Redes sociais transformam rotina de sacoleiras digitais


Profissionais escolhem produtos e falam com fornecedores sem sair de casa, mas sonho continua sendo o de ter uma loja física

Por Fernanda Bastos
Atualização:

Sacolas pesadas, horas de viagens de ônibus e sobra de sola de sapato. Daqui a alguns anos, essa jornada das sacoleiras pode ficar no passado. Com as redes sociais, muitas buscam fornecedores de forma online e revendem seus produtos por meio de catálogos e fotos na internet.

Segundo pesquisa de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o mercado de venda direta no País tem cerca de 4 milhões de empreendedores, sendo que 20,6% usam a internet para revender. Outros 18% usam o WhatsApp e cerca de 14,9% usam as mídias sociais.

Bianca Amaral Sobroza, de Campo Grande (MS) concentra todas as vendas pelo aplicativo de mensagens. Apaixonada por bijuterias e acessórios, ela viu na venda dos produtos uma forma de complementar a renda. Aos 35 anos, Bianca é servidora pública, formada em Direito, mas acredita que tem “uma veia para empreender”.

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Na primeira compra, em outubro do ano passado, Bianca investiu R$ 400 em acessórios. Dois meses depois, em dezembro, já fez uma compra de R$ 2 mil. “Desde então só foi aumentando”, afirma.

Bijuterias vendidas por Bianca Amaral Foto: Arquivo Pessoal

De brincos e colares, passando por “xuxinhas” e “liguinhas” de cabelo até chegar em cintos de couro, Bianca pesquisa os acessórios que são tendência de compra e entra em contato com fornecedores de São Paulo e de Belo Horizonte. Pede fotos, analisa o catálogo, confere as novidades semanais nas listas de transmissão nas quais já está inserida e seleciona as peças que deseja. Tudo de forma online.

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Ela destaca que não faz a divulgação dos seus produtos em outras redes sociais, mas que colegas de trabalho e amigas costumam comprar. “É que as pessoas, além de não terem tempo, elas não têm mais paciência. Elas não têm mais vontade e nem disposição para ir a shoppings e a lojas. Então a comodidade que a venda online traz é indiscutível para a cliente”, ressalta.

Normalmente, muitas da profissionais que trabalham com esse mercado é informal, que está em alta no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade no País foi de 40% da população ocupada no 2º trimestre de 2022. O número de trabalhadores informais chegou a quase 39,3 milhões em junho deste ano, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2015.

O reaquecimento do mercado de trabalho depois dos dois primeiros anos de pandemia vem sendo puxado pela informalidade.

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Sacoleira youtuber

Foi no mercado informal que Priscilla Rosa dos Santos também começou a revender cosméticos, acessórios e roupas infantis em 2009, alguns meses após sua filha, Luiza Valenthina, nascer. Moradora de Embu das Artes, na Grande São Paulo, ela deixou o trabalho de vendedora de shopping para conseguir cuidar da filha por tempo integral e trabalhar de casa.

Live ajudou Priscilla a turbinar as vendas em loja física Foto: Marcelo Chello / Estadão
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“Como a maioria das mulheres, há uma dificuldade em continuar no mercado de trabalho, principalmente para trabalhar no shopping. Eu trabalhava de segunda a segunda.” Segundo ela, a dificuldade era encontrar alguém para cuidar de criança no fim de semana. “Não tinha ninguém da família que pudesse cuidar. Aí tinha de dar meus pulos.”

Empreendedora por necessidade, investiu R$ 500 reais na primeira compra com o sonho de um dia ter sua própria loja. Após alguns anos, em 2014, começou a revender na internet, por meio do Facebook. “Dentro da minha casa, conseguia às vezes ganhar mais do que meu esposo que saía todo dia para trabalhar”, destaca.

Já no Youtube criou um canal, em 2017, para dar dicas de fornecedores, finanças e empreendedorismo para outras sacoleiras, que hoje conta com 38,4 mil inscritos e 816.649 visualizações. “Queria ajudar mães que querem ficar perto dos filhos, mas precisam ter uma renda, porque não dá para depender do marido.” Para Priscilla, a maior vantagem das redes sociais é o alcance. “Já fiz envio para Amazonas, mesmo como sacoleira, depois do canal. Você consegue viver de internet, mas você não consegue viver sem internet.”

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Priscilla chegou a abrir uma loja física em 2019. Em 2021, depois de um novo lockdown por causa da pandemia, Priscilla anunciou que a loja física iria fechar, mas após uma live no Instagram com foco na venda de produtos, os dois meses de aluguel atrasados foram arrecadados durante seis horas de transmissão online. Assim, a revendedora começou a investir em mais posts patrocinados, se planejar e estudar novas estratégias nas redes sociais.

Com foco no mercado de roupas de festa infantis, Priscilla fatura, em média, de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês e pretende abrir uma loja no shopping. Com posts patrocinados no Instagram, sua marca conta com mais de 6 mil seguidores e tem cerca de dois mil clientes somente no WhatsApp.

Sacolas pesadas, horas de viagens de ônibus e sobra de sola de sapato. Daqui a alguns anos, essa jornada das sacoleiras pode ficar no passado. Com as redes sociais, muitas buscam fornecedores de forma online e revendem seus produtos por meio de catálogos e fotos na internet.

Segundo pesquisa de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o mercado de venda direta no País tem cerca de 4 milhões de empreendedores, sendo que 20,6% usam a internet para revender. Outros 18% usam o WhatsApp e cerca de 14,9% usam as mídias sociais.

Bianca Amaral Sobroza, de Campo Grande (MS) concentra todas as vendas pelo aplicativo de mensagens. Apaixonada por bijuterias e acessórios, ela viu na venda dos produtos uma forma de complementar a renda. Aos 35 anos, Bianca é servidora pública, formada em Direito, mas acredita que tem “uma veia para empreender”.

Na primeira compra, em outubro do ano passado, Bianca investiu R$ 400 em acessórios. Dois meses depois, em dezembro, já fez uma compra de R$ 2 mil. “Desde então só foi aumentando”, afirma.

Bijuterias vendidas por Bianca Amaral Foto: Arquivo Pessoal

De brincos e colares, passando por “xuxinhas” e “liguinhas” de cabelo até chegar em cintos de couro, Bianca pesquisa os acessórios que são tendência de compra e entra em contato com fornecedores de São Paulo e de Belo Horizonte. Pede fotos, analisa o catálogo, confere as novidades semanais nas listas de transmissão nas quais já está inserida e seleciona as peças que deseja. Tudo de forma online.

Ela destaca que não faz a divulgação dos seus produtos em outras redes sociais, mas que colegas de trabalho e amigas costumam comprar. “É que as pessoas, além de não terem tempo, elas não têm mais paciência. Elas não têm mais vontade e nem disposição para ir a shoppings e a lojas. Então a comodidade que a venda online traz é indiscutível para a cliente”, ressalta.

Normalmente, muitas da profissionais que trabalham com esse mercado é informal, que está em alta no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade no País foi de 40% da população ocupada no 2º trimestre de 2022. O número de trabalhadores informais chegou a quase 39,3 milhões em junho deste ano, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2015.

O reaquecimento do mercado de trabalho depois dos dois primeiros anos de pandemia vem sendo puxado pela informalidade.

Sacoleira youtuber

Foi no mercado informal que Priscilla Rosa dos Santos também começou a revender cosméticos, acessórios e roupas infantis em 2009, alguns meses após sua filha, Luiza Valenthina, nascer. Moradora de Embu das Artes, na Grande São Paulo, ela deixou o trabalho de vendedora de shopping para conseguir cuidar da filha por tempo integral e trabalhar de casa.

Live ajudou Priscilla a turbinar as vendas em loja física Foto: Marcelo Chello / Estadão

“Como a maioria das mulheres, há uma dificuldade em continuar no mercado de trabalho, principalmente para trabalhar no shopping. Eu trabalhava de segunda a segunda.” Segundo ela, a dificuldade era encontrar alguém para cuidar de criança no fim de semana. “Não tinha ninguém da família que pudesse cuidar. Aí tinha de dar meus pulos.”

Empreendedora por necessidade, investiu R$ 500 reais na primeira compra com o sonho de um dia ter sua própria loja. Após alguns anos, em 2014, começou a revender na internet, por meio do Facebook. “Dentro da minha casa, conseguia às vezes ganhar mais do que meu esposo que saía todo dia para trabalhar”, destaca.

Já no Youtube criou um canal, em 2017, para dar dicas de fornecedores, finanças e empreendedorismo para outras sacoleiras, que hoje conta com 38,4 mil inscritos e 816.649 visualizações. “Queria ajudar mães que querem ficar perto dos filhos, mas precisam ter uma renda, porque não dá para depender do marido.” Para Priscilla, a maior vantagem das redes sociais é o alcance. “Já fiz envio para Amazonas, mesmo como sacoleira, depois do canal. Você consegue viver de internet, mas você não consegue viver sem internet.”

Priscilla chegou a abrir uma loja física em 2019. Em 2021, depois de um novo lockdown por causa da pandemia, Priscilla anunciou que a loja física iria fechar, mas após uma live no Instagram com foco na venda de produtos, os dois meses de aluguel atrasados foram arrecadados durante seis horas de transmissão online. Assim, a revendedora começou a investir em mais posts patrocinados, se planejar e estudar novas estratégias nas redes sociais.

Com foco no mercado de roupas de festa infantis, Priscilla fatura, em média, de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês e pretende abrir uma loja no shopping. Com posts patrocinados no Instagram, sua marca conta com mais de 6 mil seguidores e tem cerca de dois mil clientes somente no WhatsApp.

Sacolas pesadas, horas de viagens de ônibus e sobra de sola de sapato. Daqui a alguns anos, essa jornada das sacoleiras pode ficar no passado. Com as redes sociais, muitas buscam fornecedores de forma online e revendem seus produtos por meio de catálogos e fotos na internet.

Segundo pesquisa de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o mercado de venda direta no País tem cerca de 4 milhões de empreendedores, sendo que 20,6% usam a internet para revender. Outros 18% usam o WhatsApp e cerca de 14,9% usam as mídias sociais.

Bianca Amaral Sobroza, de Campo Grande (MS) concentra todas as vendas pelo aplicativo de mensagens. Apaixonada por bijuterias e acessórios, ela viu na venda dos produtos uma forma de complementar a renda. Aos 35 anos, Bianca é servidora pública, formada em Direito, mas acredita que tem “uma veia para empreender”.

Na primeira compra, em outubro do ano passado, Bianca investiu R$ 400 em acessórios. Dois meses depois, em dezembro, já fez uma compra de R$ 2 mil. “Desde então só foi aumentando”, afirma.

Bijuterias vendidas por Bianca Amaral Foto: Arquivo Pessoal

De brincos e colares, passando por “xuxinhas” e “liguinhas” de cabelo até chegar em cintos de couro, Bianca pesquisa os acessórios que são tendência de compra e entra em contato com fornecedores de São Paulo e de Belo Horizonte. Pede fotos, analisa o catálogo, confere as novidades semanais nas listas de transmissão nas quais já está inserida e seleciona as peças que deseja. Tudo de forma online.

Ela destaca que não faz a divulgação dos seus produtos em outras redes sociais, mas que colegas de trabalho e amigas costumam comprar. “É que as pessoas, além de não terem tempo, elas não têm mais paciência. Elas não têm mais vontade e nem disposição para ir a shoppings e a lojas. Então a comodidade que a venda online traz é indiscutível para a cliente”, ressalta.

Normalmente, muitas da profissionais que trabalham com esse mercado é informal, que está em alta no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade no País foi de 40% da população ocupada no 2º trimestre de 2022. O número de trabalhadores informais chegou a quase 39,3 milhões em junho deste ano, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2015.

O reaquecimento do mercado de trabalho depois dos dois primeiros anos de pandemia vem sendo puxado pela informalidade.

Sacoleira youtuber

Foi no mercado informal que Priscilla Rosa dos Santos também começou a revender cosméticos, acessórios e roupas infantis em 2009, alguns meses após sua filha, Luiza Valenthina, nascer. Moradora de Embu das Artes, na Grande São Paulo, ela deixou o trabalho de vendedora de shopping para conseguir cuidar da filha por tempo integral e trabalhar de casa.

Live ajudou Priscilla a turbinar as vendas em loja física Foto: Marcelo Chello / Estadão

“Como a maioria das mulheres, há uma dificuldade em continuar no mercado de trabalho, principalmente para trabalhar no shopping. Eu trabalhava de segunda a segunda.” Segundo ela, a dificuldade era encontrar alguém para cuidar de criança no fim de semana. “Não tinha ninguém da família que pudesse cuidar. Aí tinha de dar meus pulos.”

Empreendedora por necessidade, investiu R$ 500 reais na primeira compra com o sonho de um dia ter sua própria loja. Após alguns anos, em 2014, começou a revender na internet, por meio do Facebook. “Dentro da minha casa, conseguia às vezes ganhar mais do que meu esposo que saía todo dia para trabalhar”, destaca.

Já no Youtube criou um canal, em 2017, para dar dicas de fornecedores, finanças e empreendedorismo para outras sacoleiras, que hoje conta com 38,4 mil inscritos e 816.649 visualizações. “Queria ajudar mães que querem ficar perto dos filhos, mas precisam ter uma renda, porque não dá para depender do marido.” Para Priscilla, a maior vantagem das redes sociais é o alcance. “Já fiz envio para Amazonas, mesmo como sacoleira, depois do canal. Você consegue viver de internet, mas você não consegue viver sem internet.”

Priscilla chegou a abrir uma loja física em 2019. Em 2021, depois de um novo lockdown por causa da pandemia, Priscilla anunciou que a loja física iria fechar, mas após uma live no Instagram com foco na venda de produtos, os dois meses de aluguel atrasados foram arrecadados durante seis horas de transmissão online. Assim, a revendedora começou a investir em mais posts patrocinados, se planejar e estudar novas estratégias nas redes sociais.

Com foco no mercado de roupas de festa infantis, Priscilla fatura, em média, de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês e pretende abrir uma loja no shopping. Com posts patrocinados no Instagram, sua marca conta com mais de 6 mil seguidores e tem cerca de dois mil clientes somente no WhatsApp.

Sacolas pesadas, horas de viagens de ônibus e sobra de sola de sapato. Daqui a alguns anos, essa jornada das sacoleiras pode ficar no passado. Com as redes sociais, muitas buscam fornecedores de forma online e revendem seus produtos por meio de catálogos e fotos na internet.

Segundo pesquisa de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o mercado de venda direta no País tem cerca de 4 milhões de empreendedores, sendo que 20,6% usam a internet para revender. Outros 18% usam o WhatsApp e cerca de 14,9% usam as mídias sociais.

Bianca Amaral Sobroza, de Campo Grande (MS) concentra todas as vendas pelo aplicativo de mensagens. Apaixonada por bijuterias e acessórios, ela viu na venda dos produtos uma forma de complementar a renda. Aos 35 anos, Bianca é servidora pública, formada em Direito, mas acredita que tem “uma veia para empreender”.

Na primeira compra, em outubro do ano passado, Bianca investiu R$ 400 em acessórios. Dois meses depois, em dezembro, já fez uma compra de R$ 2 mil. “Desde então só foi aumentando”, afirma.

Bijuterias vendidas por Bianca Amaral Foto: Arquivo Pessoal

De brincos e colares, passando por “xuxinhas” e “liguinhas” de cabelo até chegar em cintos de couro, Bianca pesquisa os acessórios que são tendência de compra e entra em contato com fornecedores de São Paulo e de Belo Horizonte. Pede fotos, analisa o catálogo, confere as novidades semanais nas listas de transmissão nas quais já está inserida e seleciona as peças que deseja. Tudo de forma online.

Ela destaca que não faz a divulgação dos seus produtos em outras redes sociais, mas que colegas de trabalho e amigas costumam comprar. “É que as pessoas, além de não terem tempo, elas não têm mais paciência. Elas não têm mais vontade e nem disposição para ir a shoppings e a lojas. Então a comodidade que a venda online traz é indiscutível para a cliente”, ressalta.

Normalmente, muitas da profissionais que trabalham com esse mercado é informal, que está em alta no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade no País foi de 40% da população ocupada no 2º trimestre de 2022. O número de trabalhadores informais chegou a quase 39,3 milhões em junho deste ano, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2015.

O reaquecimento do mercado de trabalho depois dos dois primeiros anos de pandemia vem sendo puxado pela informalidade.

Sacoleira youtuber

Foi no mercado informal que Priscilla Rosa dos Santos também começou a revender cosméticos, acessórios e roupas infantis em 2009, alguns meses após sua filha, Luiza Valenthina, nascer. Moradora de Embu das Artes, na Grande São Paulo, ela deixou o trabalho de vendedora de shopping para conseguir cuidar da filha por tempo integral e trabalhar de casa.

Live ajudou Priscilla a turbinar as vendas em loja física Foto: Marcelo Chello / Estadão

“Como a maioria das mulheres, há uma dificuldade em continuar no mercado de trabalho, principalmente para trabalhar no shopping. Eu trabalhava de segunda a segunda.” Segundo ela, a dificuldade era encontrar alguém para cuidar de criança no fim de semana. “Não tinha ninguém da família que pudesse cuidar. Aí tinha de dar meus pulos.”

Empreendedora por necessidade, investiu R$ 500 reais na primeira compra com o sonho de um dia ter sua própria loja. Após alguns anos, em 2014, começou a revender na internet, por meio do Facebook. “Dentro da minha casa, conseguia às vezes ganhar mais do que meu esposo que saía todo dia para trabalhar”, destaca.

Já no Youtube criou um canal, em 2017, para dar dicas de fornecedores, finanças e empreendedorismo para outras sacoleiras, que hoje conta com 38,4 mil inscritos e 816.649 visualizações. “Queria ajudar mães que querem ficar perto dos filhos, mas precisam ter uma renda, porque não dá para depender do marido.” Para Priscilla, a maior vantagem das redes sociais é o alcance. “Já fiz envio para Amazonas, mesmo como sacoleira, depois do canal. Você consegue viver de internet, mas você não consegue viver sem internet.”

Priscilla chegou a abrir uma loja física em 2019. Em 2021, depois de um novo lockdown por causa da pandemia, Priscilla anunciou que a loja física iria fechar, mas após uma live no Instagram com foco na venda de produtos, os dois meses de aluguel atrasados foram arrecadados durante seis horas de transmissão online. Assim, a revendedora começou a investir em mais posts patrocinados, se planejar e estudar novas estratégias nas redes sociais.

Com foco no mercado de roupas de festa infantis, Priscilla fatura, em média, de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês e pretende abrir uma loja no shopping. Com posts patrocinados no Instagram, sua marca conta com mais de 6 mil seguidores e tem cerca de dois mil clientes somente no WhatsApp.

Sacolas pesadas, horas de viagens de ônibus e sobra de sola de sapato. Daqui a alguns anos, essa jornada das sacoleiras pode ficar no passado. Com as redes sociais, muitas buscam fornecedores de forma online e revendem seus produtos por meio de catálogos e fotos na internet.

Segundo pesquisa de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o mercado de venda direta no País tem cerca de 4 milhões de empreendedores, sendo que 20,6% usam a internet para revender. Outros 18% usam o WhatsApp e cerca de 14,9% usam as mídias sociais.

Bianca Amaral Sobroza, de Campo Grande (MS) concentra todas as vendas pelo aplicativo de mensagens. Apaixonada por bijuterias e acessórios, ela viu na venda dos produtos uma forma de complementar a renda. Aos 35 anos, Bianca é servidora pública, formada em Direito, mas acredita que tem “uma veia para empreender”.

Na primeira compra, em outubro do ano passado, Bianca investiu R$ 400 em acessórios. Dois meses depois, em dezembro, já fez uma compra de R$ 2 mil. “Desde então só foi aumentando”, afirma.

Bijuterias vendidas por Bianca Amaral Foto: Arquivo Pessoal

De brincos e colares, passando por “xuxinhas” e “liguinhas” de cabelo até chegar em cintos de couro, Bianca pesquisa os acessórios que são tendência de compra e entra em contato com fornecedores de São Paulo e de Belo Horizonte. Pede fotos, analisa o catálogo, confere as novidades semanais nas listas de transmissão nas quais já está inserida e seleciona as peças que deseja. Tudo de forma online.

Ela destaca que não faz a divulgação dos seus produtos em outras redes sociais, mas que colegas de trabalho e amigas costumam comprar. “É que as pessoas, além de não terem tempo, elas não têm mais paciência. Elas não têm mais vontade e nem disposição para ir a shoppings e a lojas. Então a comodidade que a venda online traz é indiscutível para a cliente”, ressalta.

Normalmente, muitas da profissionais que trabalham com esse mercado é informal, que está em alta no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de informalidade no País foi de 40% da população ocupada no 2º trimestre de 2022. O número de trabalhadores informais chegou a quase 39,3 milhões em junho deste ano, recorde da série histórica do indicador, iniciada em 2015.

O reaquecimento do mercado de trabalho depois dos dois primeiros anos de pandemia vem sendo puxado pela informalidade.

Sacoleira youtuber

Foi no mercado informal que Priscilla Rosa dos Santos também começou a revender cosméticos, acessórios e roupas infantis em 2009, alguns meses após sua filha, Luiza Valenthina, nascer. Moradora de Embu das Artes, na Grande São Paulo, ela deixou o trabalho de vendedora de shopping para conseguir cuidar da filha por tempo integral e trabalhar de casa.

Live ajudou Priscilla a turbinar as vendas em loja física Foto: Marcelo Chello / Estadão

“Como a maioria das mulheres, há uma dificuldade em continuar no mercado de trabalho, principalmente para trabalhar no shopping. Eu trabalhava de segunda a segunda.” Segundo ela, a dificuldade era encontrar alguém para cuidar de criança no fim de semana. “Não tinha ninguém da família que pudesse cuidar. Aí tinha de dar meus pulos.”

Empreendedora por necessidade, investiu R$ 500 reais na primeira compra com o sonho de um dia ter sua própria loja. Após alguns anos, em 2014, começou a revender na internet, por meio do Facebook. “Dentro da minha casa, conseguia às vezes ganhar mais do que meu esposo que saía todo dia para trabalhar”, destaca.

Já no Youtube criou um canal, em 2017, para dar dicas de fornecedores, finanças e empreendedorismo para outras sacoleiras, que hoje conta com 38,4 mil inscritos e 816.649 visualizações. “Queria ajudar mães que querem ficar perto dos filhos, mas precisam ter uma renda, porque não dá para depender do marido.” Para Priscilla, a maior vantagem das redes sociais é o alcance. “Já fiz envio para Amazonas, mesmo como sacoleira, depois do canal. Você consegue viver de internet, mas você não consegue viver sem internet.”

Priscilla chegou a abrir uma loja física em 2019. Em 2021, depois de um novo lockdown por causa da pandemia, Priscilla anunciou que a loja física iria fechar, mas após uma live no Instagram com foco na venda de produtos, os dois meses de aluguel atrasados foram arrecadados durante seis horas de transmissão online. Assim, a revendedora começou a investir em mais posts patrocinados, se planejar e estudar novas estratégias nas redes sociais.

Com foco no mercado de roupas de festa infantis, Priscilla fatura, em média, de R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês e pretende abrir uma loja no shopping. Com posts patrocinados no Instagram, sua marca conta com mais de 6 mil seguidores e tem cerca de dois mil clientes somente no WhatsApp.

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