que mais se ouve quando alguém vai descrevê-lo. De origem humilde, sempre almejou ser o primeiro de sua família a cursar uma faculdade. E assim o fez: aos 17 anos, começou na faculdade de direito. Até então, trabalhava como empacotador de supermercado, em uma região nobre de São Paulo.

Paulo Rogério Moreira da Silva, o Paulinho, sócio e fundador da Pizza Crek Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
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Estudante, lavador de copos e estagiário de direito

Após iniciar a vida acadêmica, Paulinho deixou o emprego no mercado e passou a ser freelancer como auxiliar de limpeza em eventos. Aos finais de semana, lavava copos para uma pizzaria. Nessa pizzaria, inclusive, formou-se o primeiro elo para o que seria, anos mais tarde, a Pizza Crek.

Em determinada noite, em meados de 2005, um grupo de advogados, que sempre frequentava o local às sextas-feiras, chegou para mais uma happy hour. Alguns dos trabalhadores da pizzaria disseram para o advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos, que Paulinho estava iniciando o estudo na área de direito.

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Marcos era advogado e sócio de um escritório na época. Eles conversaram, Paulinho se apresentou na segunda-feira seguinte na sede do escritório e passou a ser estagiário.

Uma demissão e a ideia de uma pizza diferente

Isso se manteve por mais ou menos quatro anos. Até que Paulo cometeu um erro e foi demitido. Podemos chamar esse evento de terceiro elo. Sim, terceiro. O segundo morava com Paulinho.

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No começo da faculdade, ele começou a namorar com quem, atualmente, é esposa dele. E, na época, Paulinho a levou para morar com ele, já que a situação da moça não era das mais fáceis. Além dela, a mãe e o irmão se mudaram juntos. E aqui é o segundo elo.

Ao chegar em casa, no Capão Redondo, em algum momento no ano de 2009, Paulinho conversou com o irmão de sua então namorada. Era Valber de Araujo Silva, pizzaiolo desde os 13 anos de idade. Com medo, já que havia perdido sua renda, Paulinho perguntou para Valber:

- E agora?

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Valber prontamente respondeu:

- Eu tenho isso aqui que eu faço para comer na pizzaria. Podemos tentar vender em eventos.

Valber, sócio e fundador da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
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Massa fina, crocante e individual

Sentado no sofá de casa e logo após experimentar o que seria o produto, Paulinho batizou a iguaria, criada por Valber, de Pizza Crek. Inicialmente, era Pizza Creek. Acabou mudando para Crek, justamente, por causa da crocância da massa.

E o que é este produto? É uma pizza individual em formato cilíndrico com massa fina e crocante. A massa é enrolada com o recheio escolhido pelo cliente.

“É um produto inovador. Prático, crocante, chega na casa dos nossos clientes com o diferencial de que as pessoas podem escolher um sabor de maneira individual. Se a filha gosta de um sabor e o pai e mãe preferem outros, a gente consegue atender”, explica Valber.

A Pizza Crek possui sabores individuais  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Problemas de gestão e dívida com agiota

A partir disso, a saga para fazer a marca acontecer começou. Em pouco tempo, abriram a primeira loja, em Paraisópolis. E uma das grandes apostas era fazer eventos.

Só que alguns problemas começaram a surgir. Isso porque eles não tinham capital para manter o negócio. Quando conseguiam eventos, alugavam equipamentos, como era o caso do forno. Não controlavam o estoque, o que fazia com que vendessem tudo antes de a festa acabar e pegavam cartões e dinheiro emprestados com familiares.

As dívidas foram aumentando muito, até que chegaram ao ponto de contrair uma com agiota. Mais tarde, isso fez com que perdessem um carro.

“É muito difícil quebrar essa barreira quando você vem de origem humilde, quando não tem a pegada de empreendedorismo e não tem uma situação financeira boa”, afirma Paulinho.

Planejamento financeiro é fundamental

O consultor do Sebrae-SP Adriano Monteiro explica que, resumidamente, existem dois tipos de empreendedores: por oportunidade e por necessidade.

O primeiro grupo tem condição de se estruturar na hora de abrir um negócio. Já o segundo, que é a maioria, não tem. Eles precisam começar algo logo porque, por exemplo, perderam o emprego, como é o caso de Paulinho.

E as implicações, especialmente as financeiras, são sérias. “Ele não desenvolve todos os pilares que são necessários para empreender, como entender o comportamento dele enquanto empreendedor e saber se tem maturidade para empreender.”

Monteiro também afirma que toda empresa tem muitas despesas e dívidas. Por isso é preciso fazer um bom planejamento financeiro e entender como funciona o crédito no mercado.

“Um equipamento que você pode parcelar e que vai durar o tempo deste parcelamento faz com que você evite um desembolso de capital. E isso vai se pagar dentro da operação.”

Além disso, outros gastos devem ser considerados, como matéria-prima, embalagem, água, luz e telefone.

“O problema é que, muitas vezes, quando o empreendedor começa a entender operação, já está dentro dessa ‘corrida de ratos’. Entra no crédito rotativo para sustentar a empresa”, completa.

O terceiro sócio e o crescimento

A dinâmica foi assim até por volta de 2013, no início do segundo semestre. Paulinho conta que apareceram em um programa de TV e, depois disso, o telefone começou a tocar. “Eu fiquei meio sem saber como prosseguir. Aí eu liguei para o Marcos”, fala.

Marcos era o ex-chefe dele, do escritório de advocacia. Eles sempre mantinham contato. Mesmo após a demissão de Paulinho, Marcos, que já pagava a faculdade dele, assim o fez até o final do curso.

Marcos, o terceiro sócio  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Um episódio de câncer o fez avaliar a ideia de entrar no negócio com calma. “Eu queria ter uma ou duas lojas. Se eu morresse, por conta de já ter tido uma doença séria, não ia faltar leite na casa dos meus filhos, que eram pequenos.” Assim, com a entrada do terceiro sócio, foi formado o trio atual da marca.

Com a expertise de advogado e gestor, colocou a casa em ordem. Pagou todas as dívidas de Paulinho e Valber e concedeu um salário para eles, até a empresa se estruturar e conseguir pagar pró-labore e dividir lucros.

“Eu não colocaria dinheiro se fosse uma lanchonete ou uma pizzaria comum. Eu enxerguei com eles uma oportunidade de criar um novo mercado, um novo conceito para se alimentar.”

Marcos diz que a evolução foi acontecendo de maneira natural. Segundo ele, os três têm personalidades distintas, que, juntas, resultam em um bom time. “O Paulo é um cara super comercial e carismático, eu sou um cara mais focado em planejamento e estruturação na parte jurídica e de mercado, e o Valber é um artista da cozinha.”

Paulinho, Marcos e Valber; os sócios da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

A abertura de franquias

Após essa reestruturação, a marca começou a andar com as próprias pernas. A Pizza Crek foi tendo uma boa aceitação e crescendo. Em pouco tempo, a procura de possíveis franqueados passou a aumentar.

“Veio o primeiro interessado em modelo de franquia. Depois o segundo, o terceiro, até chegarmos a 30 pedidos por semana. Ali eu vi que a gente precisava se organizar”, comenta Marcos. A primeira unidade neste modelo foi aberta em 2016.

Além da atuação no Brasil, a marca tem duas unidades em funcionamento nos Estados Unidos, em Los Angeles, na Califórnia. Essa oportunidade surgiu da mesma maneira que as franquias nacionais: procuraram a Pizza Crek para que as franquias fossem instaladas.

Mas eles explicam que o investimento na América do Norte é muito pesado, principalmente quando se pensa no marketing. A demanda existe, mas eles estão à procura de alguém para tocar o negócio diretamente dos EUA. “Tocar daqui (do Brasil) é inviável e improdutivo, vou tirar energia do que nós estamos fazendo aqui”, conclui Marcos.

Quanto custa uma franquia da Pizza Crek

Investimento inicial total estimado: a partir de R$ 250 mil

Royalties/mês: 6% do Faturamento

Taxa de manutenção/mês: 1% do Faturamento

Faturamento médio mensal: R$ 100 mil

Lucro médio mensal: 15%

Prazo de retorno: 22 meses

Prazo de contrato: 5 anos

O empacotador de supermercado e bacharel em direito Paulo Rogério Moreira da Silva, de 38 anos, o Paulinho, e seu cunhado, o pizzaiolo Valber de Araujo Silva, 37, começaram um negócio há quase 15 anos: vender uma pizza enrolada com massa fina, crocante e individual. A Pizza Crek deu os primeiros passos em uma cozinha de um imóvel de três cômodos no Capão Redondo, bairro periférico na zona sul de São Paulo. A primeira loja foi aberta na comunidade de Paraisópolis, São Paulo.

Ficaram endividados, mas se recuperaram depois da entrada do advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos. Hoje a operação conta com 87 unidades no Brasil, além de duas nos EUA. A previsão é abrir mais 15 no País até o final deste ano. O faturamento no ano passado foi de R$ 113 milhões e a expectativa para este ano é de R$ 125 milhões. O preço médio da pizza é R$ 18. Conheça a seguir a história desses empreendedores.

Conheça o produto:

Paulinho é muito carismático. Essa é a palavra que mais se ouve quando alguém vai descrevê-lo. De origem humilde, sempre almejou ser o primeiro de sua família a cursar uma faculdade. E assim o fez: aos 17 anos, começou na faculdade de direito. Até então, trabalhava como empacotador de supermercado, em uma região nobre de São Paulo.

Paulo Rogério Moreira da Silva, o Paulinho, sócio e fundador da Pizza Crek Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Estudante, lavador de copos e estagiário de direito

Após iniciar a vida acadêmica, Paulinho deixou o emprego no mercado e passou a ser freelancer como auxiliar de limpeza em eventos. Aos finais de semana, lavava copos para uma pizzaria. Nessa pizzaria, inclusive, formou-se o primeiro elo para o que seria, anos mais tarde, a Pizza Crek.

Em determinada noite, em meados de 2005, um grupo de advogados, que sempre frequentava o local às sextas-feiras, chegou para mais uma happy hour. Alguns dos trabalhadores da pizzaria disseram para o advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos, que Paulinho estava iniciando o estudo na área de direito.

Marcos era advogado e sócio de um escritório na época. Eles conversaram, Paulinho se apresentou na segunda-feira seguinte na sede do escritório e passou a ser estagiário.

Uma demissão e a ideia de uma pizza diferente

Isso se manteve por mais ou menos quatro anos. Até que Paulo cometeu um erro e foi demitido. Podemos chamar esse evento de terceiro elo. Sim, terceiro. O segundo morava com Paulinho.

No começo da faculdade, ele começou a namorar com quem, atualmente, é esposa dele. E, na época, Paulinho a levou para morar com ele, já que a situação da moça não era das mais fáceis. Além dela, a mãe e o irmão se mudaram juntos. E aqui é o segundo elo.

Ao chegar em casa, no Capão Redondo, em algum momento no ano de 2009, Paulinho conversou com o irmão de sua então namorada. Era Valber de Araujo Silva, pizzaiolo desde os 13 anos de idade. Com medo, já que havia perdido sua renda, Paulinho perguntou para Valber:

- E agora?

Valber prontamente respondeu:

- Eu tenho isso aqui que eu faço para comer na pizzaria. Podemos tentar vender em eventos.

Valber, sócio e fundador da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Massa fina, crocante e individual

Sentado no sofá de casa e logo após experimentar o que seria o produto, Paulinho batizou a iguaria, criada por Valber, de Pizza Crek. Inicialmente, era Pizza Creek. Acabou mudando para Crek, justamente, por causa da crocância da massa.

E o que é este produto? É uma pizza individual em formato cilíndrico com massa fina e crocante. A massa é enrolada com o recheio escolhido pelo cliente.

“É um produto inovador. Prático, crocante, chega na casa dos nossos clientes com o diferencial de que as pessoas podem escolher um sabor de maneira individual. Se a filha gosta de um sabor e o pai e mãe preferem outros, a gente consegue atender”, explica Valber.

A Pizza Crek possui sabores individuais  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Problemas de gestão e dívida com agiota

A partir disso, a saga para fazer a marca acontecer começou. Em pouco tempo, abriram a primeira loja, em Paraisópolis. E uma das grandes apostas era fazer eventos.

Só que alguns problemas começaram a surgir. Isso porque eles não tinham capital para manter o negócio. Quando conseguiam eventos, alugavam equipamentos, como era o caso do forno. Não controlavam o estoque, o que fazia com que vendessem tudo antes de a festa acabar e pegavam cartões e dinheiro emprestados com familiares.

As dívidas foram aumentando muito, até que chegaram ao ponto de contrair uma com agiota. Mais tarde, isso fez com que perdessem um carro.

“É muito difícil quebrar essa barreira quando você vem de origem humilde, quando não tem a pegada de empreendedorismo e não tem uma situação financeira boa”, afirma Paulinho.

Planejamento financeiro é fundamental

O consultor do Sebrae-SP Adriano Monteiro explica que, resumidamente, existem dois tipos de empreendedores: por oportunidade e por necessidade.

O primeiro grupo tem condição de se estruturar na hora de abrir um negócio. Já o segundo, que é a maioria, não tem. Eles precisam começar algo logo porque, por exemplo, perderam o emprego, como é o caso de Paulinho.

E as implicações, especialmente as financeiras, são sérias. “Ele não desenvolve todos os pilares que são necessários para empreender, como entender o comportamento dele enquanto empreendedor e saber se tem maturidade para empreender.”

Monteiro também afirma que toda empresa tem muitas despesas e dívidas. Por isso é preciso fazer um bom planejamento financeiro e entender como funciona o crédito no mercado.

“Um equipamento que você pode parcelar e que vai durar o tempo deste parcelamento faz com que você evite um desembolso de capital. E isso vai se pagar dentro da operação.”

Além disso, outros gastos devem ser considerados, como matéria-prima, embalagem, água, luz e telefone.

“O problema é que, muitas vezes, quando o empreendedor começa a entender operação, já está dentro dessa ‘corrida de ratos’. Entra no crédito rotativo para sustentar a empresa”, completa.

O terceiro sócio e o crescimento

A dinâmica foi assim até por volta de 2013, no início do segundo semestre. Paulinho conta que apareceram em um programa de TV e, depois disso, o telefone começou a tocar. “Eu fiquei meio sem saber como prosseguir. Aí eu liguei para o Marcos”, fala.

Marcos era o ex-chefe dele, do escritório de advocacia. Eles sempre mantinham contato. Mesmo após a demissão de Paulinho, Marcos, que já pagava a faculdade dele, assim o fez até o final do curso.

Marcos, o terceiro sócio  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Um episódio de câncer o fez avaliar a ideia de entrar no negócio com calma. “Eu queria ter uma ou duas lojas. Se eu morresse, por conta de já ter tido uma doença séria, não ia faltar leite na casa dos meus filhos, que eram pequenos.” Assim, com a entrada do terceiro sócio, foi formado o trio atual da marca.

Com a expertise de advogado e gestor, colocou a casa em ordem. Pagou todas as dívidas de Paulinho e Valber e concedeu um salário para eles, até a empresa se estruturar e conseguir pagar pró-labore e dividir lucros.

“Eu não colocaria dinheiro se fosse uma lanchonete ou uma pizzaria comum. Eu enxerguei com eles uma oportunidade de criar um novo mercado, um novo conceito para se alimentar.”

Marcos diz que a evolução foi acontecendo de maneira natural. Segundo ele, os três têm personalidades distintas, que, juntas, resultam em um bom time. “O Paulo é um cara super comercial e carismático, eu sou um cara mais focado em planejamento e estruturação na parte jurídica e de mercado, e o Valber é um artista da cozinha.”

Paulinho, Marcos e Valber; os sócios da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

A abertura de franquias

Após essa reestruturação, a marca começou a andar com as próprias pernas. A Pizza Crek foi tendo uma boa aceitação e crescendo. Em pouco tempo, a procura de possíveis franqueados passou a aumentar.

“Veio o primeiro interessado em modelo de franquia. Depois o segundo, o terceiro, até chegarmos a 30 pedidos por semana. Ali eu vi que a gente precisava se organizar”, comenta Marcos. A primeira unidade neste modelo foi aberta em 2016.

Além da atuação no Brasil, a marca tem duas unidades em funcionamento nos Estados Unidos, em Los Angeles, na Califórnia. Essa oportunidade surgiu da mesma maneira que as franquias nacionais: procuraram a Pizza Crek para que as franquias fossem instaladas.

Mas eles explicam que o investimento na América do Norte é muito pesado, principalmente quando se pensa no marketing. A demanda existe, mas eles estão à procura de alguém para tocar o negócio diretamente dos EUA. “Tocar daqui (do Brasil) é inviável e improdutivo, vou tirar energia do que nós estamos fazendo aqui”, conclui Marcos.

Quanto custa uma franquia da Pizza Crek

Investimento inicial total estimado: a partir de R$ 250 mil

Royalties/mês: 6% do Faturamento

Taxa de manutenção/mês: 1% do Faturamento

Faturamento médio mensal: R$ 100 mil

Lucro médio mensal: 15%

Prazo de retorno: 22 meses

Prazo de contrato: 5 anos

O empacotador de supermercado e bacharel em direito Paulo Rogério Moreira da Silva, de 38 anos, o Paulinho, e seu cunhado, o pizzaiolo Valber de Araujo Silva, 37, começaram um negócio há quase 15 anos: vender uma pizza enrolada com massa fina, crocante e individual. A Pizza Crek deu os primeiros passos em uma cozinha de um imóvel de três cômodos no Capão Redondo, bairro periférico na zona sul de São Paulo. A primeira loja foi aberta na comunidade de Paraisópolis, São Paulo.

Ficaram endividados, mas se recuperaram depois da entrada do advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos. Hoje a operação conta com 87 unidades no Brasil, além de duas nos EUA. A previsão é abrir mais 15 no País até o final deste ano. O faturamento no ano passado foi de R$ 113 milhões e a expectativa para este ano é de R$ 125 milhões. O preço médio da pizza é R$ 18. Conheça a seguir a história desses empreendedores.

Conheça o produto:

Paulinho é muito carismático. Essa é a palavra que mais se ouve quando alguém vai descrevê-lo. De origem humilde, sempre almejou ser o primeiro de sua família a cursar uma faculdade. E assim o fez: aos 17 anos, começou na faculdade de direito. Até então, trabalhava como empacotador de supermercado, em uma região nobre de São Paulo.

Paulo Rogério Moreira da Silva, o Paulinho, sócio e fundador da Pizza Crek Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Estudante, lavador de copos e estagiário de direito

Após iniciar a vida acadêmica, Paulinho deixou o emprego no mercado e passou a ser freelancer como auxiliar de limpeza em eventos. Aos finais de semana, lavava copos para uma pizzaria. Nessa pizzaria, inclusive, formou-se o primeiro elo para o que seria, anos mais tarde, a Pizza Crek.

Em determinada noite, em meados de 2005, um grupo de advogados, que sempre frequentava o local às sextas-feiras, chegou para mais uma happy hour. Alguns dos trabalhadores da pizzaria disseram para o advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos, que Paulinho estava iniciando o estudo na área de direito.

Marcos era advogado e sócio de um escritório na época. Eles conversaram, Paulinho se apresentou na segunda-feira seguinte na sede do escritório e passou a ser estagiário.

Uma demissão e a ideia de uma pizza diferente

Isso se manteve por mais ou menos quatro anos. Até que Paulo cometeu um erro e foi demitido. Podemos chamar esse evento de terceiro elo. Sim, terceiro. O segundo morava com Paulinho.

No começo da faculdade, ele começou a namorar com quem, atualmente, é esposa dele. E, na época, Paulinho a levou para morar com ele, já que a situação da moça não era das mais fáceis. Além dela, a mãe e o irmão se mudaram juntos. E aqui é o segundo elo.

Ao chegar em casa, no Capão Redondo, em algum momento no ano de 2009, Paulinho conversou com o irmão de sua então namorada. Era Valber de Araujo Silva, pizzaiolo desde os 13 anos de idade. Com medo, já que havia perdido sua renda, Paulinho perguntou para Valber:

- E agora?

Valber prontamente respondeu:

- Eu tenho isso aqui que eu faço para comer na pizzaria. Podemos tentar vender em eventos.

Valber, sócio e fundador da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Massa fina, crocante e individual

Sentado no sofá de casa e logo após experimentar o que seria o produto, Paulinho batizou a iguaria, criada por Valber, de Pizza Crek. Inicialmente, era Pizza Creek. Acabou mudando para Crek, justamente, por causa da crocância da massa.

E o que é este produto? É uma pizza individual em formato cilíndrico com massa fina e crocante. A massa é enrolada com o recheio escolhido pelo cliente.

“É um produto inovador. Prático, crocante, chega na casa dos nossos clientes com o diferencial de que as pessoas podem escolher um sabor de maneira individual. Se a filha gosta de um sabor e o pai e mãe preferem outros, a gente consegue atender”, explica Valber.

A Pizza Crek possui sabores individuais  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Problemas de gestão e dívida com agiota

A partir disso, a saga para fazer a marca acontecer começou. Em pouco tempo, abriram a primeira loja, em Paraisópolis. E uma das grandes apostas era fazer eventos.

Só que alguns problemas começaram a surgir. Isso porque eles não tinham capital para manter o negócio. Quando conseguiam eventos, alugavam equipamentos, como era o caso do forno. Não controlavam o estoque, o que fazia com que vendessem tudo antes de a festa acabar e pegavam cartões e dinheiro emprestados com familiares.

As dívidas foram aumentando muito, até que chegaram ao ponto de contrair uma com agiota. Mais tarde, isso fez com que perdessem um carro.

“É muito difícil quebrar essa barreira quando você vem de origem humilde, quando não tem a pegada de empreendedorismo e não tem uma situação financeira boa”, afirma Paulinho.

Planejamento financeiro é fundamental

O consultor do Sebrae-SP Adriano Monteiro explica que, resumidamente, existem dois tipos de empreendedores: por oportunidade e por necessidade.

O primeiro grupo tem condição de se estruturar na hora de abrir um negócio. Já o segundo, que é a maioria, não tem. Eles precisam começar algo logo porque, por exemplo, perderam o emprego, como é o caso de Paulinho.

E as implicações, especialmente as financeiras, são sérias. “Ele não desenvolve todos os pilares que são necessários para empreender, como entender o comportamento dele enquanto empreendedor e saber se tem maturidade para empreender.”

Monteiro também afirma que toda empresa tem muitas despesas e dívidas. Por isso é preciso fazer um bom planejamento financeiro e entender como funciona o crédito no mercado.

“Um equipamento que você pode parcelar e que vai durar o tempo deste parcelamento faz com que você evite um desembolso de capital. E isso vai se pagar dentro da operação.”

Além disso, outros gastos devem ser considerados, como matéria-prima, embalagem, água, luz e telefone.

“O problema é que, muitas vezes, quando o empreendedor começa a entender operação, já está dentro dessa ‘corrida de ratos’. Entra no crédito rotativo para sustentar a empresa”, completa.

O terceiro sócio e o crescimento

A dinâmica foi assim até por volta de 2013, no início do segundo semestre. Paulinho conta que apareceram em um programa de TV e, depois disso, o telefone começou a tocar. “Eu fiquei meio sem saber como prosseguir. Aí eu liguei para o Marcos”, fala.

Marcos era o ex-chefe dele, do escritório de advocacia. Eles sempre mantinham contato. Mesmo após a demissão de Paulinho, Marcos, que já pagava a faculdade dele, assim o fez até o final do curso.

Marcos, o terceiro sócio  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Um episódio de câncer o fez avaliar a ideia de entrar no negócio com calma. “Eu queria ter uma ou duas lojas. Se eu morresse, por conta de já ter tido uma doença séria, não ia faltar leite na casa dos meus filhos, que eram pequenos.” Assim, com a entrada do terceiro sócio, foi formado o trio atual da marca.

Com a expertise de advogado e gestor, colocou a casa em ordem. Pagou todas as dívidas de Paulinho e Valber e concedeu um salário para eles, até a empresa se estruturar e conseguir pagar pró-labore e dividir lucros.

“Eu não colocaria dinheiro se fosse uma lanchonete ou uma pizzaria comum. Eu enxerguei com eles uma oportunidade de criar um novo mercado, um novo conceito para se alimentar.”

Marcos diz que a evolução foi acontecendo de maneira natural. Segundo ele, os três têm personalidades distintas, que, juntas, resultam em um bom time. “O Paulo é um cara super comercial e carismático, eu sou um cara mais focado em planejamento e estruturação na parte jurídica e de mercado, e o Valber é um artista da cozinha.”

Paulinho, Marcos e Valber; os sócios da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

A abertura de franquias

Após essa reestruturação, a marca começou a andar com as próprias pernas. A Pizza Crek foi tendo uma boa aceitação e crescendo. Em pouco tempo, a procura de possíveis franqueados passou a aumentar.

“Veio o primeiro interessado em modelo de franquia. Depois o segundo, o terceiro, até chegarmos a 30 pedidos por semana. Ali eu vi que a gente precisava se organizar”, comenta Marcos. A primeira unidade neste modelo foi aberta em 2016.

Além da atuação no Brasil, a marca tem duas unidades em funcionamento nos Estados Unidos, em Los Angeles, na Califórnia. Essa oportunidade surgiu da mesma maneira que as franquias nacionais: procuraram a Pizza Crek para que as franquias fossem instaladas.

Mas eles explicam que o investimento na América do Norte é muito pesado, principalmente quando se pensa no marketing. A demanda existe, mas eles estão à procura de alguém para tocar o negócio diretamente dos EUA. “Tocar daqui (do Brasil) é inviável e improdutivo, vou tirar energia do que nós estamos fazendo aqui”, conclui Marcos.

Quanto custa uma franquia da Pizza Crek

Investimento inicial total estimado: a partir de R$ 250 mil

Royalties/mês: 6% do Faturamento

Taxa de manutenção/mês: 1% do Faturamento

Faturamento médio mensal: R$ 100 mil

Lucro médio mensal: 15%

Prazo de retorno: 22 meses

Prazo de contrato: 5 anos

O empacotador de supermercado e bacharel em direito Paulo Rogério Moreira da Silva, de 38 anos, o Paulinho, e seu cunhado, o pizzaiolo Valber de Araujo Silva, 37, começaram um negócio há quase 15 anos: vender uma pizza enrolada com massa fina, crocante e individual. A Pizza Crek deu os primeiros passos em uma cozinha de um imóvel de três cômodos no Capão Redondo, bairro periférico na zona sul de São Paulo. A primeira loja foi aberta na comunidade de Paraisópolis, São Paulo.

Ficaram endividados, mas se recuperaram depois da entrada do advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos. Hoje a operação conta com 87 unidades no Brasil, além de duas nos EUA. A previsão é abrir mais 15 no País até o final deste ano. O faturamento no ano passado foi de R$ 113 milhões e a expectativa para este ano é de R$ 125 milhões. O preço médio da pizza é R$ 18. Conheça a seguir a história desses empreendedores.

Conheça o produto:

Paulinho é muito carismático. Essa é a palavra que mais se ouve quando alguém vai descrevê-lo. De origem humilde, sempre almejou ser o primeiro de sua família a cursar uma faculdade. E assim o fez: aos 17 anos, começou na faculdade de direito. Até então, trabalhava como empacotador de supermercado, em uma região nobre de São Paulo.

Paulo Rogério Moreira da Silva, o Paulinho, sócio e fundador da Pizza Crek Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Estudante, lavador de copos e estagiário de direito

Após iniciar a vida acadêmica, Paulinho deixou o emprego no mercado e passou a ser freelancer como auxiliar de limpeza em eventos. Aos finais de semana, lavava copos para uma pizzaria. Nessa pizzaria, inclusive, formou-se o primeiro elo para o que seria, anos mais tarde, a Pizza Crek.

Em determinada noite, em meados de 2005, um grupo de advogados, que sempre frequentava o local às sextas-feiras, chegou para mais uma happy hour. Alguns dos trabalhadores da pizzaria disseram para o advogado Marcos de Carvalho Pagliaro, 50 anos, que Paulinho estava iniciando o estudo na área de direito.

Marcos era advogado e sócio de um escritório na época. Eles conversaram, Paulinho se apresentou na segunda-feira seguinte na sede do escritório e passou a ser estagiário.

Uma demissão e a ideia de uma pizza diferente

Isso se manteve por mais ou menos quatro anos. Até que Paulo cometeu um erro e foi demitido. Podemos chamar esse evento de terceiro elo. Sim, terceiro. O segundo morava com Paulinho.

No começo da faculdade, ele começou a namorar com quem, atualmente, é esposa dele. E, na época, Paulinho a levou para morar com ele, já que a situação da moça não era das mais fáceis. Além dela, a mãe e o irmão se mudaram juntos. E aqui é o segundo elo.

Ao chegar em casa, no Capão Redondo, em algum momento no ano de 2009, Paulinho conversou com o irmão de sua então namorada. Era Valber de Araujo Silva, pizzaiolo desde os 13 anos de idade. Com medo, já que havia perdido sua renda, Paulinho perguntou para Valber:

- E agora?

Valber prontamente respondeu:

- Eu tenho isso aqui que eu faço para comer na pizzaria. Podemos tentar vender em eventos.

Valber, sócio e fundador da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Massa fina, crocante e individual

Sentado no sofá de casa e logo após experimentar o que seria o produto, Paulinho batizou a iguaria, criada por Valber, de Pizza Crek. Inicialmente, era Pizza Creek. Acabou mudando para Crek, justamente, por causa da crocância da massa.

E o que é este produto? É uma pizza individual em formato cilíndrico com massa fina e crocante. A massa é enrolada com o recheio escolhido pelo cliente.

“É um produto inovador. Prático, crocante, chega na casa dos nossos clientes com o diferencial de que as pessoas podem escolher um sabor de maneira individual. Se a filha gosta de um sabor e o pai e mãe preferem outros, a gente consegue atender”, explica Valber.

A Pizza Crek possui sabores individuais  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Problemas de gestão e dívida com agiota

A partir disso, a saga para fazer a marca acontecer começou. Em pouco tempo, abriram a primeira loja, em Paraisópolis. E uma das grandes apostas era fazer eventos.

Só que alguns problemas começaram a surgir. Isso porque eles não tinham capital para manter o negócio. Quando conseguiam eventos, alugavam equipamentos, como era o caso do forno. Não controlavam o estoque, o que fazia com que vendessem tudo antes de a festa acabar e pegavam cartões e dinheiro emprestados com familiares.

As dívidas foram aumentando muito, até que chegaram ao ponto de contrair uma com agiota. Mais tarde, isso fez com que perdessem um carro.

“É muito difícil quebrar essa barreira quando você vem de origem humilde, quando não tem a pegada de empreendedorismo e não tem uma situação financeira boa”, afirma Paulinho.

Planejamento financeiro é fundamental

O consultor do Sebrae-SP Adriano Monteiro explica que, resumidamente, existem dois tipos de empreendedores: por oportunidade e por necessidade.

O primeiro grupo tem condição de se estruturar na hora de abrir um negócio. Já o segundo, que é a maioria, não tem. Eles precisam começar algo logo porque, por exemplo, perderam o emprego, como é o caso de Paulinho.

E as implicações, especialmente as financeiras, são sérias. “Ele não desenvolve todos os pilares que são necessários para empreender, como entender o comportamento dele enquanto empreendedor e saber se tem maturidade para empreender.”

Monteiro também afirma que toda empresa tem muitas despesas e dívidas. Por isso é preciso fazer um bom planejamento financeiro e entender como funciona o crédito no mercado.

“Um equipamento que você pode parcelar e que vai durar o tempo deste parcelamento faz com que você evite um desembolso de capital. E isso vai se pagar dentro da operação.”

Além disso, outros gastos devem ser considerados, como matéria-prima, embalagem, água, luz e telefone.

“O problema é que, muitas vezes, quando o empreendedor começa a entender operação, já está dentro dessa ‘corrida de ratos’. Entra no crédito rotativo para sustentar a empresa”, completa.

O terceiro sócio e o crescimento

A dinâmica foi assim até por volta de 2013, no início do segundo semestre. Paulinho conta que apareceram em um programa de TV e, depois disso, o telefone começou a tocar. “Eu fiquei meio sem saber como prosseguir. Aí eu liguei para o Marcos”, fala.

Marcos era o ex-chefe dele, do escritório de advocacia. Eles sempre mantinham contato. Mesmo após a demissão de Paulinho, Marcos, que já pagava a faculdade dele, assim o fez até o final do curso.

Marcos, o terceiro sócio  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Um episódio de câncer o fez avaliar a ideia de entrar no negócio com calma. “Eu queria ter uma ou duas lojas. Se eu morresse, por conta de já ter tido uma doença séria, não ia faltar leite na casa dos meus filhos, que eram pequenos.” Assim, com a entrada do terceiro sócio, foi formado o trio atual da marca.

Com a expertise de advogado e gestor, colocou a casa em ordem. Pagou todas as dívidas de Paulinho e Valber e concedeu um salário para eles, até a empresa se estruturar e conseguir pagar pró-labore e dividir lucros.

“Eu não colocaria dinheiro se fosse uma lanchonete ou uma pizzaria comum. Eu enxerguei com eles uma oportunidade de criar um novo mercado, um novo conceito para se alimentar.”

Marcos diz que a evolução foi acontecendo de maneira natural. Segundo ele, os três têm personalidades distintas, que, juntas, resultam em um bom time. “O Paulo é um cara super comercial e carismático, eu sou um cara mais focado em planejamento e estruturação na parte jurídica e de mercado, e o Valber é um artista da cozinha.”

Paulinho, Marcos e Valber; os sócios da Pizza Crek  Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

A abertura de franquias

Após essa reestruturação, a marca começou a andar com as próprias pernas. A Pizza Crek foi tendo uma boa aceitação e crescendo. Em pouco tempo, a procura de possíveis franqueados passou a aumentar.

“Veio o primeiro interessado em modelo de franquia. Depois o segundo, o terceiro, até chegarmos a 30 pedidos por semana. Ali eu vi que a gente precisava se organizar”, comenta Marcos. A primeira unidade neste modelo foi aberta em 2016.

Além da atuação no Brasil, a marca tem duas unidades em funcionamento nos Estados Unidos, em Los Angeles, na Califórnia. Essa oportunidade surgiu da mesma maneira que as franquias nacionais: procuraram a Pizza Crek para que as franquias fossem instaladas.

Mas eles explicam que o investimento na América do Norte é muito pesado, principalmente quando se pensa no marketing. A demanda existe, mas eles estão à procura de alguém para tocar o negócio diretamente dos EUA. “Tocar daqui (do Brasil) é inviável e improdutivo, vou tirar energia do que nós estamos fazendo aqui”, conclui Marcos.

Quanto custa uma franquia da Pizza Crek

Investimento inicial total estimado: a partir de R$ 250 mil

Royalties/mês: 6% do Faturamento

Taxa de manutenção/mês: 1% do Faturamento

Faturamento médio mensal: R$ 100 mil

Lucro médio mensal: 15%

Prazo de retorno: 22 meses

Prazo de contrato: 5 anos

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