Como PMEs podem captar dinheiro além dos bancos tradicionais


Alternativas inserem os pequenos negócios no mercado de capitais com tecnologia, praticidade e formação de apoiadores

Por Ludimila Honorato
Atualização:

Com a Selic a 13,75%, as taxas de juros para empréstimos em bancos também ficam altas. O cenário é pouco atrativo para pequenas e médias empresas que precisam de capital, pois a contração da dívida pode bagunçar ainda mais as contas se não houver planejamento. Como alternativa, empreendedores podem recorrer a financiamentos menos tradicionais que aliam segurança e tecnologia.

No mundo dos investimentos, há modalidades de financiamento coletivo (crowdfunding), por exemplo, em que vários investidores oferecem dinheiro para determinada empresa em troca de uma porcentagem da receita. Outras formas de captar recursos são com investidores-anjo ou emissão de títulos de dívida para financiar projetos, as debêntures.

Ricardo Wendel, CEO da DIVI-hub Foto: Divulgação DIVI hub
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Alguns meios de obter capital necessitam que a empresa esteja melhor estruturada, com escala e robusta. Para os pequenos negócios, há opções de formar uma base de apoiadores ainda no começo da operação. E para quem investe, é possível começar com pouco dinheiro.

A plataforma DIVI-hub, por exemplo, conecta quem quer investir com quem precisa do dinheiro, e em algumas oportunidades pode-se começar com R$ 10. “Nosso instrumento não é pautado em dívida, a princípio. São investimentos com risco”, explica o CEO Ricardo Wendel.

Ele conta que a startup atua em dois formatos. Em um, a plataforma oferece investimentos coletivos, em sociedade, em que o investidor não entra no contrato social da empresa investida. Segundo Wendel, o modelo não compromete captações futuras que a companhia venha a fazer.

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No outro, de revenue share (compartilhamento de receita), a empresa divide uma porcentagem da receita bruta por um tempo determinado. No período, a pessoa pode ganhar o prometido, mais ou menos, a depender do escalonamento e ativação da base apoiadora para fazer o negócio crescer. “A porcentagem é definida pelo potencial da empresa”, explica Wendel.

Além do retorno financeiro, quem investe também conta com benefícios exclusivos, como ocorre em um financiamento coletivo tradicional. Em outubro, o aplicativo de moda iFashion buscou captação por meio da DIVI-hub para investir no lançamento da plataforma. Em contrapartida, ofertou cinco pacotes de acordo com o valor do investimento.

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Na cota inicial, de R$ 500, o investidor teria acesso antecipado ao lançamento de novas lojas no app, kit de boné e camiseta, participação em grupo exclusivo e cupons de desconto. Com a cota mais alta, de R$ 100 mil, o envolvimento com a empresa se daria no status de conselheiro, participação em discussões estratégicas e cashback em todas as compras no app.

Wendel destaca o engajamento como diferencial desse modelo de negócio. “A grande vantagem é apelar para investidores numa mesma plataforma, numa mesma oferta pública e formar uma base de apoiadores”, diz.

Ele menciona o exemplo da Love Cabaret, casa noturna paulistana localizada no antigo imóvel da boate Love Story. Em junho deste ano, a empresa captou R$ 1 milhão em 42 minutos para o projeto de inauguração com a DIVI-hub.

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“Eles têm um grupo de WhatsApp com investidores, apresentam as novidades do empreendimento, formas de ganhar dinheiro, e os próprios investidores falam do que gostam, opinam no cardápio, trouxeram parceiros e fornecedores. É uma rede de relacionamento mais efetiva”, fala o CEO da plataforma de financiamento.

Para os empreendedores que desejam captar recursos fora dos bancos tradicionais, a reportagem traz cinco alternativas a seguir.

Equity crowdfunding

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Nesse modelo, que é o trabalhado pela DIVI-hub, os investidores injetam dinheiro em um financiamento coletivo para uma empresa. Em troca, além do retorno financeiro, podem receber benefícios exclusivos.

A captação não é pautada em dívida, a princípio, e o empreendedor tem acesso a vários investidores em uma única plataforma, sendo que esta fica responsável por fazer a divisão da receita ou do lucro para quem investiu.

Investidores-anjo

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São pessoas físicas ou jurídicas que investem em empresas com alto potencial de crescimento, que podem estar no início da operação. Além do suporte financeiro, a pessoa investidora pode gerar networking e levar conhecimento estratégico para a companhia.

A ressalva é que, geralmente, investidores-anjo têm uma cartela variada de negócios e acabam investindo “pouco” em cada um - mas que pode ser o suficiente para alguns empreendedores.

Club deal

O formato é usado por fundos de private equity, ou seja, uma estratégia privada, que não envolve oferta pública, como no equity crowdfunding. Aqui, um grupo de investidores se unem para adquirir empresas ou participação societária com a intenção de promover o crescimento do negócio pela união das forças.

Venture capital

Voltado para empresas de até médio porte com alto potencial de escala, a captação depende do preparo do empreendedor para vender o negócio e, claro, da solidez da empresa. Nesse caso, os donos de negócio têm de “bater na porta” do investidor e fazer um bom pitch. Algumas empresas de venture capital mediam essa conexão.

Debêntures

São títulos de crédito que empresas podem emitir por meio de uma agência para serem negociados no mercado de capitais. É um tipo de empréstimo, e quem compra as debêntures financia o negócio para algum projeto específico. A fintech GYRA+, por exemplo, capta dinheiro por meio das debêntures para, depois, oferecê-lo como crédito a pequenas e médias empresas.

Com a Selic a 13,75%, as taxas de juros para empréstimos em bancos também ficam altas. O cenário é pouco atrativo para pequenas e médias empresas que precisam de capital, pois a contração da dívida pode bagunçar ainda mais as contas se não houver planejamento. Como alternativa, empreendedores podem recorrer a financiamentos menos tradicionais que aliam segurança e tecnologia.

No mundo dos investimentos, há modalidades de financiamento coletivo (crowdfunding), por exemplo, em que vários investidores oferecem dinheiro para determinada empresa em troca de uma porcentagem da receita. Outras formas de captar recursos são com investidores-anjo ou emissão de títulos de dívida para financiar projetos, as debêntures.

Ricardo Wendel, CEO da DIVI-hub Foto: Divulgação DIVI hub

Alguns meios de obter capital necessitam que a empresa esteja melhor estruturada, com escala e robusta. Para os pequenos negócios, há opções de formar uma base de apoiadores ainda no começo da operação. E para quem investe, é possível começar com pouco dinheiro.

A plataforma DIVI-hub, por exemplo, conecta quem quer investir com quem precisa do dinheiro, e em algumas oportunidades pode-se começar com R$ 10. “Nosso instrumento não é pautado em dívida, a princípio. São investimentos com risco”, explica o CEO Ricardo Wendel.

Ele conta que a startup atua em dois formatos. Em um, a plataforma oferece investimentos coletivos, em sociedade, em que o investidor não entra no contrato social da empresa investida. Segundo Wendel, o modelo não compromete captações futuras que a companhia venha a fazer.

No outro, de revenue share (compartilhamento de receita), a empresa divide uma porcentagem da receita bruta por um tempo determinado. No período, a pessoa pode ganhar o prometido, mais ou menos, a depender do escalonamento e ativação da base apoiadora para fazer o negócio crescer. “A porcentagem é definida pelo potencial da empresa”, explica Wendel.

Além do retorno financeiro, quem investe também conta com benefícios exclusivos, como ocorre em um financiamento coletivo tradicional. Em outubro, o aplicativo de moda iFashion buscou captação por meio da DIVI-hub para investir no lançamento da plataforma. Em contrapartida, ofertou cinco pacotes de acordo com o valor do investimento.

Na cota inicial, de R$ 500, o investidor teria acesso antecipado ao lançamento de novas lojas no app, kit de boné e camiseta, participação em grupo exclusivo e cupons de desconto. Com a cota mais alta, de R$ 100 mil, o envolvimento com a empresa se daria no status de conselheiro, participação em discussões estratégicas e cashback em todas as compras no app.

Wendel destaca o engajamento como diferencial desse modelo de negócio. “A grande vantagem é apelar para investidores numa mesma plataforma, numa mesma oferta pública e formar uma base de apoiadores”, diz.

Ele menciona o exemplo da Love Cabaret, casa noturna paulistana localizada no antigo imóvel da boate Love Story. Em junho deste ano, a empresa captou R$ 1 milhão em 42 minutos para o projeto de inauguração com a DIVI-hub.

“Eles têm um grupo de WhatsApp com investidores, apresentam as novidades do empreendimento, formas de ganhar dinheiro, e os próprios investidores falam do que gostam, opinam no cardápio, trouxeram parceiros e fornecedores. É uma rede de relacionamento mais efetiva”, fala o CEO da plataforma de financiamento.

Para os empreendedores que desejam captar recursos fora dos bancos tradicionais, a reportagem traz cinco alternativas a seguir.

Equity crowdfunding

Nesse modelo, que é o trabalhado pela DIVI-hub, os investidores injetam dinheiro em um financiamento coletivo para uma empresa. Em troca, além do retorno financeiro, podem receber benefícios exclusivos.

A captação não é pautada em dívida, a princípio, e o empreendedor tem acesso a vários investidores em uma única plataforma, sendo que esta fica responsável por fazer a divisão da receita ou do lucro para quem investiu.

Investidores-anjo

São pessoas físicas ou jurídicas que investem em empresas com alto potencial de crescimento, que podem estar no início da operação. Além do suporte financeiro, a pessoa investidora pode gerar networking e levar conhecimento estratégico para a companhia.

A ressalva é que, geralmente, investidores-anjo têm uma cartela variada de negócios e acabam investindo “pouco” em cada um - mas que pode ser o suficiente para alguns empreendedores.

Club deal

O formato é usado por fundos de private equity, ou seja, uma estratégia privada, que não envolve oferta pública, como no equity crowdfunding. Aqui, um grupo de investidores se unem para adquirir empresas ou participação societária com a intenção de promover o crescimento do negócio pela união das forças.

Venture capital

Voltado para empresas de até médio porte com alto potencial de escala, a captação depende do preparo do empreendedor para vender o negócio e, claro, da solidez da empresa. Nesse caso, os donos de negócio têm de “bater na porta” do investidor e fazer um bom pitch. Algumas empresas de venture capital mediam essa conexão.

Debêntures

São títulos de crédito que empresas podem emitir por meio de uma agência para serem negociados no mercado de capitais. É um tipo de empréstimo, e quem compra as debêntures financia o negócio para algum projeto específico. A fintech GYRA+, por exemplo, capta dinheiro por meio das debêntures para, depois, oferecê-lo como crédito a pequenas e médias empresas.

Com a Selic a 13,75%, as taxas de juros para empréstimos em bancos também ficam altas. O cenário é pouco atrativo para pequenas e médias empresas que precisam de capital, pois a contração da dívida pode bagunçar ainda mais as contas se não houver planejamento. Como alternativa, empreendedores podem recorrer a financiamentos menos tradicionais que aliam segurança e tecnologia.

No mundo dos investimentos, há modalidades de financiamento coletivo (crowdfunding), por exemplo, em que vários investidores oferecem dinheiro para determinada empresa em troca de uma porcentagem da receita. Outras formas de captar recursos são com investidores-anjo ou emissão de títulos de dívida para financiar projetos, as debêntures.

Ricardo Wendel, CEO da DIVI-hub Foto: Divulgação DIVI hub

Alguns meios de obter capital necessitam que a empresa esteja melhor estruturada, com escala e robusta. Para os pequenos negócios, há opções de formar uma base de apoiadores ainda no começo da operação. E para quem investe, é possível começar com pouco dinheiro.

A plataforma DIVI-hub, por exemplo, conecta quem quer investir com quem precisa do dinheiro, e em algumas oportunidades pode-se começar com R$ 10. “Nosso instrumento não é pautado em dívida, a princípio. São investimentos com risco”, explica o CEO Ricardo Wendel.

Ele conta que a startup atua em dois formatos. Em um, a plataforma oferece investimentos coletivos, em sociedade, em que o investidor não entra no contrato social da empresa investida. Segundo Wendel, o modelo não compromete captações futuras que a companhia venha a fazer.

No outro, de revenue share (compartilhamento de receita), a empresa divide uma porcentagem da receita bruta por um tempo determinado. No período, a pessoa pode ganhar o prometido, mais ou menos, a depender do escalonamento e ativação da base apoiadora para fazer o negócio crescer. “A porcentagem é definida pelo potencial da empresa”, explica Wendel.

Além do retorno financeiro, quem investe também conta com benefícios exclusivos, como ocorre em um financiamento coletivo tradicional. Em outubro, o aplicativo de moda iFashion buscou captação por meio da DIVI-hub para investir no lançamento da plataforma. Em contrapartida, ofertou cinco pacotes de acordo com o valor do investimento.

Na cota inicial, de R$ 500, o investidor teria acesso antecipado ao lançamento de novas lojas no app, kit de boné e camiseta, participação em grupo exclusivo e cupons de desconto. Com a cota mais alta, de R$ 100 mil, o envolvimento com a empresa se daria no status de conselheiro, participação em discussões estratégicas e cashback em todas as compras no app.

Wendel destaca o engajamento como diferencial desse modelo de negócio. “A grande vantagem é apelar para investidores numa mesma plataforma, numa mesma oferta pública e formar uma base de apoiadores”, diz.

Ele menciona o exemplo da Love Cabaret, casa noturna paulistana localizada no antigo imóvel da boate Love Story. Em junho deste ano, a empresa captou R$ 1 milhão em 42 minutos para o projeto de inauguração com a DIVI-hub.

“Eles têm um grupo de WhatsApp com investidores, apresentam as novidades do empreendimento, formas de ganhar dinheiro, e os próprios investidores falam do que gostam, opinam no cardápio, trouxeram parceiros e fornecedores. É uma rede de relacionamento mais efetiva”, fala o CEO da plataforma de financiamento.

Para os empreendedores que desejam captar recursos fora dos bancos tradicionais, a reportagem traz cinco alternativas a seguir.

Equity crowdfunding

Nesse modelo, que é o trabalhado pela DIVI-hub, os investidores injetam dinheiro em um financiamento coletivo para uma empresa. Em troca, além do retorno financeiro, podem receber benefícios exclusivos.

A captação não é pautada em dívida, a princípio, e o empreendedor tem acesso a vários investidores em uma única plataforma, sendo que esta fica responsável por fazer a divisão da receita ou do lucro para quem investiu.

Investidores-anjo

São pessoas físicas ou jurídicas que investem em empresas com alto potencial de crescimento, que podem estar no início da operação. Além do suporte financeiro, a pessoa investidora pode gerar networking e levar conhecimento estratégico para a companhia.

A ressalva é que, geralmente, investidores-anjo têm uma cartela variada de negócios e acabam investindo “pouco” em cada um - mas que pode ser o suficiente para alguns empreendedores.

Club deal

O formato é usado por fundos de private equity, ou seja, uma estratégia privada, que não envolve oferta pública, como no equity crowdfunding. Aqui, um grupo de investidores se unem para adquirir empresas ou participação societária com a intenção de promover o crescimento do negócio pela união das forças.

Venture capital

Voltado para empresas de até médio porte com alto potencial de escala, a captação depende do preparo do empreendedor para vender o negócio e, claro, da solidez da empresa. Nesse caso, os donos de negócio têm de “bater na porta” do investidor e fazer um bom pitch. Algumas empresas de venture capital mediam essa conexão.

Debêntures

São títulos de crédito que empresas podem emitir por meio de uma agência para serem negociados no mercado de capitais. É um tipo de empréstimo, e quem compra as debêntures financia o negócio para algum projeto específico. A fintech GYRA+, por exemplo, capta dinheiro por meio das debêntures para, depois, oferecê-lo como crédito a pequenas e médias empresas.

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