Relativizar a crítica pode ajudar no seu negócio


Carlos Mira (Truck Pad) e Carlos Humberto (Diáspora Black) contam como receberam o 'não' durante a jornada empreendedora no Encontro Pró PME

Por Marco Bezzi
Atualização:
Painel: Inovacao na Pratica, com Carlos Mira (TruckPad)e Carlos Humberto da Silva (Diaspora Black). Foto: Rafael Arbex /ESTADAO Foto: Rafael Arbex /ESTADAO

Carlos Mira, fundador e CEO da TruckPad, e Carlos Humberto da Silva, cofundador e CEO da Diaspora.Black, investem em serviços inovadores no País. Mira com seu aplicativo que liga caminhoneiros autônomos e empresas, espécie de Uber para cargas, e Silva com uma rede global de viajantes e anfitriões que valorizam a cultura negra. Não foi fácil convencer as pessoas de que os negócios eram viáveis, mas ambos seguiram em frente, conforme visto no painel do Encontro Pró-PME.

Mira teve de sair do Brasil para ter sua ideia materializada. “Aqui ninguém acreditou que um aplicativo de caminhão funcionaria. Havia o preconceito contra a classe. Ninguém imaginava que esses ‘gordos com a mão cheia de graxa’ usariam um smartphone. Foi indo para os Estados Unidos, para o Vale do Silício, que vi minha ideia ganhar validade e me ‘joguei do penhasco’. Ganhei o prêmio de startup mais inovadora, enquanto no Brasil me chamavam de idiota”, lembra. “Hoje, conectamos mais de 750 mil caminhoneiros e 10 mil empresas.” 

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As startups nasceram quando os dois Carlos viram oportunidades no Brasil que ninguém poderia vislumbrar ou acreditar. A Diaspora.Black, além de vender experiências e pacotes turísticos, também realiza treinamentos para estabelecimentos que pretendem se adequar à quebra desse paradigma. “O turismo tradicional não pensa na população negra”, observa Silva. “Agregamos valor e respeito ao nosso serviço. Cansei de ver experiências de constrangimento e de racismo. Sendo cliente, comecei a falar de uma necessidade de contemplar o turismo para os negros.” 

Incerteza

Mira lembra que teve de enfrentar a reprovação de amigos próximos, que não acreditavam na possibilidade de um aplicativo para caminhoneiros no Brasil. “Me chamavam de maluco. E o empreendedor sofre nesse isolamento, pois precisa tomar decisões a todo momento.” Contra tudo e contra todos, fundou a TruckPad em 2013. No início, comprou 20 celulares e 20 tablets para que os motoristas pudessem conhecer o aplicativo. “Pensei em bancar aparelhos para todos os clientes. Felizmente, quando comecei a desenvolver o software, o mercado de smartphone explodiu no País.” 

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A inovação também foi um pilar que moveu Silva. “A tecnologia não se adequa à população negra e é um reflexo da sociedade. Assim como as pessoas não imaginavam que um caminhoneiro pudesse usar um smartphone, elas não pensavam também que essa população seria usuária dessa tecnologia.” 

Painel: Inovacao na Pratica, com Carlos Mira (TruckPad)e Carlos Humberto da Silva (Diaspora Black). Foto: Rafael Arbex /ESTADAO Foto: Rafael Arbex /ESTADAO

Carlos Mira, fundador e CEO da TruckPad, e Carlos Humberto da Silva, cofundador e CEO da Diaspora.Black, investem em serviços inovadores no País. Mira com seu aplicativo que liga caminhoneiros autônomos e empresas, espécie de Uber para cargas, e Silva com uma rede global de viajantes e anfitriões que valorizam a cultura negra. Não foi fácil convencer as pessoas de que os negócios eram viáveis, mas ambos seguiram em frente, conforme visto no painel do Encontro Pró-PME.

Mira teve de sair do Brasil para ter sua ideia materializada. “Aqui ninguém acreditou que um aplicativo de caminhão funcionaria. Havia o preconceito contra a classe. Ninguém imaginava que esses ‘gordos com a mão cheia de graxa’ usariam um smartphone. Foi indo para os Estados Unidos, para o Vale do Silício, que vi minha ideia ganhar validade e me ‘joguei do penhasco’. Ganhei o prêmio de startup mais inovadora, enquanto no Brasil me chamavam de idiota”, lembra. “Hoje, conectamos mais de 750 mil caminhoneiros e 10 mil empresas.” 

As startups nasceram quando os dois Carlos viram oportunidades no Brasil que ninguém poderia vislumbrar ou acreditar. A Diaspora.Black, além de vender experiências e pacotes turísticos, também realiza treinamentos para estabelecimentos que pretendem se adequar à quebra desse paradigma. “O turismo tradicional não pensa na população negra”, observa Silva. “Agregamos valor e respeito ao nosso serviço. Cansei de ver experiências de constrangimento e de racismo. Sendo cliente, comecei a falar de uma necessidade de contemplar o turismo para os negros.” 

Incerteza

Mira lembra que teve de enfrentar a reprovação de amigos próximos, que não acreditavam na possibilidade de um aplicativo para caminhoneiros no Brasil. “Me chamavam de maluco. E o empreendedor sofre nesse isolamento, pois precisa tomar decisões a todo momento.” Contra tudo e contra todos, fundou a TruckPad em 2013. No início, comprou 20 celulares e 20 tablets para que os motoristas pudessem conhecer o aplicativo. “Pensei em bancar aparelhos para todos os clientes. Felizmente, quando comecei a desenvolver o software, o mercado de smartphone explodiu no País.” 

A inovação também foi um pilar que moveu Silva. “A tecnologia não se adequa à população negra e é um reflexo da sociedade. Assim como as pessoas não imaginavam que um caminhoneiro pudesse usar um smartphone, elas não pensavam também que essa população seria usuária dessa tecnologia.” 

Painel: Inovacao na Pratica, com Carlos Mira (TruckPad)e Carlos Humberto da Silva (Diaspora Black). Foto: Rafael Arbex /ESTADAO Foto: Rafael Arbex /ESTADAO

Carlos Mira, fundador e CEO da TruckPad, e Carlos Humberto da Silva, cofundador e CEO da Diaspora.Black, investem em serviços inovadores no País. Mira com seu aplicativo que liga caminhoneiros autônomos e empresas, espécie de Uber para cargas, e Silva com uma rede global de viajantes e anfitriões que valorizam a cultura negra. Não foi fácil convencer as pessoas de que os negócios eram viáveis, mas ambos seguiram em frente, conforme visto no painel do Encontro Pró-PME.

Mira teve de sair do Brasil para ter sua ideia materializada. “Aqui ninguém acreditou que um aplicativo de caminhão funcionaria. Havia o preconceito contra a classe. Ninguém imaginava que esses ‘gordos com a mão cheia de graxa’ usariam um smartphone. Foi indo para os Estados Unidos, para o Vale do Silício, que vi minha ideia ganhar validade e me ‘joguei do penhasco’. Ganhei o prêmio de startup mais inovadora, enquanto no Brasil me chamavam de idiota”, lembra. “Hoje, conectamos mais de 750 mil caminhoneiros e 10 mil empresas.” 

As startups nasceram quando os dois Carlos viram oportunidades no Brasil que ninguém poderia vislumbrar ou acreditar. A Diaspora.Black, além de vender experiências e pacotes turísticos, também realiza treinamentos para estabelecimentos que pretendem se adequar à quebra desse paradigma. “O turismo tradicional não pensa na população negra”, observa Silva. “Agregamos valor e respeito ao nosso serviço. Cansei de ver experiências de constrangimento e de racismo. Sendo cliente, comecei a falar de uma necessidade de contemplar o turismo para os negros.” 

Incerteza

Mira lembra que teve de enfrentar a reprovação de amigos próximos, que não acreditavam na possibilidade de um aplicativo para caminhoneiros no Brasil. “Me chamavam de maluco. E o empreendedor sofre nesse isolamento, pois precisa tomar decisões a todo momento.” Contra tudo e contra todos, fundou a TruckPad em 2013. No início, comprou 20 celulares e 20 tablets para que os motoristas pudessem conhecer o aplicativo. “Pensei em bancar aparelhos para todos os clientes. Felizmente, quando comecei a desenvolver o software, o mercado de smartphone explodiu no País.” 

A inovação também foi um pilar que moveu Silva. “A tecnologia não se adequa à população negra e é um reflexo da sociedade. Assim como as pessoas não imaginavam que um caminhoneiro pudesse usar um smartphone, elas não pensavam também que essa população seria usuária dessa tecnologia.” 

Painel: Inovacao na Pratica, com Carlos Mira (TruckPad)e Carlos Humberto da Silva (Diaspora Black). Foto: Rafael Arbex /ESTADAO Foto: Rafael Arbex /ESTADAO

Carlos Mira, fundador e CEO da TruckPad, e Carlos Humberto da Silva, cofundador e CEO da Diaspora.Black, investem em serviços inovadores no País. Mira com seu aplicativo que liga caminhoneiros autônomos e empresas, espécie de Uber para cargas, e Silva com uma rede global de viajantes e anfitriões que valorizam a cultura negra. Não foi fácil convencer as pessoas de que os negócios eram viáveis, mas ambos seguiram em frente, conforme visto no painel do Encontro Pró-PME.

Mira teve de sair do Brasil para ter sua ideia materializada. “Aqui ninguém acreditou que um aplicativo de caminhão funcionaria. Havia o preconceito contra a classe. Ninguém imaginava que esses ‘gordos com a mão cheia de graxa’ usariam um smartphone. Foi indo para os Estados Unidos, para o Vale do Silício, que vi minha ideia ganhar validade e me ‘joguei do penhasco’. Ganhei o prêmio de startup mais inovadora, enquanto no Brasil me chamavam de idiota”, lembra. “Hoje, conectamos mais de 750 mil caminhoneiros e 10 mil empresas.” 

As startups nasceram quando os dois Carlos viram oportunidades no Brasil que ninguém poderia vislumbrar ou acreditar. A Diaspora.Black, além de vender experiências e pacotes turísticos, também realiza treinamentos para estabelecimentos que pretendem se adequar à quebra desse paradigma. “O turismo tradicional não pensa na população negra”, observa Silva. “Agregamos valor e respeito ao nosso serviço. Cansei de ver experiências de constrangimento e de racismo. Sendo cliente, comecei a falar de uma necessidade de contemplar o turismo para os negros.” 

Incerteza

Mira lembra que teve de enfrentar a reprovação de amigos próximos, que não acreditavam na possibilidade de um aplicativo para caminhoneiros no Brasil. “Me chamavam de maluco. E o empreendedor sofre nesse isolamento, pois precisa tomar decisões a todo momento.” Contra tudo e contra todos, fundou a TruckPad em 2013. No início, comprou 20 celulares e 20 tablets para que os motoristas pudessem conhecer o aplicativo. “Pensei em bancar aparelhos para todos os clientes. Felizmente, quando comecei a desenvolver o software, o mercado de smartphone explodiu no País.” 

A inovação também foi um pilar que moveu Silva. “A tecnologia não se adequa à população negra e é um reflexo da sociedade. Assim como as pessoas não imaginavam que um caminhoneiro pudesse usar um smartphone, elas não pensavam também que essa população seria usuária dessa tecnologia.” 

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